Como povo indígenagreenbet afiliadosMato Grosso se viu no novo epicentro da pandemiagreenbet afiliadoscovid-19 no Brasil:greenbet afiliados

Crianças xavantes correndo
Legenda da foto, Até agora, 36 índios xavantes morreramgreenbet afiliadoscovid-19 desde o início da pandemia

"Apenas os postosgreenbet afiliadossaúde e as barreiras sanitárias foram desinfetados. Agora estão começando a ter esse materialgreenbet afiliadoslimpeza nas barreiras para limpar carros e as compras que chegam às aldeias. Mas, no início, ainda eram apenas barreiras comuns", explica Clarêncio da Condisi.

Xavantes denunciam que não sobraram edicamentos pata tratar casosgreenbet afiliadoscoronavírus nas Unidadesgreenbet afiliadosPronto-Atendimento (Upas) locais. Enquanto não há uma ação efetiva por parte dos entes públicos, o apoio vemgreenbet afiliadosmissões religiosas e ações pontuais voluntárias. Muitas das primeiras máscaras recebidas pelos xavantesgreenbet afiliados Campinápolis (475 kmgreenbet afiliadosCuiabá),greenbet afiliadosMato Grosso, por exemplo, foram doadas pelo missionário José Filho, da Assembleiagreenbet afiliadosDeus.

Ele e Mirian Terena, funcionária aposentada da Fundação Nacional do Índio (Funai), afirmam terem criado uma pequena campanha para apoiar os indígenas da cidade. Os dois dizem ter distribuído maisgreenbet afiliados1,5 mil máscaras aos indígenas e álcool gel para os que foram testados positivos e permanecem isoladosgreenbet afiliadosCaminápolis. A cidade tem 60%greenbet afiliadossua população formada pelo povo xavante.

Os religiosos da Missão Salesianagreenbet afiliadosSão Marcos, vizinha a Terra Indígenagreenbet afiliadosSão Marco, fizeram outras açõesgreenbet afiliadosapoio aos xavantes. O primeiro vídeo na língua indígena para explicar o que era o coronavírus foi produzido pelos padres, pelo xavante Aquilino Tseré'ub'õTsirui'á e por Bartolomeo Giaccaria.

No texto que segue o vídeo há referencias as pomadas e xaropesgreenbet afiliadoscura distribuídas pelos religiosos e ao fatogreenbet afiliadosmuitos indígenas acreditarem que os espíritos ligados agreenbet afiliadoscultura mítica podem protegê-los dos coronavírus.

A missão salesiana estágreenbet afiliadoscontato com os indígenas desde 1958, e foi o local que abrigou toda uma aldeia retirada à força pela ditadura militar da Terra Indígena Marãiwatsédé, na décadagreenbet afiliados1960. As religiosas da ordem Filhasgreenbet afiliadosMaria Auxiliadora também vivem na Missão desde 1964, local onde foram educadas muitas crianças xavantes retiradasgreenbet afiliadossuas famílias entre as décadasgreenbet afiliados1960 e 1980.

"Não podemos negar ajuda quando recebemos doaçõesgreenbet afiliadosmascaras e mais o que vier. Neste momento, quem nos doar algo para combater essa doença, será bem-vindo", diz Clarêncio Xavante, afirmando que está "desde fevereiro tentando traçar um planogreenbet afiliadoscontrole e enfrentamento da pandemia".

Sem um plano mais amplogreenbet afiliadoscombate ao coronavírus entre os indígenas, a proximidade com religiosos pode ter um efeito contrário à intenção inicialgreenbet afiliadosajudar. Hoje, todos os religiososgreenbet afiliadosMissão Salesiana São Marco estão infectados pelo coronavírus, por exemplo. Uma voluntáriagreenbet afiliados80 anos, Josia Maria, morreu vítima do vírusgreenbet afiliadosjunho.

"Os brancos nos acusamgreenbet afiliadosestarmos fazendo aglomerações, mas esse vírus é algo que veiogreenbet afiliadosfora das aldeias. Nós somos vítimas disso. Não teria isso entre nós se não fossem os brancos trazer", diz Lúcio Xavante, cacique da Terra Indígena São Marco e secretario-executivo da Federação dos Povos Indígenasgreenbet afiliadosMato Grosso (Fepoimt).

No dia 24greenbet afiliadosmaio houve uma procissãogreenbet afiliadosNossa Senhora Auxiliadora na aldeia central da Terra Indígenagreenbet afiliadosSão Marcos, a mais atingida hoje pelo coronavírus, o que poderia ter desencadeado a infecção e mortegreenbet afiliadosmuitos idosos indígenas.

