Área atingida por chuvasroleta onlineMG tem 3 das barragens com maior riscoroleta onlinedesabamento do país:roleta online
Procurada, a Vale disse que construiu contenções próximas às estruturas para impedir o avançoroleta onlinesedimentosroleta onlinecasoroleta onlinerompimento.
Em meio ao aumento das chuvas, familiaresroleta onlinevítimas do desmoronamento da barragemroleta onlineBrumadinho relatam apreensão e temorroleta onlineque cenas como asroleta online2019 possam se repetir.
"Tem helicópteros passando por cima das nossas cabeças e tudo isso nos faz lembrar aquele cenárioroleta onlineguerraroleta onlinequando a barragem se rompeu e matou minha irmã. Outros familiaresroleta onlinevítimas comentam o quanto isso reabriu as nossas feridas", disse Josiane Melo, que perdeu a irmã na tragédiaroleta onlineBrumadinho.
O Estadoroleta onlineMinas Gerais tem sido atingido por chuvas intensas desde o início do ano. Segundo o Instituto Nacionalroleta onlineMeteorologia (Inmet), somenteroleta onlineBelo Horizonte a precipitação acumulou 241,7 mmroleta online72 horas - entre os dias 8 e 10, bem acima da média histórica para o mês, que éroleta online329mm.
De acordo com a Defesa Civil estadual, 341 municípios estãoroleta onlinesituaçãoroleta onlineemergênciaroleta onlinedecorrência dos temporais. Além dos mortos, as chuvas deixaram 3,9 mil pessoas desabrigadas e outras 24,6 mil desalojadas.
O númeroroleta onlinemortos não inclui as 10 vítimas da quedaroleta onlineum blocoroleta onlinepedra sobre uma lancharoleta onlineCapitólio, no sábado (8/1) porque o caso ainda está sob investigação.
Empresas como a Vale, CSN, Usiminas, Samarco e Vallourec tiveram que interromper algumasroleta onlinesuas operações.
A Vale paralisou as atividadesroleta onlineduas áreasroleta onlineprodução. Segundo a empresa, a medida foi tomada para garantir a segurançaroleta onlineseus funcionários. Ela também paralisou a circulaçãoroleta onlinetrens da Estradaroleta onlineFerro Vitória a Minas (EFVM).
A Mineração Usiminas interrompeu suas atividades na regiãoroleta onlineItatiaiuçu (MG).
A companhia informou ainda que acionou o nível 1 do Planoroleta onlineAçãoroleta onlineEmergênciaroleta onlineBarragens da Mineração (PAEBM) pararoleta onlineBarragem Central, desativada desde 2014. Esse nível prevê um estado inicialroleta onlinealerta, mas não significaria que a estrutura está comprometida.
No sábado, o diqueroleta onlineuma barragem da Vallourec transbordou e inundou um trecho da BR-040, que liga Minas Gerais ao Rioroleta onlineJaneiro. O trecho chegou a ser interditado, mas já foi liberado.
O incidente fez com que a ANM aumentasse o grauroleta onlineemergência da barragem para o nível 3, mas a medida foi revertida no dia seguinte e ela se encontra, agora, no nível 2. Éroleta onlinemeio a esse cenário que o temor se volta para as barragens consideradas mais suscetíveis a rompimento.
Perigo
As três barragensroleta onlinemaior situaçãoroleta onlinerisco do Brasil estão localizadasroleta onlinemunicípios que, por conta das chuvas, estãoroleta onlinesituaçãoroleta onlineemergência,roleta onlineacordo com a Defesa Civilroleta onlineMinas Gerais: Ouro Preto, Nova Lima e Barãoroleta onlineCocais.
Segundo a ANM, no entanto, as barragens não estãoroleta onlinesituaçãoroleta onlineemergência por conta das chuvas deste ano, no entanto. Elas estão nesse nívelroleta onlinealerta desde marçoroleta online2019, após o rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão,roleta onlineBrumadinho.
Segundo a agência, o nível 3roleta onlineemergência é concedido quando técnicos constatam que a estruturaroleta onlineuma barragem estároleta onlinesituaçãoroleta onlinerompimento iminente (pode acontecer a qualquer momento) ou quando ela já está se rompendo.
Em marçoroleta online2019, quando a Vale elevou o nívelroleta onlineemergênciaroleta onlineForquilha III e B3/B4, a empresa disse que a medida foi tomadaroleta onlineforma "preventiva" por terem fatoresroleta onlinesegurança abaixo do que determinavam as normas do governo federal.
As três estruturas são barragens a montante, do mesmo tipo da que colapsouroleta onlineBrumadinho.
Segundo a ANM, elas têm um dano potencial alto, o que significa que o seu rompimento poderia causar prejuízos significativos para as comunidades localizadas ao seu redor.
Elas estão no planoroleta onlinedescaracterização da companhia, termo usado pela indústria para indicar a desativaçãoroleta onlineuma barragem, obras para deixá-la totalmente estável e aroleta onlinereincorporação ao meio ambiente.
Em nota enviada pela Vale, a empresa diz que construiu estruturas para proteger as comunidades próximas às barragens.
"Todos os barramentos da empresa nessa situação já têm suas respectivas contenções finalizadas, sendo capazesroleta onlinereter os rejeitosroleta onlinecasoroleta onlinenecessidade. É o caso da barragem Sul Superior, na mina Gongo Soco,roleta onlineBarãoroleta onlineCocais (MG); da B3/B4, na mina Mar Azul,roleta onlineNova Lima (MG); e da barragem Forquilha III, na mina Fábrica,roleta onlineItabirito (MG)", diz um trecho da nota enviada pela companhia.
