O que a ciência diz sobre usobonus zebetmáscaras para proteger contra covid-19, colocadobonus zebetxeque por Bolsonaro:bonus zebet
O Centrobonus zebetControle e Prevençãobonus zebetDoenças (CDC), dos Estados Unidos, fez a mesma indicação um pouco antes, a partir do mêsbonus zebetabril.
No Brasil, o Ministério da Saúde reconhece que cobrir nariz e boca com tecido é uma das ações preventivas mais importantes —bonus zebetseu site, a pasta até disponibiliza um guia para a confecção dessas peçasbonus zebetcasa.
O próprio Bolsonaro, inclusive, sancionou a lei 14.019/2020, publicada no Diário Oficial da União no dia 2bonus zebetjulho, que fala sobre "a obrigatoriedade do usobonus zebetmáscarasbonus zebetproteção individual para circulaçãobonus zebetespaços públicos e privados acessíveis ao público,bonus zebetvias públicas ebonus zebettransportes públicos".
Em meio a essa polêmica, será que ainda existe alguma dúvida sobre a efetividade das máscaras entre os especialistas?
A ciência por trás dos rostos cobertos
Se você lembrar bem, no início da pandemia a orientação das autoridades era para que a população geral, sem sintomas sugestivosbonus zebetcovid-19, não botasse máscaras.
O medo era que faltassem equipamentosbonus zebetproteção para profissionaisbonus zebetsaúde e pacientes, que são os grupos que mais precisam deles.
Além disso, suspeitava-se que ficar com o tecido na face causaria incômodo nas pessoas, que iriam levar mais as mãos ao rosto para coçar ou arrumar a posição da peça. A crença era que isso aumentaria os riscosbonus zebetinfecção.
"E, como tudo era muito novo, não sabíamos se o tecido comum protegeriabonus zebetverdade", relembra a infectologista Melissa Medeiros, que faz parte do corpo clínico do Hospital São Josébonus zebetDoenças Infecciosas e do Hospital São Camilo, ambosbonus zebetFortaleza.
Com o passar do tempo e o avançar da ciência, esses temores se mostraram exagerados. Por outro lado, começaram a surgir evidênciasbonus zebetque o uso das máscaras, mesmo aquelas mais simples, feitasbonus zebetpano, teria um papel importante a cumprir.
Foi justamente aí que OMS, CDC e outras organizações perceberam a mudança e atualizaram suas diretrizes.
Mas não existem trabalhos com o mais elevado graubonus zebetevidência que comprovem definitivamente a efetividade dessa estratégia.
Testes rigorosos, como aqueles que são feitos com as vacinas atualmente, são praticamente impossíveisbonus zebetserem realizados com as máscaras.
Afinal, seria impraticável (e até antiético) pedir que milharesbonus zebetpessoas fiquem semanas sem usá-las, se expondo ao riscobonus zebetcontrair um vírus mortal, só para comprovar uma hipótesebonus zebetuma pesquisa.
O que temos, então, são estudos observacionais e epidemiológicos. Eles não refletem o nível máximo da evidência científica, mas é o melhor que se pode fazer na realidade atual. Portanto, são considerados suficientes para seguir com as recomendações.
As cabeleireiras do Missouri
Uma das primeiras pesquisas a indicar a efetividade da máscara aconteceu no Estado americano do Missouri. Duas funcionáriasbonus zebetum salãobonus zebetbeleza estavam com covid-19 e, sem sintomas, foram trabalhar normalmente.
Durante oito dias, elas interagiram por um períodobonus zebetpelo menos 15 minutos com 139 clientes diferentes. Detalhe importante: tanto as cabeleireiras como os fregueses usaram máscaras o tempo todo.
"Algum tempo depois, 67 dessas pessoas foram testadas e todas deram negativo. Era uma situaçãobonus zebetalto risco e não foi observado nenhum caso secundário", relata o físico Vitor Mori, do grupo Observatório Covid-19 BR.
Outros trabalhos do tipo foram realizadosbonus zebetvários países. Na Tailândia, por exemplo, mil pessoas foram entrevistadas para descobrir o riscobonus zebetestarem com covid-19.
Aquelas que diziam usar máscarasbonus zebetmomentos com chancesbonus zebetexposição ao coronavírus tinham um risco 70% menorbonus zebetter a infecção.
De acordo com o CDC, outros sete estudos populacionais confirmaram os benefícios do uso generalizado das máscaras. Eles foram feitos combonus zebetmilharesbonus zebetpessoas num sistema hospitalar, numa cidade alemã inteira ebonus zebet15 Estados americanos, entre outros contextos.
Todas essas investigações revelaram que, após a orientação do uso desses equipamentosbonus zebetproteção, a taxabonus zebetnovas infecções se manteve estável ou até caiu. Em comparação, nos locais que não adotaram a estratégia, os números subiram nesse mesmo período.
