Governo Bolsonaro: quem deve disputar o comando do Congresso e por que isso é importante para o presidente:cupom f12bet
Por isso, Bolsonaro reiterou no encontro que não pretendia, por ora, vincular o apoio do governo a um candidato específico. O então presidente eleito dizia esperar o mesmo do PSL.
No entanto, um dia depois da possecupom f12betBolsonaro, o partido do presidente anunciou apoio à reeleiçãocupom f12betRodrigo Maia (DEM-RJ) para presidência da Câmara e lançou o nomecupom f12betMajor Olímpio para comandar o Senado.
Em entrevista ao SBT na quinta-feira, Bolsonaro disse que não queria se envolver na disputa, mas que esperava que o candidato apoiado por seu partido ganhasse a eleição no Congresso para que 'coloquecupom f12betpauta as matérias que porventura viemos a apresentar'.
Em troca do apoio do PSL, Maia teria prometido ao partido o comando da mais disputada comissão permanente da Casa, a Comissãocupom f12betConstituição e Justiça (CCJ) - por onde passam todas proposições para análisecupom f12betconstitucionalidade.
Disputa crucial
Apesar do distanciamento do presidente, a disputa no Legislativo é considerada crucial uma vez que os presidentes da Câmara e do Senado podem embalar ou atrapalhar o andamento do governo.
No comando das duas Casas, os presidentes têm autoridade para, por exemplo, definir a pautacupom f12betvotações, escalar relatorescupom f12betproposições importantes e até emperrar aberturacupom f12betComissões Parlamentarescupom f12betInquérito (CPIs).
Além disso, os presidentes da Câmara e do Senado estão, nesta ordem, na linhacupom f12betsucessão presidencial. Na ausência do titular e do vice-presidente, são eles que assumem a Presidência da República.
Outro ponto importante: é o presidente da Câmara quem aceita ou rejeita eventuais pedidoscupom f12betimpeachment contra o chefe do Executivo - algo que a Dilma Rousseff aprendeu apóscupom f12betdisputa com Eduardo Cunha.
Cientes da importância do Legislativo para o funcionamento do governo Bolsonaro, muitos postulantes ao comando da Câmara e do Senado ainda esperam por um aceno do novo presidente às vésperas da eleição.
O próprio PSL cogitou lançar candidato próprio ao comando da Câmara, mas preferiu um acordo para investir na formaçãocupom f12betum bloco majoritário que o apoiasse Bolsonaro no Congresso para aprovar matériascupom f12betinteresse do governo.
Considerada prioridade, a reforma da Previdência deve ser apresentada jácupom f12betfevereiro, com o Congresso sob novo comando. Bolsonaro já declarou que quer ver o Congresso votando propostascupom f12betinteresse do governo relacionadas à Previdência e à privatizaçãocupom f12betestatais nos seis primeiros meses do mandato.
Para isso, o presidente depende não apenas da organização da base para acelerar a análise das propostas, como dos presidentes das duas Casas - que têm autoridade para priorizar votações.
'Velha política' no Senado
Oito nomes se movimentamcupom f12betcada Casacupom f12betolho na principal cadeira do plenário.
No Senado, Renan Calheiros (MDB-AL) é considerado o favorito para a presidência da Casa se a eleição for secreta - mas,cupom f12bet19cupom f12betdezembro, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, determinou, por meiocupom f12betuma liminar, que a disputa para os cargos da Mesa Diretora do Senado seja por meiocupom f12betvotação aberta.
Mas Calheiros, que articula para voltar a comandar o Senado pela quarta vez, não é o nome preferido do governo, tampouco dos aliadoscupom f12betBolsonaro. O senador alagoano também enfrenta resistência da ala governista e do próprio MDB.
De acordo com Major Olímpio, Calheiros é "a cara da velha política". Dentro do MDB, o senador disputa a vaga com Simone Tebet (MS), que quer ser a primeira mulher a comandar o Senado.
Há ainda outros quatro senadores que tentam se colocar como representantes do espíritocupom f12betmudança e conservadorismo que marcou as eleições geraiscupom f12betoutubro. São nomes como os Álvaro Dias (Podemos-PR), Esperidião Amin (PP-SC), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e David Alcolumbre (DEM-AP), que buscam se viabilizar como candidatos com o apoio do governo Bolsonaro e do PSL.
