Arthur Lira eleito presidente da Câmara: como líder do Centrão se tornou aliado fundamentalcarballo gremioBolsonaro:carballo gremio
Lira levou 302 votos dos 513 deputados, vencendo no primeiro turno. Rossi recebeu 145.
A mudançacarballo gremioestratégiacarballo gremioBolsonaro, que no início do seu mandato criticava o toma-lá-da-cá na política e associava a distribuiçãocarballo gremiocargos à corrupção, visa construir uma base no Congresso que proteja seu mandatocarballo gremioum impeachment — já foram apresentados 64 pedidos para cassação do presidente — e faça avançar pautascarballo gremiointeresse do governo, como reformas econômicas e agendas conservadoras (liberalizaçãocarballo gremioarmas, por exemplo).
Além disso, se a aliança com os partidos do Centrão funcionar, pode servircarballo gremiobase para a construçãocarballo gremiouma coalizão eleitoralcarballo gremio2022, quando Bolsonaro quer tentar a reeleição. Embora o apoiocarballo gremiopolíticos tradicionais possa afastar eleitores que votaram no presidentecarballo gremio2018 atraídos pelo discurso anti-sistema, uma ampla coalizão daria mais tempocarballo gremiopropaganda na TV e recursos paracarballo gremiocampanha.
Ao discursar antes da votação que o elegeu, Lira prometeu harmonia na relação com Planalto.
"Acredito na consciência livre das mulheres e dos homenscarballo gremiobem dessa Casa para que possam expressar com força a vontadecarballo gremiover uma Câmara independente sim, uma Câmara autônoma, mas uma Câmara harmônica. Harmônica porque o Brasil não aguenta mais acotovelamentos, não aguenta mais brigas, não aguenta mais puxar cordas", disse,carballo gremioreferência aos atritos entre Bolsonaro e Maia.
Depois da vitória, disse que conduzirá a Câmaracarballo gremiodiálogo com os líderes partidários,carballo gremioforma coletiva. No seu discurso, lamentou as mortes pela pandemia do coronavírus e defendeu a ampla vacinação da população.
"O Brasil atravessa a mais cruel, devastadora e feroz pandemia do último século. O povo sofre com seus efeitos, e mais do que nunca precisa que os Poderes da República atuem com autonomia e responsabilidade, sem abrir mãocarballo gremiosua independência, pois a democracia é um mosaico,carballo gremioque todos os contrastes produzem ao final um resultado manifestado como é nossa sociedade", disse.
Lira também propôs que uma "pauta emergencial"carballo gremiomatérias a serem votadas pelo Congresso seja discutidacarballo gremioconjunto por deputados e senadores,carballo gremiodiálogo com os poderes Executivo e Judiciário.
"Precisamos urgentemente amparar os brasileiros que estãocarballo gremioestadocarballo gremiodesespero econômico por causa da covid-19 e temos que examinar como fortalecer nossa redecarballo gremioproteção social. Temos que vacinar, vacinar, vacinar o nosso povo. Temos que buscar o equilíbriocarballo gremionossas contas públicas", defendeu.
"E (temos que) dialogar com a sociedade e o mercadocarballo gremioforma transparente para que haja uma compreensão do que é possível e do que não é possível fazer. E, daquilo quecarballo gremioforma previsível, como sempre falamos por onde andamos, pode ser pactuado ou não", acrescentou.
Lira, que agora tem nas mãos o podercarballo gremioiniciar ou não um processocarballo gremioimpeachment presidencial, enfrenta ele mesmo acusações na Justiça por corrupção e violência doméstica — ambas práticas que ele nega ter cometido.
Por ser réucarballo gremioum processo criminal no Supremo Tribunal Federal (STF), o novo chefe da Câmara fica inclusive impedidocarballo gremioassumir a Presidência da República na hipótesecarballo gremioausência simultânea (seja por viagem internacional ou problemacarballo gremiosaúde)carballo gremioBolsonaro e do vice-presidente Hamilton Mourão.
Expectativacarballo gremioreforma ministerial
Com a vitóriacarballo gremioLira e Pacheco, a expectativa é que Bolsonaro realize uma reforma ministerial para acomodar no governo mais indicados políticos, além daqueles que já foram nos últimos meses nomeados para ocupar cargoscarballo gremiosegundo e terceiro escalãocarballo gremioministérios e órgãos federais.
O presidente já reconheceu publicamente que o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), pode ser deslocado para a Secretaria-Geral da Presidência. Isso liberariacarballo gremiopasta, muito visada por coordenar programas sociais, para uma indicação do Centrão, provavelmente do Republicanos (partido ligado à Igreja Universal do Reinocarballo gremioDeus).
Bolsonaro também admitiu publicamente na semana passada a possibilidadecarballo gremiorecriar ministérios que foram extintos no início do seu governo, mas isso ainda não foi confirmado.