O CDC ainda calcula que, se o uso das máscaras fosse ampliadobonus zebet15% nos Estados Unidos nos próximos meses, isso evitaria um novo lockdown no país e impediria um prejuízobonus zebet1 trilhãobonus zebetdólares, o equivalente a 5% do PIB americano.
Mas como a máscara funciona?
Os especialistas asseguram que a máscara traz ao menos dois benefícios: ela protege quem usa e, ao mesmo tempo, resguarda quem está por pertobonus zebetum indivíduo infectado.
"O tecido vai impedir que o vírus entre no nosso nariz ou na nossa boca a partir das gotículasbonus zebetsaliva que saembonus zebetuma pessoa durante tosses, espirros ou conversas", resume a médica Raquel Stucchi, da Sociedade Brasileirabonus zebetInfectologia.
Esse mecanismo ganha mais importância porque já se sabe que a grande maioria dos pacientes com covid-19 não apresenta sintomas sugestivos (ou demora alguns dias para manifestar sinais da doença).
O preocupante é que esses indivíduos assintomáticos transmitem o vírus normalmente. Estima-se que eles sejam responsáveis por pelo menos 50% dos novos casos. O uso geral das máscaras, portanto, ajudaria a impedir essa difusão silenciosa pelas pessoas que nem sabem que carregam o coronavírusbonus zebetseu organismo.
Ainda há um terceiro efeito benéfico dessa peça. Estudos preliminares revelaram que indivíduos que usam máscara, e mesmo assim pegam covid-19, costumam ter uma versão mais leve da enfermidade.
Especula-se que, nesses casos, a quantidadebonus zebetvírus que ataca o corpo é menor. "Uma carga viral baixa estaria ligada a sintomas brandos e uma recuperação mais tranquila", completa Mori. Mas esses ganhos dependem, claro, da escolha do modelo perfeito ebonus zebetseu uso adequado.
Como escolher a sua?
As entidades nacionais e internacionais pedem que as máscaras tenham duas ou três camadas e cubram bem o rosto, desde a parte superior do nariz até o queixo. Elas devem ser feitas com algodão ou poliéster, com uma tramabonus zebettecido mais densa.
Portanto, não compre ou utilize modelos feitos com crochê que são vendidos por aí. Há algumas opções com lâminas transparentesbonus zebetplásticos, que são ineficazes e até dificultam a respiração. "Evite também aquelas com rendas, bordados e pedrarias, pois isso dificulta a lavagem", acrescenta Medeiros.
Existem vários cortes e estilos disponíveis hojebonus zebetdia. Procure aqueles que fiquem mais confortáveis e não machuquem as orelhas ou a nuca. No entanto, é importante que o tecido fique bem justo à pele e não apareçam passagensbonus zebetar nas bochechas, na maçã do rosto ou no queixo.
"A recomendação é que todas as pessoas com maisbonus zebetdois anosbonus zebetidade usem máscara o tempo todo que estiverem forabonus zebetcasa", diz Stucchi. A peça deve ser trocada imediatamente caso fique suja ou úmida. Se você vai ficar na rua por algumas horas, leve uma ou duas opçõesbonus zebetreserva.
Dá pra lavar as máscaras na máquina, junto com o restante das roupas. Deixe secar bem antesbonus zebetutilizá-las novamente. E, claro, se perceber algum rasgo nas camadas, é horabonus zebetjogar no lixo e renovar suas peças.
Vale lembrar que a máscara não é um salvo-conduto para relaxar as outras medidas. Ao sair, é primordial continuar cumprindo o distanciamento físicobonus zebetpelo menos 2 metros e lavar bem as mãos com água e sabão ou, se não tiver uma pia e uma torneira por perto, com álcoolbonus zebetgel.
Modelos mais rebuscados
Além das versõesbonus zebettecido, atualmente está mais fácil encontrar é a N95. Será que vale apostar nelas? Na maioria das vezes, as convencionais já dão conta do recado.
"Porém, caso você faça parte do grupobonus zebetrisco para complicações pela covid-19 ou precisa se expor a uma situação mais arriscada, esses tipos podem trazer mais proteção", sugere Mori. O mesmo recado vale para as máscaras cirúrgicas.
Outro equipamento que gera muitas dúvidas é o face shield, aquela lâminabonus zebetacrílico que é presa a um aro na cabeça e forma um escudobonus zebettoda a face. Ele é essencial para profissionaisbonus zebetsaúde ou aqueles que têm contato direto com o público (como recepcionistas, por exemplo). Masbonus zebethipótese alguma deve ser utilizado sozinho, sem as máscaras.
Apesar da polêmica e das informações falsas que pintam por aí, precisamos terbonus zebetmente que precisaremos usar as máscaras por um longo período.
"Até que tenhamos vacinas seguras e eficazes e com uma grande porcentagem da população já imunizada, continuaremos a depender delas para nos protegermos", adianta Stucchi.
Eis uma moda que chegou para ficar — pelo menos enquanto a pandemia estiver entre nós.
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