'Peguei covid na volta às aulas presenciais': os riscos para professores na pandemia:mr.jack bet app

Em uma mesa, óculosmr.jack bet appaluno, livros abertos, um protetor facial e uma máscara azul

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Entre orientações para retornomr.jack bet appaulas presenciais está usomr.jack bet appmáscara e álcoolmr.jack bet appgel e que as janelas das salas estejam abertas

O ensino presencial virou alvomr.jack bet appdebates constantes. Muitos profissionais da educação relatam o temor da covid-19 e, por isso, defendem que o ensino remoto seja adotado integralmente no atual período. Porém, há segmentos que defendem que é possível retomar a educação presencial com segurança e argumentam que a volta às salasmr.jack bet appaula é fundamental para que os estudantes possam ter um melhor desempenho.

A divergência sobre o retorno ao ensino presencial é ilustrada pelos posicionamentosmr.jack bet appduas entidades nacionais. Na semana passada, o Conselho Nacionalmr.jack bet appSecretáriosmr.jack bet appSaúde (Conass) defendeu a suspensão das atividades presenciais nas escolas no atual período, para conter o avanço do novo coronavírus. Posteriormente, o Conselho Nacionalmr.jack bet appSecretáriosmr.jack bet appEducação (Consed) afirmou,mr.jack bet appnota, estar preocupado com a defesa da "suspensão das atividades presenciaismr.jack bet apptodos os níveis da educação do país".

A reportagem questionou o Ministério da Educação sobre o ensino presencial no atual momento. Porém, a pasta não se pronunciou sobre o tema.

Professora com máscara e protetor facialmr.jack bet appsalamr.jack bet appaula com alunos sentados e com máscaras

Crédito, EPA

Legenda da foto, Diversas escolas decidiram retomar o ensino presencial neste ano, mas a explosãomr.jack bet appcasos da covid-19 trouxe temor

O retorno ao ensino presencial

Desde o início deste ano, muitas escolas das redes estaduais, municipais e privadasmr.jack bet apptodo o país adotaram o ensinomr.jack bet appforma híbrida, que combina o presencial com o remoto. Assim, as turmas são divididasmr.jack bet apppequenos grupos para que não haja a mesma quantidademr.jack bet appalunosmr.jack bet appsala como era comum antes da pandemia. A cada semana uma parte dos alunos acompanha as disciplinas presencialmente, enquanto os outros assistem ao conteúdo online.

Para retomar o ensino presencial, as orientaçõesmr.jack bet appespecialistas são a adoçãomr.jack bet appmedidas como o usomr.jack bet appmáscaras, o distanciamento social de, ao menos, 1,5 metro, mediçãomr.jack bet apptemperatura e a utilizaçãomr.jack bet appálcoolmr.jack bet appgel. Além disso, cientistas recomendam que o ar-condicionado seja desligado para que as janelas sejam abertas, para facilitar a circulação do ar e evitar a propagação do coronavírus.

Mas as recomendações nem sempre têm sido seguidas nas unidadesmr.jack bet appensino que retomaram as aulas presenciais. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE),mr.jack bet apptodo o país há diversos relatos sobre escolasmr.jack bet appque não há álcoolmr.jack bet appgel ou máscaras suficientes para professores e outros trabalhadores da unidademr.jack bet appensino.

"A comunidade escolar está apavorada e muito preocupada, por isso o nosso movimento é para não retornar ao ensino presencial no momento. Muitas famílias também estão com medo e não têm coragemmr.jack bet appmandar seus filhos para a escola neste período", declara o presidente da CNTE, Heleno Araújo. Segundo ele, os relatosmr.jack bet appirregularidades são encaminhados para sindicatos locais que representam profissionais da Educação para que apurem cada caso.

Heleno conta também que recebe diversos relatosmr.jack bet appunidadesmr.jack bet appensino que não afastaram professores que tiveram contato com alunos infectados. A orientaçãomr.jack bet appespecialistas é que todos que tiveram contato com um estudante infectado, ou com suspeitamr.jack bet appinfecção, sejam isolados e testados. "Mas o que está escrito nos protocolos não está sendo seguido", afirma.

