Brasil do desemprego recorde tem vagasbet365 full screenfábricasbet365 full screencaixões:bet365 full screen
A equipe da empresabet365 full screenDois Córregos, no interiorbet365 full screenSão Paulo, aumentou pouco maisbet365 full screen10% com os 15 funcionários que chegaram recentemente.
As jornadas ficaram mais longas, e as férias foram suspensas — dentro do que a lei permite, Marinho faz questãobet365 full screenfrisar.
A empresa também passou a oferecer para os clientes só 2 dos 45 modelos que tem no catálogo, para tentar acelerar a produção.
Marinho diz que já conseguiu aumentar a fabricaçãobet365 full screencercabet365 full screen30%, mas calcula que vai precisar elevar ainda mais para tentar atender a todos.
"Tá bem esquisito, tá todo mundo ressabiado. Cidades que tinham três, quatro óbitos por mês,bet365 full screenrepente, têm oito, dez, e esse número fica constante. Isso assusta."
Mortesbet365 full screenalta no ano da pandemia
Nunca morreu tanta gente no Brasil quando no período da pandemia.
Foram quase 1,5 milhãobet365 full screenóbitos entre marçobet365 full screen2020 e fevereirobet365 full screen2021,bet365 full screenacordo com a Associação Nacional dos Registradoresbet365 full screenPessoas Naturais (Arpen-Brasil).
É o recorde do monitoramento desde que ele começou a ser feito,bet365 full screen2003.
As mortes no ano da pandemia ficaram 31% acima da média e 13,7% do ano anterior.
E foi justamente o último mês do levantamento que teve o maior númerobet365 full screenmortesbet365 full screentoda a série histórica.
Em fevereirobet365 full screen2021, 120 mil novos atestadosbet365 full screenóbito foram emitidos por cartóriosbet365 full screentodo o país.
'Tem pico todo ano, mas nada se compara com isso'
Os fabricantesbet365 full screencaixão foram um dos primeiros a notar esse aumento fora da curva.
Esse é um mercadobet365 full screenque a previsibilidade é a norma. Fora algo excepcional, o númerobet365 full screennascimentos e mortes costuma ser relativamente regular — descontadas as variações sazonais e as mudanças no perfil da própria população.
Por isso Leandro Rigon diz que soube logobet365 full screencara que o aumentobet365 full screenpedidos que ele estava vendo embet365 full screenfábricabet365 full screenConstantina, no interior do Rio Grande do Sul,bet365 full screenoutubro do ano passado, não era normal.
Em um primeiro momento, diz o empresário, as funerárias tinham algum estoque para dar conta do aumento dos velórios e enterros.
"Aí pegou forte a partirbet365 full screenfevereiro (de 2021). Houve um aumento muito, muito grandebet365 full screenpedidos", afirma o diretor-executivo das Urnas Rigon, empresa que foi criada pelo seu pai há 31 anos.
"Estou no ramo há 24. Claro que tem picos todos os anos, mas nada se compara com isso. Nunca teve algo assim."
'Se um pedir demais, o outro fica sem'
Leandro Rigon diz quebet365 full screenprodução aumentoubet365 full screenum terço depois que ele contratou mais 20 funcionários.
A fábrica também passou a funcionar uma hora a mais todos os dias e também aos sábados e feriados.
O empresário conta que precisou conversar com algumas funerárias. "Sabe o que aconteceu com o papel higiênico? Então, eu acho que a mesma coisa aconteceu aqui, algumas pessoas correram para estocar."
As encomendas grandes demais foram renegociadas, para fracionar a entrega. "Se um pedir demais, o outro vai ficar sem", justifica Rigon.
Faltabet365 full screenmatéria-prima
Os fabricantes dizem que a situação ficou ainda mais crítica porque está faltando matéria-prima para fazer os caixões e urnas.
Eles contam que desde o fim do ano passado começou a ficar difícil achar madeira, compensado, aço, plástico, tecido — os materiais que costumam ser usados para fazer esse tipobet365 full screenproduto.
Com real desvalorizado, o câmbio ficou mais favorável às exportações, e os produtores nacionais passaram a priorizar as vendas para o exterior, diz Gisela Adissi, presidente da Associação dos Cemitérios e Crematórios Privados do Brasil (Acembra).
