Eleições 2018: Por que as próximas duas semanas serão cruciais para Bolsonaro, Marina, Ciro e Alckmin:blackjack 1xbet

Composição com os rostosblackjack 1xbetJair Bolsonaro, Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e Marina Silva

Crédito, Agência Brasil, CNI e Governoblackjack 1xbetSP

Legenda da foto, Pretensões presidenciais ganharão força ou sofrerão abalos nos próximos dias
A pré-candidata presidencial Marina Silva

Crédito, André Carvalho / CNI

Legenda da foto, Marina Silva será oficializada candidatablackjack 1xbet4blackjack 1xbetagosto,blackjack 1xbeteventoblackjack 1xbetBrasília

No dia 1ºblackjack 1xbetagosto, o PCdoB da pré-candidata Manuela D'Ávila realizablackjack 1xbetconvençãoblackjack 1xbetBrasília. A candidatura da deputada gaúcha ao Planalto corre risco: dirigentes do partido estão conversando tanto com Ciro Gomes (PDT) quanto com o PT. Neste fimblackjack 1xbetsemana, a cúpula do partido se reuniublackjack 1xbetSão Paulo para debater a conjuntura eleitoral - e o encontro terminou com a presidente do partido, Luciana Santos, fazendo um apelo pela unidade dos partidosblackjack 1xbetesquerda.

'Ele nos encolhe e nos envergonha'

Outro que enfrenta alguma resistência dentro do próprio partido para concorrer é o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Nesta segunda feira, ele foi ao Paraná pedir votos dos delegados que decidirão seu destino no encontro do MDB - o diretório do MDB no Estado, sob influência do senador Roberto Requião, é um dos cinco onde há objeções à candidaturablackjack 1xbetMeirelles, junto com Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Ceará.

"Não podemos permitir que o MDB se preste a servirblackjack 1xbetlegendablackjack 1xbetaluguel para a anticandidaturablackjack 1xbetHenrique Meirelles (...). Com menosblackjack 1xbet1% nas pesquisas e uma agenda contra o povo, ela nos encolhe e envergonha", escreveu o senador emedebista Renan Calheiros (AL), numa carta enviada na última sexta-feira aos votantes da convenção do MDB, marcada para o dia 2blackjack 1xbetBrasília.

Na mensagem, Calheiros pede que o partido libere seus quadros e negue legenda a Meirelles. Este tem o apoio do senador Romero Jucá (RR), do presidente Michel Temer eblackjack 1xbetoutros caciques da sigla - o cálculo da cúpula do partido é oblackjack 1xbetque Meirelles tenha 443 dos 629 votos na convenção. O partido tem a segunda maior bancada na Câmara (51 deputados) e a maior fatia do Fundo Eleitoral: R$ 234 milhões.

A BBC News Brasil procurou a campanhablackjack 1xbetMeirelles, mas ele preferiu não responder diretamente às críticasblackjack 1xbetCalheiros.

Desafios dos candidatosblackjack 1xbetPernambuco

Para Ciro Gomes, a definição mais importante será a do PSB. No dia 30, o partido fará uma reuniãoblackjack 1xbetseu Diretório Nacional,blackjack 1xbetBrasília, que na prática definirá quem a legenda apoiará (a convenção oficial seráblackjack 1xbet5blackjack 1xbetagosto). Os socialistas têm a oferecer uma bancadablackjack 1xbet26 deputados e R$ 118 milhões no Fundo Eleitoral. Para comparação, o PDTblackjack 1xbetCiro tem R$ 61 milhões neste fundo.

O presidente do PSB, Carlos Siqueira, está apoiando abertamente Ciro. O pedetista também conta com o apoio público do governadorblackjack 1xbetBrasília, Rodrigo Rollemberg.

A principal resistência a Ciro no PSB estáblackjack 1xbetPernambuco. O Estado nordestino é o "berço" da legenda, e o diretório local defende que o partido fique neutro. O atual governador, Paulo Câmara, quer o apoio do PT local para tentar a reeleição - ou pelo menos que o partido retire a candidatura estadualblackjack 1xbetMarília Arraes, prima do ex-governador e candidato pelo PSBblackjack 1xbet2014, Eduardo Campos (1965-2014).