Para Gilson Reis, coordenador-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadoresmr.jack bet appEstabelecimentosmr.jack bet appEnsino (Contee), as unidadesmr.jack bet appensino com aulas presenciais estão falhando no controle epidemiológico. "É preciso fazer esse controle. Se houver algum infectadomr.jack bet appuma turma, é preciso isolar todos, inclusive o professor (para evitar possível propagação do vírus)", diz.

Professor da Faculdademr.jack bet appEducação da Universidademr.jack bet appSão Paulo (USP) e dirigente da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara afirma que tem recebido diariamente mensagensmr.jack bet appprofissionais da educação, familiares ou estudantes sobre infecçõesmr.jack bet appescolas que reabriram. Segundo ele, os relatos envolvem casosmr.jack bet appadoecimentos pelo coronavírus, internaçõesmr.jack bet appUTI, faltamr.jack bet appleitos e até mortes pela doença.

Duas mulheres seguram faixa na Avenida Paulista,mr.jack bet appSão Paulo, durante ato contra o retorno das aulas presenciais

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Retorno às aulas presenciais no atual período causou revoltamr.jack bet appprofissionais da educação e gerou protestos

"É um cenáriomr.jack bet apptotal angústia. Agora cresce também os númerosmr.jack bet appcrianças internadas com a covid-19 ou com sequelas, mesmo tendo sido assintomáticas", diz Cara à BBC News Brasil. Ele declara que a reabertura das escolas não deveria ser um debate no atual momento. "O único foco deve ser vencer a pandemia"', afirma.

Um levantamento da CNTE no fimmr.jack bet appfevereiro estimou que aproximadamente metade dos Estados brasileiros adotaram algum tipomr.jack bet appensino presencial no atual período. Os membros da confederação avaliam que a tendência émr.jack bet appque, com a explosãomr.jack bet appcasosmr.jack bet appcovid-19 no país, as escolas cada vez mais abandonem temporariamente as atividades presenciais.

Nas últimas semanas, houve diversas manifestaçõesmr.jack bet appprofissionais da Educação contra o retorno às aulas presenciais no atual período.

Não há um levantamento nacional sobre casosmr.jack bet appinfecções ou mortes pela covid-19 relacionadas ao ambiente escolar.

No Estadomr.jack bet appSão Paulo, um monitoramento feito pela Secretaria Estadualmr.jack bet appEducação apontou que foram registrados 4.084 casosmr.jack bet appcovid-19mr.jack bet appescolas públicas e particulares entre 3mr.jack bet appjaneiro e 6mr.jack bet appmarço deste ano. No período, foram registradas 21 mortes pelo coronavírus na redemr.jack bet appensino — sendo dois alunos e 19 servidores.

O Sindicato dos Professoresmr.jack bet appSão Paulo (Sinpro-SP) aponta que somente na capital paulista recebeu 231 relatosmr.jack bet appcontaminações pela covid-19mr.jack bet appescolas particulares, do início do ano letivomr.jack bet app2021 até a última sexta-feira (05/03).

Contrários às aulas presenciais, professoresmr.jack bet appescolas particulares da cidademr.jack bet appSão Paulo decidiram que entrarãomr.jack bet appgreve a partir desta quinta-feira (11/03). A decisão foi tomada durante assembleia realizada pelo Sinpro-SP. Os trabalhadores planejam retomar as atividades somente se o ensino for totalmente remoto no atual período.

Na terça-feira (09/03), o Tribunalmr.jack bet appJustiçamr.jack bet appSão Paulo determinou que os profissionaismr.jack bet appeducação do Estado não poderão ser convocados para aulas presenciaismr.jack bet appescolas públicas e privadas durante as fases laranja e vermelha do plano estadual. Ainda cabe recurso ao governo estadual. Atualmente, São Paulo enfrenta a fase vermelha, mas as escolas continuam abertas porque foram colocadas na áreamr.jack bet appserviços essenciais.

Professoramr.jack bet appsalamr.jack bet appaula e alunos sentados e distantes entre si. Todos estão com máscaras.

