Protestos contra Bolsonaro: MBL e Vem Pra Rua apoiam impeachment, mas não vão a atosleocasinosábado:leocasino

Mão segura notasleocasinodólar falsas com fotoleocasinoBolsonaro e marcasleocasinosangue

Crédito, REUTERS/Ueslei Marcelino

Legenda da foto, Protesto contra Bolsonaro no último dia 30leocasinoBrasília; principais movimentosleocasinodireita que protagonizaram protestos contra Dilmaleocasino2016 defendem impeachmentleocasinoBolsonaro, mas não se juntaram às manifestações deste sábado

O Vem Pra Rua passou a defender o "Fora Bolsonaro!"leocasinojulholeocasino2020, após o procurador-geral da República indicado por Bolsonaro, Augusto Aras, fazer críticas à Operação Lava-Jato.

Defensores do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, os dois movimentos foram protagonistasleocasinograndes manifestaçõesleocasino2016, com alta capacidadeleocasinomobilização.

Masleocasino2021, mesmo apoiando o impeachmentleocasinoBolsonaro, os movimentos ainda não estão clamando para suas basesleocasinoapoiadores que tomem as ruas e dizem que estão focadosleocasinooutras formasleocasinoatuação.

Em contrapartida, movimentosleocasinodireita como o Livres aderiram ao protesto deste sábado. Formado dentro do PSL, o movimento rompeu com o partidoleocasino2018 quando Bolsonaro se candidatou à Presidência pela sigla.

Até o momento, o presidente Jair Bolsonaro tem minimizado os atos contra si e participadoleocasinoatos pró-governo, como demonstraçãoleocasinoforça. Emleocasinolive mais recente,leocasino1°leocasinojulho, ele ironizou o "superimpeachment". "Quem não tem o que fazer fica tentando atrapalhar a vidaleocasinoquem produz", declarou.

leocasino Lado a lado no palanque leocasino , leocasino mas sem aglomeração

Kim Kataguiri
Legenda da foto, Kim Kataguirileocasinomanifestaçãoleocasino2015 na Avenida Paulista

Adelaide Oliveira, do MBL, destaca que o grupo tem atuadoleocasinooutras formas antesleocasinoprotagonizar protestos na rua. Ela destaca a atuação parlamentar dos líderes do movimento que foram eleitosleocasino2018, como o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) e o deputado estadual Arthur do Val (DEM-SP), o Mamãe Falei.

Kim foi um dos parlamentaresleocasinodireita que assinaram o "superimpeachment", um novo pedido protocolado pela oposição na quarta (30/06) que reúne a motivaçãoleocasinooutros maisleocasino120 pedidosleocasinoum único documento.

O parlamentar do MBL subiu ao mesmo palanqueleocasinoque falavam nomes como o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) e a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT, partido ferozmente combatido pelo MBL.

"Acho que ninguém aqui tem nenhuma dúvida que, numa condição normal, assim como eu não estaria, os líderes da esquerda não estariam (juntos). Eleitoralmente estaremosleocasinocampos distintos", disse Kim durante a apresentação do "superimpeachment". "Mas é algo maior que existe aqui, é algo maior que está sendo protocolado contra o presidente criminoso, corrupto, Jair Bolsonaro, e por isso é uma causa suprapartidária. É uma questãoleocasinovalores, é uma questãoleocasinomoral."

"Não tenho dúvida nenhumaleocasinoque a causaleocasinoderrubar esse que é um dos maiores males da história desse país nos unifica nesse momento", disse Kim, que ao final gritou "Fora Bolsonaro!"

O discurso entusiásticoleocasinoKim, um dos principais líderes do movimento, fez surgir expectativas na esquerdaleocasinoque o MBL fosse se juntar aos protestos deste sábado, mas o movimento ainda não se uniu à esquerda quando o assunto é manifestação.

"Estamos avaliando o cenário da pandemia, mas por enquanto não é a hora", diz Adelaide. "É um dilema: quem faz mais mal pra saúde, a pandemia ou o Bolsonaro? Ouvimos muito nossos seguidores e temos discussões internas sobre isso."

"Já chegamos a ter embriões para organizar protestos, mas aí começou um momento muito ruim da pandemia no ano passado", afirma Adelaide.

A porta-voz refuta críticas da esquerda que reclamam dos movimentos que estão contra Bolsonaro, mas não estão chamando para ir à rua. Segundo ela, o MBL continua atuando "fortemente" na internet e hoje já existem outras formasleocasinopressão.

"É muita tolice e estar 30 anos atrasado na história achar que só existe uma formaleocasinopressão, só indo para rua. Estamos na internet onde o movimento tem vitórias acachapantes", diz ela.

Apesarleocasinoeventuais trocaleocasinofarpas, o Adelaide afirma que tem tido um canalleocasinodiálogo aberto com os movimentosleocasinoesquerda. "A gente conversa com todo mundo, somos democráticos. Claro que não quer dizer que concordo com as pautas. Mas quando a pauta é única e convergente, como tirar o Bolsonaro, a gente vai lutar pela mesma coisa."