"Os fabricantes ainda estão conseguindo atender os pedidos, mas estão reduzindo as entregas. Março deve ser o pior mês e provavelmente vai dar uma melhoradabet365 full screenabril, mas ainda vai ser difícil", afirma Adissi.
Acordo e pedidobet365 full screenajuda
Ela diz que as associações do mercado funerário decidiram fazer uma campanha para ninguém estocar esses produtos.
Adissi acredita que não vai faltar caixão e urna no mercado, mas reconhece que a preocupação é grande.
"Não pode ir a velório, não pode ir a enterro (por culpa das restrições sanitárias)... A gente já está sofrendo demais com a privaçãobet365 full screenvários dos nossos rituais. Sem esses símbolos tão familiares e habituais, começa a ficar caótico", diz a empresária.
Os fabricantes também se mobilizaram e vieram a público no iníciobet365 full screenmarço pedir a ajuda. O apelo surtiu efeito, diz Antônio Marinho, que também é presidente da Associaçãobet365 full screenFabricantesbet365 full screenUrnas do Brasil.
Ele afirma que as empresas conseguiram uma interlocução com o governobet365 full screenSão Paulo,bet365 full screenonde sai mais da metade da produçãobet365 full screenurnas e caixões no país.
"Eles nos colocaram no comitê contra a covid e estão ajudando no diálogo com os fornecedoresbet365 full screenmatéria-prima. Está funcionando, o pessoal está sendo mais flexível e aumentando a cota. Acho que isso vai resolver o problema", diz Marinho.
Produtos mais simples, margens menores
Com a pouca ofertabet365 full screenmateriais e a grande procura, alguns produtos encareceram bastante, e teve preço que dobrou ou triplicou, reclamam os fabricantes.
"As pessoas acham que se está ganhando muito dinheiro no mercado funerário, mas não é assim não, pelo contrário", afirma Leandro Rigon. "Estamos empatando, quase tendo prejuízo"
As margensbet365 full screenlucro ficaram mais apertadas não só por causa do aumentobet365 full screengastos com funcionários e matérias-primas, diz Rigon. Os caixões que mais saem hoje também são os mais baratos.
"Antes, as compras eram mais diversificadas. Agora, não. Focambet365 full screencomprar só o mais basicão porque não vai ter velório", afirma o empresário. E o lucro era maior com os modelos mais caros.
bet365 full screen Muitos funcionários afastados
A Bignotto, uma fábricabet365 full screenCordeirópolis, no interiorbet365 full screenSão Paulo, enfrenta ainda outra dificuldade por causa da pandemia.
Muita gente tem ficado doente, e o entra e saibet365 full screenfuncionários na produção aumentou bastante.
Thomaz Bignotto, que dirige a empresa com os três irmãos, calcula que cercabet365 full screenum quinto dos 200 funcionários estão afastados atualmente por causa da covid-19.
Isso fez triplicar o númerobet365 full screencontratações na empresa por semana. De duasbet365 full screenmédia para cinco ou seis hojebet365 full screendia.
"Estamos basicamente repondo os afastamentos", diz Bignotto.
Sem alternativas para crescer
Esse é um dos motivos por quebet365 full screenprodução está hoje uns 40% abaixo do que era antes da pandemia. E o empresário não vê muitas alternativasbet365 full screenaumentar esse volume.
Primeiro, porque falta material e tudo está mais caro. "Repassamos só uma parte desse aumento para os preços dos produtos, o resto não. Estamos no zero a zero, não estamos tendo lucro", diz Bignotto.
Mas também porque "não é fácil conseguir 40 funcionários da noite para o dia para abrir um novo turnobet365 full screentrabalho"bet365 full screenuma cidade pequena como Cordeirópolis, afirma Bignotto.
Ele explica que também não adianta comprar mais máquinas, porque esse investimento está fadado a se tornar prejuízo mais pra frente, quando o númerobet365 full screenmortes voltar ao normal.
Ou melhor, quando ficar abaixo do normal — Bignotto acredita que a pandemia alterou o ritmo normalbet365 full screennascimentos e mortes e isso reserva dias não muito animadores para o seu negócio no futuro próximo.
"O que está acontecendo agora adiantou as mortes. As pessoas que iam morrer depois estão morrendo agora. Quando acabar a pandemia, vai ter um declínio muito grande", acredita.
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