'Fugimos só com a roupa do corpo', lembra sobrevivente do nazismo radicada no Brasil:no dep bonus
Ela e seus pais, todos judeus, conseguiram fugir da Alemanha rumo à América do Sul pouco antes da eclosão do conflito.
Mas nem todos tiveram a mesma sorte. Grande parteno dep bonusseus parentes próximos, incluindo os oito irmãosno dep bonusseu pai, foi enviada a camposno dep bonusconcentração e assassinada.
Infância
Apesarno dep bonuster deixado a Alemanha ainda muito pequena, Margot consegue se lembrarno dep bonusmuitos episódios marcantes.
Nascidano dep bonusuma famíliano dep bonusclasse média, seu pai, polonês, era comerciante eno dep bonusmãe, alemã, donano dep bonuscasa.
Ela vivia uma infância feliz, conta, mas tudo mudou quando os nazistas chegaram ao poder. A perseguição contra judeus e outras minorias ganhou força e seus direitos passaram a ser gradativamente suprimidos.
"Lembro-meno dep bonusuma vez que meu pai me levou ao kindergarten (jardimno dep bonusinfância) e havia uma placa que dizia "Juden Verboten" ("Proibidos a Judeus")", conta.
Depois da Noite dos Cristais, os nazistas também começaram a perseguir e deter homens judeus.
"Uma amiga mais velha da minha mãe, cujo marido havia sido levado pelos nazistas, lhe avisou que meu pai tinha que fugir", diz.
"Eles bateram então na porta da minha casa. Minha mãe mentiu, dizendo que não sabia do paradeiro do meu pai. No dia seguinte, eles (nazistas) voltaram. Revistaram tudo e deixaram uma bagunça tremenda. Meu pai acabou se escondendo na casa da minha tia", acrescenta.
Cabia à pequena Margot, portanto, ser o elono dep bonuscomunicação entre seus pais.
"Se meu pai fosse pego, ele seria preso. Eu andava por aquelas ruas tenebrosas com todos os vidros quebrados, fumaça… terrível. Minha mãe sempre me dizia para eu não falar com ninguém. Realmente, não falava", diz.
Com a vida na Alemanha se tornando insustentável para os Rotstein, o paino dep bonusMargot decidiu que era horano dep bonusdeixar o país. E conseguiu vistos para o Paraguai, Bolívia e Brasil.
"Naquela época, ninguém conhecia a América do Sul", lembra.
Fuga
Mas a jornada rumo à terra desconhecida seria repletano dep bonusdesafios.
"Fomos à estação para pegar o trem à França e os nazistas nos tiraram todos os nossos pertences. Até uma bonequinha minha. Fugimos só com a roupa do corpo", conta.
"Na fronteira, agentes pararam o trem e obrigaram todos os homens a desembarcar. As mulheres com as crianças permaneceram. O trem já estava a pontono dep bonuspartir e não havia sinal do meu pai. Foi quando os soldados franceses jogaram algunsno dep bonusvolta dentro do trem, incluindo meu pai. Ele se salvou. Mas muitas mulheres foram deixadas sozinhas com seus filhos", acrescenta.
Em Marselha, na França, a família embarcouno dep bonusum navio "de terceira categoria", conta Margot, mas não sabia aonde iria.
"Foi uma viagem longa,no dep bonusmais ou menos três meses. Homens e mulheres dormiam separados,no dep bonusbeliches", diz.
"Meu pai tinha um visto para o Brasil, para o Paraguai e para a Bolívia. Mas tanto o Brasil,no dep bonusGetúlio Vargas, quanto o Paraguai impediram a entradano dep bonusjudeus. O único país a nos deixar entrar foi a Bolívia e sou grata a eles até hoje", acrescenta.
Na Bolívia, os Rotstein ficaram até 1947. Foi quando decidiram mudar-se novamente, dessa vez para o Brasil.
"Mas era outra época e não tivemos problemas para emigrar".
No Brasil, Margot casou-se com Ignacio, já falecido, com quem teve três filhos. Hoje avóno dep bonusquatro netos, ela dedica-se a preservar a memória do Holocausto.
"Sou muito empenhada nisso. É algo que não podemos esquecer. Quero que essa memória não desapareça. Hoje há muita desinformação, gente que diz que o Holocausto não existiu".
Em 1994, Margot viajou a Berlim com outros sobreviventes para ser homenageada e deve receber uma comenda do governo alemão nos próximos meses — a cerimônia foi postergada por causa da pandemiano dep bonuscovid-19.
Cerimônia virtualno dep bonusmemória das vítimas
Margot dará seu depoimentono dep bonusuma cerimônia virtualno dep bonusmemória às vítimas do Holocausto que acontece às 19h30 (horáriono dep bonusBrasília) desta quinta-feira (27/1), organizada pela Confederação Israelita do Brasil (Conib), pela Federação Israelita do Estadono dep bonusSão Paulo (Fisesp) e pela Congregação Israelita Paulista (CIP).
Nessa data, é comemorado o Dia Internacionalno dep bonusMemória das Vítimas do Holocausto, por ocasião da libertação do campono dep bonusconcentraçãono dep bonusAuschwitz pelo Exército vermelho.
No evento, autoridades civis, religiosas e comunitárias vão homenagear os 6 milhõesno dep bonusjudeus assassinados com o acendimentono dep bonusseis velas. A solenidade será transmitida no Facebook e no YouTube.
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