No fimcupom f12betdezembro, Major Olímpio afirmou à reportagem da BBC News Brasil que a intenção na Casa é construir um blococupom f12betoposição à candidaturacupom f12betRenan Calheiros. Ele contou ainda que estava conversado com os demais postulantes sobre a possibilidadecupom f12betuma candidatura unificada.
'Missão dada é missão cumprida'
Mas logo após a possecupom f12betBolsonaro, Olímpio passoucupom f12betarticulador a candidato na disputa. A decisãocupom f12betlançá-lo está ligada à tentativacupom f12betnão fortalecer ainda mais o DEM ou mesmo legendas como o PSDB ou o PP, e atrair uma nova frente contrária a Calheiros e mais alinhada com o novo governo. Isso também fortaleceria o PSL na negociaçãocupom f12betcomissões importantes e assentos na Mesa Diretora numa possível candidatura única contra Renan.
"Missão dada, é missão cumprida! Aprendi a vencer e a perder. Desistir, nunca!", escreveu Olímpio no Twitter, ao comentando uma reportagem do jornal Correio Braziliense - intitulada "Contra Renan, PSL lança Major Olímpio à presidência do Senado".
Procurado novamente pela BBC News Brasil para falar sobre a possibilidadecupom f12betconcorrer, ele disse que o tema seria discutidocupom f12betreunião do PSLcupom f12betBrasília.
Pela esquerda, o novato no Senado Cid Gomes (PDT-CE) também se movimenta para ser um dos principais nomes da oposição no Senado. Mas o próprio irmãocupom f12betCid, Ciro Gomes, deu uma declaração demonstrando apoio ao também político do Ceará o tucano Tasso Jereissati,cupom f12betquem já foi aliado.
'Favorito na Câmara'
Na Câmara, por onde passam primeiro os projetoscupom f12betautoria do Executivo, o atual ocupante do posto, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ainda não teria, segundocupom f12betassessoria, se lançado formalmente para disputar a reeleição. Mas já tem se movimentado pelos corredores do Congresso e desponta como favorito.
Alémcupom f12better fechado com o PSL e ter o chamado Centrão a seu lado, Maia conta com o apoiocupom f12betaliadoscupom f12betBolsonaro que não veem o presidente da Câmara como a cara da velha política e acreditam que ele compartilha a mesma agenda bolsonarista para a economia - o que facilitaria a discussão das privatizações e da reforma da Previdência, por exemplo.
No Twitter, a deputada eleita Joice Hasselmann (PSL-SP) explicou a decisão do PSLcupom f12betapoiar Maia, dizendo que se tratacupom f12betuma "aliança pela agenda econômica e governabilidade".
"Não é o melhor, nem o mais bonito, nem o mais simpático. Apenas é o que tem mais votos e maior viabilidadecupom f12betajudar na agenda econômica do governo", respondeu ela a um comentário na rede social.
"Qual seria a opção? Afundar o governo? Não ter bloco para aprovar nada? Fazer beicinhocupom f12betcriança birrenta e prejudicar milhõescupom f12betbrasileiros por isso?", também escreveu Hasselmann, que chegou a criticar possibilidadecupom f12betreeleiçãocupom f12betMaia, mas mudoucupom f12betposição.
Mas, para alguns bolsonaristas no Congresso, contra Maia pesa o fatocupom f12betele ser do DEM, que já tem três ministérios (Casa Civil, Saúde e Meio Ambiente), ecupom f12betser um nome que agrada integrantescupom f12betpartidos da esquerda - ele contou com o apoio do PCdoB e do PDT nas eleições da Câmaracupom f12bet2017 e contemplou a esquerda com relatorias importantes, alémcupom f12better emperrado a CPI da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Maia já está no comando da Câmara desde o afastamentocupom f12betEduardo Cunha (MDB-RJ)cupom f12bet2016, quando assumiu um mandato tampão e, no ano seguinte, foi reconduzido ao cargo. Se reeleito, vai ser o deputado que mais tempo ficou na Presidência da Câmara.
'Afastando' concorrentes
Maia tem, no momento, pelo menos sete concorrentes, numa disputacupom f12betque simpatia e uma boa relação com os colegascupom f12betplenário têm peso significativo. O atual presidente da Câmara, contudo, tem costurado acertos importantes, oferecendo a legendas assentos na Mesa Diretora e comissões permanentes.
