Black Friday: como se proteger das fraudes, segundo especialistasquais as melhores casas de apostassegurança:quais as melhores casas de apostas

Letreiro colorido anuncia Black Friday

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Legenda da foto, Especialistasquais as melhores casas de apostassegurança cibernética dizem que impulso e prazo curto para compras fazem da Black Friday o dia com mais golpes do ano

"Tudo isso numa dataquais as melhores casas de apostasque o consumidor está mais vulnerável para assumir riscosquais as melhores casas de apostastrocaquais as melhores casas de apostasum desconto maior."

Tavares afirma que esse impulso leva pessoas, atraídas por um preço mais baixo, a comprar coisasquais as melhores casas de apostassitesquais as melhores casas de apostasque nunca compraram antes, que não conhecem e não pesquisaram previamente.

Tecladoquais as melhores casas de apostascomputador com carrinhosquais as melhores casas de apostascompra

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Legenda da foto, "A Black Friday é o Natal dos golpistas. É quando eles ganham mais dinheiro", diz o presidente da SaferNet Brasil, Thiago Tavares

"As pessoas ficam ainda mais suscetíveis a assumir riscos e tomar decisões imediatas porque elas têm um dia só para aproveitar. Muitas vezes, no intervalo do almoço, do café, para não perder a promoção. Como ela vai pesquisar algoquais as melhores casas de apostastão pouco tempo?", diz.

Para Bruno Almeida, especialistaquais as melhores casas de apostassegurançaquais as melhores casas de apostasdados e diretorquais as melhores casas de apostasinovação da Mandic Cloud, empresaquais as melhores casas de apostastecnologia especializadaquais as melhores casas de apostascomputaçãoquais as melhores casas de apostasnuvem, "essas são datasquais as melhores casas de apostasque as pessoas ficam angustiadas porque elas esperam esse momento o ano inteiro para comprar. Se não prestarmos atenção aos detalhes, acabamos comprando por impulso por conta das mensagensquais as melhores casas de apostasemergência."

O coordenador do MBAquais as melhores casas de apostasmarketing digital na FGV, Andre Miceli, disse que as pessoas caem maisquais as melhores casas de apostasgolpes na Black Friday porque têm a expectativaquais as melhores casas de apostasencontrar preços abaixo do normal — e não desconfiam deles.

"Em outras datas, como o Dia dos Namorados, Dia das Mães e Natal, também há campanhas que se estendem por semanas e as compras ocorremquais as melhores casas de apostasmaneira mais espaçada. A Black Friday é uma data prevista para negócios atípicos. É quando uma anomaliaquais as melhores casas de apostaspreço não chama atenção porque as pessoas estão habituadas a fazer compras com preços anormais", afirmou.

Miceli afirmou que o Brasil está entre os cinco países com os maiores númerosquais as melhores casas de apostasataquesquais as melhores casas de apostasambiente digitais. São 60 milhõesquais as melhores casas de apostasinvasõesquais as melhores casas de apostashackers ou transações comerciais fraudadas por ano.

Site clonado e correntequais as melhores casas de apostasWhatsApp

Um dos golpes mais comuns na Black Friday é um dos mais antigos da internet. O phishing é uma técnica usada pelos ladrõesquais as melhores casas de apostasdados para enganar os clientes e roubar suas informações sem que percebam.

Para isso, eles criam sites falsos — muitas vezes clonesquais as melhores casas de apostasgrandes lojas — e espalham esses endereços eletrônicos por email ou correntesquais as melhores casas de apostasaplicativosquais as melhores casas de apostasmensagens, como WhatsApp e Telegram.

As mensagens costumam ter textos alarmistas,quais as melhores casas de apostaspromoções que se esgotamquais as melhores casas de apostaspoucos minutos ou das poucas unidades que ainda restam. Tudo isso para forçar a vítima a fazer a compra imediatamente.

No impulsoquais as melhores casas de apostasse dar bem e aproveitar um grande desconto, o consumidor coloca seus dados pessoais equais as melhores casas de apostascartãoquais as melhores casas de apostascrédito no site espião. Do outro lado, os golpistas colhem todas essas informações e as usam para fazer compras.

O mesmo pode ocorrer com aplicativos, quando a vítima acredita que um app dará descontos extras durante a Black Friday. Mas, após fazer o download e autorizar que o programa tenha acesso a algumas informações do smartphone ou tablet, o criminoso passa a receber informações sigilosas e usá-las para fazer compras.

Também há quadrilhas especializadasquais as melhores casas de apostascriar lojas digitais ou contasquais as melhores casas de apostaslojas falsasquais as melhores casas de apostasmarket places (sitesquais as melhores casas de apostasvendas criadosquais as melhores casas de apostasredes sociais).

Segundo especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, os bandidos oferecem, neles, produtos que não têm. O cliente compra um produto que não receberá.

Como evitar golpes na Black Friday?

Thiago Tavares, presidente da SaferNet Brasil, diz que a pessoa que recebe ofertas tentadoras pela internet deve ter calma e paciência para confirmar se a oferta é verdadeira e se a empresa tem uma boa reputação.

