'Vou cozinhar com o quê?' Pobreza agrava tragédia 'invisível'betboo sports baixaracidentes com queimaduras no Brasil:betboo sports baixar
"No exterior, acham que (números dessa magnitude) só podem serbetboo sports baixarqueimaduras por conflito", explica Barreto à BBC News Brasil.
"E se você me perguntar se esse número tem aumentado no Brasil, digo que sim, claro. Quanto mais pobreza, maior o númerobetboo sports baixaracidentados. (...) Mas não é nada novo: é um problema histórico. Eu vejo isso há décadas. É um problema puramente social, e muito grave. Minha clientela é miserável. Eu nunca atendo rico queimado."
Essa relação direta entre o aumento recente da pobreza e mais queimaduras ainda não constabetboo sports baixarestatísticas oficiais recentes, mas é confirmada por especialistas e tem sido observada nos últimos meses,betboo sports baixarparticular no acesso a combustível para cozinharbetboo sports baixarmodo seguro.
Enquanto o preço do gásbetboo sports baixarcozinha acumulou altabetboo sports baixarquase 30% nos 12 meses até marçobetboo sports baixar2022, 56% da população adulta brasileira viubetboo sports baixarrenda cair desde o início da pandemia, segundo pesquisa do Unicef (braço da ONU para a infância) publicadabetboo sports baixarmaiobetboo sports baixar2021.
O resultado é que se tornaram mais comuns os relatos - e os riscosbetboo sports baixaracidentes - envolvendo pessoas que, sem conseguirem comprar gásbetboo sports baixarcozinha, passaram a preparar refeições com combustíveis alternativos, mais inflamáveis ou perigosos.
"Sempre quando aumenta o preço do gás, centrosbetboo sports baixaratendimentobetboo sports baixarqueimados já sabem que precisam se preparar para atender mais gente", sobretudobetboo sports baixarregiões vulneráveis, explica à BBC News Brasil o médico José Adorno, presidente da Sociedade Brasileirabetboo sports baixarQueimaduras (SBQ).
Um caso recente a ganhar o noticiário foi obetboo sports baixarAngélica Rodrigues, 26,betboo sports baixarSão Vicente (SP), que morreu com queimadurasbetboo sports baixar85% do corpo ao tentar cozinhar com álcool, porque não tinha dinheiro para comprar um botijão.
Em 2021, Geisa Stefanini,betboo sports baixar32 anos, moradorabetboo sports baixarOsasco (SP), morreu depoisbetboo sports baixarter grande parte do corpo queimadobetboo sports baixarum acidente doméstico. Seu bebê,betboo sports baixarsete meses, sobreviveu à explosão, mas sofreu queimadurasbetboo sports baixar18% do corpo.
Desempregada e sem dinheiro para um botijão, segundo relatosbetboo sports baixarpessoas próximas, Stefanini tinha tentado cozinhar com um fogão improvisado com tijolos, uma grelha e álcool obtidobetboo sports baixarum postobetboo sports baixargasolina.
2 litrosbetboo sports baixarálcoolbetboo sports baixargarrafa PET
Recentemente, 80% dos leitos femininos do Hospital da Restauração recifense chegaram a ser ocupados por casos como obetboo sports baixarGeisa, informa o médico Marcos Barreto.
"O povo está indo ao postobetboo sports baixargasolina porque não tem R$ 100 para comprar o gásbetboo sports baixarcozinha, mas às vezes tem R$ 10 na mão. Com isso, compram 2 litrosbetboo sports baixarálcool no posto,betboo sports baixargarrafa PET, e cozinham por dois dias e meio", explica Barreto.
"Se você fizer a conta, isso sai mais caro do que o gás, mas é o que cabe no bolso deles naquele momento. A pessoa garante que vai cozinhar hoje e amanhã. Faz um tripé com uma panelinhabetboo sports baixarálcool no meio."
