Eleições 2018: como funciona a contagemcassinos que pagam no pixvotos com a urna eletrônica:cassinos que pagam no pix

Pessoa usando urna eletrônica

Crédito, TSE

Legenda da foto, Depois da adoção da urna eletrônica, o país passou a saber o resultado das eleições no mesmo diacassinos que pagam no pixque ocorrem

No primeiro e no segundo turno, a votação será encerrada às 17h.

Logo depois, os computadores presentescassinos que pagam no pixcada urna eletrônica fazem a apuração dos votos e produzem um arquivo chamado Registro Digitalcassinos que pagam no pixVoto (RDV). Ele é inserido numa espéciecassinos que pagam no pixpendrive, chamadocassinos que pagam no pix"memóriacassinos que pagam no pixresultado". Esse pequeno objeto é então levado até algum ponto onde haja acesso à rede privativa da Justiça Eleitoral.

Ministro Luiz Fux, do TSE

Crédito, TSE

Legenda da foto, O presidente do TSE, Luiz Fux (de óculoscassinos que pagam no pixsol)cassinos que pagam no pixestrutura montada pelo TRE do Pará para transmitir votoscassinos que pagam no pixuma ilha na região amazônica

"Dessa forma, não é necessário transportar a urna para que o resultado produzido por ela seja totalizado, bastando apenas transportar um pendrive até um pontocassinos que pagam no pixacesso à rede privativa da Justiça Eleitoral", diz Rodrigo Coimbra à BBC News Brasil. Para aumentar a segurança, o arquivo é assinado digitalmente, numa cerimônia pública.

Os resultados são transmitidos online, mas, na maioria dos casos, não viajam pela mesma rede mundialcassinos que pagam no pixcomputadores que você está usando para ler este texto: a Justiça Eleitoral conta com uma estruturacassinos que pagam no pixcomunicação própria, privativa, fornecida pelas operadorascassinos que pagam no pixtelefonia.

Locaiscassinos que pagam no pixvotação, cartórios eleitorais, TREs dos Estados e o TSE passam a estar conectados por uma intranet (rede privadacassinos que pagam no pixcomputadores), pela qual os resultados são transmitidos.

O único pontocassinos que pagam no pixencontro entre essa intranet eleitoral e a internet que todos usamos fica no TSE,cassinos que pagam no pixBrasília. O tribunal controla o acesso: nos diascassinos que pagam no pixvotação, a internet fica praticamente inacessível no TSE.

Em Estados pequenos e com facilidadecassinos que pagam no pixtransporte, as "memóriascassinos que pagam no pixvoto" viajam fisicamente até os cartórios eleitorais ou o Tribunal Regional Eleitoral do Estado. Onde isso não é possível (comocassinos que pagam no pixalguns locais na Amazônia), são usados computadores com acesso à internet via satélite. Nesses casos, porém uma rede privada virtual (VPN) é usada, para aumentar a segurança.

No caso da eleição presidencial, a contagem final é realizada nos servidores do TSE, a partir dos dados recebidos dos outros pontos da rede. Para os demais cargos (deputados, senadores, governadores), a conta é feita nos TREs.

Em toda eleição, diz Coimbra, fiscais dos partidos políticos fazem a checagem dos votos usando os boletinscassinos que pagam no pixurna disponíveis nos locaiscassinos que pagam no pixvotação. "E não há relatoscassinos que pagam no pixdivergência nessa contagem dos votos", diz ele.

Urnas sendo preparadas por técnicocassinos que pagam no pixCuiabá (MT)

Crédito, TSE

Legenda da foto, Urnas sendo preparadas por técnicocassinos que pagam no pixCuiabá (MT)

Como é o processocassinos que pagam no pixpreparação das urnas?

As fotos e os nomes sãocassinos que pagam no pixresponsabilidade dos partidos políticos, que podem entregar esse material presencialmente, num cartório eleitoral, ou via internet, num aplicativo da Justiça Eleitoral. Mas a preparação das urnas eletrônicas é um processo bem mais complexo, que envolve diversas instituições.

O software usado para a votação é desenvolvido pelo TSE,cassinos que pagam no pixBrasília - neste ano, o programa será assinado digitalmente no dia 5cassinos que pagam no pixsetembro. No dia seguinte, o software já estará disponível para os Tribunais Regionais Eleitorais fazerem a instalação. "São os TREs que preparam as urnas para a eleição, utilizando o software do TSE para a instalação do sistema operacional, dos programas e dos dadoscassinos que pagam no pixeleitores e candidatos nas urnas. Esse trabalhocassinos que pagam no pixpreparação das urnas pode ser feito até o final da semana que antecede o primeiro turno", diz Rodrigo Coimbra.

A preparação das urnas é uma cerimônia pública, aberta aos partidos políticos, Ministério Público e imprensa. Pode ocorrer no TRE (comocassinos que pagam no pixBrasília e no Sergipe, com territórios relativamente pequenos) oucassinos que pagam no pixcada cartório eleitoral (é o que acontececassinos que pagam no pixMinas e São Paulo). Essas cerimônias ocorrem sempre simultaneamente.

Distribuir as urnas é um pouco mais complicado: na Amazônia, pode levar até cinco dias. No exterior, o processo pode demorar até maiscassinos que pagam no pixuma semana, diz Coimbra.