Pacheco levou o comando do Senado com uma ampla aliança política, que uniucarballo gremiosenadores bolsonaristas à bancada do PT e lhe deu 57 votos contra os 21 recebidos pela senadora Simone Tebet (MDB-MS) —carballo gremiopostura anti-Lava Jato foi importante para retirar votos da principal concorrente, que é entusiastacarballo gremiopautas associadas à operação, como a possibilidadecarballo gremioprisão após condenaçãocarballo gremiosegunda instância.
Já Lira foi eleito presidente da Câmara liderando um blococarballo gremio11 partidos (PSL, PP, PSD, PL, Republicanos, PTB, Pros, Podemos, PSC, Avante e Patriota), a maioria do Centrão — grupocarballo gremiosiglas sem clara identidade ideológica que costumam aderir ao governo, seja ele qual for,carballo gremiobuscacarballo gremiocargos e verbas paracarballo gremiobase eleitoral. O PPcarballo gremioLira, por exemplo, desdecarballo gremiofundaçãocarballo gremio1995 integrou a basecarballo gremiotodos os presidentes: Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer.
Para o analista político Creomarcarballo gremioSouza, professor da Fundação Dom Cabral e fundador da consultoria Dharma, o apoiocarballo gremiosiglas do Centrão só não havia chegado antes ao governo Bolsonaro por escolha do presidente, que no início do seu mandato atacava a práticacarballo gremionegociar cargoscarballo gremiotrocacarballo gremioapoio parlamentar.
"O governo Bolsonaro não ficou com pouco apoio congressual no início do seu mandato porque os congressistas não queriam estar ao lado do governo, mas porque o governo não queria os congressistas ao seu lado", afirma.
Mas o que garantiu a vitóriacarballo gremioLira foram também as traições (votoscarballo gremiodeputadoscarballo gremiooutros partidos, contrários a orientaçãocarballo gremiosuas legendas). Ele atraiu o apoiocarballo gremioparte da bancadacarballo gremiosiglas importantes, como MDB, PSDB e até do DEM, partidocarballo gremioRodrigo Maia. Muitos desses apoios vieramcarballo gremiodeputados do Nordeste, que viram na eleiçãocarballo gremioum alagoano para presidir a Câmara a possibilidadecarballo gremiofavorecer a região.
O que levou Bolsonaro a adotar o "toma-lá-da-cá"?
A retórica contra os políticos tradicionais e a negociaçãocarballo gremiocargos foi insistentemente repetida pelo presidente, seus filhos e aliados políticos até os primeiros mesescarballo gremio2020, quando culminoucarballo gremiouma sériecarballo gremioatos antidemocráticos, aos quais Bolsonaro compareceu a despeito dos pedidos dos manifestantes pelo fechamento do Congresso e do STF.
"Não queremos negociar nada, queremos é ação pelo Brasil", discursou o presidente,carballo gremioum atocarballo gremio19carballo gremioabril. Na ocasião, disse também: "Acabou a época da patifaria, agora é o povo no poder, lutem com o seu presidente".
Foi nessa mesma época, porém, que o presidente passou a buscar com mais consistência uma aliança com políticos do Centrão. No dia 20carballo gremioabril, apenas um dia após dizer que "não queremos negociar nada", Bolsonaro recebeu Arthur Lira no Palácio do Planalto e ambos gravaram sorridentes um curto vídeocarballo gremioque o presidente manda um abraço a familiarescarballo gremioLira, selando o iníciocarballo gremiosua aliança. "Estou aqui ao lado do maridão, do pai. Um grande abraço a vocês dois. Tamo junto, valeu", cumprimentou Bolsonaro. "São grandes fãs e toda hora me pediam isso", diz Lira,carballo gremioseguida.
Essa aproximaçãocarballo gremioBolsonaro com o Centrão, e Arthur Liracarballo gremioespecial, se intensificoucarballo gremioum momentocarballo gremioque as investigações acuavam o governo e filhos do presidente — casocarballo gremiodois inquérito abertos no Supremo Tribunal Federal para apurar ataques contra os ministros da Corte e a convocaçãocarballo gremioatos antidemocráticos e da investigação no Riocarballo gremioJaneiro sobre um possível esquemacarballo gremiodesviocarballo gremiorecursos do antigo gabinetecarballo gremiodeputado estadual do hoje senador Flávio Bolsonaro.
Pouco depois, o próprio presidente reconheceu a distribuiçãocarballo gremiocargos entre partidos políticos: "Tem cargo na ponta da linha, segundo ou terceiro escalão, que estava na mãocarballo gremiopessoas que sãocarballo gremiogovernos anteriores ao (do ex-presidente Michel) Temer. Trocamos alguns cargos nesse sentido. Atendemos, sim, a alguns partidos nesse sentido (de cargos)", disse Bolsonaro,carballo gremiouma transmissão ao vivo no finalcarballo gremiomaio.