O improviso é altamente arriscado. "Você quase não enxerga o fogo azulado do álcool. Quando vai reabastecer, porque acha que o fogo acabou, ocorre o acidente."
O álcool e a gasolina são muito voláteis e se espalham e evaporam rapidamente, explica o major Marcos Palumbo, do Corpobetboo sports baixarBombeiros do Estadobetboo sports baixarSão Paulo, corporação que atendeu à ocorrênciabetboo sports baixarGeisa.
"Ao evaporar, o combustível forma uma nuvem invisível. E, ao contráriobetboo sports baixarum fogão, que você desliga, não tem como cortar o suprimento do combustível: o fogo só acaba quando queimar, destruindo tudo", detalha o major. "Por isso, nunca se deve improvisar a substituiçãobetboo sports baixarcombustívelbetboo sports baixaruma cozinha, que já está adaptada ao uso do gás."
Mas, mesmo que sejam alertadas sobre os riscos, as pessoas se veem sem alternativas, observa Barreto. "Elas me dizem, 'doutor, mas eu vou cozinhar com o quê?'. Já cheguei a internar três gerações da mesma família - avó, mãe e filha - por acidente na cozinha."
Cozinhar com lenha e carvão
Como aponta Barreto, o problema não é novo. Em 2019, uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileirobetboo sports baixarGeografia e Estatística) estimou que, no ano anterior, 14 milhõesbetboo sports baixarfamílias brasileiras (ou 20% do total) usavam lenha ou carvão para cozinhar - um aumentobetboo sports baixar3 milhõesbetboo sports baixarfamíliasbetboo sports baixarrelação a 2016.
Ficaram, portanto, mais suscetíveis a acidentes, queimaduras ou intoxicação pela fumaça.
Outras 89 mil famílias usavam outros combustíveis para preparar alimentos, o que pode incluir o álcool.
No mundo inteiro, um relatório do Banco Mundial publicadobetboo sports baixaroutubrobetboo sports baixar2020 apontou que 2,8 bilhõesbetboo sports baixarpessoas dependiambetboo sports baixarlenha, resíduosbetboo sports baixarcolheita, carvão e outros combustíveis inseguros e poluentes para cozinhar.
O prejuízo social acumulado disso, sejabetboo sports baixardanos à saúde, ao clima (pela emissãobetboo sports baixargases do efeito estufa) e à produtividade das mulheres - as principais encarregadas do preparobetboo sports baixarrefeições - foi estimadobetboo sports baixarUS$ 2,4 trilhões.
Além disso,betboo sports baixar2014 a ONU calculou que 4,3 milhõesbetboo sports baixarpessoas morriam por ano por doenças causadas pela poluiçãobetboo sports baixarambientes fechados - sobretudo por partículas e monóxidobetboo sports baixarcarbono produzidos pela queimabetboo sports baixarmadeira, carvão ou resíduosbetboo sports baixarfogões improvisados ou ineficientes.
A Organização Mundial da Saúde não tem estatísticas atualizadas sobre queimaduras, mas calculou,betboo sports baixar2018, que cercabetboo sports baixar180 mil pessoas morriam por ano no mundobetboo sports baixardecorrência desse tipobetboo sports baixarlesão, sobretudobetboo sports baixarpaísesbetboo sports baixarrenda baixa e média, a maior parte na África e no Sul da Ásia.
No Brasil, alguns estudos estimam que haja maisbetboo sports baixar1 milhãobetboo sports baixarcasosbetboo sports baixarqueimadura por ano, dos quais 2,5 mil terminambetboo sports baixarmorte. E dois terços ocorrem dentrobetboo sports baixarcasa, muitas vezes envolvendo crianças.
Cercabetboo sports baixar90% dos atendimentos são na rede públicabetboo sports baixarsaúde, evidenciando a vulnerabilidadebetboo sports baixarmuitas das vítimas, segundo a SBQ.