Para tirar da disputa o delegado e pastor evangélico João Campos (PRB-GO), Maia ofereceu ao PRB a vice-presidência da Casa. Campos tem, contudo, a possibilidadecupom f12betmanter a candidatura avulsa, mas deve seguir a orientação do partidocupom f12betinterromper a campanha. Na semana anterior à possecupom f12betBolsonaro, Campos se reuniu com a equipecupom f12bettransição, disse ter reiterado o interessecupom f12betparticipar da disputa e que apostava nos votos dos 243 parlamentares novatos.
Já o deputado Capitão Augusto (PR-SP) deve concorrercupom f12betforma autônoma, mesmo com o PR declarando apoio a Maia.
Aliadoscupom f12betMaia acreditam que Alceu Moreira (MDB-RS) desistacupom f12betconcorrer por não mais poder contar com o apoio declarado do PSL. Uma semana antes da decisão do PSLcupom f12betapoiar o atual presidente da Câmara, Moreira apostava num blocão alternativo, capazcupom f12betdesidratar o grupo que hoje apoia Maia.
Moreira contou à BBC News Brasil ter se aproximadocupom f12betBolsonaro durante a CPI da Funai (Fundação Nacional do Índio), concluídacupom f12bet2017. Afirmou ter ouvido do próprio Jair Bolsonaro, durante a campanha do segundo turno, que era uma pessoa com perfil para presidir a Câmara.
"Sei que ele não falou isso só para mim", diz Moreira, emendando que é "uma das pessoas" que o presidente gostariacupom f12betver no comando da Casa.
Como candidato, Moreira prega renovação. "Se a nova Câmara tem 50%cupom f12betrenovação, não pode ser comandada por alguém que negocia com as mesmas armas e nem querer um Parlamento arcaico", diz, criticando adversários que têm organizado jantarescupom f12betcampanha e oferecido cargos na Mesa Diretora e comissões.
Também se movimentamcupom f12betolho na presidência da Câmara os deputados João Henrique Caldas (PSB-AL), Fernando Giacobo (PR-PR) e Fábio Ramalho (MDB-MG).
'Amigocupom f12bettodos'
No quesito simpatia, contudo, Ramalho, o atual vice-presidente da Câmara, é visto por deputadoscupom f12betdiferentes partidos como um forte opositor a Maia. Representante do chamado baixo clero, o grupocupom f12betparlamentares com menor projeção nacional, é chamadocupom f12bet"Fabinho" por congressistas, funcionários e assessores.
Ramalho se diz o "amigocupom f12bettodos" e ganhou fama pelas festas que organiza no apartamento funcionalcupom f12betBrasília. Das festas ele não gostacupom f12betfalar. "Quer falar da disputa ou das minhas festas?", pergunta à BBC News Brasil, quando questionado sobrecupom f12betestratégiacupom f12betcampanha.
Ramalho afirma estar conversando individualmente com cada deputado e diz ser "o candidato da instituição".
"Não vou ser líder do governo nem da oposição. Vou fazer com que a Câmara seja forte e independente. Vou dialogar e respeitar a oposição. A Câmara merece renovação", dispara, evocando o discursocupom f12betcampanha.
Fabinho é um dos poucos postulantes que diz não esperar o apoio declaradocupom f12betBolsonaro, mas não perde a oportunidade para afagar o novo presidente.
"Ele tem falado que não vai interferir nas eleições para a presidência (da Câmara). É um homem muito elegante e tem cativado a simpatiacupom f12bettodos nós, demostrando que é um estadista".
Estratégia petista
O PT, porcupom f12betvez, ainda não definiu se lançará candidato ou se vai compor com algum dos nomes já colocados.
Integrantes da bancada se reúnemcupom f12betmeadoscupom f12betjaneiro para definir uma estratégia, mas não está descartada a possibilidadecupom f12betnão lançar candidato para negociar algum cargo na Mesa ou mesmo presidênciacupom f12betcomissõescupom f12betinteresse do partido para ter uma participação mais ativa no Legislativo.
O PSOL anunciou que pretende participar da eleição na Câmara com Marcelo Freixo (RJ), que tenta formar uma aliança com partidos mais à esquerda do espectro político para reagir contra a agenda do ministro da Economia, Paulo Guedes.
"Sou candidato à presidência da Câmara dos Deputados por um amplo campo republicano e democrático que lutará p resgatar o espírito da Constituição. Vamos enfrentar a agendacupom f12betJair Bolsonaro e Rodrigo Maia q aprofundará ainda mais as desigualdades no país (sic)", anunciou Freixo no Twitter.
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