Diplomatas valorizam proximidade entre Eduardo Bolsonaro e presidente, mas criticam inexperiência para assumir embaixada:strelabet entrar
Para o embaixador da Argentina na China, Diego Guelar, ser filho do presidente não é um problema. "O dado central é a capacidadestrelabet entrarse ter uma boa comunicação com o presidente que o designou para o posto. O fatostrelabet entrarser familiar não prejudica. Ao contrário, agrega", diz ele, que foi embaixadorstrelabet entrarWashington,strelabet entrarBrasília e junto à União Europeia
Mas Guelar ressalva que o laço familiar "aumenta ainda mais a responsabilidade" porque o escrutínio sobrestrelabet entraratuação será maior.
O diplomata americano aposentado Robert Felder, que foi embaixadorstrelabet entrardiversos países da América Latina, diz valorizar os conhecimentos e experiênciastrelabet entrarembaixadores com longas trajetórias profissionais, mas para ele a afinidade com o presidente pode prevalecerstrelabet entrarcertas situações.
"Em alguns casos, considero que a confiança absoluta que o presidente pode ter no seu representante e a capacidade desse representantestrelabet entrarrefletir os pensamentos do presidente valem mais que outras considerações", diz Felder.
Ex-embaixador da Argentina no Brasil entre 2003 e 2011, Juan Pablo Lohlé acha que o fatostrelabet entrarEduardo ser filho do presidente tem prós e contras e é preciso "encontrar o equilíbrio adequado". "Um fator contrário é ser considerado nepotismo" diz ele. "E um favorável é a aproximação com o presidente."
'Republiqueta'
Para um embaixador brasileiro que já trabalhou na embaixada do Brasilstrelabet entrarWashington e falou sob a condição do anonimato, há o riscostrelabet entrarBolsonaro e seu filho se decepcionarem com a expectativastrelabet entrarque serão próximos do presidente americano Donald Trump.
"Por mais que Trump mostre ser afável com o presidente Bolsonaro, ele tem milharesstrelabet entraratribuições dentro e fora dos Estados Unidos. Não é tão simples como eles pensam ter acesso ao presidente dos Estados Unidos que, alémstrelabet entrartudo, vai estar cada vez mais voltado parastrelabet entrarcampanha à reeleição no ano que vem", diz o diplomata.
Para ele, a faltastrelabet entrarexperiênciastrelabet entrarEduardo Bolsonaro poderia gerar mais resultados para os Estados Unidos do que para o Brasil. "O trabalhostrelabet entrardiplomata é mais complexo do que se imagina e principalmentestrelabet entrarWashington. E apesarstrelabet entraro Brasil ser um país importante e ser visto como fundamentalstrelabet entrarquestões como a crise da Venezuela, existem outros com maior peso para a política externa americana, como Israel, por exemplo."
"(Eduardo Bolsonaro) não tem uma carreira significativa. Sua ida para a embaixada do Brasilstrelabet entrarWashington daria a impressãostrelabet entrarque o Brasil é uma republiqueta", completa.
'Constrangimento'
Ex-embaixador brasileiro na Argentina e na França, Marcos Azambuja diz que a indicação do deputado é algo "pouco habitual" na trajetória da diplomacia brasileira.
O diplomata critica tanto o fatostrelabet entraro deputado ser filho do presidente quanto o anúncio da indicação. "Na diplomacia, não se pode correr o riscostrelabet entrarconstrangimentos. Tudo isso se faz com confidencialidade. Quando você anuncia o embaixador, já deve ter conversado com o país para onde ele será destinado. Mas para mim éstrelabet entraruma informalidade quase incompreensível", afirma ele, hoje conselheiro do Centro Brasileirostrelabet entrarRelações Internacionais (Cebri), no Riostrelabet entrarJaneiro,
Para Azambuja, a informalidade gera riscos para a aprovação do nome no Senado e do país que receberá o embaixador.
Tradicionalmente, explica ele, o nome do candidato a embaixador do Brasilstrelabet entrarqualquer país é apresentado ao governo da outra nação pessoalmente pelo embaixador ou o representante que está deixando a embaixada. Ou, dependendo da relação, o presidente telefona para seu colega (no caso, Trump) para dizer quem será seu indicado. Depois da comunicação e da aprovação, o nome é enviado ao Senado brasileiro onde o candidato será sabatinado. Se não receber os votos necessários, o indicado não pode ocupar o posto internacional.
Azambuja relembra outro casostrelabet entrarum anúncio feito sem as praxes diplomáticas. Em 2016, Israel desistiu da nomeaçãostrelabet entrarDanny Dayan, defensor das colônias nos territórios ocupados da Cisjordânia, como embaixador do país no Brasil –strelabet entrarindicação havia sido anunciada publicamente pelo primeiro-ministrostrelabet entrarIsrael, Benjamin Netanyahu, sem antes ter sido submetido o nome ao governo brasileiro.
"Essa quebra da praxe diplomática parece proposital, numa tentativastrelabet entrarcriar fato consumado, uma vez que o indicado, Dani Dayan, ocupou entre 2007 e 2013 a presidência do Conselho Yesha, responsável pelos assentamentos na Cisjordânia considerados ilegais pela comunidade internacional, e já se declarou contrário à criação do Estado Palestino, que conta com o apoio do governo brasileiro e que já foi reconhecido por maisstrelabet entrar70% dos países-membros das Nações Unidas", dizia o texto.
Outro caso conhecido foi o do presidente do Chile, Sebastián Piñera, que desistiu, no ano passado,strelabet entrarindicar o irmão para o postostrelabet entrarembaixador do país na Argentina. Parlamentares da oposição acusaram Piñerastrelabet entrarnepotismo.
'Fritar hambúrguer'
Para outro embaixador brasileiro, que pediu para não ter o nome revelado, a indicaçãostrelabet entrarEduardo Bolsonaro "é péssima para o Brasil".
"Ele tem 35 anos e disse que a experiência que teve nos Estados Unidos foi astrelabet entrarfritar hambúrguer. Isso não é qualificação para ser embaixador do Brasil", disse o diplomata, que está entre os mais experientes do Itamaraty. "Espero que o Senado não o aprove. Como o voto é secreto, espero que os senadores não permitam esse vexame para o Brasil."
Na segunda-feira, sem citar o nomestrelabet entrarEduardo Bolsonaro, a Associação dos Diplomatas Brasileiros (ADB) divulgou uma nota defendendo a carreirastrelabet entrardiplomata.
"Embora ciente das prerrogativas presidenciais na nomeaçãostrelabet entrarseus representantes diplomáticos, a entidade recorda que os quadros do Itamaraty contam com profissionaisstrelabet entrarexcelência, altamente qualificados para assumir quaisquer embaixadas no exterior", diz a nota.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, embaixador é o título conferido ao chefestrelabet entraruma missão diplomática, como embaixadas e representações junto a organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas, e ele pode pertencer ou não à carreira diplomática formal.
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