Novo partidopixbet blazeBolsonaro: PL esteve no centro do escândalo do mensalão no governo Lula:pixbet blaze

O deputado afirmou: "Um pouco antespixbet blazeo Martinez (José Carlos Martinez, presidente do PTB mortopixbet blaze2003 num acidente aéreo) morrer, ele me procurou e disse: 'Roberto, o Delúbio está fazendo um esquemapixbet blazemesada, um mensalão, para os parlamentares da base. O PP, o PL, e quer que o PTB também receba. R$ 30 mil para cada deputado. O que você me diz disso?'".

PTB, PP e PL, entre outros partidos, faziam parte da base parlamentar do governo Lula.

No dia seguinte, o presidente nacional do PL, deputado federal Valdemar Costa Neto (SP), ingressou com representação contra Jefferson na Comissãopixbet blazeÉtica e Decoro Parlamentar da Câmara.

"A ofensa, da forma como foi praticada, atingiu e maculou, quiçápixbet blazeforma irreparável, a reputação ilibada não só dos parlamentares nominados, mas também a credibilidade, o conceito moral e administrativo desta Casa", afirmou Costa Neto.

Na dupla condiçãopixbet blazeacusador e acusado, Jefferson redobrou a aposta: citou como beneficiários dos pagamentos o próprio Costa Neto e os deputados do PL Sandro Mabel (GO) e Bispo Rodrigues (RJ), alémpixbet blazetrês parlamentares do PP (Pedro Corrêa, então presidente da sigla, José Janene e Pedro Henry).

Na sessão da Comissãopixbet blazeÉticapixbet blazeque Jefferson foi ouvido,pixbet blaze14pixbet blazejunho, Costa Neto confrontou-o: "Então dê os nomes".

O presidente do PTB respondeu: "Afirmo que Vossa Excelência recebe e repassa".

Jefferson foi condenadopixbet blazevotação secreta à perdapixbet blazemandato por quebrapixbet blazedecoro.

Jefferson, Costa Neto, Corrêa, Henry e Rodrigues, entre outros, foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República no caso do mensalão e, posteriormente, julgados e condenados a penas variadas pelo Supremo Tribunal Federalpixbet blaze2012.

No total, 41 pessoas foram julgadas e 26 condenadas no processo, incluindo o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu e o ex-presidente nacional do PT José Genoino.

"O PL é um partido estruturado nacionalmente, mas é também uma das siglas mais implicadaspixbet blazecorrupção na história recente. Essa escolhapixbet blazeBolsonaro entrapixbet blazecontradição com o discurso do presidente contra a velha política, o toma-lá-dá-cá e a moralidade. Os bolsonaristas terãopixbet blazese contorcer para explicar essa opção", afirma Victor Gandin, cientista político e mestrepixbet blazeCiência Política pela Universidade Federalpixbet blazeSão Carlos (UFSCar).

Base dos governos Lula e Dilma

Desgastado pelo episódio, o PL mudoupixbet blazenome para disputar as eleições do ano seguinte.

Assumiu a identidadepixbet blazePartido da República (PR), após fusão com o Partidopixbet blazeReedificação da Ordem Nacional (Prona), do deputado federal e ex-candidato à Presidência Enéas Carneiro (SP). O objetivo declarado da fusão foi assegurar o cumprimento da cláusulapixbet blazebarreira, que exigiapixbet blazecada sigla um percentual mínimopixbet blaze5% dos votos para eleger deputados.

No ano seguinte, já com 34 deputados, o então PR passou a fazer parte da base parlamentarpixbet blazeLula, reeleito para um segundo mandato, e indicou Alfredo Nascimento para o Ministério dos Transportes. Mais tarde, compôs a aliança que elegeu a também petista Dilma Rousseff por dois mandatos.

Em 2019, o PR mudou novamentepixbet blazeidentidade e voltou a se chamar PL.

O partido foi criadopixbet blaze1985, logo após o fim da ditadura militar. Seus fundadores provinham sobretudopixbet blazepartidos que haviam sustentado o antigo regime, como o então Partido Democrático Social (PDS, hoje PP), ou desertado no último minuto, como o Partido da Frente Liberal (PFL, hoje Democratas) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

À frente da nova sigla, destacavam-se políticos como Afif Domingos, ex-secretáriopixbet blazeAgricultura do governo Paulo Maluf,pixbet blazeSão Paulo, e Álvaro Valle, dissidente do PFL do Riopixbet blazeJaneiro. Em 1989, o PL lançou Afif à Presidência, mas obteve apenas o sexto lugar entre 21 candidatos, com 3,2 milhõespixbet blazevotos (4,8% do total).

O partido apoiou as candidaturas presidenciaispixbet blazeFernando Henrique Cardoso (PSDB)pixbet blaze1994 e Ciro Gomes (PPS)pixbet blaze1998, mas chegou ao poderpixbet blaze2002 ao emplacar o então senador por Minas Gerais José Alencar como vicepixbet blazeLula.

Fundador do conglomerado têxtil Coteminas, Alencar tivera uma passagem frustrada pelo PMDB nos anos 1990, tendo sido preterido por caciques tradicionais do partidopixbet blazedisputas pelo governo do Estado. Sua presença na chapa presidencial ao ladopixbet blazeLula ajudou o candidato do PT a se tornar mais palatável a setores conservadores. Na prática, a relaçãopixbet blazeAlencar com o PL, no qual era novato, permaneceu distante.

Nos últimos 10 anos, o PL consolidou-se como um dos pilares do Centrão, blocopixbet blazepartidos que domina a Câmara dos Deputados e servepixbet blazefiel da balançapixbet blazevotações decisivas na relação do Legislativo com o governo federal.

A sigla soma atualmente 43 deputados, atrás apenas do PSL (54 parlamentares) e do PT (53). Os votos do PL foram fundamentais para a eleiçãopixbet blazeArtur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara, e o partido emplacou a deputada federal Flávia Arruda (DF) como ministra-chefe da Secretariapixbet blazeGoverno.

"O movimentopixbet blazeBolsonaropixbet blazedireção ao PL é um casamentopixbet blazeconveniência. Ele precisapixbet blazeestrutura partidária e tempopixbet blazeTV se quiser disputar com chances a reeleição. Por outro lado, o PL e o Centrão também buscam crescimento. Será difícil governar sem o Centrão a partirpixbet blaze2023", analisa Paulo Sergio Peres, professor do Programapixbet blazePós-graduaçãopixbet blazeCiência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

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