De 'superdimensionado' a risco dentro do Planalto, como Bolsonaro teve que mudar postura sobre coronavírus:quina probabilidade
quina probabilidade Poucos dias depoisquina probabilidadeter dito que a questão do coronavírus "não é isso tudo que a grande mídia propaga" na última terça-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro teve que mudarquina probabilidadepostura diante do avanço da doença no Brasil e da adoçãoquina probabilidademedidas radicais por outros países, com os Estados Unidos, que suspendeu milharesquina probabilidadevoos com a Europa.
Na noitequina probabilidadequinta-feira (12), o presidente fez pronunciamentoquina probabilidaderede nacionalquina probabilidadetelevisão para desestimular protestosquina probabilidadeseu apoio previstos para este domingoquina probabilidadetodo o país — atos que ele mesmo havia incentivado nas últimas semanas. O pedido foi feito tambémquina probabilidadetransmissão ao vivo naquina probabilidadecontaquina probabilidadeFacebook,quina probabilidadeque o presidente e o ministro da Saúde, Luiz Mandetta, apareceram usando máscaras cirúrgicas.
O procedimento foi adotado porque havia suspeitaquina probabilidadeque Bolsonaro teria contraído coronavírus durante viagem aos Estados Unidos, o que foi descartado nesta sexta-feira após o teste para a nova doença dar negativo.
Embora o presidente não esteja com coronavírus, a preocupação com o impacto da doença sobre o sistemaquina probabilidadesaúde e a economia do país cresceu e elevou a pressão sobre seu governo para anunciar medidas preventivas equina probabilidadereduçãoquina probabilidadedanos. O ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu na sexta-feira anunciar ações emergenciaisquina probabilidadeaté 48 horas, depoisquina probabilidadeser publicamente cobrado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Por enquanto, o governo anunciou que "os bancos públicos atuarão com R$ 75 bilhões no combate ao coronavírus", após reunião na sexta-feiraquina probabilidadediversos ministros, incluindo Guedes, Mandetta, Braga Netto (Casa Civil), Sérgio Moro (Justiça), Jorge Oliveira (Secretaria Geral) e Onyx Lorenzoni (Cidadania). Segundo o porta-voz da Presidência da República, General Otávio Rêgo Barros, "tal recurso será usado para crédito agrícola, capitalquina probabilidadegiro e crédito consignado".
Na noitequina probabilidadesexta-feira, também foi publicadaquina probabilidadeuma edição extra do Diário Oficial uma Medida Provisória (MP) da presidência que abre crédito extraordinárioquina probabilidadecercaquina probabilidadeR$ 5 bilhõesquina probabilidadefavor dos ministérios da Saúde e Educação para o enfrentamento ao coronavírus. Sendo uma MP, a matéria entraquina probabilidadevigor no momento da publicação, mas precisa ser aprovada pelo Congressoquina probabilidadeaté 120 dias — caso contrário, perde a validade.
Na quinta-feira, o Ministério da Economia já havia anunciado para abril a antecipaçãoquina probabilidademetade do 13º salário para aposentados e pensionistas do INSS, o que vai injetar R$ 23 bilhões na economia.
Outra medidaquina probabilidadeelaboração, segundo Rego Barros, é uma listaquina probabilidadeprodutos médico-hospitalares que terão reduçãoquina probabilidadeimpostos e prioridade na importação nas aduanas do país.
O cenário atual contrasta com falas recentes do presidente, que na segunda-feira, ao comentar a forte queda nas ações da Bolsaquina probabilidadeValores durante a viagem aos Estados Unidos, disse que estava sendo "superdimensionado o poder destruidor desse vírus".
No dia seguinte, ainda durante essa viagem, reforçou a mensagem: "Durante o ano que se passou, obviamente, temos momentosquina probabilidadecrise. Muito do que tem ali é muito mais fantasia, a questão do coronavírus, que não é isso tudo que a grande mídia propaga".
Já na quarta-feira, ao chegar ao Brasil, minimizou também a letalidade da doença.
"Vou ligar para o (ministro da Saúde, Luiz Henrique) Mandetta. Eu não sou médico, não sou infectologista. O que eu ouvi até o momento (é que) outras gripes mataram mais do que esta", declarou Bolsonaro, ao ser questionado por jornalistas quando chegava no Palácio da Alvorada.
As falasquina probabilidadeBolsonaro minimizando a doença nesta semana ocorreram num momentoquina probabilidadeque já havia sinais claros da gravidade do coronavírus pelo mundo, por exemplo com adoçãoquina probabilidadeisolamentoquina probabilidademilhõesquina probabilidadepessoas na China e na Itália. Elas também foram feitas depois que o vírus já havia chegado ao Brasil — o primeiro caso foi confirmado na terça-feiraquina probabilidadecarnaval (25/02)
Já na noitequina probabilidadeontem, o presidente destacou os limites do sistemaquina probabilidadesaúde brasileiro ao solicitar que os atos previstos para domingo fossem "repensados".
"O sistemaquina probabilidadesaúde brasileiro, como os demais países, tem um limitequina probabilidadepacientes que podem ser atendidos. O governo está atento para manter a evolução do quadro sob controle. É provável que o númeroquina probabilidadeinfectados aumente nos próximos dias, sem no entanto ser motivoquina probabilidadequalquer pânico", disse durante o pronunciamentoquina probabilidadecadeia nacionalquina probabilidadeTV.
Pandemia
No Brasil, os casosquina probabilidadeSars-cov-2, como é chamado oficialmente o novo coronavírus, têm crescido exponencialmente nos últimos dias — até esta sexta-feira eram 98 registros,quina probabilidade12 Estados — São Paulo (56), Rioquina probabilidadeJaneiro (16), Paraná (6), Rio Grande do Sul (4), Goiás (3), Bahia (2), Minas Gerais (2), Pernambuco (2), Santa Catarina (2), Alagoas (1), Espírito Santo (1) e Rio Grande do Norte (1) — e no Distrito Federal (2). Há ainda 1.485 casos suspeitos no país, e 1.344 foram descartados. Nenhuma morte foi registrada até agora.
A Organização Mundialquina probabilidadeSaúde (OMS) declarou pandemiaquina probabilidadecoronavírus nesta quarta-feira. O termo é usado para descrever situaçõesquina probabilidadeque uma doença infecciosa ameaça muitas pessoasquina probabilidadeforma simultânea no mundo inteiro.
A organização estima que 3,4% dos pacientes morrem por causa da Covid-19, a doença causada por este vírus. Mas especialistas estimam que essa taxaquina probabilidadeletalidade girequina probabilidadetornoquina probabilidade2% ou menos.
O risco é maior para idosos e pessoas que já tenham um quadroquina probabilidadesaúde debilitado. A preocupaçãoquina probabilidadeautoridadesquina probabilidadediversos países é retardar a transmissão da doença para evitar que faltem vagas no sistemaquina probabilidadesaúde para tratar os casos mais graves, que exijam internação hospitalar.
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