Novo ensino médio: 7 novidades na educação dos jovens:casino slots gratis

Neste ano, o novo ensino médio começa apenas para os alunos do primeiro ano, segundo cronograma definido pelo Ministério da Educação. Para o segundo ano, a mudança começará no ano que vem e, para o terceiro ano,casino slots gratis2024.

Até o momento, 22 Estados já têm referenciais curriculares aprovados e homologados para começar a colocar o novo ensino médiocasino slots gratisprática nas redes estaduaiscasino slots gratisensino, segundo o Movimento Pela Base Nacional Curricular.

São eles: Amazonas, Amapá, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Riocasino slots gratisJaneiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.

Outros cinco (Acre, Tocantins, Alagoas, Bahia e Rondônia) ainda aguardam aprovação ou homologação.

Confira a seguir o que começa a mudar no ensino médio, como essas mudanças vão impactar o dia a dia - e o futuro - dos alunos e quais as pendências e polêmicas envolvendo essa implementação.

1 - O que os alunos vão estudar no novo ensino médio?

Até agora, o ensino médio do país tinha, ao longocasino slots gratistrês anos, um único itinerário igual para todos os alunos, organizadocasino slots gratis11 disciplinas (Língua Portuguesa, Matemática, etc).

Com o novo ensino médio, essas disciplinas passam a ser organizadascasino slots gratisquatro áreascasino slots gratisconhecimento, previstas na Base Nacional Comum Curricular:

- Linguagens

- Ciências da natureza

- Ciências humanas e sociais

- Matemática

Uma parte desse ensino (ou 60% do total da carga horária do ensino médio) será igual para todos os alunos, na expectativacasino slots gratisque todos desenvolvam as competências básicas esperadas para jovens dessa idade.

Mas uma outra parte do tempo do estudo (ou 40% da carga horária) serácasino slots gratisacordo com a escolha do aluno, a partir do seu interesse. São os chamados itinerários formativos.

2 - O que são os itinerários formativos?

Os itinerários formativos são a parte flexível do currículo do ensino médio, ou seja, a partecasino slots gratisque o estudante poderá estudar uma áreacasino slots gratisconhecimento que tenha a ver com seus interesses.

Ele poderá escolher,casino slots gratistese, entre itinerários nas quatro áreascasino slots gratisconhecimento mencionadas acima (linguagens, ciências da natureza, ciências humanas e sociais e matemática) ou um ensino técnico, ou ainda um modelo integrado, que combine maiscasino slots gratisuma área.

Mas tudo dependerácasino slots gratisquantos itinerários cada escola ou cada rede poderá ofertar. A preocupação é que escolas menores ou redes com menos estrutura não sejam capazescasino slots gratisoferecer mais do que o mínimocasino slots gratisdois itinerários formativos para seus alunos escolherem.

Na prática, então, é possível que o alunocasino slots gratisuma rede menos estruturada não tenha,casino slots gratisfato, tanta opção.

E especialistas temem que isso (ecasino slots gratisoutros pontos que detalharemos a seguir) aumente as desigualdades entre redes mais ou menos estruturadas, e também entre as redes privada e pública.

"Existem muitos municípios que têm uma única escolacasino slots gratisensino médio, que não vão poder oferecer tanta escolha assim para seus alunos", diz à BBC News Brasil Anna Helena Altenfelder, presidente do Cenpec, organização da sociedade civil que trabalha pela equidade e qualidade na educação básica pública do país.

Por outro lado, Estados que fizeram investimentos maiores na implementação do novo modelo, como São Paulo, oferecem dez opçõescasino slots gratisitinerários.

"A preocupação é que o novo ensino médio possa acirrar desigualdades não pela reformacasino slots gratissi, mas pelos desafioscasino slots gratissua implementação, que afetam as escolas mais vulneráveis", agrega Altenfelder.

Além disso, diz ela, as redes precisarãocasino slots gratisapoio para formular itinerários que sejamcasino slots gratisfato ricos e interdisciplinares: "Se ficar tudo na mão das escolas, pode ser um fatorcasino slots gratisprecarização (do projeto)".

3 - Quais disciplinas são obrigatórias no novo ensino médio?

Somente as disciplinascasino slots gratisLíngua Portuguesa e Matemática serão obrigatórias nos três anoscasino slots gratisensino médio. No entanto, como a escolha dos itinerários só é exigida a partir do segundo ano, a tendência é que o primeiro ano tenha aulas similares à base do modelo antigo.