Aqui, uma lei sancionadabetboo sports baixarnovembrobetboo sports baixar2021 prevê subsídio, a cada dois meses,betboo sports baixarao menos metade do valorbetboo sports baixarum botijãobetboo sports baixargás para as famílias inscritas no Cadastro Únicobetboo sports baixarprogramas sociais do governo federal.
Exposição excessiva ao álcool
Para além dos custos do botijãobetboo sports baixargás, a pandemia favoreceu uma exposição excessiva das pessoas ao álcool como higienizador, sem que isso tenha sido acompanhadobetboo sports baixarmedidas educativas, explica José Adorno, da Sociedade Brasileirabetboo sports baixarQueimaduras.
Adorno lembra que,betboo sports baixarmarçobetboo sports baixar2020, a Agência Nacionalbetboo sports baixarVigilância Sanitária (Anvisa) flexibilizou as restrições à fabricação e à venda do álcool na concentração 70%, que é altamente inflamável.
"Aumentou a presença do álcool na casa das pessoas, o que não é seguro", pontua Adorno.
O resultado, diz ele, é que começaram a surgir desde casos extremos "de pessoas passando álcool gel no corpo como se fosse protetor solar" até um aumento nos atendimentos ambulatoriais e nas internações por contabetboo sports baixarqueimaduras acidentais graves, segundo relataram à SBQ centros hospitalares especializadosbetboo sports baixarqueimaduras.
Entre março e novembrobetboo sports baixar2020, houve cercabetboo sports baixar700 internações decorrentesbetboo sports baixaracidentes com líquidos inflamáveis, diz a sociedade.
"Os acidentes mais comuns (ocorrem quando) o adulto acende um fogareiro com criança por perto, ou a criança depois pega o álcool para copiar o adulto", prossegue o presidente da SBQ.
Acidentesbetboo sports baixarcasas pequenas,betboo sports baixarque a cozinha não ficabetboo sports baixarum cômodo separado, oubetboo sports baixaráreas externas, com o usobetboo sports baixarálcool líquido para acender churrasqueiras (o que não é recomendado), também são frequentes.
Por isso, segundo a SBQ, deve-se manterbetboo sports baixarcasa apenas frascos pequenosbetboo sports baixarálcool 70%, para higienizar mãos, e usar na limpezabetboo sports baixargeral água e sabão ou o álcool 46, que é menos volátil. E os recipientes devem sempre ser mantidos longebetboo sports baixarlocais quentes e fora do alcancebetboo sports baixarcrianças.
"Mas os frascosbetboo sports baixarálcool também precisariam ser mais bem diferenciados pela indústria", critica o Adorno. "O álcool 70% precisaria ter alguma tarja que o identificasse, assim como fazemos com medicamentos tarja preta ou com venenos."
Palumbo, do Corpobetboo sports baixarBombeirosbetboo sports baixarSão Paulo, lembra que, para churrasqueiras, o mais seguro é usar acendedores, que não vão evaporar rapidamente, como faz o álcool líquido.
Tratamento nem sempre existe
Gambiarrasbetboo sports baixarredesbetboo sports baixareletricidade, queimaduras por escaldadura (por exemplo, quando crianças viram sobre si panelasbetboo sports baixarágua ou café quente) e botijõesbetboo sports baixargás mal instalados completam o quadrobetboo sports baixarcausas comunsbetboo sports baixaracidentes, cujas vítimas nem sempre conseguem o tratamento adequado.
O professor universitário maranhense Daniel Moraes descobriu issobetboo sports baixar2017, quando uma explosão por vazamentobetboo sports baixargás na casabetboo sports baixarsua vizinha causou queimadurasbetboo sports baixar65%betboo sports baixarseu corpo. Foi o iníciobetboo sports baixaruma trágica saga pessoal que o deixou internado por nove meses e com a sensaçãobetboo sports baixarque,betboo sports baixarsuas palavras, "minha vida tinha acabado".
"Eu não tinha ideia da dimensão disso (das queimaduras) até acontecer comigo, porque é um problema invisível", diz Moraes à BBC News Brasil.
