Presidência 'saindo dos trilhos' e possível 'prelúdio para golpe': o que diz a imprensa internacional sobre atosroulette 37roulette 3setembro:roulette 3

Crédito, EPA

Legenda da foto, Bolsonaroroulette 3ato na Paulista neste 7roulette 3setembro; imprensa internacional destacou 'tons antidemocráticos' das manifestações

*Reportagem atualizada às 19hroulette 37roulette 3setembroroulette 32021, com a atualização da cobertura internacional

roulette 3 Jair Bolsonaro, "o combalido líder brasileiro", está "em uma aparente tentativaroulette 3projetar força no pior momentoroulette 3sua Presidência" ao convocar a população para ir às ruas no feriadoroulette 37roulette 3setembro. A avaliação é do jornal britânico The Guardian, um dos órgãosroulette 3imprensa que destacam as manifestações pró-Bolsonaro ocorridas nesta terça-feira (7/9), convocadas pelo próprio presidente.

"Muitos cidadãos temem a violência enquanto os apoiadores linha-duraroulette 3Bolsonaro vão às ruas para defender um líder cujos índicesroulette 3popularidade despencaram como resultadoroulette 3escândalosroulette 3corrupção envolvendo seus aliados e parentes e pela forma como ele lidou com a pandemiaroulette 3covid, que matou maisroulette 3580 mil pessoas", disse o jornal,roulette 3artigo com manchete naroulette 3capa.

Sobre os desdobramentos dos protestos ao longo do dia, o jornal destacou que "milhares marcharamroulette 3apoio ao presidente populistaroulette 3extrema direita, mas pesquisas sugerem queroulette 3Presidência pode estar saindo dos trilhos ante as eleições do ano que vem".

O americano The New York Times, porroulette 3vez, destacou que Bolsonaro busca dar uma "mostraroulette 3forças que seus críticos temem ser um prelúdio a um golpe" (power grab, no originalroulette 3inglês). O jornal destacou a quedaroulette 3popularidade do presidente brasileiro dianteroulette 3problemas como "uma das respostas mais caóticas (do mundo) à pandemia" e aumento do desemprego, da inflação e da desigualdade e riscoroulette 3racionamento energético.

O jornal argentino La Nación sugeriu que a motivaçãoroulette 3Bolsonaro seria atingir Luiz Inácio Lula da Silva, seu potencial rival nas eleiçõesroulette 32022.

Em reportagem, o jornal argentino escreveu: "Faltando maisroulette 3um ano para as eleições presidenciais, e com seu odiado rival Lula na frente nas preferências dos eleitores, Jair Bolsonaro decidiu queimar os navios e reverterroulette 3sorte com as manifestações que convocou amanhã [terça-feira] na maioria das cidades do país."

"O presidente brasileiro convocou suas bases para manifestação nas ruas do dia da independência do país, com a qual espera retomar a iniciativa num momentoroulette 3que está mais longe do que nunca da opinião pública eroulette 3um confronteroulette 3morte com o Judiciário, cenário que não poderia ter sido imaginado na seu primeira campanha presidencial, quando quem estava na defensiva, eroulette 3fato preso, era Lula."

O jornal afirmou que a apostaroulette 3Bolsonaro "é arriscada" porqueroulette 3investida contra as instituições estaria sendo "mal digerida por algunsroulette 3seus aliados mais próximos", como o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

Ao final da cobertura dos atos, o La Nación afirmou que Bolsonaro "reuniu uma multidão e dobrouroulette 3ofensiva contra a Suprema Corte".

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Ato pró-Bolsonaro na Paulista: presidente 'dobrou aposta contra STF', diz jornal

O jornal argentino El Clarin afirmou que Bolsonaro esperava juntar dois milhõesroulette 3manifestantes no atoroulette 3São Paulo (segundo a PM paulista, porém, houve 125 mil pessoas no protesto), mas ponderou: "É difícil imaginar tamanha multidão na emblemática Avenida Paulista, pois nas últimas manifestações o presidente reuniu apenas algumas dezenasroulette 3milhares na cidade mais populosa do país."

O jornal concluiu o dia com a informaçãoroulette 3uma "manifestação multitudináriaroulette 3que se destacaram os tons antidemocráticos".

O El Clarin também destacou mais cedo uma entrevista com o cientista político Geraldo Monteiro, da Universidade Estadual do Rioroulette 3Janeiro, que diz que este diaroulette 3mobilização pode "marcar um pontoroulette 3virada" no Brasil.

"Se for bem-sucedido, Bolsonaro oferecerá uma 'demonstraçãoroulette 3força que pode lhe dar mais margemroulette 3manobra' e um novo impulso para as eleições presidenciaisroulette 32022, nas quais, segundo as pesquisas, seria amplamente derrotado pelo ex-presidenteroulette 3esquerda Luiz Inácio Lula da Silva", disse o jornal argentino.

"Mas,roulette 3casoroulette 3fiasco, o presidente ficará "ainda mais acuado", sob o riscoroulette 3ser abandonado por seus aliados políticos e pelo mundo empresarial."

O francês Le Monde destacou a fraseroulette 3Bolsonaroroulette 3que "uma nova história começa a ser escrita no Brasil a partirroulette 3hoje (7roulette 3setembro)", dizendo que o presidente buscava dar mostraroulette 3forçasroulette 3momentoroulette 3uma grave crise institucional.

Esplanada dos Ministérios

Ainda no britânico Guardian, foi noticiado o episódio na noiteroulette 3segunda-feira (6/9),roulette 3Brasília,roulette 3que manifestantes pró-Bolsonaro romperam um bloqueio da PMroulette 3Brasília e invadiram a Esplanada dos Ministérios,roulette 3área próxima ao Supremo Tribunal Federal.

A reportagem do The Guardian destacou a falaroulette 3uma manifestante contra os policiais que trabalhavam na segurança da Esplanada: "Deus vai fazer você pagar por isso. Vocês, comunistas", diz a manifestante,roulette 3um vídeo citado pelo jornal.

O episódio da invasão da Esplanada dos Ministérios também foi temaroulette 3reportagem da revista alemã Der Spiegel, que levantou comparações com a invasão do Capitólio dos Estados Unidosroulette 36roulette 3janeiro deste ano por apoiadores do ex-presidente americano Donald Trump.

"Apoiadores do presidente extremistaroulette 3direita Jair Bolsonaro romperam uma linha policial na capital brasileira. Centenas deles superaram um cerco com caminhões e carros na véspera do Dia da Independência do Brasil, segundo a políciaroulette 3Brasília. Eles chegaram à avenida que dá acesso ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal do país e que estava fechada por motivosroulette 3segurança", diz o Der Spiegel.

"O governo da capital enviou 5 mil policiais para proteger os prédios públicos por causa das manifestações anunciadas para o Dia da Independência. As autoridades querem evitar cenas semelhantes à tomada do Capitólio dos EUA por partidários do então presidente Donald Trumproulette 3janeiro."

A revista alemã também noticiou o decretoroulette 3Bolsonaro dificultando a exclusãoroulette 3conteúdo por plataformas da Internet.

"Bolsonaro está sob pressão um ano antes da eleição presidencial, devido aos números extremamente baixos das pesquisas e à economiaroulette 3declínio", disse a revista.

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