Como acusação falsa no WhatsApp abalou a vidabwin ski jumpinguma técnicabwin ski jumpingenfermagem gaúcha:bwin ski jumping

A mensagem fazia referência à mortebwin ski jumpingEduarda Herrerabwin ski jumpingMelo,bwin ski jumping9 anos, que havia desaparecido na noite do dia 21, enquanto brincava diante da residência da família, no bairro Rubem Berta, na capital. O corpobwin ski jumpingEduarda tinha sido encontrado na segunda-feira no Rio Gravataí, junto à RS-118, no municípiobwin ski jumpingAlvorada, também na Região Metropolitana. A polícia informou que a causa da morte havia sido afogamento.

Radicada há cercabwin ski jumping20 anos no bairro, Adriana é conhecida pela dedicação aos necessitados. Foi catequista e fez parte do conselho econômico da Paróquia Divino Espírito Santo. Em 2016,bwin ski jumpingexistência havia sofrido um baque com a morte, por infarto, do marido, Paulo Klein, representante comercial, então com 47 anos. Donabwin ski jumpingcasa e viúva, subitamente encarregadabwin ski jumpingsustentar sozinha as duas filhas (a mais velha tem hoje 19 anos), Adriana tevebwin ski jumpingprocurar trabalho.

Em dezembro daquele ano, concluiu o cursobwin ski jumpingTécnicabwin ski jumpingEnfermagem na Escola Técnica Universitária,bwin ski jumpingCachoeirinha. Passou a trabalhar como cuidadorabwin ski jumpingidosos e portadoresbwin ski jumpingnecessidades especiais, ao mesmo tempobwin ski jumpingque se somou, como voluntária, ao grupobwin ski jumpingresgate Grave, que presta assistência a vítimasbwin ski jumpingacidentes e violência na região,bwin ski jumpingparceria com as polícias, o Corpobwin ski jumpingBombeiros e a Defesa Civil.

Acusações falsas

A postagem que não se limitava a acusá-la, juntamente com o namorado,bwin ski jumpingum crime sórdido. Fornecia os nomes, as placas do carro e o endereço do casal. Em poucas horas, a mensagem já havia circuladobwin ski jumpinggruposbwin ski jumpingpaisbwin ski jumpingalunosbwin ski jumpingescolinhabwin ski jumpingfutebol ebwin ski jumpingcondomínios fechados, entre outros.

"Entreibwin ski jumpingchoque. Quando perdi o marido, tive apoio da família e dos amigos. Desta vez, ao mesmo tempo que as pessoas recebiam a mensagem nos grupos, já tomavam a iniciativabwin ski jumpingdesmenti-la. O que machuca é que a gente sempre tenta fazer o bem e não entende o que leva alguém a fazer isso", afirma Adriana, por telefone, à BBC News Brasil.

A conselhobwin ski jumpingum amigo que trabalha na Defesa Civil, Adriana buscou refúgio na casabwin ski jumpingfamiliaresbwin ski jumpingum município vizinho. Na delegaciabwin ski jumpingpolícia local, registrou um boletimbwin ski jumpingocorrência por calúnia e difamação contra os responsáveis pela disseminação da mentira.

Durante duas semanas, permaneceu longebwin ski jumpingcasa. Um dia depoisbwin ski jumpingviajar, pediu a um parente que a acompanhassebwin ski jumpingcarro até a residência para buscar roupas. Ao desembarcar do carro, percebeu que pedras haviam sido arremessadas na varanda e no pátio. "Nem entrei na casa, pedi para ele voltar", relembra.

Adriana diz que as acusações não têm fundamento. Revela que,bwin ski jumpinguma parte das mensagens, foi acusadabwin ski jumpingter matado o marido para ficar com os bens. "A família dele me ligou para prestar solidariedade", afirma.

Dois dias depois do incidente, o grupo Grave postou embwin ski jumpingpágina no Facebook uma mensagembwin ski jumpingsolidariedade a Adriana. "No Grave não existem pessoasbwin ski jumpingmá índole. Todos os nossos voluntários apresentam uma sériebwin ski jumpingdocumentos e todos têm os antecedentes pesquisados", diz o texto.

O vice-presidente e coordenador operacional do grupo, Maikel Douglas Vasconcellos, informa que Adriana atua como voluntária há cercabwin ski jumpingum ano e que o namorado, Robson, fez cursobwin ski jumpingatendimento pré-hospitalar (APH) a fimbwin ski jumpingapoiarbwin ski jumpingatuação. "Adriana e Robson são inocentes. Queremos conscientizar as pessoas para que não distribuam informações falsas nas redes", diz o coordenador à BBC News Brasil.

O retorno para casa ocorreu somente no dia 4bwin ski jumpingnovembro. O choque, porém, ainda produz efeitos. O namorado tevebwin ski jumpingse ausentar do trabalho por dois diasbwin ski jumpingrazão do episódio. A família foi privada do uso do automóvel, que tivera a identificação exposta.

A filha caçula fica nervosa quando a mãe precisa sairbwin ski jumpingcasa. "Não consegui voltar para minha vida normal. Acimabwin ski jumpingtudo, estou muito magoada. As pessoas que me conhecem sabem o que eu sou. Nunca fiz mal a ninguém. Nunca tive inimizade com ninguém, nem brigabwin ski jumpingescola", desabafa, com a voz embargada.

A técnicabwin ski jumpingenfermagem diz que os usuáriosbwin ski jumpingredes sociais deveriam ter mais cuidado com os conteúdos que compartilham. "Sempre tive cuidadobwin ski jumpingnão repassar nada. Recebo várias mensagens durante o dia, mas não sei se são verdadeiras. Hoje, é muito fácil a pessoa se esconder atrás das redes sociais. Muitas vezes, um inocente paga por isso", afirma.

A polícia investiga pelo menos dois suspeitos, um deles próximobwin ski jumpingAdriana, pela disseminação das mensagens. A motivação, segundo Eduardo da Cunha Corrêa, advogado da técnicabwin ski jumpingenfermagem, seria vingança. Alémbwin ski jumpingcalúnia e difamação, afirma Corrêa, os suspeitos podem vir a responder por crimes virtuais ebwin ski jumpingameaçabwin ski jumpinginquérito já instaurado pela Polícia Civil.

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