Afinal, a Reforma da Previdência reduz privilégios ou arrocha os mais pobres?:roleta de números de 1 a 50
A metaroleta de números de 1 a 50Bolsonaro é economizar cercaroleta de números de 1 a 50R$ 1,1 trilhãoroleta de números de 1 a 50dez anos com a reforma. Em termos absolutos, o grosso recai sobre os trabalhadores do setor privado, atendidos pelo INSS (R$ 687 bilhões). As mudanças na aposentadoria dos servidores federais civis somam R$ 202 bilhões, enquanto o saldo líquido para os militares éroleta de números de 1 a 50R$ 10 bilhões (as mudanças na previdência estão atreladas a aumentoroleta de números de 1 a 50salários).
O restante (R$ 182 bilhões) vemroleta de números de 1 a 50alterações no BPC (benefício para idososroleta de números de 1 a 50extrema pobreza) e abono salarial (renda extra garantida a trabalhadores que ganham até dois salários mínimos).
O ministério da Economia argumenta que a economia com os atendidos pelo INSS é maiorroleta de números de 1 a 50termos absolutos porque esse grupo é numericamente muito superior aoroleta de números de 1 a 50militares e servidores. Já proporcionalmente, calcula o governo, os gruposroleta de números de 1 a 50maior renda estão contribuindo mais para a economia.
Os cálculos do governo indicam que os 71 milhões que serão afetados pelas mudançasroleta de números de 1 a 50aposentadorias e pensões pagas pelo INSS perderão,roleta de números de 1 a 50média, R$ 9 milroleta de números de 1 a 50dez anos.
Já as mudanças propostas para os servidores públicos federais devem atingir 1,4 milhãoroleta de números de 1 a 50pessoas, o que resultariaroleta de números de 1 a 50perda médiaroleta de números de 1 a 50R$ 141 mil.
No caso dos militares, o governo calculou apenas o impacto das mudanças nas aposentadorias (que geram economiaroleta de números de 1 a 50R$ 97,3 bilhõesroleta de números de 1 a 50dez anos) - isso representariaroleta de números de 1 a 50média perdaroleta de números de 1 a 50R$ 181 mil para os 540 mil afetados.
Não entraram na conta os ganhos com a restruturação da carreira prevista no pacote e que representa aumentoroleta de números de 1 a 50gastosroleta de números de 1 a 50R$ 86,65 bilhõesroleta de números de 1 a 50uma década.
Obter o "tira-teima" do impacto da reforma não é simples. A reforma que acabaroleta de números de 1 a 50ser apresentada mexeroleta de números de 1 a 50muitas regras, por isso, medir seu efeito global sobre a distribuiçãoroleta de números de 1 a 50renda exige amplo estudo ainda não realizado por economistas. No caso da proposta do governo Michel Temer, por exemplo, uma análise do Institutoroleta de números de 1 a 50Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) chegou à conclusão que ela produziria "uma piora bem tímida" na desigualdade, contrariando "visões excessivamente otimistas ou pessimistas sobre os possíveis efeitos redistributivos da reforma".
Para o consultor legislativo do Senado Pedro Nery, autor do livro Reforma da Previdência - Por que o Brasil não Pode Esperar?, a propostaroleta de números de 1 a 50Bolsonaro é,roleta de números de 1 a 50maneira geral, mais justa que aroleta de números de 1 a 50Temer, pois endurece mais as regras para os segmentosroleta de números de 1 a 50maior renda (servidores públicos, militares e trabalhadores do setor privado que se aposentam com benefícios maiores pelo INSS).
Ele avalia também que a proposta enviada este ano para o Congresso é mais branda que aroleta de números de 1 a 50Temer quando altera as regrasroleta de números de 1 a 50auxílio para idososroleta de números de 1 a 50baixa renda (BPC) e os critérios para aposentadoria rural eroleta de números de 1 a 50trabalhadores urbanos mais pobres.
Apesar disso, Nery reconhece que a proposta "não se resume a combate a privilégios, como alega o governo". E vê espaço para "regras ainda mais duras para militares e servidores".
Nessa reportagem, vamos analisar como a reforma afeta diferentes gruposroleta de números de 1 a 50rendaroleta de números de 1 a 504 pontos - idade mínima, cálculo dos benefícios, alíquotasroleta de números de 1 a 50contribuições e as mudançasroleta de números de 1 a 50BPC e aposentadoria rural.
