EUA e China não devem deixar Brasil 'de joelhos' por vacina, diz Kátia Abreu:internacional e grêmio palpite

A ofensiva política aconteceinternacional e grêmio palpitemeio ao recrudescimento da pandemia no país, que chegou ao patamar classificado pela Fiocruzinternacional e grêmio palpite"o maior colapso sanitário e hospitalar da história do Brasil". Na última semana, com a morteinternacional e grêmio palpiteMajor Olímpio (PSL-SP), a pandemia fez ainternacional e grêmio palpiteterceira vítima fatal entre os 81 colegasinternacional e grêmio palpiteSenadointernacional e grêmio palpiteKátia Abreu.

Em meio ao cenário, a trocainternacional e grêmio palpitecomando no Ministério da Saúde, com a chegada do médico cardiologista Marcelo Queiroga, que tem afinidade pessoal com a família do presidente, não agradou ao chamado centrão, que é hoje a principal baseinternacional e grêmio palpitesustentação do governo no Congresso e do qual faz parte o atual partidointernacional e grêmio palpiteKátia Abreu, o PP.

A pressão no Congresso levou Bolsonaro a articular uma reuniãointernacional e grêmio palpitegerenciamentointernacional e grêmio palpitecrise entre os três poderes, marcada para terça-feira (23/3). O risco é que o Executivo acabe tendointernacional e grêmio palpiteconduta investigadainternacional e grêmio palpiteuma CPI da pandemia, contra a qual Bolsonaro e seus ministros tentam se vacinar.

Ainda neste sábado, 20/3, o Itamaraty divulgou via redes sociais que "desde o dia 13/3 o governo brasileiro,internacional e grêmio palpitecoordenação com o Ministério da Saúde, estáinternacional e grêmio palpitetratativas com o governo dos EUA para viabilizar a importação pelo Brasilinternacional e grêmio palpitevacinas do excedente disponível nos Estados Unidos".

O post foi interpretadointernacional e grêmio palpiteBrasília como um movimento defensivo do chanceler Ernesto Araújo diante da ofensivainternacional e grêmio palpiteAbreu. Mas a tentativainternacional e grêmio palpitemostrar celeridade nas ações do Itamaraty pode não ter sido bem sucedida. Isso porque uma reportagem do jornal The New York Times, publicada no dia 11, já mencionava a discussão entre funcionários da gestão Biden e do laboratório britânico sobre a possibilidadeinternacional e grêmio palpiteremeter dosesinternacional e grêmio palpitevacina sem uso ao Brasil.

Assim, mesmo depoisinternacional e grêmio palpiteo assunto ter se tornado público, o Itamaraty ainda teria levado dois dias para acionar os EUA via mecanismos diplomáticos.

Segundo a BBC News Brasil apurou, o Itamaraty tenta estabelecer um acordointernacional e grêmio palpitevenda das vacinas sobressalentes dos americanos com urgência - e disputa com dezenasinternacional e grêmio palpitepaíses por elas.

De acordo com a Casa Branca, os EUA possuem hoje,internacional e grêmio palpiteestoque, cercainternacional e grêmio palpitesete milhõesinternacional e grêmio palpitedoses da AstraZeneca - das quais 4 milhões já foram prometidas aos vizinhos Canadá e México,internacional e grêmio palpiteacordos bilaterais. Mas veículosinternacional e grêmio palpiteimprensa locais como o próprio New York Times estimam que o estoque é maior do que isso, estaria por voltainternacional e grêmio palpite30 milhõesinternacional e grêmio palpitedoses da AstraZeneca, já que os americanos possuem uma fábrica do imunizanteinternacional e grêmio palpiteBaltimore, Maryland.

"Sabemos que eles estão sentadosinternacional e grêmio palpitecimainternacional e grêmio palpitecentenasinternacional e grêmio palpitemilhõesinternacional e grêmio palpitedoses, dava para vacinar a população inteira dos EUA três vezes. Aí entra a geopolítica", afirma Kátia Abreu.

A pressão para que os americanos atueminternacional e grêmio palpiterelação ao Brasil tem surgido na própria comunidade médica do país. No último fiminternacional e grêmio palpitesemana, a cientista da Universidade Yale, Akiko Iwasaki, especialistainternacional e grêmio palpiteimunidade virológica, e o epidemiologista Eric Feigl-Ding, que atuou por 16 anosinternacional e grêmio palpiteHarvard, fizeram comentários públicos sobre a gravidade da variante brasileirainternacional e grêmio palpitecoronavírus, a P1, e sobre a situação pandêmica no país.