Ao mesmo tempo, os itinerários contam não só com disciplinas novas, mas também com planoscasino slots gratisestudocasino slots gratisHistória, Química, Biologia, Artes, entre outros assuntos.

"A escola também pode oferecer as eletivas - mais aulascasino slots gratisalgum desses assuntos oucasino slots gratistemas diversos como debate público, tecnologia e educação financeira. Assim os alunos já podem ter experiências que os ajudam a determinar seus interesses" diz Katia Smole, diretora do Instituto Reúna e presidente do Conselho Estadualcasino slots gratisEducaçãocasino slots gratisSão Paulo (CEB).

4 - O que é o Projetocasino slots gratisVida?

O novo ensino médio também amplia para todos os alunos algo que estudantescasino slots gratisescolascasino slots gratistempo integral já aplicavam: o chamado Projetocasino slots gratisVida.

O objetivo é que o aluno possa conversar com seu educador a respeitocasino slots gratiscomo se enxerga no futuro, quais são seus interesses e sonhos e formas possíveiscasino slots gratisalcançá-los. Isso deve, inclusive, ajudar os jovens na escolhacasino slots gratisseus itinerários.

"Sendo um espaço organizadocasino slots gratisreflexão, é algo bem importante para essa faixa etária, para que ela possa pensarcasino slots gratisseu papel social e no mundo do trabalho", afirma Altenfelder, fazendo uma ressalva: "Essa reflexão não pode servir apenas para moldar o aluno ao mercadocasino slots gratistrabalho, mas sim para ajudá-lo a fazer uma reflexão críticacasino slots gratisseu projetocasino slots gratisvida próprio. É preciso que a autoria sejacasino slots gratisfato do aluno".

5 - O tempocasino slots gratisaula vai aumentar?

Sim: haverá ao menos uma hora por dia a maiscasino slots gratisaula. Antes, a carga horária eracasino slots gratis800 horas/aula por cada ano do ensino médio, ou seja, 4 horas por dia.

Agora, a carga horária aumenta para mil horascasino slots gratisaula por ano, ou 5 horas por dia.

6 - Como fica o Enem com o novo ensino médio?

Ainda não se sabe quais serão as mudanças na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

De acordo com Smole, a tendência é ter um primeiro diacasino slots gratisavaliaçãocasino slots gratisformação geral básica e que no segundo, a avaliação seja focadacasino slots gratisdiferentes áreascasino slots gratisconhecimento. Assim, existiriam modeloscasino slots gratisprova distintos a serem escolhidos.

"Temos que esperar, porque a discussão ainda estácasino slots gratiscurso, mas a mudança efetiva no Enem só vai ocorrercasino slots gratis2024. No entanto, o novo modelo deve, por lei, ser adotado agora. O que não pode acontecer é que as escolas deixem para mudar somentecasino slots gratis2024, porque não terão tempocasino slots gratisimplementar todas as mudanças."

7 - Como vai ser o ensino técnico?

Ao finalizar o ensino médio, o aluno que escolher o ensino técnico receberá, além do certificadocasino slots gratisestudo regular, também o diploma técnico ou profissionalizante.

Na teoria, o intuito é que esse modelo contribua para combater os altos índicescasino slots gratisdesemprego entre jovens e sirvacasino slots gratisportacasino slots gratisentrada para o mercadocasino slots gratistrabalho.

No entanto, o principal problema, na opiniãocasino slots gratisFernando Cássio, professorcasino slots gratispolíticas educacionais na Universidade Federal do ABC (UFABC), será a qualidade do ensino proposto, que ele considera precária.

"Se olharmos para os alunos do ensino superior público hoje, encontraremos uma grande parcela que passou pela escola técnica", diz ele, que também integra a Rede Escola Pública e Universidade (REPU) e o comitê diretivo da Campanha Nacional pelo Direito à Educação..

"O que acontece é que a escola técnica no Brasil, com processo seletivo e vagas limitadas, já é para poucos, e o que está se propondo (com o novo ensino médio) não é uma formação técnica, mas uma formação profissional precarizada."

"Em São Paulo, o curso terá duraçãocasino slots gratis900 horas - 300 no 2º ano e 600 no 3º ano. Já um curso técnico como conhecemos tem cercacasino slots gratis1800 horas. Essas (do novo ensino médio) são versões reduzidas que imitam o modelo original, mas sem recursos, já que são feitas na própria escola."

