A 'epidemiacasino online usaabandono' dos animaiscasino online usaestimação na crise do coronavírus:casino online usa

Imagenscasino online usacãescasino online usaabrigos assistidos pela ONG Cão Sem Fome

Crédito, ONG Cão Sem Fome/ Divulgação

Legenda da foto, Seja pela crise, seja pelo medocasino online usaque cães e gatos transmitam o coronavírus, seja pela mudançacasino online usavida causada pela pandemia, mais donoscasino online usaanimaiscasino online usaestimação estão se desfazendo dos seus outrora melhores amigos

"É um número absurdo", comenta. "E como as ONGs estão todas lotadas, certamente são animais que acabarão sendo abandonados posteriormente."

De acordo com ele, os motivos relatados por quem o procura são, quase sempre, relacionados ao novo coronavírus — ou a crise decorrente da pandemia. "Entre os fatores, estão a perdacasino online usaemprego e gente que está indo morarcasino online usafavor com algum parente e não tem como levar o animal."

Fundadora da ONG Cão Sem Fome, Glaucia Lombardi diz à reportagem que tem deparado com cinco vezes mais casoscasino online usaabandonoscasino online usacães do que o normal.

"Estamos vivendo uma situação extremamente complicada, complexa e que não tem prazo para se normalizar", ressalta. Em alguns casos, é a devoluçãocasino online usaum animal adotado anteriormente. E até mesmo cachorroscasino online usaraça definida, que raramente apareciam nos abrigos, estão sendo deixados para trás por seus donos.

"O abandonocasino online usacães sempre foi o maior dos problemas que enfrentamos", afirma ela. "Temoscasino online usaconviver com o desafiocasino online usaanimais largadoscasino online usapraças, estradadas ou desovados nas portascasino online usaONGs ou protetores."

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Crédito, ONG Cão Sem Fome/ Divulgação

Legenda da foto, Diretor da ONG Cão Sem Dono, Vicente Define Neto diz que desde o agravamento da pandemia no Brasil tem recebido cercacasino online usa200 e-mails por dia

Cortescasino online usagastos

Para Lombardi, o cenário parecia bom no começo da pandemia, quando as pessoas até procuraram adotar mais, "pensandocasino online usater uma companhia" no períodocasino online usaisolamento.

"Então, vieram as péssimas notícias", avalia. "Houve a trágica mentira disseminadacasino online usaque os cães transmitiam a covid-19. Depois, os problemas econômicos e, da mesma forma como foram cortados gastos extrascasino online usatodas as famílias, muitas também optaram por não ter mais seus animaiscasino online usaestimação."

Há ainda o casocasino online usaanimaiscasino online usaestimação cujos donos entraram na extensa listacasino online usavítimas da covid-19. "Meu pai morreu e a gente não quer o cachorro…", exemplifica ela. "Esse motivo foi o que mais cresceucasino online usatemposcasino online usapandemia. Com o númerocasino online usamortos aumentando, o númerocasino online usaanimaiscasino online usacompanhia que foram descartados pelos familiares dessas pessoas disparou."

Procurado pela BBC News Brasil, o Conselho Federalcasino online usaMedicina Veterinária (CFMV) afirma que "avaliacasino online usaforma preocupante a situação do abandonocasino online usaanimaiscasino online usaestimação nesta fasecasino online usapandemia".

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Legenda da foto, Há casoscasino online usaanimaiscasino online usaestimação cujo dono entrou na extensa listacasino online usavítimas da covid-19

A reportagem procurou a Divisãocasino online usaVigilânciacasino online usaZoonoses (DVZ)casino online usaSão Paulo, órgão da Secretaria Municipalcasino online usaSaúde, para confirmar a tendência.

Por meiocasino online usasua assessoriacasino online usaimprensa, a instituição informou que só recolhe animais abandonadoscasino online usavias públicas quando estes representam risco para a saúde pública — e indicou que o trabalho é, na maior parte das vezes, realizado por ONGs.

"São considerados riscos para saúde pública: a suspeitacasino online usaportar ou transmitir zoonosescasino online usarelevância, como a raiva ou esporotricose; animais agressivos com históricocasino online usaatacar ou morder pessoas; animais que tenham invadido instituições públicas, desde que se enquadrem nos riscos citados; animaiscasino online usasofrimento nas vias públicas quando necessária a realizaçãocasino online usainduçãocasino online usamorte sem dor (eutanásia)", esclarece a divisão,casino online usanota.

Considerando essas atuações específicas da DVZ, o númerocasino online usacães recolhidoscasino online usamarço a julho deste ano é inferior ao mesmo período do ano passado — 145 versus 216. Mas os dados deste mês podem indicar uma tendênciacasino online usaalta. Em julhocasino online usa2019 foram retirados pelo órgão 33 cachorros das ruascasino online usaSão Paulo. Neste mêscasino online usajulho, até o dia 27, o número já eracasino online usa57.

Maus tratos

Dados obtidos com exclusividade junto à organização SaferNet Brasil também indicam um aumentocasino online usaconteúdos na internet demonstrando ou incitando maus tratos a animais durante o período da pandemia.