Crédito, Miguel Schincariol/Getty Images

Legenda da foto, Pelo país há diversos relatosmr.jack bet appprofessores que foram infectados pela covid-19 após o retorno das aulas presenciais

'Peguei covid no retorno às aulas presenciais'

Cada vez mais comuns, os relatosmr.jack bet appprofissionais da educação e alunos que contraíram a covid-19 causam apreensão entre aqueles que precisam ir presencialmente às escolas.

Pelo país, há casosmr.jack bet appescolas públicas e particulares que suspenderam completamente as atividades presenciais nas últimas semanas após surtosmr.jack bet appcovid-19 entre funcionários ou alunos.

Na escolamr.jack bet appLuiza, a professoramr.jack bet appinglês que abre esta reportagem, houve vários registrosmr.jack bet appinfecções pelo coronavírus. Ela relata que estava temporariamente na unidademr.jack bet appensino particular para substituir um outro professor que havia sido afastado após contrair o novo coronavírus. "Esse professor pegou covid na segunda semanamr.jack bet appaula, assim como uma coordenadora e uma outra professoramr.jack bet appEducação Infantil também tinham pegado na época", relembra.

Ela relata que soubemr.jack bet appdiversos casosmr.jack bet apppaismr.jack bet appalunos que testaram positivo. "As crianças acabavam ficandomr.jack bet appquarentena junto com a família", diz.

Pouco após Luiza concluir os 15 diasmr.jack bet appsubstituição do outro professor na escola, ela testou positivo para a covid-19.

Ela afirma ter certezamr.jack bet appque foi infectada na unidademr.jack bet appensino porque outros professores também foram contaminados no mesmo período. Além disso, ela conta que estavamr.jack bet appisolamento desde o início da pandemia. "Não fui a nenhum outro lugar, além da escola, nesse período. Até porque o trabalho na escola estava bem puxado, porque ficaram poucos professores para todas as turmas", diz.

A professora comenta que a escola adotou medidas contra a covid-19, mas havia algumas falhas. Ela cita, por exemplo, que as salas ficavam fechadas na maioria do tempo. "Às vezes as janelas eram abertas, quando era feita uma limpeza na sala", diz.

Além disso, ela comenta que teve alguns descuidos na rotina com as crianças. "Houve algumas bobeiras da minha parte, porque eu ia às carteiras das crianças, muitas estavam com máscara caída, sem trocar depois do lanche…", detalha.

Professoramr.jack bet apppé com máscara e protetor facial. Alunos, que estão sentados, usam mácaras e uniforme.

Crédito, Bruna Prado/Getty Images

Legenda da foto, Entidades ligadas a profissionais da educação recebem constantes relatosmr.jack bet apptrabalhadores sobre dificuldades do ensino presencial

A infecção pela doença causada pelo novo coronavírus trouxe revolta a Luiza. Na semana passada, ela decidiu enviar uma mensagem à BBC News Brasil no Instagram para contar amr.jack bet apphistória.

"Vocês já fizeram alguma matéria sobre covid nas escolas? O perigo para os professores? Porque a maioria das crianças são assintomáticas! Não têm febre, frequentam a escola normalmente. Vi muitos colegas e ex-colegas nesse pouco tempo ficando doentes também. Os médicos aos quais recorri falaram que estavam recebendo muitos professoresmr.jack bet appseus consultórios", escreveu a professoramr.jack bet apptrechomr.jack bet appmensagem à BBC News Brasil.

Luiza, que tem 34 anos, relata que desde os primeiros sintomas ficou isolada emmr.jack bet appcasa. Ela comenta que seu quadro foi leve e teve, principalmente, dormr.jack bet appcabeça constante e febre. Maismr.jack bet appduas semanas depoismr.jack bet appcumprir o períodomr.jack bet appisolamento, ela afirma que está recuperada da doença.

Assim como Luiza, o professormr.jack bet appeducação física Marcos*, mr.jack bet app47 anos, também relata ter sido infectado pela covid-19 durante a volta às aulas presenciaismr.jack bet appuma uma escola municipalmr.jack bet appSão Caetano do Sul,mr.jack bet appSão Paulo.