"Fiquei meses internadobetboo sports baixarum bom hospital aquibetboo sports baixarCaxias (cidade a 360 km da capital maranhense São Luís), mas que não tinha atendimento especializado para queimaduras - que requer nutrição adequada, fisioterapia etc."
Como ele não suportava a dor, cada trocabetboo sports baixarcurativo tinhabetboo sports baixarser feita no centro cirúrgico, sob anestesia geral. Sem fisioterapia e passando dias a fio deitado e imóvel, Moraes viu suas pernas - um dos principais focos das queimaduras - atrofiarem e "ficarem da mesma finura que meus braços".
"Achei que não fosse sobreviver, nem voltar a andar", recorda.
Foi só depois que conseguiu ser transferido para um centrobetboo sports baixarreferênciabetboo sports baixarGoiânia (GO) que Moraes conseguiu acesso a profissionais médicos especializadosbetboo sports baixarqueimaduras: "saíbetboo sports baixarlá 18 dias depois, andando." O que o fez concluir que, se tivesse recebido cuidados adequados desde o início, seu sofrimento - cujas cicatrizes físicas e psicológicas perduram até hoje - poderia ter sido encurtado.
"Eu tive educação e acesso a informações e passei por tudo isso. Conheci pessoasbetboo sports baixarpoder aquisitivo baixíssimo, pessoas que precisaram largar tudo para mudarbetboo sports baixarEstado e poder se tratar", conta.
Com a amiga advogada Andréa Barbosa, que o ajudou durante o tratamento, Moraes criou a Associação Maranhensebetboo sports baixarApoio a Sobreviventesbetboo sports baixarQueimaduras,betboo sports baixarque ajudam vítimas a navegar pelo sistema estatalbetboo sports baixarsaúde e a obter desde vagasbetboo sports baixarcentros especializados até itens caros do tratamento, como malhas compressivas e cremes hidratantes.
"A maior parte dos sobreviventes que nos procuram vivem na pobreza,betboo sports baixarpovoados onde não há atendimento hospitalar", conta Andréa Barbosa.
Existe,betboo sports baixarfato, uma distribuição desigual na oferta per capitabetboo sports baixaratendimento a queimados no país, explica o médico José Adorno, com maior concentração no Sudeste e menor no Norte ebetboo sports baixarparte do Nordeste.
O Maranhão, apesarbetboo sports baixarter um dos mais altos índicesbetboo sports baixaracidentes com queimaduras no Nordeste, ainda não tem um centro própriobetboo sports baixaratendimento a queimados - este estábetboo sports baixarfasebetboo sports baixarconclusão e treinamentobetboo sports baixarsua equipe. Enquanto isso, pacientes com frequência são mandados para outros Estados ou se tratam por conta própria, diz Barbosa.
"Para se ter uma ideia,betboo sports baixaralgumas casas que visitamos, encontramos crianças sentadas na rede com os braços (queimados) esticados, sem curativos nas queimaduras, apenas com um ventilador".
betboo sports baixar (Observação: a recomendaçãobetboo sports baixarespecialistas, no casobetboo sports baixarqueimaduras, é jamais aplicar pomadas, medicamentos ou quaisquer produtos caseiros, como borrabetboo sports baixarcafé ou clarabetboo sports baixarovo; deve-se apenas lavar a área queimada com água corrente, cobrir com um pano limpo e buscar ajuda médica imediatamente).
'Trauma que fica na penumbra'
Além da desigualdade no acesso a tratamento, um dos muitos aspectos trágicos é o fatobetboo sports baixaras queimadurasbetboo sports baixargeral afetarem pessoas jovens e crianças, no augebetboo sports baixarsuas vidas sociais e produtivas.
Segundo Adorno, as queimaduras são uma das principais causasbetboo sports baixardesperdíciobetboo sports baixaranosbetboo sports baixarvida, porque muitas vezes exigem longos períodosbetboo sports baixarinternação hospitalar, múltiplas cirurgias, afastamento do trabalho e reabilitação.
