'Chegou com sinais1xbet 1xbet downloadnecrose no rosto', relata médico sobre diabético que morreu com mucormicose:1xbet 1xbet download

Médicos acompanham paciente com mucormicose

Crédito, EPA

Legenda da foto, Paciente1xbet 1xbet download56 anos foi internado1xbet 1xbet download121xbet 1xbet downloadabril e não resistiu às complicações1xbet 1xbet downloadinfecção fúngica

Posteriormente, uma análise confirmou que o homem havia desenvolvido a mucormicose. O principal fator para o agravamento do quadro dele, segundo os médicos, foi o descontrole da diabetes.

O caso do paciente logo acendeu um alerta sobre a infecção que tem sido noticiada1xbet 1xbet downloadtodo o mundo, após acometer quase 9 mil pacientes com a covid-19 na índia,1xbet 1xbet downloadmeio à explosão da pandemia no país.

O "fungo preto" mata mais1xbet 1xbet download50% dos afetados, segundo estudos sobre o tema. Muitos dos pacientes precisam passar por cirurgias mutilantes, que retiram partes do corpo atingidas pelo micro-organismo, como os olhos.

No Brasil foram registrados, segundo o Ministério da Saúde, 29 casos1xbet 1xbet downloadmucormicose entre janeiro e maio deste ano. Em 2020, conforme a pasta, foram 36 casos1xbet 1xbet downloadjaneiro a dezembro. Os dados são baseados1xbet 1xbet downloadnotificações feitas pelos Estados e não há detalhes se eles têm relação com o novo coronavírus.

O caso1xbet 1xbet downloadManaus não foi, ao menos até o momento, associado à covid-19. Durante o período no hospital, o paciente passou por exames que não apontaram infecção pelo novo coronavírus.

Nos últimos dias, mais dois casos da infecção fúngica foram confirmados no Brasil:1xbet 1xbet downloadPernambuco e no Rio Grande do Norte. Nessas situações, segundo os governos locais, as pacientes haviam se recuperado da covid-19 recentemente.

Além disso, atualmente há, ao menos, outros três casos suspeitos da infecção fúngica no país.

Especialistas ouvidos1xbet 1xbet downloadrecente reportagem da BBC News Brasil disseram que,1xbet 1xbet downloadmaneira geral, os casos1xbet 1xbet downloadmucormicose não são considerados uma ameaça ao país. Eles argumentaram que os fungos relacionados à infecção circulam livremente por boa parte do mundo, inclusive no Brasil, e são conhecidos e estudados desde o final do século 19.

A mucormicose pode representar uma ameaça para casos como os1xbet 1xbet downloadpacientes com diabetes descontrolada, doenças oncohematológicas (como a leucemia) que precisam1xbet 1xbet downloadtransplante1xbet 1xbet downloadmedula óssea ou quando uma pessoa faz uso1xbet 1xbet downloadaltas doses1xbet 1xbet downloadcorticoides, que possuem ação anti-inflamatória.

Paciente com olho comprometido por infecção fúngica

Crédito, HINDUSTAN TIMES/GETTY IMAGES

Legenda da foto, Na Índia houve registros1xbet 1xbet downloadmilhares1xbet 1xbet downloadcasos1xbet 1xbet downloadmucormicose1xbet 1xbet downloadpacientes que tiveram a covid-19

O paciente1xbet 1xbet downloadManaus

No início1xbet 1xbet downloadabril, o paciente1xbet 1xbet downloadManaus tomou a primeira dose da CoronaVac, imunizante contra a covid-19. Ele apresentou febre e mal-estar posteriormente. Segundo os relatos1xbet 1xbet downloadfamiliares, o homem começou a sentir um incômodo ao redor do olho e aplicou um óleo vegetal na região.

O médico Paulo Roberto Mendonça, da Vigilância Sanitária do Amazonas, aponta que não é possível afirmar1xbet 1xbet downloadque situação o homem desenvolveu a infecção fúngica. Ele destaca que isso pode ter ocorrido1xbet 1xbet downloadqualquer situação do cotidiano.

"Esse óleo vegetal (que o homem usou na região dos olhos), por exemplo, pode ter disseminado o fungo, porque normalmente esses produtos são caseiros, feitos no mercado informal. Mas também não sabemos as condições sanitárias da casa dele,1xbet 1xbet downloadrelação ao clima quente. Há pessoas que moram1xbet 1xbet downloadverdadeiros viveiros1xbet 1xbet downloadfungos", diz o médico à BBC News Brasil.

Os fungos que provocam a mucormicose, conhecidos como Rhizopus, Rhizomucor e Mucor, estão presentes1xbet 1xbet downloadmuitos países (incluindo o Brasil) e podem ser observados no bolor do pão e das frutas, por exemplo.