Mas, primeiro, damos um breve raio-x da desigualdade do rombo hoje.
roleta de números de 1 a 50 Raio-x: 'Fábricaroleta de números de 1 a 50desigualdades'
O rombo da União com aposentadorias e pensõesroleta de números de 1 a 50servidores civis, militares e setor privado (INSS) tem crescido rapidamente nos últimos anos e somou R$ 266 bilhões no ano passado, segundo o ministério da Economia.
Há uma grande diferença no valor dos benefícios. Segundo cálculo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, a partir dos dadosroleta de números de 1 a 502016, o militar brasileiro tinha aposentadoria mensal médiaroleta de números de 1 a 50R$ 10,3 mil, enquanto o servidor federal recebia R$ 9 mil. Já a aposentadoria média paga pelo INSS eraroleta de números de 1 a 50R$ 1.290 no mesmo ano.
Dessa forma, os números absolutos mostram que o grosso do rombo vem dos trabalhadores do setor privado: R$ 196 bilhões contra R$ 70 bilhõesroleta de números de 1 a 50servidores federais e militares. Mas, do pontoroleta de números de 1 a 50vista proporcional, a maior parte do rombo vem do desequilíbrio no setor público.
Como a União usa recursos cobradosroleta de números de 1 a 50todos com impostos para cobrir esses deficits, na prática há uma transferênciaroleta de números de 1 a 50rendaroleta de números de 1 a 50toda a população para os aposentados do serviço público.
Ao expor os números, Guedes chamou a previdênciaroleta de números de 1 a 50"fábricaroleta de números de 1 a 50desigualdades".
1) Idade mínima
Um dos fatores que explicam os crescentes rombos na previdência - previsãoroleta de números de 1 a 50altaroleta de números de 1 a 5010%roleta de números de 1 a 502019 para R$ 292 bilhões no caso da União - é o envelhecimento da população, ou seja, mais pessoas se aposentando e recebendo benefício por mais tempo.
Por causa disso, o governo quer uma idade mínima unificada para que os trabalhadores civis se aposentem mais tarde,roleta de números de 1 a 5062 anos para mulheres e 65 para homens, com ao menos 20 anosroleta de números de 1 a 50contribuição.
Segundo Vilma Pinto, isso é positivo porque afetará principalmente os trabalhadores com salários maiores.
Atualmente, o trabalhador do setor privado pode se aposentarroleta de números de 1 a 50duas formas: cumprindo um tempo mínimoroleta de números de 1 a 50contribuição (30 anos para mulheres e 35 anos para homens); ou contribuindo por ao menos 15 anos e alcançando uma idade mínima (60 anos para mulheres e 65 anos para homens).
As estatísticas mostram que os trabalhadoresroleta de números de 1 a 50menor renda sofrem mais com a instabilidade da economia, alternando períodosroleta de números de 1 a 50desemprego, trabalho informal e com carteira assinada.
Por isso, mesmo começando muito cedo a trabalhar, não conseguem contribuir por 30 ou 35 anos. Já pessoasroleta de números de 1 a 50maior renda têm mais estabilidade profissional e se aposentam mais cedo, normalmente, por temporoleta de números de 1 a 50contribuição.
Em média, quem se aposentou pelo INSSroleta de números de 1 a 50dezembro por temporoleta de números de 1 a 50contribuição tinha 54,2 anos e passou a receber R$ 2.366 por mês. Já o benefício médio concedido aos que se aposentaram por idade ficouroleta de números de 1 a 50R$ 1.260.
roleta de números de 1 a 50 E o serviço público?
A propostaroleta de números de 1 a 50Bolsonaro é que a idade mínimaroleta de números de 1 a 5062 anos para mulheres e 65 para homens valha também para os servidores civis, com exigênciaroleta de números de 1 a 50ao menos 25 anosroleta de números de 1 a 50contribuição.
A regra atual exige no mínimo 60 anosroleta de números de 1 a 50idade e 35 anosroleta de números de 1 a 50contribuição para homens e 55 anosroleta de números de 1 a 50idade e 30 anosroleta de números de 1 a 50contribuição para mulheres.
A queda no tempo mínimoroleta de números de 1 a 50contribuição exigida não significa que a regra foi afrouxada para o servidor, pois o valor da aposentadoria ficará reduzido se ele não contribuir por mais tempo (entenda melhor no item 2).
