Vacinas contra covid: OMS promete ao Brasil até 14 milhõeswww betesportivodoses a partirwww betesportivofevereiro; entenda:www betesportivo

Crédito, REUTERS/Ricardo Moraes

www betesportivo O Ministério da Saúde anunciou, no sábado (30), que o Brasil deve receberwww betesportivo10 a 14 milhõeswww betesportivodoses da vacina da AstraZeneca/Oxford contra a covid-19 a partirwww betesportivomeadoswww betesportivofevereiro, por meio do consórcio internacional Covax Facility.

Segundo a pasta, a estimativa para o envio dos imunizantes foi recebida por meiowww betesportivouma carta da aliança internacional ligada à Organização Mundialwww betesportivoSaúde (OMS). A Covax Facility é definida como uma ação que tem o objetivowww betesportivodifundir a distribuição justa e igualitária das vacinas contra a covid-19. A iniciativa define que a imunização mundial contra o novo coronavírus é uma corrida na qual "ninguém ganha até que todos ganhem".

O consórcio globalwww betesportivocompartilhamentowww betesportivovacinas reúne cercawww betesportivo190 países. Desses, 92 são consideradoswww betesportivobaixa ou média renda (como Afeganistão, Etiópia, Haiti).

Por meio da iniciativa, os recursos destinados pelos países mais ricos, que têm maior poder nas negociações com as empresas farmacêuticas, apoiam aqueleswww betesportivomaior situaçãowww betesportivovulnerabilidade.

No consórcio, a expectativa éwww betesportivoque o Brasil receba 42,5 milhõeswww betesportivodoseswww betesportivovacinas contra a covid-19 até o fimwww betesportivo2021. De acordo com o Ministério da Saúde, essa quantidade é suficiente para imunizar 10% da população brasileira, "com distribuiçãowww betesportivoacordo com o Plano Nacionalwww betesportivoOperacionalização da Vacinação contra a covid-19".

O Brasil consta na aliança como uma economia com "autofinanciamento potencial", que reúne cercawww betesportivo80 países. A expectativa éwww betesportivoque o país pague cercawww betesportivoR$ 2,5 bilhões,www betesportivodiferentes parcelas, para ter acesso às vacinas e auxiliar outros países por meio da Covax Facility.

A aliança Covax

Diante da corrida mundial pela vacinação, especialistas ressaltam a importância da Covax Facility, por ser uma iniciativa que tem o objetivowww betesportivodistribuirwww betesportivomodo igualitário o imunizante.

Vice-diretor da Organização Pan-americanawww betesportivoSaúde (Opas), braço da OMS para as Américas, Jarbas Barbosa informou, no sábado (30/01), que a Covax iniciaria as entregas das vacinas aos países que fazem parte da iniciativawww betesportivomeadoswww betesportivofevereiro.

"Para os países das Américas que participam do mecanismo, todos com exceção dos EUA, serão entregues entre 35,3 milhões a 52,9 milhõeswww betesportivodoses. Para o Brasil, nossa estimativa éwww betesportivoentregar entre 10,6 milhões e 14,2 milhõeswww betesportivodoses nessa primeira fase. A partir daí, serão entregas mensais até alcançar o percentual da população que cada país solicitou", escreveuwww betesportivouma publicaçãowww betesportivoseu perfil no Facebook.

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Brasil já vacinou 2 milhõeswww betesportivopessoas contra a covid-19. Especialistas afirmam que ritmowww betesportivoimunização tem sido lento

De acordo com a OMS, atualmente há um acordowww betesportivocomprawww betesportivo150 milhõeswww betesportivodoses da vacinawww betesportivoOxford e da AstraZeneca e 40 milhõeswww betesportivodoses da vacina produzida pela Pfizer e BioNTech.

Posteriormente, outros imunizantes também deverão fazer parte da aliança — a expectativa é distribuir, ao menos, 2 bilhõeswww betesportivodoses até o fim deste ano, sendo mais da metade delas aos países mais pobres por terem dificuldades para adquirir o imunizante diretamente com os laboratórios.

As doses que o Brasil receberá por meio da aliança serão da vacina da Oxford-AstraZeneca. O imunizante teve registro emergencial das 2 milhõeswww betesportivodoses que já chegaram ao Brasil aprovado pela Agência Nacionalwww betesportivoVigilância Sanitária (Anvisa). Na última sexta-feira (29/01), foi feito pedidowww betesportivoregistro definitivo da vacina à agência, que informou que irá analisá-lo.

Segundo o sitewww betesportivonotícias G1, a agência informou que a necessidadewww betesportivoum novo pedidowww betesportivoregistro das vacinas enviadas pela Covax depende do localwww betesportivoprodução e da formawww betesportivoapresentação das doses.

