Eleiçãobetfair2022 'é inegociável': as reaçõesbetfairautoridades à suposta ameaça do ministro da Defesa:betfair
betfair O comando do Congresso e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) reagiram a uma suposta ameaça do ministro da Defesa, o general Walter Braga Netto, condicionando a realização das eleiçõesbetfair2022 ao "voto impresso auditável".
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e os ministros do STF Gilmar Mendes e Edson Fachin deram declarações públicas reforçando que a disputa eleitoral ocorrerá normalmente ano que vem.
Segundo reportagem do jornal O EstadobetfairS. Paulo, Braga Netto teria,betfair8betfairjulho, enviado uma mensagem a Lira por meiobetfairum interlocutor afirmando que sem voto impresso e auditável, não haverá eleição no próximo ano. De acordo com o jornal, o presidente da Câmara teria então procurado o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e dito que não contasse com seu apoio a qualquer ruptura institucional.
O "voto impresso auditável" se tornou um das maiores bandeiras do presidente. Sem apresentar provas, ele tem defendido que a urna eletrônica não é segura e já teria sido fraudada nas eleiçõesbetfair2014, quando Dilma Rousseff, do PT, venceu Aécio Neves, do PSDB, ebetfair2018, quando Bolsonaro derrotou Fernando Haddad, do PT. Segundo o presidente, não tivesse havido a suposta fraude,betfairvitória teria ocorrido no primeiro turno.
O próprio Bolsonaro,betfair8betfairjulho, disse publicamente que não haveria eleiçãobetfair2022 sem o voto impresso. "Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições", afirmou,betfairconversa com apoiadores.
Após a reportagem do EstadobetfairS. Paulo, Rodrigo Pacheco reagiu embetfairconta no Twitter: "Decisões sobre o sistema político-eleitoral, formasbetfairfinanciamentobetfaircampanhas, voto eletrônico ou impresso, entre outros temas, cabem ao Congresso Nacional, a partir do debate próprio do processo legislativo e com respeito às divergências e à vontade da maioria".
"Seja qual for o modelo, a realizaçãobetfaireleições periódicas, inclusivebetfair2022, não estábetfairdiscussão. Isso é inegociável. Elas irão acontecer, pois são a expressão mais pura da soberania do povo. Sem elas não há democracia e o país não admite retrocessos", disse o presidente do Senado.
Também no Twitter, Arthur Lira não desmentiu que tenha recebido a ameaçabetfairBraga Netto, embora mais cedo tenha negado a versão do jornal EstadobetfairS. Paulobetfairconversa com colunistas do portal G1 e do jornal O Globo.
"A despeito do que sai ou não na imprensa, o fato é: o brasileiro quer vacina, quer trabalho e vai julgar seus representantesbetfairoutubro do ano que vem através do voto popular, secreto e soberano", defendeu o presidente da Câmara.
"As últimas decisões do governo foram pelo reconhecimento da política e da articulação como único meiobetfairfazer o país avançar", disse,betfairreferência à decisãobetfairBolsonarobetfairconvocar o senador Ciro Nogueira (PP-PI) para comandar a Casa Civil, desalojando o general Luiz Eduardo Ramos da chefia do principal ministério.
Apesar do desmentido, o diretorbetfairjornalismo do Grupo Estado, João Caminoto, reafirmou no Twitter o que foi publicado. "Diante das diversas reações, considero importante reafirmar na íntegra o teor da reportagem publicada hoje no Estadão sobre os diálogos do ministro da Defesa. O compromisso inabalável do Estadão segue sendo a qualidade jornalística e o respeito ao EstadobetfairDireito."
Já o ministro do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, disse ter procurado Braga Netto e Lira e que ambos negaram o episódio relatado na reportagem.
"Conversei com o ministro da Defesa e com o presidente da Câmara e ambos desmentiram, enfaticamente, qualquer episódiobetfairameaça às eleições. Temos uma Constituiçãobetfairvigor, instituições funcionando, imprensa livre e sociedade consciente e mobilizadabetfairfavor da democracia", afirmou, também por meio do Twitter.
Braga Netto defende voto impressobetfairnota
Após a reportagem, Braga Netto divulgou uma nota ambíguabetfairque não nega diretamente que tenha condicionado as eleições ao voto impresso, mas diz "que não se comunica com os presidentes dos Poderes por meiobetfairinterlocutores".
"Trata-sebetfairmais uma desinformação que gera instabilidade entre os poderes da República,betfairum momento que exige a união nacional. O Ministério da Defesa reitera que as Forças Armadas atuam e sempre atuarão dentro dos limites previstos na Constituição", disse.
Apesar disso, o ministro encerra o comunicado defendendo o voto impresso, numa manifestação política que, segundo seus críticos, não deveria ser feita por um militar.
"Acredito que todo cidadão deseja a maior transparência e legitimidade no processobetfairescolhabetfairseus representantes no Executivo e no Legislativobetfairtodas as instâncias. A discussão sobre o voto eletrônico auditável por meiobetfaircomprovante impresso é legítima, defendida pelo governo federal, e está sendo analisada pelo Parlamento brasileiro, a quem compete decidir sobre o tema."
Fachin falabetfair'pré-fascismo'
Já o ministro do STF e atual vice-presidente do TSE, Edson Fachin, reagiu com palavras duras aos frequentes discursosbetfairBolsonaro e outros membros do seu governo colocandobetfairxeque a legitimidade das eleições.
"A chave, nada obstante, para a preservação da experiência democrática, está sendo questionada por atores políticos interessados que almejam sequestrar o poder, estabelecendo um regimebetfairinverdade consensual, um acordo sobre a mentira que é fruto desses tempos denominadosbetfairpós-verdade, o que a rigor é a antessala, é um pré-fascismo", disse Fachin, durante a abertura do 2º Encontro Internacional Democracia na Pós-pandemia.
"Basta ler os periódicos do diabetfairhoje, betfair buscam naturalizar um eventual descarte da consulta popular, o que, na prática significa instaurar um regimebetfairexceção." O ministro disse ainda que, "no Brasilbetfairhoje, não ébetfairse espantar que um líder populista se recuse a obedecer as regras vigentes, que queira suas próprias regras para disputar as eleições".
O ministro Gilmar Mendes, porbetfairvez, usou o Twitter para repudiar "coações autoritárias armadas". "Os representantes das Forças Armadas devem respeitar os meios institucionais do debate sobre a urna eletrônica. Política é feita com argumentos, contraposiçãobetfairideias e, sobretudo, respeito à Constituição. Na nossa democracia, não há espaço para coações autoritárias armadas", postou o ministro.
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