Não é só a Previdência: outros 4 grandes desafios do governo Bolsonaro na economia:cruzeiro e criciúma palpite
O secretáriocruzeiro e criciúma palpitePolítica Econômica, Adolfo Sachsida, disse que as ações do governo estão hoje divididascruzeiro e criciúma palpiteduas grandes pautas: a questão fiscal e a agendacruzeiro e criciúma palpiteprodutividade.
"Pretendemos corrigir o problema fiscal aprovando a reforma da Previdência e também estamos cortando gastos ineficientes e cargos. Na produtividade, é fundamental adotarmos uma agenda pró-mercado. É a agenda que tanto Paulo Guedes quanto o presidente Bolsonaro falaram na campanha", afirmou Sachsida à BBC News Brasil.
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Ao defender a urgência da reforma da Previdência, o governo argumenta que é insustentável o aumento dos gastos com aposentadorias e pensões. Diz, também, que ela vai ajudar a recuperar a economia e garantir espaço no orçamento para despesascruzeiro e criciúma palpiteoutras áreas, como saúde, educação e programas sociais.
A equipe do ministro Paulo Guedes projeta uma economiacruzeiro e criciúma palpiteR$ 1,1 trilhãocruzeiro e criciúma palpitedez anos com a proposta original. Se for aprovado, contudo, o texto deve ser alterado pelos parlamentares e a previsãocruzeiro e criciúma palpiteeconomia deve cair, já que até aliados do governo se mostraram contrários a pontos do projeto que mexem com a população mais pobre.
1. Reforma tributária
"Existe uma obsessão com a reforma da Previdência. Eu colocaria a tributáriacruzeiro e criciúma palpiteprimeiro lugar", afirmou o economista Roberto Piscitelli, professor da Universidadecruzeiro e criciúma palpiteBrasília (UnB).
Ao mesmo tempocruzeiro e criciúma palpiteque o governo e diversos economistas defendem a necessidadecruzeiro e criciúma palpiteuma mudança profunda nas regrascruzeiro e criciúma palpiteaposentadoria, outros sugerem um foco maior na mudança do sistemacruzeiro e criciúma palpitetributos.
"Parece que tudo está resumido à reforma da Previdência. Soucruzeiro e criciúma palpiteuma linha que acha que as prioridades estão invertidas. Acho que a reforma mais importante é a tributária, que teria efeito maior,cruzeiro e criciúma palpiteprazo mais curto, e atingindo um número menorcruzeiro e criciúma palpitepessoas, dada a extrema desigualdade no Brasil."
Piscitelli pondera, contudo, que "sempre há" ajustes que devem ser feitos na Previdência, inclusive devido ao envelhecimento da população, o que exige mudanças como na idade mínimacruzeiro e criciúma palpiteaposentadoria.
Sachsida, do Ministério da Economia, rebate a possibilidadecruzeiro e criciúma palpitepropor uma reforma da Previdência menor. "Não estamos aqui para remendos, estamos aqui pra consertar. Aprovar um remendo é mais fácil e você pode avançar com outra agenda. Entendo o ponto (dos críticos), mas discordo. A nossa propostacruzeiro e criciúma palpitereforma resolve o problemacruzeiro e criciúma palpitelongo prazo. Esse governo foi eleito para resolver problema. Podemos não conseguir, mas vamos tentar".
O secretário não respondeu se considera um "remendo" a retirada, por parlamentares,cruzeiro e criciúma palpitetrechos da proposta que afetam o Benefíciocruzeiro e criciúma palpitePrestação Continuada (BPC) e a aposentadoria rural. "Prefiro não entrarcruzeiro e criciúma palpitedetalhes", disse. "O Congresso é soberano. Cabe a eles decidir o que é possível e o que não é, e isso será respeitado."
A economista Silvia Matos, que coordena o Boletim Macro, do Ibre-FGV (Instituto Brasileirocruzeiro e criciúma palpiteEconomia), aponta que o sistema tributário brasileiro gera incentivos errados, ao permitir regimes especiais para algumas empresas e incentivos fiscais que nem sempre são revistos. Ela explica também que o problema do sistema tributário onera o trabalho formal - o que, porcruzeiro e criciúma palpitevez, estimula a informalidade no país.
"Temos complexidadecruzeiro e criciúma palpitetributos, múltiplos tributos e muitos regimes especiais. Temos mais exceções do que regras. Alémcruzeiro e criciúma palpiteperder resultado, tem certa injustiça: cria uma briga por regime especial, e não por eficiência", explica.
Ela aponta que pode ser "demais para este momento" pensar na possibilidadecruzeiro e criciúma palpitea reforma tributária acontecer exatamente ao mesmo tempocruzeiro e criciúma palpiteque a previdenciária tramita. "O risco é criar uma confusão e não passar nada, considerando o contexto atual."
2. Infraestrutura, concessões e privatizações
A economista-chefe da Fecomércio do Rio Grande do Sul, Patrícia Palermo, diz que a aprovação da reforma da Previdência é "o gol que define a partida", mas aponta também que o governo está "deixando outras coisascruzeiro e criciúma palpitesegundo plano e, talvez, até paradas".