Um exemplo dessa ocupaçãocarballo gremioescalões inferiores por indicados políticos ocorreucarballo gremiojunho no Ministério da Educação, quando Marcelo Lopes da Ponte, ex-chefecarballo gremiogabinete do senador Ciro Nogueira (PP-PI), foi nomeado presidente do Fundo Nacionalcarballo gremioDesenvolvimento da Educação (FNDE). Outros cargos dentro do órgão foram para indicações do PL — Paulo Roberto Aragão Ramalho assumiu a Diretoriacarballo gremioTecnologia e Inovação do FNDE, enquanto Garigham Amarante Pinto assumiu a Diretoriacarballo gremioAções Educacionais do fundo.
Outro marco da mudançacarballo gremiopostura foi a recriação do Ministério das Comunicaçõescarballo gremiojunho, cujo comando foi dado ao deputado Fábio Faria (PSD-RN), genro do empresário e apresentador do SBT Silvio Santos.
Jácarballo gremiodezembro o então ministro do Turismo, Álvaro Antônio, foi demitido depoiscarballo gremioacusar o ministro da Secretariacarballo gremioGoverno, Luiz Eduardo Ramos, responsável pela articulação do Planalto junto ao Congresso,carballo gremioquerer entregarcarballo gremiopasta ao Centrão. Com isso, o comando do ministério passou para as mãos do até então presidente da Embratur, Gilson Machado.
Alémcarballo gremiocargos, a aliança com o Centrão incluiu a negociaçãocarballo gremioverbas extras, além das emendas parlamentares que os congressistas já têm direito segundo a Constituição.
Em dezembro do ano passado, Câmara e Senado aprovaram dois Projetoscarballo gremioLei do Congresso (PLNs) que abriram créditos extras para investimentos públicos. O primeiro deles, o PLN 29carballo gremio2020, foi modificado pelo governo dias antes da votação para liberar R$ 1,9 bilhão para investimentos e custeiocarballo gremioserviços públicos. Pouco depois, outro projeto, o PLN 30, liberou mais R$ 6,1 bilhões para investimentoscarballo gremiooito ministérios.
Nos dois casos, a destinação dos recursos foi feita pelos relatores dos projetoscarballo gremiocombinação com o governo. As verbas são depois "apadrinhadas" pelos deputadoscarballo gremiomodo informal, geralmente para obras ou serviços públicos nos lugares onde eles têm votos.
Quem é Arthur Lira e quais acusações enfrenta
Lira tem 52 anos e, no portal da Câmara, informa que profissionalmente é advogado, empresário e agropecuarista. Desde que se formoucarballo gremiodireitocarballo gremio1993, porém, ele ocupou cargos eletivos.
Repetindo uma história comum no Brasil, entrou na política aos 24 anos seguindo os passos do pai, Beneditocarballo gremioLira, político tradicionalcarballo gremioAlagoas que inicioucarballo gremiocarreira no Arena, partidocarballo gremiosustentação da Ditadura Militar, chegou a senador pelo PP (2011-2019) e hoje é prefeitocarballo gremioBarracarballo gremioSão Miguel, município na região metropolitanacarballo gremioMaceió.
Lira, porcarballo gremiovez, estreou na políticacarballo gremio1993 como vereadorcarballo gremioMaceió pelo PFL —carballo gremiolá pra cá, passou por diferentes partidos (PSDB, PTB e PMN) até ingressar no PPcarballo gremio2009, legenda a qual Bolsonaro também foi filiadocarballo gremio2005 a 2016.
Atualmentecarballo gremioseu terceiro mandatocarballo gremiodeputado federal, o novo presidente da Câmara foi também por três mandatos seguidos deputado estadual, período que até hoje lhe rende acusações na Justiça.
Segundo o Ministério Público, Lira enriqueceu quando era deputado estadual operando com outros parlamentares um esquemacarballo gremio"rachadinha"carballo gremioque os salárioscarballo gremiofuncionários fantasmas na Assembleia Legislativacarballo gremioAlagoas eram desviados — mesma acusação que o filho mais velhocarballo gremioJair Bolsonaro, o hoje senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), enfrenta da época que era deputado estadual do Riocarballo gremioJaneiro.
Alémcarballo gremiorachadinha, Lira e outros antigos deputados estaduaiscarballo gremioAlagoas são acusadoscarballo gremioter usado recursos da Assembleia Legislativa do Estado para pagar empréstimos particulares. Com essas duas práticas, afirma o Ministério Públicocarballo gremioAlagoas, Arthur Lira teve movimentação bancáriacarballo gremiomaiscarballo gremioR$ 9,5 milhões entre os anoscarballo gremio2001 e 2007.