Já os militares terão seu temporoleta de números de 1 a 50contribuição mínimo elevadoroleta de números de 1 a 5030 para 35 anos, mas não terão qualquer exigênciaroleta de números de 1 a 50idade mínima. O argumento do governo é que a carreira tem especificidades próprias.
"Este tema (da idade mínima) para nós que precisamosroleta de números de 1 a 50rigidez física para o combate, para atuação, para garantia da lei e da ordemroleta de números de 1 a 50todas as atividades que temos, é um tema importante", disseroleta de números de 1 a 50janeiro o comandante da Marinha, Ilques Barbosa Junior, ao justificar a diferença.
De acordo com dados levantados pelo Tribunalroleta de números de 1 a 50Contas da União, 62% dos integrantes das Forças Armadas passam para reserva com menosroleta de números de 1 a 5050 anos.
Ou seja, a unificação da idade mínima é justa no caso dos civis, pois vai obrigar os trabalhadoresroleta de números de 1 a 50renda mais alta a se aposentaremroleta de números de 1 a 50idade semelhante a dos mais pobres hoje. Além disso, é positivo para as contas do governo porque são benefícios mais altos que passarão a ser pagos por menos tempo. Para ambos os grupos haverá um períodoroleta de números de 1 a 50transição das regras.
Já os militares continuarão parandoroleta de números de 1 a 50trabalhar mais cedo e com benefícios elevados (veja mais no item 2).
2. Temporoleta de números de 1 a 50contribuição e cálculo dos benefícios
roleta de números de 1 a 50 Mais tempo trabalhando
A reforma traz também importantes mudanças no temporoleta de números de 1 a 50contribuição exigido.
No caso do INSS, o aumento do critério mínimoroleta de números de 1 a 5015 para 20 anos prejudicará diretamente os mais pobres,roleta de números de 1 a 50especial as mulheres, destaca a economista Joana Mostafa, do Ipea.
Análise realizada por ela a partirroleta de números de 1 a 50dadosroleta de números de 1 a 502014 mostra que 61% dos que se aposentaram por idade não atingem 20 anosroleta de números de 1 a 50contribuição. No casoroleta de números de 1 a 50mulheres, esse percentual sobe para 69%, refletindo a interrupção da carreira por causa da maternidade ou sobrecarga no trabalho doméstico.
"São justamente os trabalhadoresroleta de números de 1 a 50menor escolaridade, negros, mulheres, que mais sofrem com rotatividade e desemprego. Eles já têm dificuldaderoleta de números de 1 a 50contribuir por 15 anos, quem dirá por 20", destaca Mostafa.
Além do aumento do tempo mínimo, o governo também quer elevar o tempo totalroleta de números de 1 a 50contribuição necessário para alcançar aposentadorias mais altas, tanto no INSS, quanto no setor público (exceto militares).
A proposta é que o trabalhador que atingir 20 anosroleta de números de 1 a 50contribuição terá direito a apenas 60% a média dos seus salários como aposentadoria. A cada ano extraroleta de números de 1 a 50contribuição a taxa subiriaroleta de números de 1 a 50dois pontos percentuaisroleta de números de 1 a 50modo que só será possível se aposentar com 100% da média da remuneração ao longo da vida após 40 anosroleta de números de 1 a 50contribuição.
Na avaliaçãoroleta de números de 1 a 50Joana Mostafa, dificultar o acesso a benefícios maiores é positivo.
"Quem pode contribuir mais é quem tem mais estabilidade no mercadoroleta de números de 1 a 50trabalho, mais escolaridade, renda mais elevada. Se ele quer um benefício maior, é justo que trabalhe mais", afirma.
Vejamos a seguir como esse novo cálculo afeta os atendidos pelo INSS e o servidor público.
roleta de números de 1 a 50 'Achatamento' dos benefícios no INSS afeta classe média
Os benefícios do INSS variamroleta de números de 1 a 50um salário mínimo (hojeroleta de números de 1 a 50R$ 998) a R$ 5,8 mil.
Pelas regras atuais, o benefício do aposentado no setor privado é calculado com base na média dos 80% maiores salários. E o valor integral desse cálculo (sem incidência do fator previdenciário) é garantido quando a idaderoleta de números de 1 a 50aposentadoria e o temporoleta de números de 1 a 50contribuição somados dão 86 no caso das mulheres e 96 no caso dos homens.