Sobre a intençãocasino slots gratisque os alunos façam atividades práticas dentro das empresas ecasino slots gratislaboratórios externos, Cássio avalia que não há estrutura para atender a todos. "Isso só vai acontecer com pequenos grupos, é inviável oferecer para todos os alunos. Só no ensino médio do estadocasino slots gratisSão Paulo há 1 milhão e 100 mil estudantes."

A reformacasino slots gratiscurso, do pontocasino slots gratisvista do educador, não é ideal para manter os jovens estudando e engajados.

"O que o tira da escola não é a faltacasino slots gratisinteresse nas aulas. É a pobreza, são os problemas estruturais da educação. É muito fácil apontar o dedo para a escola e dizer que ela é ultrapassada, enquanto na rede privada tudo segue igual. Para os alunos mais ricos, as eletivas já são opções como atividades extracurriculares, mas eles continuam estudando todas as disciplinas."

Uma das preocupações é se, com esses empecilhoscasino slots gratispotencial e com a ênfase no ensino técnico, o novo ensino médio pode acabar afastando ainda mais os alunos mais pobres do ensino superior, deixando este ainda mais elitizado.

Katia Smole acha que não. "Nossa escola atual já é muito excludente e, para mim, é impossível ficarem mais distantes (do ensino superior) do que já estão. No Brasil, 25% dos jovenscasino slots gratisidade produtiva que não estudam nem trabalham. Mesmo antes da pandemia, 40% dos estudantes da rede pública não acham que conseguiriam fazer o vestibular", diz ela, reforçando que a ideia não é que os jovens deixemcasino slots gratisentrar na faculdade, mas, que entre outros benefícios, mantenham-se interessados no ensino, sem desistircasino slots gratisir à escola.

Para a presidente do CEB, é natural que os pais questionem e se sintam inseguros diante do novo modelo. "Afinal, nenhumcasino slots gratisnós vivenciou uma escola parecida no Brasil, embora já existam modelos similarescasino slots gratisoutros lugares do mundo. Só que não acho que devemos deixarcasino slots gratisimplementar. É preciso ousar, o jovem do século 21 precisacasino slots gratisuma escola nova."

Capacidade financeira, infraestrutura e mãocasino slots gratisobra qualificada são principais desafios

A mudança exige investimento. "O protagonismo do Ministério da Educação precisa ser grande, repassando apoio para os estados por meio do acordo financeiro feito com o Banco Mundial entre 2017 e 2018. Há Estados que têm investido muito, como São Paulo, Pernambuco e Mato Grosso do Sul. Outros precisarãocasino slots gratismaiscasino slots gratisajuda", afirma Smole.

Para os professores e gestorescasino slots gratisescolas, o MEC disponibilizou um site com guiascasino slots gratisformação. Alguns Estados também têm oferecido parcerias com universidades como um meiocasino slots gratiscomplementação do currículo dos profissionais.

Mas a formação adequadacasino slots gratisprofessores para dar contacasino slots gratisitinerárioscasino slots gratisensino potencialmente bastante distintos entre si também é uma preocupaçãocasino slots gratiscríticos quanto às desigualdades no ensino médio. Afinal, redes particulares ou mais estruturadas poderão,casino slots gratistese, contar com mãocasino slots gratisobra mais capacitada, o que enriqueceria muito mais a experiência educativa dos alunos -casino slots gratiscomparação com redes e escolas com menos ofertacasino slots gratismãocasino slots gratisobra.

Para Anna Helena Altenfelder, do Cenpec, há ainda mais desafios pela frente: primeiro, o fatocasino slots gratiso novo ensino médio começar a ser implementado justamentecasino slots gratisum ano eleitoral, o que pode resultarcasino slots gratistrocas não sócasino slots gratisgovernadores, mas tambémcasino slots gratissecretários da Educação.

Em segundo lugar, haverá dificuldadecasino slots gratisimplementação porque "não foi feito um diálogo com todos os atores envolvidos (no novo ensino médio), como professores, gestores e também os alunos. Então falta consenso entre os diferentes setores. (...) É uma mudança muito grande -casino slots gratislógica,casino slots gratiscondições ecasino slots gratisculturacasino slots gratisensino, e isso não é fácilcasino slots gratisse implementar."

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