"A procissão aconteceu, mas por iniciativa dos indígenas, não da Missão. Estamos com a igreja fechada desde março por ordem da Arquidiocese. Mas sim, quase todos aqui estão contaminados pelo coronavírus, inclusive eu. O pior foigreenbet afiliados10greenbet afiliadosjunho, agora já estamos nos restabelecendo", afirmou o padre Douglas Chrystiano S. Souza à BBC News Brasil.

Um vídeogreenbet afiliadosabril deste ano, postado nas redes sociais, mostra outro contato entre indígenas e religiosos sem proteção contra o coronavírus. Na imagem, o pastor José Filho faz um cultogreenbet afiliadoscura no quintalgreenbet afiliadosuma residênciagreenbet afiliadosCampinápolis. Uma mulher xavante identificada como Judélia está deitada no chão muito abatida. Cantando e rezando na língua xavante, o pastor se aproximagreenbet afiliadoscrianças e da mulher debilitada e proclama "Jesus vai lhe curar hoje".

As ações e contato do pastor com a comunidade xavante aconteceram ao logogreenbet afiliadostodo o mêsgreenbet afiliadosabril, maio e junho. Ele chegou a visitar uma das aldeias indígenas, supostamentegreenbet afiliadosjunho, e postou uma imagemgreenbet afiliadoscom uma criança xavante sem máscara. Nas redes sociais, imagensgreenbet afiliadosJosé Filho distribuindo mascaras e junto a indígenasgreenbet afiliadosCampinápolis também são comuns. Ele nega que esse contato tenha acontecido depoisgreenbet afiliadosmarço, quando o governogreenbet afiliadosMato Grosso publicou um decreto instituindo a quarentena.

Duas crianças xavantes andando
Legenda da foto, Missões religiosas continuaram a frequentar as aldeias durante a pandemiagreenbet afiliadoscoronavírus

Duas denúncias foram encaminhadas ao Ministério Público Federal (MPF) e Estadual (MPE) referente a aglomerações e ações dos religiosos nas terras indígenas xavantes. Segundo a assessoria do MPE, já existe um procedimento investigatório para apurar a denúncia, mas não há encaminhamento ainda.

O procurador da República Everton Pereira Aguiar Araújo, que atua no MPFgreenbet afiliadosBarra do Garças, afirmou ter ciência da denúncia, porém ainda não conseguiu efetivar as barreiras sanitárias por faltagreenbet afiliadosapoio do governo federal. Faltam recursos e pessoas para instalar barreirasgreenbet afiliadostodo território xavante.

"Eles têm total autonomia para decidirem sobre seu futuro religioso. O Estado não tutela mais os indígenas desde a Constituição Federalgreenbet afiliados1988. Agora, neste momentogreenbet afiliadospandemia, essas presenças não deveriam existir nas aldeias. Essas pessoas não podem estar nas terras indígenas. Estamos investigando e sabemos que também há pretensos candidatos das eleições municipais indo nas aldeias, uma vez que a população xavante é tão numerosa que pode decidir uma eleição nessa região", disse o procurador. "Não tivemos apoio do Dsei (distrito sanitário especial indígena) para as barreiras sanitárias, quem tem ajudado é a Funai, mas seguimos com essa orientaçãogreenbet afiliadosmonitorar que entra e sai do território", diz.

Segundo Lúcio Xavante, da Fepoimt, a faltagreenbet afiliadosapoio na saúde da atenção básica e o atraso nas barreiras sanitárias dificultou a interrupção do acessogreenbet afiliadosterceiros aos indígenas. Muitas das aldeias são vizinhas e cortadas por estradas, como no casogreenbet afiliados Marãiwatsédé, onde está a BR-158 — o local é cortado pelo trafegogreenbet afiliadoscarretas com rebanhos bovinos e grãos.

"Estamos conseguindo isolar as aldeias. Se tivesse mais ajuda do governo para construirmos um hospitalgreenbet afiliadoscampanha para isolar os suspeitos e o ente da família diagnosticado, ajudaria mais a comunidade. Como não tem esse hospital, é difícil falar sobre a questão do isolamento. As pessoas acabam isoladas nas suas casas com suas famílias. Mas se alguém passa mal, precisa ir para cidade. Não temos carrosgreenbet afiliadostodas a regiões, a Funai não tem capacidadegreenbet afiliadossuprir isso, então a família recorre a quem puder ajudar", diz Lúcio Xavante.

O pastor José Filho confirmou que atua com os xavantes, mas disse apoiar o combate ao coronavirus. Afirmou que suas ações são individuais, sem ligação com a Igreja Assembleiagreenbet afiliadosDeus.

