Como um programabetnacional de onde élavagembetnacional de onde émãos salvou as vidasbetnacional de onde é2.430 brasileiros e economizou R$ 320 milhões do SUS:betnacional de onde é
E tudo começou a partirbetnacional de onde éuma parceria entre o sistema público e um grupo que reúne instituições privadasbetnacional de onde ésaúde.
Uma nova aliança
O Programabetnacional de onde éApoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Únicobetnacional de onde éSaúde, o Proadi-SUS, nasceubetnacional de onde é2008, a partirbetnacional de onde éum convênio estabelecido entre o Ministério da Saúde e cinco hospitais espalhados por São Paulo e Porto Alegre.
Os participantes são Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Sírio-Libanês, Hospital do Coração, Hospital Alemão Oswaldo Cruz e Hospital Moinhosbetnacional de onde éVento. Mais recentemente, a BP - Beneficência Portuguesabetnacional de onde éSão Paulo também entrou para o grupo.
Apesarbetnacional de onde éprivados, todos esses centros são beneficentes. Isso significa que seus lucros e os incentivos fiscais são revertidos diretamente para a própria instituiçãobetnacional de onde éprogramasbetnacional de onde émelhoria, ciência e desenvolvimento.
Um desses projetos é justamente o Proadi-SUS, que tem o propósitobetnacional de onde édesenvolver iniciativasbetnacional de onde éeducação, pesquisa, avaliaçãobetnacional de onde étecnologias, gestão e assistência que empoderem a redebetnacional de onde ésaúde pública do Brasil.
Foi assim que nasceubetnacional de onde é2018 o "Saúdebetnacional de onde éNossas Mãos", com a metabetnacional de onde édiminuir o númerobetnacional de onde édoenças provocadas por bactérias nas UTIs públicas do país.
O tamanho do problema
Atualmente, as infecçõesbetnacional de onde épulmões, trato urinário e corrente sanguínea adquiridasbetnacional de onde éambiente hospitalar são a oitava principal causabetnacional de onde émorte no país.
Elas costumam acontecer porque o paciente internadobetnacional de onde éestado grave pode precisarbetnacional de onde éuma sonda urinária, um tubo na garganta para ventilação mecânica ou um cateter na veia para infusãobetnacional de onde émedicamentos.
Por mais que esses equipamentos sejam necessários, eles representam um focobetnacional de onde écontaminação se não forem tomados alguns cuidados básicos.
"Esses dispositivos abrem um canal direto entre o meio externo e os pulmões, a bexiga e a corrente sanguínea", explica a enfermeira e obstetra Claudia Garciabetnacional de onde éBarros, coordenadora do "Saúdebetnacional de onde éNossas Mãos".
Portanto, se uma pessoa com os dedos contaminados tocar no indivíduo hospitalizado ou nesses acessos ligados ao corpo, uma bactéria pode se aproveitar para invadir o organismo e iniciar uma pneumonia e infecções urinária oubetnacional de onde écorrente sanguínea.
"Muitas vezes o paciente precisa ser hospitalizado para tratar uma doença e acaba adquirindo outra. E nós já sabemos que essas infecções são absolutamente preveníveis", completa a especialista.
Ciclosbetnacional de onde éaprendizado
Entre janeirobetnacional de onde é2018 e setembrobetnacional de onde é2020, os integrantes do Proadi-SUS realizaram treinamentos, visitas técnicas, workshops e acompanhamentos com as equipesbetnacional de onde é116 hospitais públicos das cinco regiões do país.
Ao longo do período, também foram produzidos vários materiais informativos, como cartazes, infográficos e boletins.
O objetivo era envolverbetnacional de onde éalguma maneira todo mundo que transita pelas UTIs, incluindo médicos, enfermeiros, técnicosbetnacional de onde éenfermagem, profissionais da limpeza, os responsáveis pelas medicações e alimentação dos internados e até familiares e amigos que vinham fazer visitas.
Desde que a pandemia começou, boa parte dessas reuniões e encontros tiveram que ser realizadosbetnacional de onde éforma virtual, para evitar deslocamentos desnecessários e o contato próximo entre pessoasbetnacional de onde édiferentes origens.
