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Covid-19: novo mapa globalrobozinho do pixbetriscos deve ter Brasilrobozinho do pixbet'zona vermelha', dizem cientistas:robozinho do pixbet
"Isso pode existir oficialmente,robozinho do pixbetsitesrobozinho do pixbetviagem ou mesmo na cabeça das pessoas."
As nações que tendem a sofrer maior isolamento são as que não adotaramrobozinho do pixbetmaneira sistemática medidasrobozinho do pixbetcontrole da covid-19 nem negociaram vacinas antecipadamente, como é o caso do Brasil, que totalizou na quarta (10) o recorderobozinho do pixbet2.286 mortesrobozinho do pixbet24 horas e é visto por pesquisadores como potencial celeirorobozinho do pixbetvariantes.
Até o momento, cercarobozinho do pixbet9 milhõesrobozinho do pixbetpessoas receberam ao menos uma doserobozinho do pixbetvacina no país. O número pode parecer alto, mas ele representa só 4,26% da população brasileira.
Hoje o Brasil só tem doses das vacinas Oxford-AstraZeneca, adquiridas pela Fiocruz, erobozinho do pixbetCoronavac, do Instituto Butantan, que seriam insuficientes para imunizar toda população com maisrobozinho do pixbet18 anos aindarobozinho do pixbet2021. Na segunda-feira (15/03), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, prometeu a comprarobozinho do pixbetmaisrobozinho do pixbet100 milhõesrobozinho do pixbetdosesrobozinho do pixbetvacinas da Pfizer e da Janssen.
Países pobres, que não têm recursos para adquirir imunizantes, também devem sofrer com o isolamento, que deve aprofundar a desigualdade social entre os hemisférios norte e sul, avalia o professor Peter Baker, vice-diretor do departamentorobozinho do pixbetSaúde Global e Desenvolvimento da universidade Imperial College London, no Reino Unido.
"Vamos terminar o ano com um sistemarobozinho do pixbetdivisãorobozinho do pixbetzonas, com partes do mundo vacinadas e partes não", disse à BBC News Brasil.
"E se decidirmos adotar políticas baseadas na imunidade adquirida pelos países por meio da vacinação, veremos limitações a direitos, viagens e à economiarobozinho do pixbetpaíses pobres que já estão tendo dificuldadesrobozinho do pixbetacesso a vacinas."
Retomada do turismo nas zonas verdes
Atualmente, os paísesrobozinho do pixbetonde surgiram variantes preocupantes do coronavírus — Brasil, África do Sul e Reino Unido — são os que somam mais restriçõesrobozinho do pixbetentradarobozinho do pixbetoutras nações, segundo levantamento feito pelo jornal Folharobozinho do pixbetS.Paulo.
Mas Reino Unido pode sair dessa "zona vermelha", já que depois do lockdownrobozinho do pixbetvigor desde o iníciorobozinho do pixbetjaneiro a taxarobozinho do pixbetinfecção caiurobozinho do pixbetdois terços. A previsão é que toda a população com maisrobozinho do pixbet18 anos receba pelo menos uma doserobozinho do pixbetvacina até 31robozinho do pixbetjulho.
Nesse período, outras nações europeias e asiáticas já deverão ter, também, alcançado o patamarrobozinho do pixbet60% a 70% da população vacinada, percentual necessário para que a circulação do vírus comece a desacelerar mesmo na ausênciarobozinho do pixbetmedidasrobozinho do pixbetconfinamento.
Para o professor Julian Tang, é provável que essas nações na "zona verde" mantenham ao longorobozinho do pixbettodo o ano e parterobozinho do pixbet2022 restriçõesrobozinho do pixbetvoos para regiões do mundo que não conseguiram vacinar suas populações.
Mas, mesmo que isso não ocorra, diz ele, a procura por viagens para países na zona vermelha deve se reduzir naturalmente diante dos riscos. Ou seja, países não-vacinados e com taxas ainda altasrobozinho do pixbetinfecção podem acabar sendo isolados pelo resto do mundo, principalmente para conter o riscorobozinho do pixbetque novas variantes do coronavírus saiam desses territórios e se espalhemrobozinho do pixbetgrandes quantidades.
"O que acho que vai acontecer é que as pessoas vão se sentir confortáveisrobozinho do pixbetviajar entre países que vacinaram suas populações, como entre Reino Unido e Europa, ou Reino Unido e sul da Ásia, Austrália, Nova Zelândia", avalia o professor da Universidaderobozinho do pixbetLeicester.
"Mas é possível que essas pessoas não se disponham a viajar para regiões como Brasil, por exemplo, porque o vírus não está sendo controlado com a vacinação e, por causa, disso pode surgir uma variante resistente às vacinas."
'Passaporte verde'
A realidaderobozinho do pixbetIsrael, país com melhor ritmorobozinho do pixbetvacinação até o momento, dá pistasrobozinho do pixbetcomo a divisão a nível global deve ocorrer. Segundo dados da plataforma Our World in Data, da Universidaderobozinho do pixbetOxford (Reino Unido), o país tem hoje a maior taxarobozinho do pixbetvacinação do mundo, com 98,85 doses administradas por cada 100 habitantes.