"Trabalho com indígena há dois anos. Mas não procedem essas acusações. Estamos fazemos o contrário, estamos conscientizando, explicando sobre a pandemia, distribuindo EPIs e explicando a eles que não façam aglomerações", disse à BBC News Brasil.

O prefeitogreenbet afiliadosBarra do Garças, Roberto Farias, solicitou ao presidente Jair Bolsonaro, na quinta-feira, a criaçãogreenbet afiliadosum hospitalgreenbet afiliadoscampanha para atender indígenas infectados.

Porém, ainda não há sinalizaçãogreenbet afiliadosque isso vá acontecer. Por enquanto, o atendimento segue com pouca estrutura in loco. "Tem um médico que foi contratado, e está fazendo um rodízio por todas as aldeias, mas elas são maisgreenbet afiliados300. É ele quem tem o teste rápido para coronavírus. Na verdade, ele fica no polo base na aldeia central, a São Marco", explica Lúcio Xavante.

Os indígenas alertam que também não há termômetros para os atendimentos nas aldeias xavantes.

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, pretendia visitar Barra do Garças nesta sexta (10), para uma agendagreenbet afiliadoscompromissos relativos aos direitos indígenas, mas cancelougreenbet afiliadosviagem depois por conta do teste positivogreenbet afiliadoscoronavírusgreenbet afiliadosJair Bolsonaro. Emgreenbet afiliadosagenda, não consta mais nenhum compromisso oficial.

Contaminação comunitária

Casagreenbet afiliadosíndios xavantes
Legenda da foto, Hoje existem cercagreenbet afiliados23 mil xavantes no Brasil

Os xavantes são do tronco linguístico macro-Jê, a etnia mais populosagreenbet afiliadosMato Grosso e a quarta do país, com cercagreenbet afiliados23 mil indivíduos espalhados por nove terras indígenas,greenbet afiliadosmaisgreenbet afiliados320 aldeias. O que restou a esse povogreenbet afiliadosseu território tradicional — espoliado pela colonização promovida pelo governo federal durante a "Marcha para o Oeste" — segue desde as cabeceiras do rio das Mortes até o rio Araguaia, na divisa entre Mato Grosso e Goiás. Algumas aldeias, como a Centralgreenbet afiliadosSão Marcos, tem maisgreenbet afiliadosduas mil pessoas, outras são menores, inacessíveis e cercadas por fazendas.

A dificuldadegreenbet afiliadosacesso a esse território é outro pontogreenbet afiliadosvulnerabilidade desses indígenas frente ao coronavírus.

"Eu acredito que já exista contaminação comunitária entre os povos xavantes, principalmente nas aldeias maiores. Por isso estamos lutando para fazer alguns atendimentos no próprio território indígena, para evitar esse deslocamento. Lançamos uma campanha para trazer equipamentos médicos, como o oxigenador. Tem dado certo, hoje estamos com maisgreenbet afiliados30 indígenas sendo atendidos", explica Ana Paula Sabino, que atua há vinte anos com os Xavantes, e coordena da campanha SOS Xavante A' uwe Tsari.

"Porém, sabemos quegreenbet afiliadoscasos graves o deslocamento para hospitais é inevitável", diz Ana Paula.

A campanha tem apoio da Federação dos Bancários e Bancárias da Região Centro Norte (Fetec/Centro Norte),greenbet afiliadosparceria com a Fepoimtme do Conselho Distrital Indígena Xavante (Condisi).

"Conseguimos reunir recursos para a compra dos oxigenadores, mas outra parte precisamos aplicar para conseguir cestas básicas para os indígenas. Isso ajuda evitar que eles saiam das aldeias", explica Ana Paula.

Vírusgreenbet afiliadosfora

Desde o agravamento das mortes por coronavírus entre os xavantes, os indígenas começaram a ser acusadosgreenbet afiliadospromoverem aglomerações egreenbet afiliadosserem os agentes disseminadores dos vírus entre seus pares. Imagensgreenbet afiliadosum campeonatogreenbet afiliadosfutebol, entre 9 e 10greenbet afiliadosmaio, estão entre as cenas que mais repercutiram.

As lideranças rebatem que muitas dessas ações acabaram sendo uma formagreenbet afiliadosos indígenas demostrarem indignação com a faltagreenbet afiliadosassistência. "Muitos dos que participaram desses torneios e outras aglomerações fizeram meio como protesto. Ninguém nos ajuda, dizem que não podemos ir para as cidades, mas até hoje não recebemos cestas básicas suficientes para permanecermos nas terras indígenas. Eu mesmo só vi o álcool gel, uma vez, quando me deram um pequeno frascogreenbet afiliados60 ml, isso um mês atrás", diz Lucio Xavante.

