Eleição na Câmara: Arthur Lira não poderá ser 'submisso' a Bolsonaro, dizem ex-presidentes da Casa:globoesporte serie a
Filho do presidente da República, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) comemorou a eleiçãogloboesporte serie aLira — e aproveitou para criticar o antecessor, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
"O que a gente espera é que a gente tenha um presidente (da Câmara) que não siga nessa linha do (Rodrigo) Maiagloboesporte serie asabotar… Não é nem o Bolsonaro, é sabotar as pautas do Brasil. (...). O compromisso que o Arthur Lira tem não é com o Bolsonaro. Égloboesporte serie acolocargloboesporte serie avotação as pautas, simplesmente isso", disse ele à BBC News Brasil após o resultado.
Lira terágloboesporte serie abuscar o equilíbrio, dizem ex-presidentes
Segundo Aldo Rebelo, tanto Baleia Rossi quanto Arthur Lira teriamgloboesporte serie afazer concessões na presidência da Câmara.
"Para o governo, com certeza é mais confortável ter um presidente com quem ele possa dialogar,globoesporte serie aquem ele seja aliado. Agora, isso não resolve totalmente o problema do governo", diz ele, que era filiado ao PC do B quando presidiu a Câmara. Hoje, Rebelo integra o Solidariedade.
"Não vejo assim como sendo o que vai salvar o governogloboesporte serie aBolsonaro a vitóriagloboesporte serie aArthur Lira; ou o que iria arruinar o governo dele a vitória do Baleia (Rossi). Nem uma coisa nem outra. Bolsonaro vai ter que fazer a parte dele. Nem Lira vai ser tão governista quanto se diz, nem Baleia será tão oposição quanto se imagina", diz ele.
Rebelo lembra que Bolsonaro tem uma relação com o MDB, partidogloboesporte serie aBaleia — o que o impediriagloboesporte serie aagir como "opositor" ao governo, se tivesse vencido. Da mesma forma, Lira firmou compromissos com os deputados que votaram nele, o que o impediriagloboesporte serie aagirgloboesporte serie aforma totalmente submissa ao Planalto, diz o ex-deputado.
"O presidente da Câmara tem que zelar pela independência e harmonia entre os poderes. Não pode ser 'de oposição', porque os poderes são harmônicos. Ele tem responsabilidade na governabilidade do país. E também não pode ser submisso ao Executivo", diz Rebelo.
Arlindo Chinaglia (PT-SP) lembra que todo deputado trabalha "subordinado à Constituição e ao Regimento Interno (da Câmara)".
"Eu avalio que o próximo presidente da Câmara, assim como aconteceu com o próprio Rodrigo Maia, vai preferir entrargloboesporte serie asintonia com aquilo que é correto, do que se subordinar automaticamente à condução governamental", diz ele, que sucedeu Aldo Rebelo no comando da Casa.
"Às vezes, você quer eleger um, e elege outro. Salvo as piores experiências, a Presidência da Câmara agegloboesporte serie aacordo com as regras (...). Se o presidente da Câmara, seja o Lira ou outro, começar a atropelar o Regimento, a Constituição, não democratizar minimamente a pauta, nós (oposição) vamos parar a Câmara. Aí não vota nada, vai ser uma batalha campal", disse Chinaglia à BBC News Brasil, antes do anúncio do resultado. "Eu espero que isso não aconteça", disse.
"Vivemos num país presidencialista, mas onde o Presidente da República só pode fazer aquilo que está aprovadogloboesporte serie alei. E isso reveste o Legislativogloboesporte serie auma importância fundamental", disse à BBC News Brasil o ex-deputado Marco Maia (PT-RS).
"Então o Legislativo, tendo um presidente equilibrado, consegue manter esse sistemagloboesporte serie afreios e contrapesos, que dá certo equilíbrio às decisões do Executivo (...). Por isso é tão importante que o presidente da Câmara seja alguém que defende a autonomia do Legislativo, e que produza harmonia entre os poderes", disse ele, que presidiu a Câmaragloboesporte serie a2011 e 2012.
"Toda vez que um presidente da Câmara produziu desequilíbrio, o que a gente viu foram crises, golpes, situaçõesgloboesporte serie aenfraquecimento da política", disse ele.
O ex-deputado gaúcho disse ainda que tanto Baleia Rossi quanto Arthur Lira seguem a mesma cartilha econômica defendida pelo governo e capitaneada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
"O grande debate é que o próximo presidente precisará ser alguém equilibrado, para colocar um freio nos arroubos autoritáriosgloboesporte serie aJair Bolsonaro", disse.
globoesporte serie a Bolsonaro terá 'janelagloboesporte serie aoportunidade' globoesporte serie a , diz cientista político
Segundo o cientista político e consultor Leonardo Barreto, o alinhamento entre os chefes do Legislativo e o presidente da República é a regra na história do Brasil — o confronto entre eles é que é a exceção.
"A gente teve alguns períodos onde esse alinhamento não aconteceu, como foi com o (Eduardo) Cunha (MDB) e a Dilma (Rousseff, do PT); a situação entre Rodrigo Maia e Bolsonaro. Mas são janelas, são parênteses que acontecem e depois se fecham", disse ele.
Segundo ele, a ascensãogloboesporte serie aArthur Lira na Câmara e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) no Senado abre uma "janelagloboesporte serie aoportunidade" para Bolsonaro fazer avançargloboesporte serie aagenda legislativa.
"É uma janela que vai ser aproveitada principalmente com medidas econômicas. O mercado, os atores econômicos, vão olhar para Bolsonaro e dizer: 'tá na horagloboesporte serie avocê entregar a agenda que prometeugloboesporte serie a2018'. As desculpas acabaram, são dois presidentes (da Câmara e do Senado) que querem votar estas pautas", diz Barreto, que é doutorgloboesporte serie aCiência Política pela Universidadegloboesporte serie aBrasília (UnB).
Barreto também minimiza a possibilidadegloboesporte serie aBolsonaro atentar contra o funcionamento das instituições, agora que tem aliados no comando do Legislativo.
"Tenho a impressãogloboesporte serie aque o próprio mercado, a economia, a imprensa, vão tergloboesporte serie acompensar essa oposição que Maia fazia a Bolsonaro. Maia saiu extremamente diminuído pelos seus próprios erros, e o Congresso agora deixougloboesporte serie aser essa barreira contra Bolsonaro. Tenho a impressão, no entanto,globoesporte serie aque você ainda tem forças na sociedade capazesgloboesporte serie aexercer esse controle", disse ele à BBC News Brasil.
"Também acho que para fazer uma verdadeira guinadagloboesporte serie aataque às instituições, Bolsonaro precisaria ter uma coisa que ele não tem mais: popularidade. Viveríamos um risco muito grande se ele estivesse como campeãogloboesporte serie apopularidade, com a economia voando, e um Congresso amigo. Hoje, ele só tem o Congresso", avaliou Barreto.
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