Como o horáriobr jack betverão aumenta o medobr jack betassaltos dos trabalhadores que saem cedobr jack betcasa:br jack bet
A BBC News Brasil ouviu trabalhadores da periferiabr jack betSão Paulo que hoje costumam sairbr jack betcasa entre 6h e 7h, quando o sol começa a nascer e já há luz natural no horário normal. Todos disseram estar com medo, pois agora terãobr jack betcaminhar pelas ruas no escuro e sozinhos.
O problema não é exclusividade da capital paulista, segundo especialistas; atinge principalmente os moradoresbr jack betbairros da periferia das metrópoles brasileiras, que têm estrutura precária e problemasbr jack betiluminação pública.
Segundo a professora do Departamentobr jack betSegurança Pública da Universidade Federal Fluminense (UFF), Luciane Patricio, esse tipobr jack betsituação é comumbr jack betcidades onde o trabalhador mora longe da região central e precisa sairbr jack betcasa no escuro quando o horáriobr jack betverão entrabr jack betvigor.
"Quando o poder público não resolve essa questão, as alternativas para fugir dessa situação são transferidas para o próprio trabalhador. Ele adere a aplicativosbr jack betcarona, espera um vizinho passar para ir junto ou pega um Uber. Ela precisa se deslocar para chegar ao trabalho e precisa encontrar uma opção", afirmou.
Marivalda Cruz diz que a escuridão na horabr jack betque sai para trabalhar atrapalha bastante. Ela conta que os principais problemas da passarela pela qual ela caminha no restante do ano são a faltabr jack betiluminação artificial e a ausênciabr jack betuma áreabr jack betescape - caso ocorra um assalto ou tiroteio. Segundo ela, uma base policial próxima não evita assaltos constantes no local.
"Ela não tem nenhuma lâmpada, só a luz do sol mesmo. Depois das 21h, eu também não me arrisco a passar por lá sozinha. Se acontecer alguma coisa, eu não tenho nem para onde correr. Pelo viaduto também não é seguro porque passa carro. A prefeitura até fez um espaço para a gente andar pela lateral, mas ainda assim eu tenho medo. A única solução para mim seria acabar com esse horário", afirmou.
Mais que policiamento
A professora Luciane Patricio diz que essa situação deixa explícito que há alternativas para tornar um ambiente mais seguro, mas que muitas vezes não são levadasbr jack betconta.
"A gente escuta que falta mais investimentobr jack betpoliciais, armamento e carros para melhorar a segurança. Essa é uma visão limitada e por isso o investimento acaba sendo sóbr jack betpolícia. Não são levadosbr jack betconsideração que aspectos do meio ambiente, principalmente a iluminação, também impactam na segurança", afirma a professora.
Patricio explica que instalar postes com iluminaçãobr jack betqualidadebr jack betvias públicas ajuda a criar a sensaçãobr jack betum ambiente seguro, capazbr jack betinibir crimes.
"É evidente que as pessoas se sentem mais segurasbr jack betlugares mais iluminados. Isso tem a ver com políticas públicas. Em vezbr jack betapenas contratar mais guardas municipais, é importante que as prefeituras também invistambr jack betiluminação. Mas isso deve ser avaliado pelas prefeiturasbr jack betacordo com os aspectosbr jack betcada ambiente, como locais com mais comércio ou grande circulaçãobr jack betpessoas - que exigem mais policiamento", afirmou a professora.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Riobr jack betJaneiro, a maior parte dos roubos a pedestres registrados no Estado ocorrem entre 5h e 7h e das 20h às 22h. O mesmo períodobr jack betque parte dos trabalhadores chegam ou saembr jack betcasa sem luz natural.
Economiabr jack betenergia
O engenheiro eletricista e presidente da Sociedade Brasileirabr jack betPlanejamento Energético, Ivo Leandro Dorileo, disse que a vantagem obtida com a práticabr jack betadiantar relógios no verão atingiu seu ponto máximobr jack bet2013, quando o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) registrou uma economiabr jack betR$ 400 milhões ou 2,5 gigawatts (GW).
O ONS, órgão que coordena, controla e planeja a operação das instalaçõesbr jack betgeração e transmissãobr jack betenergia elétrica no País, não divulgou o resultado da análise feita no verão passado (2017-18), mas baseadobr jack betestimativas, o especialista sugeriu um valor: "Em 2017-18 (a economia) deve ter sidobr jack bettornobr jack betR$ 140 milhões".
A donabr jack betcasa Jane Severobr jack betOliveira conta que no Jardim das Oliveiras, no extremo lestebr jack betSão Paulo, os assaltos também são feitosbr jack betcarro nos horáriosbr jack betque, agora, as ruas ficam às escuras.
"Eles encostam com um carro preto, armados, e levam os celular das pessoas no pontobr jack betônibus. Isso tudo pertobr jack betum batalhãobr jack betpolícia. Nem com a placa do carro os bandidos foram presos. O jeito é sair mais tarde", conta ela.
Moradora do Jardim Bela Vista, na zona nortebr jack betSão Paulo, a auxiliar administrativa Nanci Martinsbr jack betMatos,br jack bet51 anos, já tinha pedido ao chefe para entrar mais tarde no trabalho este ano para evitar assaltos. Hoje, ela sai 6h30br jack betcasa para chegar às 9h no trabalho, e não sabe o que vai fazer a partir do início do horáriobr jack betverão.
Ela anda cercabr jack bet15 minutos até o pontobr jack betônibus, onde pega a primeira condução até a cidadebr jack betPoá, na Grande São Paulo.
"Eu já estoubr jack betpânico. Fico desesperada sóbr jack betpensar no medo que eu sinto. Os relatosbr jack betassaltos feitos por pessoasbr jack betmoto são frequentes onde eu moro. Para ajudar, às vezes os sensores dos postes da minha rua não acendem as luzes e outros ficam sempre apagados", afirma
Matos conta que nunca foi assaltada, mas já viu pessoas sendo roubadas no mesmo pontobr jack betônibus onde ela espera a condução. Ela relata que as cenas ainda a perturbam e geraram um medobr jack betmotos com duas pessoas a bordo.
"Hoje, eu não tenho solução. Estou desesperada. Eu não tenho quem me acompanhe até o ponto. Parobr jack bettrabalhar ou saiobr jack betcasa e me arrisco. Já aconteceubr jack beteu ver carasbr jack betmoto na rua e me esconder. A gente às vezes até generaliza porque pensa que toda gentebr jack betmoto vai assaltar. O que eu posso fazer?"
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