Como era o processo antes da urna eletrônica?

A primeira coisa a se lembrar é que, até o anocassinos que pagam no pix1932, não existia Justiça Eleitoral - as votações eram organizadas e controladas pelos chefes políticos locais, e depois validadas pelo Congresso Nacional.

Pena e tinteiro

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Legenda da foto, As eleições eram chamadas "a bicocassinos que pagam no pixpena" porque os resultados eram frequentemente forjados

Além disso, o voto não era secreto (o eleitor tinhacassinos que pagam no pixdizercassinos que pagam no pixvoz altacassinos que pagam no pixquem desejava votar, facilitando a coação e a compracassinos que pagam no pixvotos). Só uma parcela muito pequena da população votava: mulheres, analfabetos e pobres estavam excluídos do processo.

"Era um sistema que favorecia as fraudes. Elas aconteciam na hora da confecção dos chamados mapas eleitorais, que eram as atas da votação num determinado local, indicando quantos tinham votado e qual o resultado. Tudo isso era feito pelos donos do poder local", conta o historiador Antônio Barbosa, professor da Universidadecassinos que pagam no pixBrasília (UnB) e especialistacassinos que pagam no pixhistória política. "Eram as chamadas eleições a bicocassinos que pagam no pixpena, porque o que se escrevia fraudulentamente era o que determinava o resultado", diz.

"Para completar, existia a chamada Comissão Verificadora, formada por políticos do Congresso, e responsável por checar as atas eleitorais. Essa comissão era conhecida como 'degola': ainda que o sujeito tivesse tido votos suficientes, acabava 'degolado' simbolicamente pela Comissão Verificadora", diz Barbosa.

Embora as fraudes tenham diminuído depois da criação da Justiça Eleitoral, problemas continuaram ocorrendo - antescassinos que pagam no pix1964, por exemplo, as cédulascassinos que pagam no pixvotação eram fornecidas pelos partidos aos eleitores, que deveriam colocá-las na urna. Só durante o regime militar (1964-1985) a Justiça Eleitoral passou a confeccionar as cédulas, onde o eleitor deveria marcar um X nos nomes escolhidos.

"Mais tarde, essa cédula foi aprimorada para incluir um espaçocassinos que pagam no pixbranco, onde o eleitor poderia escrever o nome do candidato. Foi assim quecassinos que pagam no pix1988 o macaco Tião (do zoológico do Rio) acabou como um dos mais votados na disputa para prefeito do Rio", conta o historiador. De fato, Tião teve quase 400 mil votos, após uma campanha movida pelo ex-deputado Fernando Gabeira.

Sede do TSE,cassinos que pagam no pixBrasília

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Legenda da foto, O software das urnas é desenvolvido pelo TSEcassinos que pagam no pixBrasília (foto), mas a montagem final écassinos que pagam no pixresponsabilidade dos TREs nos Estados

O último grande incidentecassinos que pagam no pixfraude eleitoral no Brasil ocorreucassinos que pagam no pix1982. A empresa Proconsult, encarregada da contagemcassinos que pagam no pixvotos na disputa pelo governo do Riocassinos que pagam no pixJaneiro, teria tentado transferir votos para o então candidato apoiado pelos militares, Moreira Franco (hoje ministrocassinos que pagam no pixMinas e Energia),cassinos que pagam no pixdetrimentocassinos que pagam no pixLeonel Brizola.

A urna eletrônica é mesmo segura?

O TSE adota uma sériecassinos que pagam no pixprocedimentos, rotinas e verificações abertas a todos os interessados para garantir a segurança do processocassinos que pagam no pixvotação. A maior parte dos especialistas concorda que a segurança das votações aumentou desde a adoção da urna eletrônica, e as últimas eleições não foram atingidas por nenhuma alegação sériacassinos que pagam no pixfraude.

Mesmo assim, a especialistacassinos que pagam no pixciênciacassinos que pagam no pixdados e professora Paula Oliveira lembra que não existe "sistema totalmente inviolável". "O que a Justiça Eleitoral declara é que o sistema possui barreiras que asseguram o princípio do voto secreto e impedem a açãocassinos que pagam no pixhackers. Eu acredito que exista um trabalho interno estruturado por trás da segurança do equipamento", diz ela, que é professora da Fundação Dom Cabral.

Urna eletrônica

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Legenda da foto, O voto impresso dificilmente traria mais segurança ao processo, diz especialista da Fundação Dom Cabral

"Mas não acredito que haverá um momentocassinos que pagam no pixque essa vigilância possa ser reduzida. É preciso que haja um engajamento contínuo do TSE no campo da pesquisacassinos que pagam no pixsegurança da informação. Precisa haver mais intercâmbiocassinos que pagam no pixconhecimento com instituições especializadas", diz ela.

Paula Oliveira diz ainda que a propostacassinos que pagam no piximpressão do voto não ajudaria necessariamente a aumentar a segurança do processo - ela lembra que o sistema eletrônico já permite a auditoria dos votos, como aquela que é feita pelos partidos políticos.

"Acho que existem meios mais eficazes para que essa auditoria seja feita. A própria Justiça Eleitoral oferece uma gamacassinos que pagam no pixalternativascassinos que pagam no pixauditoria. O voto impresso pode significar um retrocesso e uma afronta à proposta que a tecnologia traz", diz ela.