Pauta unida, protestos diferentes

Luciana Alberto, porta-voz do movimento Vem Pra Rua, também cita a pandemia como um dos motivos para o grupo não aderir aos protestos.

"É algo que está sendo discutido, é possível que aconteça, mas não há nada agendado", explica Luciana. "Estamos acompanhando o calendárioleocasinovacinação contra a covid-19 e acreditamos queleocasinomeadosleocasinosetembro já será possível", diz ela.

Segundo Luciana, no entanto, mesmo que o movimento chame os seguidores para as ruas, a ideia é fazer protestos separados da esquerda.

"Ainda vamos discutir, mas pode até ser que seja no mesmo dia, que eles sigam um percurso, sigamos outro", afirma.

Ela diz que a ideialeocasinofazer algo mais separado tem a ver com mostrar que o desagrado com Bolsonaro estáleocasinovários setores, e não por medoleocasinoproblemas entre as militâncias ou por recusaleocasinodialogar.

"Para a democracia, é sensacional que as pautas estejam unidas, mas que cada qual esteja representando o seu segmento", afirma Luciana.

"(Caso haja convergêncialeocasinoprotestos), a gente espera que não haja problemas entre as militâncias, já que a pauta converge. Nossa conversa (com a esquerda) tem sido pacífica também, isso é uma conquista, amadurecimento da sociedade", afirma ela.

Segundo Luciana, o Vem Pra Rua tem focadoleocasinoatuaçãoleocasinooutras frentes.

O grupo não assinou o pedidoleocasino"superimpeachment", mas protocolou o próprio pedidoleocasinoimpeachment um pouco antes, com 35 crimesleocasinoresponsabilidade que Bolsonaro teria cometido.

O movimento também criou um mapa com contatosleocasinoparlamentares para que as pessoas façam pressãoleocasinoseus representantes no sentidoleocasinoaprovação do impeachment.

Direita na rua

Foto aérea mostra multidão com bandeiras e cartazes perto do MASP

Crédito, EPA/Fernando Bizerra

Legenda da foto, Manifestação contra BolsonaroleocasinoSão Paulo no dia 29leocasinomaio; líderesleocasinomovimentosleocasinodireita entrevistados apontam para riscoleocasinocontágio por covid-19 nos protestos

ApesarleocasinoMBL e Vem Pra Rua não estarem presentes neste sábado, as manifestações não terão apenas militantesleocasinoesquerda.

De orientação liberal, o movimento Livres, por exemplo, decidiu chamar seus associados e seguidores para irem ao protestoleocasinosábado caso se sintam seguros.

"A mobilizaçãoleocasinonossos grupos pela participação das ruas foi crescendo muito nos últimos tempos", afirma Magno Karl, diretor-executivo do Livres. "Mas não queremos constranger as pessoas a irem. É uma situação muito diferente à minha, que moro sozinho e posso trabalharleocasinocasa, do que alguém que mora com idosos, ou que tem uma comorbidade", diz ele.

"Não é covardia não ir aos protestos", defende.

O Livres também apoia a campanha na internetleocasinoapoio ao 'superimpeachment' e, diferentementeleocasinooutros gruposleocasinodireita, diz Magno, não é composto por "bolsonaristas arrependidos".

"Nós nascemosleocasinooposição a Bolsonaroleocasino2018, e sofremos por não apoiá-lo, mesmo na épocaleocasinoque havia muitos liberais iludidos com ele por causa do Paulo Guedes."

Apesar da crítica, Karl afirma que o grupo tem tido muitas conversas com lideranças tanto à esquerda com a direita, e acredita que podem "ser capazleocasinofazer a ponte."

"A gente tem uma leituraleocasinoque os movimentosleocasinorua vão crescer e a gente vai ter que acolher grupos que se enganaram com Bolsonaro", diz ele, que espera que não haja hostilidade por parteleocasinogrupos mais radicaisleocasinoesquerda contra pessoasleocasinodireita nos protestos.

"A gente não sabe como vai ser. É claro que a gente imagina que pode haver hostilidade, um certo risco, além do riscoleocasinocovid. Mas fora das redes sociais, (que é) onde está o pessoal mais radical, existe muita disposição para cooperação", afirma.

O líder do movimento também afirma que o Livres deve estar mais preparado para os próximos protestos, com mais material e chamadas com mais antecedência.

E diz que a mobilização é importante mesmo que o impeachment não se concretize.

"O tempo é curto porque a eleiçãoleocasino2023 está chegando. Mas temos que fazer essa demonstraçãoleocasinooposição. Neste momento o debate está na sociedade civil", diz ele.

"Se o Artur Lira (presidente da Câmara dos Deputados) pautar o impeachment, aí vamos focarleocasinovirar voto (contra Bolsonaro) no Congresso", diz Magno.

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