"Os brancos não conseguem seguir as recomendações para ficaremgreenbet afiliadoscasa. Nós, indígenas, temos o dobrogreenbet afiliadosdificuldades, e isso também passa pelas campanhas que deveriam ter acontecido antes das mortes", conclui Clarêncio da Condisi.

A primeira morte entre os xavantes por coronavirus aconteceugreenbet afiliados11greenbet afiliadosmaio, na aldeia Marawãitsédé, no municípiogreenbet afiliadosAlto Boa Vista (a 914 kmgreenbet afiliadosCuiabá). As instalações do principal hospital que atende aos indígenas ficagreenbet afiliadosBarra do Garças (a 516 kmgreenbet afiliadosCuiabá), cidade onde foi diagnosticada o primeiro casogreenbet afiliadoscoronavírus entre índiosgreenbet afiliadosMato Grosso. A cidade já tinha 38 pessoas infectadas e o primeiro a morrer foi um caminhoneiro, Obed Fullin,greenbet afiliados54 anos, no dia 16greenbet afiliadosabril.

Outra morte foi agreenbet afiliadosPascoalina Retari, líder indígena da aldeia Guadalupe, no domingo (14/6), com diagnósticogreenbet afiliadoscovid-19. Pascoalina era da Terra Indígena Xavante São Marcos. Com a morte dela, a Defensoria Públicagreenbet afiliadosMato Grosso notificou o prefeitogreenbet afiliadosBarra do Garças, Roberto Ângelogreenbet afiliadosFarias, a editar novo decreto municipal para fechar serviços não essenciais como bares, restaurantes e comércios que possibilitem aglomerações.

Liderança indígena da aldeia Guadalupe, Pascoalina Retari, morreu no domingo (14/6), vítimagreenbet afiliadoscovid-19

Crédito, Arquivo Pessoal

Legenda da foto, Liderança indígena da aldeia Guadalupe, Pascoalina Retari, morreu no domingo (14/6), vítimagreenbet afiliadoscovid-19

O último boletim publicado pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Xavante, ligado à Secretaria Especialgreenbet afiliadosSaúde Indígena (Sesai), aponta que 22 xavantes já morreram. Segundo a Fepoimt, esse número ultrapassa 35 pessoas.

Pesquisadores que atuam com os indígenas têm realizado um monitoramento dos casosgreenbet afiliadoscoronavírus no Estado. Segundo o pesquisador e arqueólogo Luciano Silva, responsável pelo monitoramento, o agravamentogreenbet afiliadoscasogreenbet afiliadoscovid-19 entre os xavantes poderia ter sido evitado a partir das primeiras mortes.

"Sabíamos que povos e comunidades tradicionais teriam muita dificuldadegreenbet afiliadosserem ouvidos, atendidos e terem acesso. A covid não mudou a desassistência, descaso e faltagreenbet afiliadosacesso a políticas publicas. Isso já vem acontecendo há muito tempo. E, tendo certeza dessa situação sobre diferentes aspectos, sabíamos que os dados e documentação seriam fatores muito importantesgreenbet afiliadostermosgreenbet afiliadostentar mostrar para as comunidades as que corriam risco maiorgreenbet afiliadosserem atingidas pela covid. E os xavantes estavam entre estes, pois são um grupo muito voltado para a vida fora das aldeias", diz Silva, pesquisador da Universidade do Estadogreenbet afiliadosMato Grosso (Unemat) e presidente do Instituto Xaraés.

"Desde março já encaminhamos oito documentos para o MPF. Em um deles,greenbet afiliados23greenbet afiliadosmaio, já sugeríamos as barreiras sanitárias entre outras 20 sugestões, como quarentena para os médicos que vão atender os indígenas e testagem entre caminhoneiros que circulam pelas terras indígenas. Desde o início temos pensado nos indígenas, quilombolas, ciganos e pescadores. E no mêsgreenbet afiliadosmaio o que pedíamos eram sugestõesgreenbet afiliadosvigilância epidemiológica e prevenção, (mas) nada foi feito", diz o pesquisador.

Governo nega desassistência

A Coordenação do Distrito Sanitário Indígena Xavante, ligado ao Ministério da Saúde, afirmou pela assessoriagreenbet afiliadosimprensa que entregou, juntamente com a Funai, maisgreenbet afiliados800 mil medicamentos, álcoolgreenbet afiliadosgel e cestas básicas para as aldeias, e que tem feito um trabalhogreenbet afiliadosatendimento e conscientização.