Se essas enviadas pela Covax ao Brasil vierem do mesmo laboratório da Índia, que produziu as aprovadas emergencialmente, a agência poderá "ampliar" a autorização para uso, como ocorreuwww betesportivorelação a um segundo lote da Coronavac. No entanto, se forem produzidaswww betesportivooutro laboratório, deverão passar por um novo pedidowww betesportivoregistro emergencial.

Acordos bilaterais

Além da Covax, o Ministério da Saúde ressalta que fez acordos com empresas para obter doseswww betesportivovacinas contra o novo coronavírus. Em nota, pontua que firmou parceria diretamente com a AstraZeneca e a Universidadewww betesportivoOxford, por meio da Fundação Oswaldo Cruz/BioManguinhos, e com a empresa Sinovac e o Instituto Butantan para distribuição da CoronaVac.

Até este domingo (31/01), o Brasil já havia vacinado 2 milhõeswww betesportivopessoas. O país possui, até o momento, 12,8 milhõeswww betesportivodoseswww betesportivovacinas para enfrentar a pandemia — 10 milhões da CoronaVac e 2 milhões da Oxford-AstraZeneca.

Mas especialistas têm alertado que dificuldades relacionadas a insumos para a produção no país,www betesportivomeio ao cenáriowww betesportivocorrida mundial pela imunização, podem interromper a vacinação no Brasil por certo período.

Especialistas têm criticado o ritmo da vacinação no país.

Para eles, os números atuaiswww betesportivoimunização no Brasil estão abaixo das expectativas e da capacidade do sistemawww betesportivosaúde.

"O ritmowww betesportivovacinação no país está simplesmente péssimo. Nós já deveríamos ter utilizado pelo menos todo esse primeiro lotewww betesportivo6 milhõeswww betesportivodoses da CoronaVac, do Instituto Butantan e da Sinovac", disse o epidemiologista Paulo Lotufo, professor da Faculdadewww betesportivoMedicina da Universidadewww betesportivoSão Paulo (USP),www betesportivoentrevista à BBC News Brasil.

Em resposta às críticas, o Ministério da Saúde alega que o planowww betesportivovacinação é dinâmico e pode sofrer ajustes necessários nas faseswww betesportivodistribuição das vacinas, "considerando a indicaçãowww betesportivouso apresentada pelo fabricante, o quantitativowww betesportivodoses entregues e os públicos prioritários já definidos".

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Incertezas sobre patamarwww betesportivoimunidade coletiva ampliam questionamentos sobre a volta ao "antigo normal"

A imunizaçãowww betesportivolarga escala permite proteger toda a comunidade, mesmo aquelas pessoas que, por um motivo ou outro, não podem tomar as doses. Esse fenômeno é conhecido popularmente como imunidadewww betesportivorebanho, embora os cientistas prefiram o termo imunidade coletiva.

Ainda não se sabe ao certo qual é a porcentagemwww betesportivovacinação necessária para atingir a imunidadewww betesportivorebanho contra a covid-19.

Atualmente, os cientistas calculam que essa taxa deve ficar entre 70% e 90%.

Se considerarmos que a campanha começou no Brasil há 12 dias e,www betesportivoacordo com Our World Data (da Universidadewww betesportivoOxford), 1,45 milhãowww betesportivobrasileiros receberam a primeira dose até quinta-feira (28/1), isso dá uma médiawww betesportivo120 mil pessoas vacinadas por dia.

Se precisarmos imunizar até 90% da população para eventualmente atingir a imunidade coletiva, no Brasil esse total corresponde a 188,5 milhõeswww betesportivopessoas vacinadas.

Mas, se continuarmos no ritmo atualwww betesportivo94 mil doses por dia, demoraremos 1.570 dias (ou pouco maiswww betesportivoquatro anos) para atingir o limiarwww betesportivo90%.

A epidemiologista Carla Domingues, que foi coordenadora do Programa Nacionalwww betesportivoImunizações (PNI) do Ministério da Saúde por quase dez anos (2011-2019), afirma que o Brasil tem total capacidadewww betesportivoacelerar seu plano e vacinar um número bem maiorwww betesportivopessoas contra a covid-19.

"Nas campanhaswww betesportivovacinação contra a gripe, que acontecem todos os anos, nós conseguimos imunizar 80 milhõeswww betesportivobrasileiroswww betesportivoapenas 90 dias", compara.

Domingues acrescenta que o país tem cercawww betesportivo30 mil profissionaiswww betesportivosaúde contratados para fazer a vacinação. "Cada um deles consegue atenderwww betesportivo20 a 30 pessoas por dia. Portanto, não é exagero dizer que podemos imunizar 900 mil ou até 1 milhãowww betesportivoindivíduos no país diariamente."

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