"A primeira coisa é digitar o site manualmente diretamente no browser para evitar sites clonados. O acesso por links pode levar a páginas falsas e enganar o comprador. Se a loja realmente estiver fazendo a promoção, o cliente deve entrarquais as melhores casas de apostassites que comprovem a reputação da empresa, como a plataforma www.consumidor.gov.br, do Ministério da Justiça, e o Reclame Aqui".

Ele diz ainda que é possível confirmar pelo Google Street View se o endereço registrado pela empresa realmente existe e se ela está no local informado.

Pessoa segurando sacolasquais as melhores casas de apostascompras na Black Friday

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Legenda da foto, Pesquisar sobre a reputação da empresa é uma das dicas para evitar sofrer golpes na Black Friday

O especialistaquais as melhores casas de apostassegurança cibernética da Mandic Cloud Bruno Almeida alerta que uma das principais dicas é desconfiarquais as melhores casas de apostasqualquer link encaminhadoquais as melhores casas de apostasgrupos e até mesmoquais as melhores casas de apostasmaneira privadaquais as melhores casas de apostasredes sociais — inclusivequais as melhores casas de apostaspessoasquais as melhores casas de apostasconfiança.

"Participamos hojequais as melhores casas de apostasgruposquais as melhores casas de apostasWhatsApp com muitas pessoas que a gente talvez nem conheça. Até mesmo conhecidos nossos podem compartilhar sites maliciosos, que roubam seus dados, sem saber do que se trata. Não compre nada nesses sites sem conhecer nem instale programas ou aplicativosquais as melhores casas de apostasseu celularquais as melhores casas de apostasempresas desconhecidas.

Especialistas ainda indicam que o ideal é usar conexões confiáveis ao fazer compras, como o planoquais as melhores casas de apostasdados do celular ou a redequais as melhores casas de apostasWi-Fi daquais as melhores casas de apostascasa. Também só é recomendado fazer comprasquais as melhores casas de apostasaparelhos com antivírus atualizados.

Também é recomendado que o comprador visite as páginas das redes sociais das lojasquais as melhores casas de apostasque planeja fazer compras para saber qual a avaliação que ela tevequais as melhores casas de apostasseus clientes anteriores: se cumpriu o prazoquais as melhores casas de apostasentrega, se o produto chegou corretamente e se fez as trocasquais as melhores casas de apostasmaneira adequada quando necessário.

Confira se a página tem certificadosquais as melhores casas de apostassegurança digital, se aparece um cadeado ou a inscrição "https" na barraquais as melhores casas de apostasendereço.

'Na dúvida, não compre'

Para quem está há meses à esperaquais as melhores casas de apostasuma data especial para compras, um dia pode parecer pouco para aproveitar as promoções.

O coordenador do MBAquais as melhores casas de apostasmarketing digital na FGV, Andre Miceli, disse que o mais importante neste momento é controlar as emoções e, por mais difícil que seja, agir com calma.

"Desconfiarquais as melhores casas de apostastudo é o primeiro passo. Quando a esmola é demais, todo santo desconfia. Isso vale não só para compras, mas também para evitar cairquais as melhores casas de apostasfake news. É importante procurar uma validação para a informação por outras fontes daquilo que você recebe", afirmou.

Segundo ele, o primeiro passo para evitar esse tipoquais as melhores casas de apostassituação é analisar o sitequais as melhores casas de apostasque o cliente pretende fazer a compra. E se recebeu linkquais as melhores casas de apostasalguma mensagem, antesquais as melhores casas de apostasclicá-lo, verificar o site e confirmar se lá também existe a informação exibida no link.

Miceli explica que é muito comum os sites clonados usarem endereços muito parecidos com os clonados, que enganam facilmente quem passa o olho rapidamente. Muitas vezes são sites brasileiros que terminam com ".ru" ao invésquais as melhores casas de apostas".com.br" ou ".com". Esses são grandes indíciosquais as melhores casas de apostasque o cliente deve evitar a compra.

Ele explica que todos os anos surgem novos golpes diferentes e que as empresasquais as melhores casas de apostassegurança avançam na tentativaquais as melhores casas de apostasbarrá-los. Nos últimos anos, conta ele, o sistema antispam do Gmail, por exemplo, evoluiu a pontoquais as melhores casas de apostasbarrar boa parte das mensagens maliciosas e indesejadas. É um jogoquais as melhores casas de apostasgato e rato.

"É normal que o crime ande na frente, a ação é do criminoso, há sempre pessoas criando novas formasquais as melhores casas de apostassubversão. E por mais que os mecanismos estejam ficando mais eficientes, é difícil barrar algumas coisas", afirmou.

O que fazer se você cair num golpe desses?

Por mais que existam formasquais as melhores casas de apostasse protegerquais as melhores casas de apostasfraudes, a Black Friday sempre registra ocorrências desse tipo. Mas o que fazer se você for uma dessas vítimas?

A advogada especializadaquais as melhores casas de apostascrimes cibernéticos Flora Sartorelli, do escritório Duarte Garcia, afirma que a primeira coisa a se fazer é entrarquais as melhores casas de apostascontato com o banco ou a operadoraquais as melhores casas de apostascartãoquais as melhores casas de apostascrédito por onde foi feita a transação.