Ele conta que voltou a frequentar a escola presencialmentemr.jack bet app10mr.jack bet appfevereiro. "Mas não tive contato com as crianças no período, apenas com vários funcionários", diz. Ele detalha que suas funções eram no período da tarde, enquanto os alunos iam no período da manhã. "Como não havia alunos no meu horário presencialmente, fui dois dias à escola apenas", explica Marcos, que continuou o trabalho remoto.

Cercamr.jack bet appcinco dias após frequentar a escola presencialmente, ele foi diagnosticado com a covid-19. Os sintomasmr.jack bet appMarcos também foram leves. O professor acredita que pegou o coronavírus na unidademr.jack bet appensino porque outros cinco funcionários do local também foram infectados no mesmo período. "Inclusive, um desses funcionários está internado", diz Marcos à BBC News Brasil.

Entidades que representam profissionais da educação consideram que é possível associar uma infecção a uma unidade escolar quando há vários casosmr.jack bet appcovid-19 entre funcionários ou alunosmr.jack bet appum mesmo período durante atividades presenciais.

Trabalhadores da educação afirmam que há muita subnotificação da covid-19 na categoria e, por isso, apontam que é difícil haver um levantamento que mostre a realidade da doença no ambiente escolar brasileiro. Eles alegam que há dificuldades para que possam comprovar que foram infectados nas escolas. O principal problema, dizem, é que autoridades ou proprietáriosmr.jack bet appescolas argumentam que não é possível afirmar que a infecção ocorreu na unidademr.jack bet appensino por se tratarmr.jack bet appum vírus que circula intensamente pelo país.

O impasse do ensino presencial

Em meio ao atual cenário da pandemia, o retorno às aulas presenciais cada vez mais se torna uma dúvida para pais, alunos e profissionais da educação.

Uma das motivações para a volta ao ensino presencial são os levantamentos que apontam que a pandemia pode causar perdamr.jack bet appaprendizagem na média do brasileiro,mr.jack bet apprazão do ensino remoto. Muitos estudantes sofrem com acesso precário à internet ou faltamr.jack bet appaparelhos eletrônicos para acompanhar as aulas virtuais. Além disso, há uma preocupação intensa com a evasão escolarmr.jack bet appdecorrência das aulas virtuais.

O Consed afirma,mr.jack bet appnotamr.jack bet app2mr.jack bet appmarço, que entende a atual realidade da pandemia, mas frisa que a maioria das escolas brasileiras, principalmente na educação pública, está fechada há quase um ano, "com graves prejuízos para aprendizagem e para os aspectos socioemocionais".

"O direito à vida e o direito à educação são inalienáveis, complementares e devem ser respaldados, nesse momentomr.jack bet appcrise pandêmica,mr.jack bet appevidências científica", diz o conselho dos secretáriosmr.jack bet appeducação.

Aindamr.jack bet appnota, o Consed afirma que cada região deve analisar a situação local para definir sobre a volta às aulas. A entidade orientou que a decisão deve ser tomada "com segurança para estudantes e profissionais, observando os possíveis prejuízos educacionais que podem penalizar milhõesmr.jack bet appestudantes brasileiros".

Para aqueles que defendem a volta às aulas presenciais no atual período, um dos principais argumentos émr.jack bet appque estudos apontam que criançasmr.jack bet appaté dez anos adquirem e transmitem o vírus com menos frequência do que as mais velhas ou os adultos. Em razão disso, elas representam uma taxa baixíssima dos casosmr.jack bet appcovid-19 na populaçãomr.jack bet appgeral.

Um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS)mr.jack bet appoutubro passado com basemr.jack bet appinformações globais sobre a volta às aulas, abordadomr.jack bet appreportagem recente da BBC News Brasil, mostrou que nos surtos identificados dentromr.jack bet appescolas pelo mundo, "na maioria dos casosmr.jack bet appcovid-19mr.jack bet appcrianças a infecção foi adquirida dentromr.jack bet appcasa".

"Nos surtos escolares, a probabilidade maior eramr.jack bet appque o vírus tivesse sido introduzido por adultos", diz o documento da OMS.

"A transmissão funcionário-para-funcionário foi a mais comum; (a transmissão) entre funcionários e estudantes foi menos comum; a mais rara foimr.jack bet appestudante para estudante", prossegue o documento. A OMS destaca que os estudos analisados ainda são considerados limitados.