Entre 15casino online usamarçocasino online usa30casino online usajunho deste ano foram registradas pela entidade 482% mais denúncias sobre o temacasino online usacomparação com o mesmo período do ano passado.

De acordo com relatos dos ativistas, o estresse causado pela situação atualcasino online usaisolamento social, confinamento e toda a negatividade resultante da pandemia pode encontrar no animal um bode expiatório.

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Legenda da foto, Entre 15casino online usamarçocasino online usa30casino online usajunho deste ano, foram registradas pela SaferNet Brasil 482% mais denúncias sobre maus tratos a animais durantecasino online usacomparação com mesmo período do ano passado

Orientações

"O abandono acarretacasino online usaprejuízos para a saúde pública, já que pode ocorrer um aumento nos casoscasino online usazoonoses, como a raiva, a leishmaniose, esporotricose, verminoses, entre outras", ressalta a médica veterinária Kellen Oliveira, presidente da Comissão Nacionalcasino online usaBem Estar Animal do CFMV e professora da Universidade Federalcasino online usaGoiás.

"Ainda pode aumentar a populaçãocasino online usarua, já que muitos não são castrados e se reproduzem livremente. Além, é claro,casino online usaacidentes automobilísticos, brigas entre os animais e mordidascasino online usahumanos."

Oliveira afirma que o conselho tem acompanhado junto a ONGs, centroscasino online usacontrolescasino online usazoonoses e bombeiros a situação atual no Brasil. "Eles têm relatado o aumento no númerocasino online usachamadas para resgatescasino online usaanimais doentes, fêmeas gestantes ou recém-paridas, ou mesmo animais atropelados", diz.

A veterinária lembra que,casino online usaacordo com os estudos científicos atuais, não há evidênciascasino online usaque um animalcasino online usaestimação transmita a nova doença para um humano.

"Até o momento, não há dados científicoscasino online usaque animaiscasino online usaestimação, como cães e gatos, transmitam a covid-19. Os relatos existentescasino online usaanimais que contraíram a doença ocorreram, emcasino online usamaioria, por transmissãocasino online usaum humano doente para o animal", ressalta a veterinária.

Há recomendações para famílias que têm animaiscasino online usaestimação sobre como agircasino online usacasocasino online usaalguém com sintomas ou diagnóstico positivo para o coronavírus. "Afastar-se do animal, evitar tocar, beijar, espirrar tossir próxima ao animal, até a resolução do problema", enumera Oliveira.

Já no casocasino online usaquem está convencido que se desfazer do bicho é a melhor solução, os ativistas acreditam que há pouco o que fazer. "Sobre abandono ou devoluçãocasino online usaum animal adotado não há muito o que orientar", admite Lombardi.

"Quando a pessoa chega para a ONG ela já está convicta da decisão. Nunca tivemos um casocasino online usaconseguir reverter o processo. A pessoa se coloca no papelcasino online usavítima, tentando nos convencer quecasino online usarazão é justa e ainda achando que está fazendo um favorcasino online usanos trazer o cãocasino online usavezcasino online usaabandoná-locasino online usaqualquer estrada."

Ela ressalta que "abandonocasino online usaanimais é crime, previsto por lei". "Mas apesar disso o que mais sofremos é ameaças e sabemos que se não for acolhido por nós, será descartado para morrercasino online usaqualquer lugar, colocado no lixo ainda vivo, jogado no rio ou amarrado no meio do mato para morrercasino online usafome e sede, só para citar algumas situações corriqueiras com as quais nos deparamos", relata.

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Legenda da foto, Há recomendações para famílias que têm animaiscasino online usaestimação sobre como agircasino online usacasocasino online usaalguém com sintomas ou diagnóstico positivo para o coronavírus

Abrigos

A situaçãocasino online usaONGs e abrigos para animais sofre os efeitos econômicos da pandemia. Com cercacasino online usa600 animais, a União Internacional Protetora dos Animais (UIPA),casino online usaSão Paulo, mantém-se basicamente graças a uma clínica veterinária.

"O movimento despencou [após o início da pandemia] e ficamos assustados", conta à reportagem Vanice Teixeira Orlandi, presidente da instituição. "Então experimentamos muita solidariedade das pessoas, recebemos bastante doaçãocasino online usaração e fizemos uma vaquinha, conseguindo arrecadar 25 mil reais."

Ativistas e especialistas lembram, contudo, que conseguir descartar um animalcasino online usaum abrigo não é menos grave do que abandoná-lo. "Eles são seres sencientes, ou seja, têm capacidadecasino online usasentir e, com isso, o abandono ou trocacasino online usafamília pode gerar traumas e, consequentemente, o desenvolvimentocasino online usadeterminadas compulsões como ansiedade e agressividade", explica a veterinária Oliveira.

"Pedimos sempre para que as pessoas tenham um poucocasino online usapaciência com seus animais. Em abrigo ele não vai ter uma vida boa, vai ter uma vida difícil. Quando ele entracasino online usaum abrigo, vai tercasino online usadisputar espaço com outros cães, e com a lotação máximacasino online usatanto abandono recente, isso vai ser ainda pior", afirma Define Neto.