Por essas acusações, Lira e mais oito deputados ou ex-deputados estaduais foram condenadoscarballo gremio2016 na esfera civil por improbidade administrativa no Tribunalcarballo gremioJustiçacarballo gremioAlagoas (TJ-AL), cabendo ainda recurso aos tribunais superiores. Apesar da condenaçãocarballo gremiosegunda instância, que gera inelegibilidade segundo a Lei da Ficha Limpa, o mais novo presidente da Câmara conseguiu disputar a eleiçãocarballo gremio2018 graças a uma liminar do TJ-AL.
Já na esfera criminal, Lira foi denunciado pelos desvios na Assembleia Legislativacarballo gremioAlagoas pela Procuradoria-Geral da República (PRG), na gestãocarballo gremioRaquel Dodge. No entanto, depois que o STF decidiucarballo gremio2018 restringir o foro privilegiado a crimes relacionados ao atual mandato parlamentar, o caso foi remetido à primeira instância da Justiça Estadualcarballo gremioAlagoas sem ser julgado pelo Supremo.
Lira chegou a se tornar réu nesse caso, mas, no iníciocarballo gremiodezembro, o juiz Carlos Henrique Pita Duarte, da 3ª Vara Criminalcarballo gremioMaceió, decidiu arquivar o processo por considerar que as provas eram nulas. Nacarballo gremioavaliação, o caso deveria ter tramitado na Justiça Estadual desde o começo,carballo gremiovezcarballo gremiona Federal como ocorreu inicialmente. No finalcarballo gremiodezembro, o Ministério Público recorreu da decisão.
"A denúncia movidacarballo gremiodesfavor do deputado Arthur Lira, pelos vícios processuais, foi corretamente anulada pela Justiçacarballo gremioAlagoas. O deputado, por maiscarballo gremiodez anos, foi acusado sem ter o direitocarballo gremiodefender-se", disse a assessoria jurídica por meiocarballo gremionota na ocasião.
Lira também enfrenta acusações no STF, onde é réucarballo gremioum processo por corrupção. Nesse caso, a PGR acusa Liracarballo gremioter recebidocarballo gremio2012 propinacarballo gremioR$ 106 mil do então presidente da Companhia Brasileiracarballo gremioTransportes Urbanos (CBTU), Francisco Colombo.
Na época, o valor foi apreendido pela Polícia Federal no Aeroportocarballo gremioCongonhas com Jaymerson José Gomes, assessor parlamentarcarballo gremioLira, que levava o dinheiro embaixo da roupa. Depois, o doleiro Alberto Youssef, apontado como operador financeiro do Partido Progressista pela Operação Lava Jato, reforçou as acusações emcarballo gremiocolaboração premiada, quando disse que Arthur Lira e seu pai, Beneditocarballo gremioLira, exerciam influênciacarballo gremiosucessivas gestões da CBTU.
O novo presidente da Câmara também foi denunciado pela PGRcarballo gremiojunhocarballo gremio2020, acusadocarballo gremioreceber R$ 1,6 milhãocarballo gremiopropina da empreiteira Queiroz Galvão, pelo apoio do PP à manutençãocarballo gremioPaulo Roberto Costa na diretoria da Petrobras. No entanto, três meses depois,carballo gremiosetembro, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, coordenadora da Lava Jato na PGR, acolheu argumento da defesacarballo gremioque não havia prova contra Lira e desistiu da denúncia.
"A PGR alterou seu entendimento após perceber que a denúncia estava calcada exclusivamente na palavracarballo gremioum colaborador premiado: Alberto Youssef. Não havia qualquer outra prova. E, como fiscal da lei, não poderia sustentar algo distinto do arquivamento", argumentou Pierpaolo Bottini, advogadocarballo gremioArthur Lira,carballo gremioartigo no portal Poder 360.
O novo presidente da Câmara enfrenta ainda acusaçõescarballo gremioviolência e ameaças porcarballo gremioex-mulher, mãecarballo gremioseus dois filhos, Jullyene Cristine Santos Lins.
Em 2006, ela apresentou queixa por lesão corporal contra Lira na Polícia Civil. No entanto, o caso foi arquivadocarballo gremio2015 após Lins mudarcarballo gremioversão e ter dito que fez a acusação por vingança. Em entrevista recente ao jornal Folhacarballo gremioS.Paulo, ela disse que alterou seu depoimento após ser ameaçada pelo ex-marido.
Em nota enviada ao jornal, a defesacarballo gremioLira disse que o conteúdo das declaraçõescarballo gremiosua ex-mulher Jullyene Lins é "requentado" e que ele foi absolvido das acusações dela pelo STF.
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