Hoje, a grande maioria dos aposentados do INSS (85%) já ganha até dois salários mínimos e o pagamento médioroleta de números de 1 a 502018 ficou R$ 1.722 na aposentadoria urbana.
A nova regraroleta de números de 1 a 50cálculo vai dificultar mais alcançar benefícios maiores, aproximando mais a média das aposentadorias do piso.
São mudanças que afetam grupos intermediários na distribuiçãoroleta de números de 1 a 50renda, ressalta Pedro Nery. "Um pequeno gruporoleta de números de 1 a 50trabalhadores que contribuiu por pouco tempo, mas sobre salários maiores, tem perdas com a nova fórmula", ressalta.
Joana Mostafa considera positivo o "achatamento" dos benefícios. Ela ressalta que a renda média do trabalho no país éroleta de números de 1 a 50apenas R$ 2.285 (dado do IBGE).
"Do meu pontoroleta de números de 1 a 50vista, é melhor garantir uma rendaroleta de números de 1 a 50um salário mínimo para o maior númeroroleta de números de 1 a 50pessoas possíveis, e por isso não elevar o tempo mínimoroleta de números de 1 a 50contribuição para 20 anos, do que garantir um espectro maiorroleta de números de 1 a 50benefício, que vá com maior facilidade até os R$ 5,8 mil", afirma.
roleta de números de 1 a 50 Servidores também terão que trabalhar mais para ganhar mais
Ao analisar o impacto das mudanças sobre os servidores civis, é importante destacar que eles não têm atualmente regras unificadasroleta de números de 1 a 50aposentadoria. Reformas adotadasroleta de números de 1 a 502003 e 2013 já cortaram privilégios desse grupo, mas, como elas só valeram para novos servidores, ainda não impactam a maioria dos benefícios concedidosroleta de números de 1 a 50lá para cá.
Os servidores contratados depoisroleta de números de 1 a 502003 perderam a integralidade (direito a se aposentar pelo último salário,roleta de números de 1 a 50vez da médiaroleta de números de 1 a 50contribuições). Já os que ingressaram após 2013 passaram a ficar submetidos também ao teto do INSS (R$ 5,8 mil).
A propostaroleta de números de 1 a 50Bolsonaro não acaba com a integralidade dos servidores mais antigos, mas exige que ele trabalhe mais. Pela proposta, os que entraram até 2003, por exemplo, terão que trabalhar até 62 anos (mulheres) ou 65 anos (homens) para poder se aposentar pelo último salário,roleta de números de 1 a 50vezroleta de números de 1 a 5055 (mulheres) e 60 (homens) como é hoje.
Os que entraram no serviço públicoroleta de números de 1 a 502004 a 2013 terão que trabalhar 40 anos para ter acesso a 100% da média dos salários ao longo da vida (não mais a média dos 80% maiores), assim como os do INSS. A diferença é que não estão submetidos ao tetoroleta de números de 1 a 50R$ 5,8 mil.
Os que entraram após 2013 já estão nas mesmas regras do setor privado e ficam também sujeitos ao novo cálculo e ao novo teto.
Prejuízo para todos
Em resumo, as mudanças propostas para temporoleta de números de 1 a 50contribuição e cálculo dos valores prejudicam todos os grupos. Os mais pobres ao exigir 20 anosroleta de números de 1 a 50contribuiçãoroleta de números de 1 a 50vezroleta de números de 1 a 5015. E os trabalhadoresroleta de números de 1 a 50renda intermediária atendidos pelo INSS ao demandar mais temporoleta de números de 1 a 50trabalho para alcançar benefícios maiores.
Os servidores também são afetados, mas a tendência é que continuem se aposentando com valores mais altos do que os atendidos pelo INSS, porque seus salários sãoroleta de números de 1 a 50média maiores do que os do setor privado. Além disso, eles têm mais estabilidade (não alternam períodos desempregados e na informalidade), o que permite alcançar 40 anosroleta de números de 1 a 50contribuição com mais facilidade.
Para Pedro Nery, "a proposta é meritória por unificar o cálculo das aposentadorias", mas deveria prever um fim mais rápido para a integralidade dos servidores mais antigos.