Muitos podem conviver bem com eles, sem desenvolver qualquer doença. A explicação para aqueles que apresentam um quadro infeccioso está na condição1xbet 1xbet downloadsaúde1xbet 1xbet downloadcada um.

"Pessoas saudáveis não evoluem para uma doença, só pacientes imunossuprimidos", explica Mendonça.

Ele estima que o paciente1xbet 1xbet downloadManaus começou a apresentar os sintomas da infecção por volta1xbet 1xbet download10 dias antes1xbet 1xbet downloadprocurar atendimento médico. Essa demora, avalia o especialista, agravou ainda mais o quadro. "Ele tentou tratamento1xbet 1xbet downloadcasa e piorou", diz.

Ilustração do fungo Mucor

Crédito, DR_MICROBE/GETTY IMAGES

Legenda da foto, Fungo Mucor é um dos responsáveis pela mucormicose

Cirurgião oncológico, Mendonça relata que1xbet 1xbet downloadduas décadas1xbet 1xbet downloadcarreira nunca havia presenciado um caso1xbet 1xbet downloadmucormicose. "Talvez quem trabalha com doença infecciosa possa ter visto já, mas eu nunca tinha acompanhado", comenta.

Quando decidiu procurar atendimento médico, o paciente foi internado no Hospital e Pronto-Socorro Dr. João Lúcio, na Zona Leste1xbet 1xbet downloadManaus. Posteriormente, ele foi transferido para o hospital da Fundação1xbet 1xbet downloadMedicina Tropical, onde passou os seus últimos dias.

Na unidade1xbet 1xbet downloadsaúde, um familiar do paciente informou que ele deveria usar insulina por ser diabético, mas havia interrompido o tratamento nas semanas anteriores.

O médico relata a condição que o homem chegou ao hospital. "Ele estava com um quadro muito grave. Desde o início já havia a possibilidade do diagnóstico (de mucormicose) e ele recebeu o tratamento para isso", diz.

"Na face dele havia uma área1xbet 1xbet downloadnecrose, que é como se a pele ficasse inchada. Essa necrose é quando há um ponto meio escurecido, no qual não há mais gordura embaixo da pele, apenas uma área1xbet 1xbet downloadpus. É um tecido sem vida, que você corta e não sangra", detalha Mendonça.

O médico explica que a equipe suspeitou que fosse um caso1xbet 1xbet downloadmucormicose pela alta incidência1xbet 1xbet downloadcasos na Índia. "Como começou um alerta na índia e a apresentação desse caso era muito atípica, com um padrão1xbet 1xbet downloadnecrose, foi solicitada a análise da cultura1xbet 1xbet downloadbactérias e fungos do paciente", diz

Os médicos, relata Mendonça, precisaram tirar a área necrosada no rosto do paciente para evitar uma propagação ainda maior da infecção. "Foi feito o desbridamento (remoção do tecido necrosado) da pele (afetada). Há casos, segundo os relatos médicos,1xbet 1xbet downloadque é necessário também retirar o olho do paciente. Nesse caso não foi preciso", diz.

Mas os cuidados médicos não foram suficientes para salvar o homem. O quadro dele piorou rapidamente. Em 161xbet 1xbet downloadabril, ele teve um choque séptico (infecção generalizada que causa falência dos órgãos),1xbet 1xbet downloaddecorrência da mucormicose, e não resistiu.

Mais1xbet 1xbet downloadum mês depois da morte do homem, a Fundação1xbet 1xbet downloadMedicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado confirmou que o paciente estava com mucormicose rinocerebral, o tipo mais comum da infecção, que atinge áreas como nariz, olhos e boca. Após a confirmação do resultado, o material foi encaminhado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que deverá estudar o caso.

Hospital da Índia com pacientes1xbet 1xbet downloadleitos

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Nas últimas semanas, Índia vive período mais difícil desde o início da pandemia1xbet 1xbet downloadcovid-19

A mucormicose no Brasil

No domingo (06/06), o primeiro caso da infecção por mucormicose foi confirmado1xbet 1xbet downloadPernambuco. De acordo com a Secretaria Estadual1xbet 1xbet downloadSaúde (SES), a paciente é uma mulher1xbet 1xbet download59 anos que está internada desde sexta-feira (04/06).

A pasta estadual afirma que a mulher tem diabetes, hipertensão, asma e é obesa. O quadro dela é considerado estável. Anteriormente, a paciente teve covid-19.