"Há uma crise à qual todos precisamos prestar atenção: é a onda sem precedentes da variante P1 no Brasil, (com) hospitais sobrecarregados e aumento acentuado da mortalidade. Se a mais contagiosa variante P1 sairinternacional e grêmio palpitecontrole ao redor do mundo, todos estaremosinternacional e grêmio palpiteperigo", escreveu Feigl-Ding no Twitter.

Iwasaki respondeu com um pedido para que as empresas Moderna e Pfizer adequem suas vacinas para combater a P1 mas destacou que "qualquer vacina ajuda".

Sob pressão internacional, nesta segunda-feira (22/3), a Casa Branca negou que esteja mantendo um "estoque secreto"internacional e grêmio palpitecentenasinternacional e grêmio palpitemilhõesinternacional e grêmio palpitedoses. Reafirmou que americanos são a prioridade e aventou a possibilidadeinternacional e grêmio palpiteque as doses não usadas agora poderão ser importantes para a imunizaçãointernacional e grêmio palpitemenoresinternacional e grêmio palpite16 anos, hoje fora dos planosinternacional e grêmio palpitevacinação no mundo todo.

Mas sinalizou que as vacinas não necessárias aos americanos podem ser encaminhadas ao mundo por meio do consórcio Covax, da Organização Mundial da Saúde (OMS), da qual o Brasil participa com a cota mínimainternacional e grêmio palpitedoses. "Continuamos comprometidosinternacional e grêmio palpitetrabalhar por meio da CoVax. México e Canadá são nossos vizinhos.

"(Há) Muito tráfego (entre os países). (Por isso), faz sentido fazer acordos bilaterais (com eles)", afirmou a porta-voz do governo Biden, Jen Psakiinternacional e grêmio palpitecoletiva.

A BBC News Brasil apurou, no entanto, que até sexta-feira passada (19/3), não havia previsãointernacional e grêmio palpiteque doses americanas engordassem o estoque do Covax a ser distribuído pelo braço panamericano da OMS aos países da região. Já o Departamentointernacional e grêmio palpiteEstado dos EUA não respondeu oficialmente se há ou não negociação para remeter vacinas ao Brasil.

"A parceria vai começar que horas? Essa é a hora do Biden ficarinternacional e grêmio palpiteolho, da China se mexer, mostrarem que são amigos. Porque um amigo não deixa o outrointernacional e grêmio palpitejoelhos, não. Queremos comprar, os americanos e os chineses têm pra vender. Vão nos deixar sofrendo? Nós aguentamos, mas jamais esqueceremos", afirma Kátia Abreu.

EUA e China acumularam problemas diplomáticos com o Brasil nos últimos meses. No caso americano, Bolsonaro chegou a falarinternacional e grêmio palpitefraude nas eleições presidenciais, quando Joe Biden foi anunciado vencedor sobre o republicano Donald Trump, seu aliado. Com a China, o chanceler Ernesto Araújo e o filho do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro, colecionaram rusgas com o embaixador chinês no Brasil via redes sociais.

Nada disso, para Kátia Abreu, poderia justificar que os dois países não socorressem o Brasil nesse momento.

"Não se pode nivelar o Brasil por baixo, por uma inadequaçãointernacional e grêmio palpitedois ou três representantes brasileiros", afirmou a senadora, sem citar quem seriam tão representantes.

Segundo ela, o Brasil foi prejudicado pelo "negacionismo" do Executivo. O presidente Bolsonaro chegou a dizer que não compraria a "vacina chinesa do João Dória",internacional e grêmio palpiterelação a Coronavac, que responde pela maioria das pessoas imunizadas hoje no país, e entrouinternacional e grêmio palpiteembates públicos com a Pfizer,internacional e grêmio palpitequem recusou contratointernacional e grêmio palpitevendainternacional e grêmio palpitedoses repetidas vezes no ano passado.

Dizendo-se desinteressadainternacional e grêmio palpitebrigas internas e focada na obtençãointernacional e grêmio palpitevacinas, Kátia Abreu tenta se credenciar como interlocutora internacional.

"O governo brasileiro não é só o Executivo. Se o Executivo abriu mão da interlocução, nós no Congresso não vamos abrir", afirma a senadora.

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