"O Saúdebetnacional de onde éNossas Mãos foi muito inovador porque se tornou o primeiro projeto colaborativobetnacional de onde éque todas as cinco instituições que integram o Proadi-SUS atuaram juntas", destaca Ana Paula Pinho, diretora-executivabetnacional de onde éresponsabilidade social do Hospital Alemão Oswaldo Cruz,betnacional de onde éSão Paulo.
Houve uma divisão para que cada participante ficasse responsável por um determinado númerobetnacional de onde éhospitais públicos e fizesse o acompanhamento ao longo do tempo.
"Essa união nos permitiu aumentar a escala e potencializar os resultados", acredita Pinho.
Entre as muitas orientações passadas às equipes que trabalham na UTI, a principal delas era justamente o cuidado redobrado com a lavagem das mãos antesbetnacional de onde éir até o leito dos pacientes.
"O manejo da saúde hospitalar é algo tão complexo que muitas vezes precisamos lembrar e reforçar algo que parece óbvio, como a limpeza das mãos", completa.
Todos os envolvidos no projeto ouvidos pela BBC News Brasil salientam que a relação entre as instituições privadas e as públicas não erabetnacional de onde ésuperioridade,betnacional de onde éque um aprende e outro ensina. Todos trocavam informações e aprendizados para que pudessem crescer juntos.
Resultados na saúde
Antes que o programa fosse iniciado, a meta já era ambiciosa: cortar pela metade o númerobetnacional de onde éinfecções adquiridas nas UTIs participantes.
Ao fim do ciclobetnacional de onde édois anos e meio, o objetivo foi superado: houve uma quedabetnacional de onde é53% nas notificações dessas doenças.
"Apesar do foco na lavagembetnacional de onde émãos, o projeto foi muito maior do que isso e permitiu uma verdadeira mudança na cultura e nos hábitos que tínhamos na UTI", afirma Nailabetnacional de onde éCamargo Dalmaz, coordenadorabetnacional de onde éenfermagem do Hospital Geral Universitáriobetnacional de onde éCuiabá (MT), uma das instituições participantes do projeto.
As análises estatísticas mostraram que esse rolbetnacional de onde émelhorias evitou 6.927 infecções hospitalares e 2.430 mortes que seriam consequência dessa complicação.
Mas como os especialistas chegaram a esses números?
Utilizando fórmulas e análises estatísticas, eles comparam a quantidadebetnacional de onde éinfecções registradas antes e depois das intervenções do programa. Assim, foi possível fazer os cálculos e projetar o totalbetnacional de onde écasos prevenidos.
Vale ponderar, no entanto, que essas são projeções e estimativas. Elas ainda não foram publicadasbetnacional de onde éperiódicos científicos ou analisadas por outros cientistas independentes, apesarbetnacional de onde éserem informações auditadas e acompanhadasbetnacional de onde éperto pela equipe técnica do Ministério da Saúde.
Resultados no bolso
Outro achado importante foi a economia que o "Saúdebetnacional de onde éNossas Mãos" parece ter gerado ao SUS.
De acordo com as análises, ao evitar aquelas 6 mil infecções adquiridasbetnacional de onde éUTIs, os hospitais deixarambetnacional de onde égastar cercabetnacional de onde éR$ 320 milhões.
Esse dinheiro teria sido necessário para pagar antibióticos, equipamentos, ocupaçãobetnacional de onde éleitos, horas trabalhadas da equipebetnacional de onde ésaúde…
Para se ter ideia, cada paciente com pneumonia chega a custar R$ 51 mil.
"R$ 320 milhões foi o que conseguimos registrar e calcular, mas imaginamos que esse número deva ser maior se contabilizarmos outros agravos que costumam ocorrer com os pacientes internados com essas infecções secundárias", aponta Barros.
Finalizada a primeira etapa da iniciativa, os responsáveis já se planejam para iniciar uma segunda rodada com novas unidades do serviço público para o triênio 2021-2023.
"Pretendemos ampliar o 'Saúdebetnacional de onde éNossas Mãos' para 240 novos hospitais no próximo ciclo", planeja Adriana Melo Teixeira, diretora do Departamentobetnacional de onde éAtenção Hospitalar Domiciliar e Urgência do Ministério da Saúde.
Além das unidades convencionais, o projeto deve ser expandido para as UTIs pediátricas, o que representará um novo desafio para todos os envolvidos.
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