Lombardi lembra que há uma "certa cultura"casino online usaque "abandonarcasino online usaum abrigo não é abandono".

"Se isso alivia erroneamente a crisecasino online usaconsciência da pessoa, eticamente não há nenhuma diferença. Continua sendo abandono e dos mais cruéis. Imagina um animal que conheceu minimamente o que é ter uma casa, se ver jogadocasino online usauma baiacasino online usaabrigo, tendo que disputar espaço, comida, muitas vezes escassa, e atenção com dezenascasino online usaoutros cães. Muitos morremcasino online usadepressão, oucasino online usadoenças causadas pelo convívio coletivo, que o cão não tem imunidade", argumenta.

"Outros morrem porque não conseguem se adaptar à nova vida, não conseguem se alimentar, ou acabam se envolvendocasino online usabrigas, muitas vezes fatais."

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Legenda da foto, Muitos dos animais acabam morrendocasino online usaabrigos por não conseguirem se adaptar às condiçõescasino online usavida

A Cão Sem Fome também relata problemas com as contas durante esse período. "Houve um aumento significativocasino online usagastos com os animais, tanto os que já tínhamos — cercacasino online usa500 — como os que entraram. E, ao mesmo tempo, uma extrema redução nas doações ecasino online usaqualquer ajuda que poderíamos ter", conta Lombardi, relatando que o trabalho triplicou "e está incrivelmente complicado".

"As doações sofreram uma queda imensa, tantocasino online usadinheiro comocasino online usaprodutos — ração, vacinas, castração, materialcasino online usahigiene, cobertores, jornais", diz ela. "Temos notíciascasino online usaprotetores que estão dando um diacasino online usaração e um, ou até dois,casino online usapão para os animais. Ninguém dá contacasino online usatanto abandono."

Define Neto conta que a Cão Sem Dono também está sofrendo financeiramente. Cercacasino online usa30% dos doadores fixos mensais decidiu suspender os pagamentos por conta da crise do coronavírus. "Estamos nos virando do jeito que dá", diz.

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Legenda da foto, Situaçãocasino online usaONGs e abrigos para animais sofre efeitos econômicos da pandemia

Adoções

Para piorar o cenário, as tradicionais feirascasino online usaadoção não estão ocorrendocasino online usaforma presencial por conta da pandemia. A solução tem sido recorrer à internet. A Cão Sem Dono montou um sistema batizado por elescasino online usadelivery.

"A pessoa escolhe o animalcasino online usanosso site, fazemos a entrevista por WhatsApp, verificamos as informações com o Google… Dando certo, levamos o animal até a casa da pessoa", resume Define Neto.

Quando tem sido procurado por aqueles que querem se desfazer dos seus bichoscasino online usaestimação, esta é a orientação que ele procura dar: tire uma foto bonita e publique nas redes sociais.

"Infelizmente, a maior parte não faz isso. A gente até oferece a ajudar a divulgar, mas não adiante: a maioria não faz por vergonha dos amigos e parentes", comenta ele.

A UIPA afirma que a pandemia tem feito aumentar a procura por adoções. Segundo Orlandi, houve um aumentocasino online usainteressecasino online usa400% — resultandocasino online usaduas vezes mais adoções realmente efetivadas.

"Momentoscasino online usacrise fazem com que as pessoas adquiram novos hábitos. E a ideiacasino online usaum animalcasino online usaestimação, para muitos, está relacionada a uma companhia, a uma casa mais alegre. Isso favorece", acredita Orlandi.

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Legenda da foto, Para piorar o cenário, tradicionais feirascasino online usaadoção não estão ocorrendocasino online usaforma presencial por conta da pandemia

Órgão da prefeituracasino online usaSão Paulo que promove a adoçãocasino online usaanimais abandonados, a Coordenadoriacasino online usaSaúde e Proteção ao Animal Doméstico (Cosap) relata que neste ano conseguiu viabilizar a adoçãocasino online usa71 cachorros e 118 gatos, dados até o mêscasino online usajunho. Segundo a assessoriacasino online usaimprensa da instituição, o número é inferior ao mesmo períodocasino online usa2019.

"No início da pandemia, a coordenadoria percebeu um aumento expressivo no númerocasino online usavisitascasino online usafamílias a sede, porém, infelizmente, foi notado que a intenção das visitas era somentecasino online usapasseio, e nãocasino online usaadotar um animal", informa,casino online usanota enviada à BBC News Brasil, a instituição.

"Visando à proteçãocasino online usatodos, a Cosap fechou a sede para visitas, evitando aglomerações e pensandocasino online usanovas maneiras dos interessados conhecerem os animais que aguardavam adoções. Assim, foi implantado o sistema que permite ao munícipe ver fotos, conhecer um pouco melhor a personalidadecasino online usacada animal, preencher um formulário com as suas características do adotante e, após essa triagem, agendar uma visita pessoal. Atualmente, cercacasino online usa90% das pessoas que agendam visitas no centro, adotam um animal."

Atualmente, a Cosap tem 236 animais disponíveis para adoção — 160 cães, 69 gatos, cinco cavalos e dois porcos.

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