A títulorobozinho do pixbetcomparação, a taxa brasileira érobozinho do pixbet4,58 doses administradas por cada 100 habitantes.
Em Israel, não é obrigatório vacinar, mas, na prática, as pessoas que não se imunizarem acabarão isoladas do restante da população, sem poder frequentar a maioria dos espaços públicos. Isso porque as pessoas vacinadas lá recebem o chamado "passaporte verde" — um documento eletrônico que permite acesso a restaurantes, academiasrobozinho do pixbetginástica, teatros, cinemas e outros estabelecimentos.
O país iniciou a abertura gradual da economia depoisrobozinho do pixbettrês lockdowns com medidas durasrobozinho do pixbetconfinamento. De certa maneira, essa divisão entre vacinados e não-vacinados, com o segundo grupo sendo isolado, deve se repetirrobozinho do pixbetescala global.
"Podemos esperar que a maioria dos países ricos vacinem suas populações esse ano. Mas a expectativa é que a maior parte do mundo não consiga fazer isso. E essas duas coisas estão, infelizmente, interligadas", diz o professor Peter Baker, da Imperial College London.
"Os países ricos estão comprando dosesrobozinho do pixbetvacinas além do necessário para suas populações e isso está limitando o acessorobozinho do pixbetoutros países. E,robozinho do pixbetnações como Tanzânia e Brasil, a mensagem política está afetando a procura por vacinas, o que é um problema", completa o professor britânico.
Segundo os pesquisadores ouvidos pela BBC News Brasil, o maior problemarobozinho do pixbethaver partes do mundo sem imunizaçãorobozinho do pixbetmassa contra covid-19 é o surgimentorobozinho do pixbetvariantes que resistam ao efeito das vacinas.
Descontrole do vírus num país é ameaça global
O pesquisador Charlie Whittaker, da Imperial College London, alerta que, ainda que restriçõesrobozinho do pixbetviagem entre países sejam impostas, o mundo só estará totalmente protegido da covid-19 se todas as nações imunizarem suas populações.
Ele liderou uma pesquisa sobre a varianterobozinho do pixbetManaus que revelou que ela é entre 1,4 e 2,2 vezes mais transmissível que o vírus original. O estudo mostrou ainda que essa variante, apelidadarobozinho do pixbetP.1, é capazrobozinho do pixbetevadir o sistema imunerobozinho do pixbetinfecções préviasrobozinho do pixbet25% a 61% dos casos. Isso significa que pode reinfectar facilmente quem já teve covid-19.
Embora muitos países tenham impedido voos vindos do Brasil e imposto quarentenas e testesrobozinho do pixbetcovid-19 a quem desembarcar vindorobozinho do pixbetlá, a P.1 já foi detectadarobozinho do pixbet25 países. Já a variante do Reino Unido se espalhou nos EUA e a da África do Sul chegou à Europa.
"Ninguém está seguro enquanto todos não estivermos seguros. E garantir que estamos seguros significa limitar a chancerobozinho do pixbetvariantes surgirem. Medidasrobozinho do pixbetcontrole são úteis para alcançar isso, mas talvez mais importante ainda seja garantir uma estratégia global equitativarobozinho do pixbetvacinação. Isso significa que nenhum país deve ser deixado para trás", disse à Whittaker à BBC News Brasil.
E para que o hemisfério sul não seja deixado para trás, a Organização Mundial da Saúde (OMS) vem defendendo que países ricos doem seus excedentesrobozinho do pixbetvacinas a países pobres e contribuam financeiramente com a comprarobozinho do pixbetimunizantes para regiões mais afetadas pela covid-19.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, chegou a declarar que o "mundo está à beirarobozinho do pixbetum fracasso moral catastrófico", ao criticar o fatorobozinho do pixbetjovens já estarem recebendo vacina contra covid-19robozinho do pixbetpaíses ricos, enquanto idososrobozinho do pixbetpaíses pobres poderão passar 2021 e até 2022 sem acesso à primeira dose.
Deixar países para trás vai custar caro para todos
O professorrobozinho do pixbetSaúde Global Peter Baker, da Imperial College London, alerta que deixar o vírus descontroladorobozinho do pixbetpaíses emergentes e pobres pode gerar custos humanos e financeiros para todas as nações, já que novas variantes, totalmente resistentes às vacinas, podem surgir.
Se isso ocorrer, terceiras e quartas doses das vacinas existentes hoje terão que ser desenvolvidas e administradasrobozinho do pixbettodas as populações.
"Em locaisrobozinho do pixbetdescontrole da infecção e baixas taxasrobozinho do pixbetvacinação, provavelmente uma variante fortemente resistente às vacinas vai aparecer. Aí teremos que reajustar as nossas vacinas, refazer pesquisas e refazer os processosrobozinho do pixbetregulação", diz.
"É preocupante ver que vários países do sul global foram deixados para trás porque países desenvolvidos compraram a grande maioria das vacinas e o acesso é desafiador. As experiências no Brasil, Reino Unido e África do Sul com variantes mostram que o vírus não respeita barreiras internacionais. Para solucionar esse problema, precisamosrobozinho do pixbetuma iniciativa global", completa o pesquisador Charlie Whittaker.
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