Pessoas fazendo compras na Black Friday

Crédito, PAULO PINTO/FOTOS PÚBLICAS

Legenda da foto, Brasil registra cercaquais as melhores casas de apostas60 milhõesquais as melhores casas de apostasinvasõesquais as melhores casas de apostashackers ou transações comerciais fraudadas por ano

"Isso funciona para tentar bloquear a conta do fraudador e conseguir restituir o dinheiro. Ou até mesmo bloquear o cartão para evitar que a operação seja concluída e até evitar novas fraudes", afirmou.

Ela explica que os bancos possuem um sistemaquais as melhores casas de apostasinteligência capazquais as melhores casas de apostasdetectar a maior parte das vezesquais as melhores casas de apostasque um cartão foi fraudado e bloquear a transferênciaquais as melhores casas de apostasvalores. Uma delas é quando ocorrem várias compras seguidas com valores repetidos.

O próximo passo, conta Sartorelli, é registrar um boletimquais as melhores casas de apostasocorrência. Ela afirma que a vítima deve reunir o máximoquais as melhores casas de apostasinformações possíveis para fornecer à polícia, como uma capturaquais as melhores casas de apostastela do site onde a compra foi feita, o CNPJ da empresa e o endereço físico dela.

No Estadoquais as melhores casas de apostasSão Paulo, caso haja indíciosquais as melhores casas de apostasque a fraude ocorreu graças à açãoquais as melhores casas de apostasuma organização criminosa, a investigação é encaminhada para uma delegacia especializadaquais as melhores casas de apostascrimes cibernéticos.

Prisão

Apesarquais as melhores casas de apostasos especialistas dizerem que é pouco comum alguém ser identificado e preso por cometer fraudes cibernéticas, os criminosos podem responder por diferentes crimes.

Criar um site clonado ou falso se enquadra nos crimes contra a economia popular,quais as melhores casas de apostas1951. A pena équais as melhores casas de apostasseis meses a dois anosquais as melhores casas de apostasprisão.

Mas quando o golpista induz ou mantém alguémquais as melhores casas de apostasum erro, como fazer uma compraquais as melhores casas de apostasum site falso ou transferir dinheiroquais as melhores casas de apostastrocaquais as melhores casas de apostasalgum produto que não receberá, ele pode responder por estelionato. Esse crime prevê uma penaquais as melhores casas de apostas1 a 5 anosquais as melhores casas de apostasprisão.

Também há o crimequais as melhores casas de apostasfurto bancário. Segundo Sartorelli, o crime é cometido a partir do momentoquais as melhores casas de apostasque o criminoso insere informações pessoais obtidasquais as melhores casas de apostasterceirosquais as melhores casas de apostasum phishing para fazer transferências e pagamentos.

O criminoso pode responder por furto simples, com penaquais as melhores casas de apostas1 a 4 anosquais as melhores casas de apostasprisão ou até furto qualificado —quais as melhores casas de apostas2 a 8 anos.

Especialistas relatam que muitos consumidores que caemquais as melhores casas de apostasgolpesquais as melhores casas de apostaspáginas clonadas costumam culpar as páginas verdadeiras pela fraude. A advogada especialistaquais as melhores casas de apostascrimes cibernéticos afirma que as empresas que tiveram seus sites falsificados também são vítimas.

"Como é muito difícil rastrear as pessoas que cometeram o crime, o ser humano quer achar um culpado. Como não consegue, vai no que está mais perto porque sente que a empresa verídica deveria ter um controlequais as melhores casas de apostasclonagemquais as melhores casas de apostasseu próprio site, mas isso é muito difícilquais as melhores casas de apostasser feito e esse dever não está no rolquais as melhores casas de apostasatividades dela", afirmou a advogada Flora Sartorelli.

Ela explica que só é possível acusar alguémquais as melhores casas de apostasfraude se for possível provar que essa pessoa contribuiu para que o golpe ocorresse ou por ter se omitidoquais as melhores casas de apostasum dever para evitá-lo.

Há ainda os casosquais as melhores casas de apostasque empresas anunciam um preço na loja e quando o item é colocado no carrinho aparece um valor maior. Ou então a loja anuncia um descontoquais as melhores casas de apostas50%quais as melhores casas de apostasum produto que teve seu valor dobrado recentemente, recurso conhecido como "metade do dobro".

Nesses casos, a advogada indica que a vítima entrequais as melhores casas de apostascontato com a própria empresa, pois pode ter ocorrido um erro e o problema pode ser solucionado rapidamente. Caso a empresa se negue a fazer um acordo ou devolver o dinheiro, o cliente pode fazer uma reclamação no Procon do seu Estado.

Ela lembra que fazer propaganda enganosa é um crime com pena prevista entre 3 meses e 1 anoquais as melhores casas de apostasprisão.

Reportagem originalmente publicadaquais as melhores casas de apostas25/11/2019 e atualizadaquais as melhores casas de apostas25/11/2021

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