Na segunda-feira (07/06), a Secretaria Estadual1xbet 1xbet downloadSaúde Pública (Sesap) do Rio Grande do Norte informou que uma biópsia confirmou a infecção1xbet 1xbet downloaduma moradora1xbet 1xbet downloadNatal por mucormicose.

De acordo com a Sesap, a mulher tem 42 anos e teve quadro leve1xbet 1xbet downloadcovid-19 recentemente. Após se recuperar, teve sintomas1xbet 1xbet downloadinfecção pelo fungo. Segundo a pasta, a mulher passa bem . Não foi divulgado se ela tem alguma doença pré-existente.

Nas últimas, semanas, algumas cidades brasileiras anunciaram suspeitas1xbet 1xbet downloadmucormicose, como São Paulo (SP), Campo Grande (MS) e Joinville (SC). Esses casos ainda são analisados por laboratórios.

Especialistas afirmam que a doença não é transmitida1xbet 1xbet downloaduma pessoa para outra. A principal orientação para casos suspeitos da infecção fúngica é buscar atendimento médico imediatamente para evitar a necrose1xbet 1xbet downloadtecidos afetados.

Ao menos pelos números atuais, Paulo Roberto Mendonça avalia que os casos1xbet 1xbet downloadmucormicose no Brasil não devem ser considerados alarmantes. Principalmente, diz ele, porque não houve aumento considerável1xbet 1xbet downloadregistros da infecção fúngica, como na Índia, durante o auge da pandemia no Brasil, entre março e abril.

Mendonça afirma que os registros podem subir nos próximos meses1xbet 1xbet downloadrazão do alerta na Índia, que deve fazer com que os profissionais1xbet 1xbet downloadsaúde fiquem mais atentos à infecção.

"Os casos que antes não eram observados e diagnosticados corretamente, agora podem ser identificados mais precocemente aqui no Brasil", afirma.

Entre os motivos para que a índia tenha tido aumento1xbet 1xbet downloadregistros da infecção fúngica, apontam especialistas, está o fato1xbet 1xbet downloadque o país tem uma das maiores taxas1xbet 1xbet downloaddiabetes do mundo. "Proporcionalmente, é também um dos países com mais pessoas sem o tratamento ideal", afirma Mendonça.

O alto índice1xbet 1xbet downloadmucormicose na Índia é justificado por especialistas com base nesse cenário1xbet 1xbet downloadpacientes vulneráveis, que muitas vezes têm doenças prévias, com o sistema imunológico afetado pela covid-19 e que precisam1xbet 1xbet downloadremédios que podem afetar ainda mais o funcionamento das células1xbet 1xbet downloaddefesa (como os corticoides). Além disso, muitos foram mantidos1xbet 1xbet downloadlocais que podem não apresentar a higiene adequada enquanto tratavam a doença causada pelo novo coronavírus.

Ilustração1xbet 1xbet downloadfungo

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Amazonas, Rio Grande do Norte e Pernambuco confirmaram casos1xbet 1xbet downloadmucormicose

Como evitar a infecção

A porta1xbet 1xbet downloadentrada da mucormicose costuma ser o nariz. Logo invade os vasos sanguíneos do rosto, criando manchas escuras por onde passa (daí a alcunha "fungo preto"), conforme detalhou reportagem recente da BBC News Brasil.

Em uma situação normal, é bem provável que o sistema imunológico consiga lidar com esses avanços fúngicos para evitar repercussões maiores.

Mas1xbet 1xbet downloadum momento1xbet 1xbet downloadfragilidade causado pela covid-19, esse mecanismo natural1xbet 1xbet downloaddefesa pode não funcionar tão bem e permitir que Mucor, Aspergillus, Candida e companhia limitada causem estragos.

Uma das principais orientações1xbet 1xbet downloadespecialistas para evitar a mucormicose é o controle adequado1xbet 1xbet downloaddoenças crônicas, como diabetes.

O infectologista Alessandro Comarú Pasqualotto, professor da Universidade Federal1xbet 1xbet downloadCiências da Saúde1xbet 1xbet downloadPorto Alegre, disse,1xbet 1xbet downloadrecente entrevista à BBC News Brasil, que é importante que as pessoas se preocupem com a umidade e a ventilação do ambiente1xbet 1xbet downloadque vivem.

Pasqualotto também alerta sobre o acúmulo1xbet 1xbet downloadágua e matéria orgânica1xbet 1xbet downloaddecomposição na geladeira e na despensa e comenta que precisamos ficar atentos ao aparecimento1xbet 1xbet downloadmofo nas paredes ou dentro1xbet 1xbet downloadarmários na cozinha e no banheiro. "Precisamos tirar o alimento para que os fungos não se desenvolvam", diz.

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