Aglomerações, deslizes no usomr.jack bet appmáscara ou outros comportamentosmr.jack bet apprisco adotados por adultos que têm contato (mesmo que pequeno ou esporádico) com crianças podem acabar, inadvertidamente, levando o coronavírus para dentro do ambiente escolar.

Em última instância, portanto, manter a segurança sanitária das escolas abertas é obrigação primordialmr.jack bet appgestores, mas também responsabilidade coletivamr.jack bet apptoda a sociedade, explicam os especialistas.

Os levantamentos analisados pela OMS foram feitosmr.jack bet appdiversos países pelo mundo. Na época, as aulas presenciais ainda não haviam sido retomadas no Brasil.

É possível voltar às salasmr.jack bet appaulas agora?

Há muitos estudos que somente recomendam o retorno das aulas presenciais quando a transmissão comunitária do vírus estiver sob controle — o que não é o caso do Brasil no atual momento.

Diante da alta transmissão do coronavírus no país atualmente, as entidades que representam os profissionais da educação defendem que o retorno das aulas presenciais devem ocorrer somente quando houver um ambiente seguro, como quando a pandemia for considerada controlada ou com a vacinação dos trabalhadores da educação.

Na semana passada, o governo federal informou que os profissionaismr.jack bet appeducação foram incluídos no grupo prioritáriomr.jack bet appvacinação contra a covid-19. Porém, diante da lenta vacinação no país, esses trabalhadores ainda não possuem um prazo para que comecem a ser imunizados. "Não há uma data para isso. O Ministério da Saúde foi questionado por e-mail e disse que não sabia a data", diz Heleno Araújo.

O Conass divulgou,mr.jack bet app1mr.jack bet appmarço, um comunicado no qual destaca que o país vive o "pior momento da crise sanitária provocada pela covid-19". O conselho afirma que a "ausênciamr.jack bet appuma condução nacional unificada e coerente dificultou a adoção e implementaçãomr.jack bet appmedidas qualificadas para reduzir as interações sociais que se intensificaram no período eleitoral, nos encontros e festividadesmr.jack bet appfinalmr.jack bet appano, do veraneio e do Carnaval".

Em razão disso, o Conass defende, entre diversos pontos, "a suspensão das atividades presenciaismr.jack bet apptodos os níveis da educação" nas regiões com ocupaçãomr.jack bet appleitos acimamr.jack bet app85% ou com "tendênciamr.jack bet appelevação no númeromr.jack bet appcasos e óbitos".

Pediatra e infectologista pediátrico do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Márcio Nehab afirma que as escolas que permanecerem abertas no atual período precisam controlar e rastrear os casos confirmados ou suspeitos. "É preciso haver envolvimento dos pais nesse tipomr.jack bet appproteção. Não dá para simplesmente os pais mandarem para a escola sem saber o que está acontecendo", diz o especialista à BBC News Brasil.

Ele recomenda também que os pais não devem mandar os filhos para a escola se o estudante apresentar qualquer tipomr.jack bet appsintoma, como tosse leve ou febre. "Não deve mandar para a escola também quando alguémmr.jack bet appcasa está com a covid", explica o infectologista pediátrico.

O médico afirma que o debate sobre o ensino presencial no atual período é complexo e destaca que não há respostas claras sobre o assunto. "Não há um consenso. Masmr.jack bet appforma geral, o que se tem percebido é que é óbvio que é muito complicado manter uma escola aberta quando os leitosmr.jack bet appUTI estão lotados, há pessoas morrendo na emergência oumr.jack bet appcasa e há uma falência total dos serviçosmr.jack bet appsaúde. E essa situação tem acontecidomr.jack bet appdiversas cidades do país", diz.

"Mas é muito complicado que as escolas, que são essenciais, estejam fechadas enquanto outros serviços como bares e restaurantes estão abertos", afirma Nehab. No atual contexto da pandemia no país, ele defende que a melhor medida é um lockdown, com o fechamento completo das atividades como as escolas e comércios, para reduzir a transmissão do coronavírus.

*Nomes alterados para preservar as identidades dos entrevistados

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