Entre as medidas que considera relevantes, Patrícia aponta as parcerias com a iniciativa privada na áreacruzeiro e criciúma palpiteinfraestrutura e diz que é necessário haver pelo menos uma sinalização da agendacruzeiro e criciúma palpiteprivatizações prometida durante a campanha.
"Este ano precisa ter uma agendacruzeiro e criciúma palpiteprivatizações acontecendo, até para sinalizar o compromisso deste governo", disse.
Sachsida argumenta que são necessários muitos passos até conseguir colocar uma empresacruzeiro e criciúma palpitecondiçõescruzeiro e criciúma palpiteser privatizada e garante que o processo, apesarcruzeiro e criciúma palpiteser lento, está "andando".
"A legislação brasileira exige uma sériecruzeiro e criciúma palpiteprocedimentos para colocar a empresa no programa nacionalcruzeiro e criciúma palpitedesestatização. Só depois disso é que começa a andar todo o desenho do processo. Demora. Vamos ter novidades, mas passo a passo. Entendo a ansiedade, mas temos que respeitar o ordenamento jurídico", disse, após ser questionado sobre quando as privatizações vão começar.
Silvia Matos lembra que os setores da economia, para se desenvolverem, demandam energia, estradas, serviçoscruzeiro e criciúma palpitecomunicação.
"Como o Brasil tem crescido pouco, com setor público quebrado, temos depreciação da nossa infraestrutura. Se a gente tivesse crescendo, não ia ter energia, estrada. Temos muitos gargalos. Se o crescimento destravar e a infraestrutura não for adequada, vem inflação - com aumento da energia, por exemplo -, congestionamento…"
3. Abertura comercial
Mudanças na política comercial, para abrir a economia brasileira, também são aguardadas por especialistas, já que se tratacruzeiro e criciúma palpiteum dos pilares da política econômica prometida pelo novo governo.
A abertura comercial consiste na reduçãocruzeiro e criciúma palpitetarifas e derrubadacruzeiro e criciúma palpitemedidas burocráticas que criam entraves a importaçõescruzeiro e criciúma palpitebenscruzeiro e criciúma palpiteconsumo, máquinas e equipamentos. Os economistas liberais acreditam que essa é uma formacruzeiro e criciúma palpiteestimular a competição interna e aumentar a interação com outras economias.
"Um processocruzeiro e criciúma palpiteabertura comercial permite maior aproximação da nossa indústria com outras fronteiras, através da aquisiçãocruzeiro e criciúma palpitetecnologia", disse a economista Silvia Matos.
Ao comentar o tema, Sachsida cita Guedes e diz que é necessário "respeitar" o empresário nacional.
"O que o ministro fala é que temos que respeitar o empresário nacional, que está com carga tributária pesada e é difícil competir com quem não tem custocruzeiro e criciúma palpiteproduzir no Brasil. Vamos abrir a economia,cruzeiro e criciúma palpitemaneira gradual e exponencial (...) Vamos começar abrindo pouquinho e no último ano abriremos mais."
4. Redução da burocracia
É consenso entre os especialistas ouvidos pela reportagem que medidas que reduzem a burocracia podem - e devem - ser tomadascruzeiro e criciúma palpiteparalelo a reformas maiores.
"A economia brasileira é estrangulada pela burocracia. Você gasta muito tempo para informar sobre seus empregados formais, por exemplo. É muito burocrático e demorado. Isso gera um estímulo para a informalidade. Precisacruzeiro e criciúma palpiteprocessocruzeiro e criciúma palpitedesburocratização da economia brasileira, facilitar a vida das pessoas", afirmou Patrícia Palermo, da Fecomércio-RS.
A economista defende, por exemplo, a redução na quantidadecruzeiro e criciúma palpiteinformações que as empresas têm que passar para o governo. "Você passa várias vezes as mesmas informações. Isso é um complicador, um excessocruzeiro e criciúma palpiteobrigações acessórias que existem no Brasil."
Como exemploscruzeiro e criciúma palpitemedidas já tomadas que poderiam reduzir a burocracia, Sachsida cita o decreto que estabeleceu o cortecruzeiro e criciúma palpite21 mil cargos, funções e gratificações do Executivo, além da decisãocruzeiro e criciúma palpiterevogar 250 decretos antigos.
Professor da UnB, Piscitelli diz que vários desses decretos já não estavamcruzeiro e criciúma palpitevigor. Ele defende a necessidadecruzeiro e criciúma palpiterever processos na administração pública ecruzeiro e criciúma palpiteaplicar medidas "que melhoram a vida das pessoas", mas alerta que não dá para confundir reduçãocruzeiro e criciúma palpiteburocracia com eliminaçãocruzeiro e criciúma palpitecontroles essenciais.
"Na áreacruzeiro e criciúma palpitemeio ambiente, por exemplo, você não pode, a títulocruzeiro e criciúma palpiteagilizar processo, passar por cimacruzeiro e criciúma palpitequestõescruzeiro e criciúma palpitesegurança que são essenciais. Aí as barragens rompem, os prédios desabam, e assim por diante. Há um pontocruzeiro e criciúma palpiteequilíbrio importante que passa pela manutenção da capacidade regulatória do Estado da qual não podemos abrir mão."
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