O Ministério da Saúde, responsável pela saúde indígena, também afirmou que repassou para a Mato Grosso R$ 795,9 milhões, entre os recursosgreenbet afiliadosrotina e os destinados exclusivamente ao combate à pandemia. Só o municípiogreenbet afiliadosBarra do Garças recebeu,greenbet afiliadosrecursos transferidos do Fundo Nacionalgreenbet afiliadosSaúde para o Fundo Municipalgreenbet afiliadosSaúde, R$ 15 milhões entre recursosgreenbet afiliadosrotina e os referentes a ações contra à covid-19, diz a pasta.

Os profissionais buscam os pacientes que apresentem sintomasgreenbet afiliadosgripe e realizam a triagem, isolando na própria aldeia osgreenbet afiliadossintomas mais leves e encaminhando para os municípios, os casos moderados ou mais graves. Todos os pacientes são orientados sobre a forma corretagreenbet afiliadosrealizar o isolamento domiciliar, sobre as medidas corretasgreenbet afiliadosprevenção da transmissão e como identificar os sinaisgreenbet afiliadosagravamento dos sintomas, afirmou.

O Dsei Xavante, sediadogreenbet afiliadosBarra do Garças (MT), teria 457 profissionaisgreenbet afiliadossaúde distribuídosgreenbet afiliadosEquipes Multidisciplinaresgreenbet afiliadosSaúde Indígena, compostas por médicos, enfermeiros, técnicosgreenbet afiliadosenfermagem, cirurgião-dentista, auxiliaresgreenbet afiliadossaúde bucal, agente indígenagreenbet afiliadossaúde e agente indígenagreenbet afiliadossaneamento, que atuamgreenbet afiliados317 aldeias onde vivem 22 mil indígenas. As equipes do Dsei receberam o reforçogreenbet afiliadosmais uma Equipegreenbet afiliadosResposta Rápida, que ficagreenbet afiliadossobreaviso para entrargreenbet afiliadosaçãogreenbet afiliadoscasosgreenbet afiliadosaumentogreenbet afiliadoscasosgreenbet afiliadosdeterminada terra indígena.

O Ministério da Saúde também afirmou que a Secretaria Especialgreenbet afiliadosSaúde Indígena tem enviado, periodicamente, equipamentosgreenbet afiliadosproteção individual aos indígenas. Só para o Dsei Xavante teriam sido enviados maisgreenbet afiliados23 mil itens, como 1920 eram testes rápidos para covid-19.

Segundo a Funai, duas barreiras sanitárias já foram implementadas e outras três serão instaladas nos próximos dias. Foram entregues 2.200 máscarasgreenbet afiliadostecido à população xavante, diz o órgão, e outras 7.000 estãogreenbet afiliadosprocessogreenbet afiliadosdistribuição. Além disso, o órgão diz que foram distribuídas 180 unidadesgreenbet afiliadosálcoolgreenbet afiliadosgel, 700 kggreenbet afiliadossabão e quase 2.000 kitsgreenbet afiliadoshigiene e limpeza a indígenas xavante.

Sobre o contatogreenbet afiliadospastoresgreenbet afiliadosigrejas protestantes e católicas dentro do território xavante, a Funai informa que oficialmente não recebeu a denúncia, mas preza pelo cumprimento das medidas sanitárias e orientações do Ministério Saúde para este momentogreenbet afiliadospandemia, sobretudo o isolamento social.

Enquanto os órgãos públicos e o governo debatem as responsabilidades sobre o enfrentamento da pandemia, os indígenas sucumbem. Uma das ultimas vítimas da covid-19 entre os xavantes, Domingos Mãhörõ, citado no início desta reportagem, morreu esperando uma vagagreenbet afiliadosuma Unidadegreenbet afiliadosTerapia Intensiva (UTI).

Ele estava internado desde o dia 25greenbet afiliadosjunho,greenbet afiliadosum hospital particular do municípiogreenbet afiliadosPrimavera do Leste. O cacique, uma das mais importantes lideranças indígenas xavantes, aguardou por pelo menos três dias uma transferência para outro hospital com disponibilidadegreenbet afiliadosum leitogreenbet afiliadosUTIgreenbet afiliadosCuiabá. Para conseguir essa transferência para o Hospital Estadual Santa Casa, a família do cacique teve que entrar com um pedidogreenbet afiliadosurgência na Justiça. Após a transferência para a UTI, Domingos Mãhörõ sofreu duas paradas cardíacas e não resistiu.

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