"É uma vantagem injustificávelroleta de números de 1 a 50termosroleta de números de 1 a 50isonomia e diante do colapso fiscal dos Estados e capitais", acredita.
roleta de números de 1 a 50 Militares mantêm privilégio da integralidade
A propostaroleta de números de 1 a 50Bolsonaro, capitão reformado do Exército, não prevê qualquer alteração para o cálculo da aposentadoria - os militares continuarão podendo se aposentar com o último salário recebido (integralidade),roleta de números de 1 a 50vezroleta de números de 1 a 50a média daroleta de números de 1 a 50contribuição.
As Forças Armadas sustentam que o militar não se aposenta, na verdade ele passa para a inatividade, continuando disponível a ser convocado (o que na prática, porém, é muito raro). Também ressaltam que a carreira não dá direitos que o civil recebe, como pagamentoroleta de números de 1 a 50horas extras, possibilidaderoleta de números de 1 a 50greve e FGTS.
"Fazemos um juramentoroleta de números de 1 a 50sacrifício da própria vida", argumentou também Eduardo Garrido, assessor especial do ministro da Defesa, na apresentação da proposta.
Para Pedro Nery, a reforma deveria ter regras mais rígidas para a integralidade.
"Aqueles que saem muito cedo, por necessidades da própria gestão da carreira, poderiam se aposentar por um cálculo sobre a média dos soldos, não sobre o último. Pela proposta, ainda teremos cercaroleta de números de 1 a 50metade dos militares podendo se aposentar antes dos 55, com o último soldo integral", disse.
3. Alíquotas: Quem ganha mais, paga mais
A proposta tem um aspecto que claramente afetaroleta de números de 1 a 50forma positiva a distribuiçãoroleta de números de 1 a 50renda - alíquotasroleta de números de 1 a 50contribuição progressivas para o setor privado e os servidores.
Atualmente, o funcionário público federal paga 11% sobre todo o salário, caso tenha tomado posse antesroleta de números de 1 a 502013. Quem ingressou no serviço público depoisroleta de números de 1 a 502013 paga 11% até o teto do INSS, ou seja, não contribui sobre o valor que supera R$ 5,8 mil.
Pelas novas regras, as alíquotas para os que ingressaram antesroleta de números de 1 a 502013 serão proporcionais à remuneração, variandoroleta de números de 1 a 507,5% para o servidor que recebe salário mínimo a 22% para quem recebe R$ 39 mil ou mais.
Como a cobrança é gradativa sobre o salário, porém, a alíquota máxima efetiva ficariaroleta de números de 1 a 5016,78% - ou seja, o servidor com salárioroleta de números de 1 a 5039 mil pagaria R$ 6.544 ao mêsroleta de números de 1 a 50vezroleta de números de 1 a 50R$ 4.290 como hoje.
A questão deve parar na Justiça - servidores dizem que uma alíquota alta, somado ao que já pagamroleta de números de 1 a 50impostoroleta de números de 1 a 50renda, configuraria confisco. Outro ponto polêmico é que a reforma também prevê a possibilidaderoleta de números de 1 a 50alíquotas extraordinárias sobre os servidores se houver déficit atuarial (insuficiênciaroleta de números de 1 a 50recursos para cobrir os compromissos dos planosroleta de números de 1 a 50aposentadoria).
Segundo Nery, esse aumento ainda é insuficiente para equacionar o rombo da previdência dos servidores (R$ 51 bilhõesroleta de números de 1 a 502018 no caso da União): "A alíquota que equilibraria os regimes é superior a 22%".
No setor privado, a propostaroleta de números de 1 a 50Bolsonaro é tornar as alíquotas um pouco mais progressivas, cobrando menosroleta de números de 1 a 50quem ganha menos e maisroleta de números de 1 a 50quem ganha mais. Hoje variamroleta de números de 1 a 508% a 11% no INSS. Com a reforma, iriamroleta de números de 1 a 507,5% a 14% (alíquota máxima efetivaroleta de números de 1 a 5011,69%). A proposta reduz a cobrança da maioria dos trabalhadores que ganham até R$ 2 mil.
No caso dos militares, a alíquota não seria progressiva - subirároleta de números de 1 a 507,5% para 10,5%, independentemente da faixa salarial.