"É um problema que atinge um público jovem e impõe uma vida difícil, cheiabetboo sports baixarrestrições (por exemplo, muita sensibilidade ao sol), estigma (por causa das cicatrizes) e cuidados físicos e psicológicos que o SUS não está preparado para oferecer", diz o médico.
"É um trauma que fica na penumbra: o sequelado convive menos com a sociedade e é muito estigmatizado."
A experiênciabetboo sports baixarDaniel Moraes, ao deixar o hospital com máscaras e roupas especiais para proteger a pele, corrobora isso. "As pessoas te olham e você se sente muito mal. A reinserção social é muito difícil, (porque) o trauma é muito grande. Eu estava fazendo mestrado, começando minha carreira, e tudo precisou ser interrompido pelo acidente. Eu só consegui (retomar a vida) porque tive o apoiobetboo sports baixarmuitas pessoas,betboo sports baixarmuitos amigos."
Os desfechos podem, também, ser fatais: a SBQ calcula que o Brasil tenha acumulado 33 mil mortes por diferentes tiposbetboo sports baixarqueimaduras entre 2011 e 2019.
O atraso no atendimento emergencial contribui para mortes ou a perdabetboo sports baixarmembros, diz Adorno, uma vez que queimaduras mal cuidadas tendem a infeccionar.
"Enquanto os países desenvolvidos diminuírambetboo sports baixarmortalidade por queimaduras para cercabetboo sports baixar3% dos casos, aqui nossa mortalidade é,betboo sports baixarmédia,betboo sports baixar8% a 10% dos casos", agrega.
Prevenção sai mais barato, econômica e socialmente
No Hospital da Restauração, no diabetboo sports baixarque Marcos Barreto conversou com a reportagem, no finalbetboo sports baixaroutubrobetboo sports baixar2021, os 15 leitos infantis da alabetboo sports baixarqueimados estavam ocupados. Outras cinco crianças aguardavam vaga no corredorbetboo sports baixaremergência.
Os 25 leitosbetboo sports baixaradultos também estavam tomados, enquanto dois pacientes aguardavam na UTI e outros dois, na emergência.
Naquele mesmo dia, Barreto havia acabadobetboo sports baixaratender um paciente que havia ateado álcool e fogo ao próprio corpo,betboo sports baixaruma tentativabetboo sports baixarsuicídio - casos que também se tornaram mais comuns na rotina do hospitalbetboo sports baixarmeio ao desalento da pandemia,betboo sports baixarpossíveis efeitos psicológicos da covid longa (problema que ainda está sendo estudado pela medicina) e da crise econômica, diz o médico.
Ele ebetboo sports baixarequipebetboo sports baixar150 pessoas fazembetboo sports baixartornobetboo sports baixar6 mil curativosbetboo sports baixarqueimaduras todos os anos. "Parece uma guerra civil", retrata.
Só as queimaduras por álcool, como a que matou Geisa Stefaninibetboo sports baixarOsasco e Angélica Rodriguesbetboo sports baixarSão Vicente, resultarambetboo sports baixarquase 23 mil internaçõesbetboo sports baixartodo o país entre 2012 e 2019, segundo a SBQ. Os custos estimados ao SUS sãobetboo sports baixarR$ 73 milhões, sem contar os prejuízos sociais e produtivos das vítimas.
José Adorno cita um levantamento feito nos EUA apontando que cada US$ 1 investidobetboo sports baixareducação e prevençãobetboo sports baixarqueimaduras gerou uma economiabetboo sports baixarUS$ 27betboo sports baixaratendimento médico evitado.
"Cada diabetboo sports baixartratamentobetboo sports baixaruma queimadurabetboo sports baixarum centro avançado custa até US$ 1 mil (R$ 5,5 mil na cotação atual) e deixa para a sociedade uma pessoa cheiabetboo sports baixarsequelas e com dificuldadesbetboo sports baixarreabilitação", conclui o médico.
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