Intensificar monitoramento
O professor do Departamentoroleta onlineEngenharia Civil da Universidaderoleta onlineViçosa Eduardo Antônio Gomes Marques diz que a intensidade das chuvas registradas nos últimos dias aumenta os riscosroleta onlineincidentesroleta onlinebarragens.
"As chuvas, aumentam, sim, a possibilidaderoleta onlineincidentes. Isso acontece especialmenteroleta onlineMinas Gerais porque temos uma quantidade muito granderoleta onlinebarragens próximas a cidades", explica.
Marques afirma que o riscoroleta onlinerompimento, no entanto, atinge tanto as barragens que estãoroleta onlinenível trêsroleta onlineemergência quanto aquelas que estãoroleta onlineníveis inferiores.
Ele afirma que é importante intensificar o monitoramento das estruturas afetadas pela chuva. Segundo ele, uma das maiores preocupações hoje é o comportamento das paredes naturaisroleta onlinebarragens.
Por conta da chuva, ele afirma, o solo está muito saturado e isso poderia levar a uma quedaroleta onlinebarrancos dentro dos reservatórios, o que aumentaria a pressão sobre as barragens levando ao transbordamento ou,roleta onlinecasos extremos, àroleta onlineruptura.
"A gente vê que as barragens estão sendo monitoradas, mas uma possibilidade é que a chuva faça os taludes caírem, o que pressionaria as barragens. Isso é perigoso porque as estruturas estão muito pertoroleta onlinecidades e o tempo para evacuação é curto", diz.
Sobre as três que estãoroleta onlinenível máximoroleta onlineemergência, Marques confirma que as obrasroleta onlinecontenção já foram feitas e que, caso elas tenham sido dimensionadas e executadas da forma correta, um possível rompimento teria impactos reduzidos sobre a população local.
"As obrasroleta onlinecontenção foram finalizadas e um rompimento não traria tantos riscos como antes. Mas essa estimativa considera que todas as obras foram feitas e dimensionadas da forma correta. Se isso não aconteceu, é difícil saber os impactos", afirmou.
O professorroleta onlinesegurançaroleta onlinebarragens da Universidade Federalroleta onlineItajubá (Unifei) Carlos Barreira Martinez diz que é preciso manter o monitoramento das barragensroleta onlinenível 3roleta onlineemergência e intensificar a atenção sobre outras estruturas que, por conta da chuva, podem representar riscos.
Ele aponta ainda um novo elemento que, segundo ele, deveria ser considerado no cálculoroleta onlinesegurança para barragens: a ocorrênciaroleta onlinefenômenos climáticos extremos. Segundo ele, as mudanças climáticas estão alterando o cicloroleta onlinechuvas e isso pode trazer impactos sobre as barragens.
"Essas estruturas são feitas considerando um regime pluviométrico que não previa esses eventos extremos tão recorrentes. O que estamos vendo é uma sérieroleta onlinechuvas muito intensas num curto espaçoroleta onlinetempo eroleta onlineregiões muito pontuais. Isso pode trazer impactos que precisam ser dimensionados", afirmou.
Em nota, a ANM informou que intensificou as vistorias a barragensroleta onlineMinas Geraisroleta onlinejaneiroroleta onlinedecorrência das chuvas. Segundo o órgão, já teriam sido feitas maisroleta online20 vistorias no estado neste mês.
"As equipes da ANM estãoroleta onlinecampo, intensificando a vistoria das estruturas,roleta onlineforma a orientar as empresas a mitigar eventuais anomalias que estejam acontecendo ou venham a acontecer", diz um trecho da nota. A reportagem procurou o Corporoleta onlineBombeiros e a Defesa Civilroleta onlineMinas Gerais, mas eles não responderam.
Ferida aberta
O aumento das chuvasroleta onlineMinas Gerais nos últimos dias trouxeroleta onlinevolta péssimas memórias para Josiane Melo, moradoraroleta onlineBrumadinho. Há três anos, ela perdeuroleta onlineirmã quando a barragem da Vale na mina do Córrego do Feijão se rompeu. A engenheira civil Eliane Melo trabalhava para uma empresa terceirizada na área atingida pelo rompimento.
"A chuva deixou muita gente ilhada, lama entrando na casa das pessoas. Tem helicópteros passando por cima das nossas cabeças e tudo isso nos faz lembrar aquele cenárioroleta onlineguerraroleta onlinequando a barragem se rompeu e matou minha irmã. Outros familiaresroleta onlinevítimas comentam o quanto isso reabriu as nossas feridas", afirmou.
Josiane diz que as notícias sobre a possibilidaderoleta onlinerompimentoroleta onlineoutras estruturas estão deixando a populaçãoroleta onlineestadoroleta onlinealerta. Isso acontece porque, assim comoroleta online2019, as empresas responsáveis pelas barragens têm afirmado que as estruturas estão seguras.
"É a mesma coisa que aconteceuroleta online2019. Todo mundo dizia que as barragensroleta onlineMariana e Brumadinho eram seguras até que elas se romperam. As pessoas estão preocupadas. Está todo mundo se perguntando: será que vai acontecerroleta onlinenovo?", disse.
A reportagem procurou o Corporoleta onlineBombeiros e a Defesa Civilroleta onlineMinas Gerais, mas não obteve retorno.
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