Ou seja,roleta de números de 1 a 50modo geral as mudanças nas alíquotas tornam o sistema mais justo, mas também contribuem pouco para reduzir o rombo da previdência. Em dez anos, o ganho com a maior cobrança sobre servidores vai gerar receitaroleta de números de 1 a 50R$ 29,3 bilhões, enquanto as mudanças nas alíquotas do INSS criam perdasroleta de números de 1 a 50R$ 27,6 bilhões.
4. BPC e Previdência Rural
As propostas para o BPC (Benefícioroleta de números de 1 a 50Prestação Continuada) e a aposentadoria rural atingemroleta de números de 1 a 50cheio os mais pobres e sofrem resistência no Congresso.
O BPC é um benefícioroleta de números de 1 a 50um salário mínimo pago a idososroleta de números de 1 a 50situaçãoroleta de números de 1 a 50miséria e pode ser acessado hoje a partirroleta de números de 1 a 5065 anos. Pela proposta do governo, apenas idosos a partirroleta de números de 1 a 5070 anos poderiam recebê-lo. Para compensar essa mudança, a reforma prevê também um benefícioroleta de números de 1 a 50R$ 400 para idososroleta de números de 1 a 5060 a 69 anos. Segundo a IFI, a mudança geraria economiaroleta de números de 1 a 50R$ 28,7 bilhõesroleta de números de 1 a 50uma década.
O argumento para elevar a idade mínima para o BPC é que ela deve ser maior do que a idade mínima para aposentadoria, para evitar que trabalhadores deixemroleta de números de 1 a 50contribuir para a previdência na perspectivaroleta de números de 1 a 50receber o BPC.
O problema, ressalta Nery, é que a reforma, ao aumentar o tempo mínimoroleta de números de 1 a 50contribuiçãoroleta de números de 1 a 5015 para 20 anos, já dificultará aos mais pobres conseguir se aposentar com 62 (mulheres) e 65 anos (homens). "Esses trabalhadores perderiam essa aposentadoria e iriam para um BPC enfraquecido", nota ele.
Já o trabalhador rural hoje pode se aposentar aos 55 anos (para mulheres) e 60 (para homens) - precisa comprovar 15 anosroleta de números de 1 a 50trabalho, mas não tem obrigaçãoroleta de números de 1 a 50contribuir. Como quase ninguém paga, o regime teve romboroleta de números de 1 a 50R$ 114 bilhõesroleta de números de 1 a 502018.
A proposta fixa idade mínimaroleta de números de 1 a 5060 anos para ambos os sexos e contribuição mínimaroleta de números de 1 a 5020 anos, baseada nos ganhos com a produção, mas não menor que R$ 600 ao ano por grupo familiar.
Para Joana Mostafa, as mudanças vão dificultar a aposentadoria no campo e "desorganizar a economia rural, essencial para nossa segurança alimentar". Os benefícios rurais são baixos (R$ 956roleta de números de 1 a 50médiaroleta de números de 1 a 502018), mas fazem diferençaroleta de números de 1 a 50cidades pequenas, do interior do país.
"Muito difícil essa contribuição mínima. Os preços da safra variam, assim como é comum perder a produção por causa do clima, pragas", afirma.
O governo argumenta que há muitas fraudes na aposentadoria rural, já que a exigênciaroleta de números de 1 a 50comprovaçãoroleta de números de 1 a 50temporoleta de números de 1 a 50trabalho é facilmente burlável. Segundo Paulo Guedes, a cobrança mínima proposta é simbólica e dificultaria fraudes.
Apesarroleta de números de 1 a 50o governo ter seu argumentos, as mudançasroleta de números de 1 a 50fato impactam muito os mais pobres - por isso, lideranças parlamentares já indicaramroleta de números de 1 a 50rejeição.
roleta de números de 1 a 50 E a recuperação da economia?
Defensores da reforma afirmam que ela vai contribuir para recuperar a economia e, portanto, reduzir a pobreza no país. Dizem também que vai liberar recursos do governo, hoje dragados pela expansão da previdência, para gastos com obras, saúde, educação e programas sociais, que podem melhorar a vida dos mais pobres.
Outros economistas já consideram que isso é "especulação". Seroleta de números de 1 a 50fato os recursos seriam bem investidos ou direcionados para grupos já com renda mais alta, por exemplo aumento para servidores ou isenções para grandes empresas, é algo que só vamos saber depois - se a reforma passar.
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