'Crise estava fadada a ocorrer', diz historiador sobre demissões no comando das Forças Armadas:bonus de registo apostas

Autorbonus de registo apostasdiversos livros, entre eles O golpebonus de registo apostas1964: momentos decisivos e História do Brasil Contemporâneo: da Mortebonus de registo apostasVargas aos Dias Atuais, Fico diz que as Forças Armadas entrarambonus de registo apostasuma relação "promíscua" com o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e que isso inevitavelmente levou à crise atual.

"Falo promiscuidade porque houve um envolvimento indevido com o governo, com uma enxurradabonus de registo apostasmilitares, uma presença excessiva e desproporcional. A crise estava contratada desde então", diz ele.

'Apoiar Bolsonaro foi um risco para as Forças Armadas'

O pesquisador aponta que,bonus de registo apostasum lado, o presidente se julgou no direitobonus de registo apostascobrar lealdade política do ministro da Defesa e das Forças Armadas.

"Isso não convém, não compete a ele, e é totalmente inadequado e inconstitucional para as Forças Armadas, sendo um órgãobonus de registo apostasEstado", afirma.

Ao mesmo tempo, as Forças Armadas acreditaram que poderiam controlar os ímpetos e arroubosbonus de registo apostasBolsonaro.

"Os militares foram ingênuos. Pretendiam tutelar o governo e até foram decisivos no começo, mas depois não conseguiram evitar as posições extremistas ou absurdas do presidente quanto à pandemia ou nas questões ideológicas ebonus de registo apostascostumes. Foi uma ilusão", diz Fico.

A pasta da Defesa foi criadabonus de registo apostas1999 e era tradicionalmente chefiada por ministros civis. Desde o governo Michel Temer (2016-2018), porém, passou a ser comandada por um militar.

O agora ex-ministro da Defesa fez questãobonus de registo apostasressaltar no comunicado divulgado na segunda-feira (29/3) sobrebonus de registo apostassaída do governo que "preservou as Forças Armadas como instituiçõesbonus de registo apostasEstado".

Depois, nesta terça, os três comandantes das Forças Armadas deixaram os cargos: Edson Pujol, comandante do Exército, Ilques Barbosa, da Marinha, e Antônio Carlos Moretti Bermudez, da Aeronáutica.

A saída dos comandantes é vista como um atobonus de registo apostasprotesto pela demissão sumáriabonus de registo apostasAzevedo.

"Bolsonaro é autoritário,bonus de registo apostasviés golpista e extremamente incompetente. Apostar suas fichas como um cidadão ou como um político neste governo já seria um risco tremendo, imagina para as Forças Armadas…", diz Fico

'Não consigo imaginar um golpe'

Atualmente, Bolsonaro tem militares no comandobonus de registo apostasseis ministérios, mas esse número já foi maior, sem contar os militares que ocupam outros cargos.

O professor da UFRJ diz que era previsível que essa grande participação militar no governo levaria a um desgaste das Forças Armadas. "Eles cometeram um erro tremendo", diz Fico.

Mesmo agora com um nome mais alinhado a Bolsonaro à frente Defesa, como é o caso do general Walter Braga Netto, e caso o mesmo venha a ocorrer na liderança das Forças Armadas, o pesquisador diz que "não consegue imaginar um golpe".

"(Os militares) já estão no poder. Seja qual for o general que ocupe o comando do Exército - que é o que importa -, não acho que pretenda se aventurar", diz Fico.

"Pode haver algum tipobonus de registo apostasacomodação das Forças Armadas, para mostrar que elas estão unidasbonus de registo apostastorno do chefe, mas não creito que haja possibilidadebonus de registo apostasuma ruptura institucional."

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