"A nossa posição é tentar a aliança com o PTblackjack 1xbetPernambuco. E eles (PT) têm dito que só admitem apoiar as nossas candidaturas se houver aliança nacional. O nosso interesse é esse, mas Pernambuco não resolve as coisas sozinho", admite o deputado Tadeu Alencar (PSB-PE).

Ciro Gomes no lançamentoblackjack 1xbetsua candidatura presidencial

Crédito, Marcelo Camargo / Agência Brasil

Legenda da foto, Ciro se lançou candidato pelo PDT na última sexta-feira,blackjack 1xbetBrasília

Para que serve uma coligação?

Segundo a cientista política Lara Mesquita, pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas (FGV), uma coligação grande traz três vantagens importantes para o candidato presidencial: mais tempoblackjack 1xbetpropaganda eleitoral, estrutura partidária com abrangência nacional maior e uma imagemblackjack 1xbetmaior capacidadeblackjack 1xbetgovernar caso eleito.

As coligações também são fundamentais para aumentar a capilaridade da campanha - devido às dimensões continentais do Brasil, é difícil que os candidatos presidenciais consigam percorrer todo o país durante a campanha. Com uma aliança ampla, o concorrente presidencial terá mais candidatos desses partidosblackjack 1xbettodo o país pedindo votosblackjack 1xbetseu nome.

Mesquita ressalta que a proibição das doaçõesblackjack 1xbetempresas para campanhas aumentou ainda mais a relevância das máquinas partidárias. "O único apoio dos partidos que muitos candidatos a deputado recebem é o material impresso para campanha. Esse santinho do candidato já virá com o nome do candidato presidencial que a coligação está apoiando", exemplifica a pesquisadora.

Qual candidato sai na frente com o cenário atual?

Se o quadro atual se mantiver, o grande beneficiado é o candidato do PSDB, Alckmin.

O apoio do "centrão" - DEM, PP, PR, PRB e SD - foi definido na última quinta-feira. A aliança foi selada após um café da manhã na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ)blackjack 1xbetBrasília, seguidablackjack 1xbetuma reunião à tarde no bairro dos Jardins,blackjack 1xbetSão Paulo.

O deputado Efraim Filho (DEM-PB) diz que o grupo "até fez um esforço" para fechar com Ciro Gomes (PDT), mas a faltablackjack 1xbetidentidade ideológica com o pedetista acabou falando mais alto. "A posiçãoblackjack 1xbetCiro é mais à esquerda do que aquilo que o centrão desejava", diz ele. "No fim, optou-se pela alternativa que gera o menor ruído", disse Efraim à BBC News Brasil na noite da quinta-feira.

Em troca do apoio, Alckmin teria se comprometido com algumas demandas do "centrão": apoio a alguns candidatos do grupo nos Estados; suporte à candidaturablackjack 1xbetRodrigo Maia (DEM-RJ) ao comando da Câmara dos Deputadosblackjack 1xbet2019; e a vagablackjack 1xbetvice-presidente na chapa para o empresário mineiro Josué Alencar (PR).

O presidente da República Michel Temer (esq.) e o ex-ministro Henrique Meirelles (dir.)

Crédito, Filipe Cardoso

Legenda da foto, Meirelles teráblackjack 1xbetenfrentar resistências dentro do MDB para oficializarblackjack 1xbetcandidatura

No fim da semana passada, o tucano também recebeu promessasblackjack 1xbetapoio do PTB, do PPS e do PSD. Com o PSDB, o grupoblackjack 1xbetnove partidos soma 275 deputados federais, mais que a metade dos 513 integrantes da Câmara - o númeroblackjack 1xbetdeputados é o que determina o tempoblackjack 1xbetTVblackjack 1xbetcada candidato.

A super-aliançablackjack 1xbetAlckmin também controlaria R$ 829 milhõesblackjack 1xbetR$ 1,7 bilhão do Fundo Eleitoral - 48% do total. Além disso, os partidos elegeram 2.933 prefeitosblackjack 1xbet2016: uma multidãoblackjack 1xbetpossíveis cabos eleitorais para o ex-governador paulista.

Para Deysi Cioccari, cientista política da PUC-SP, a ampla aliança construída por Alckmin lhe dá "uma possibilidade concretablackjack 1xbetestar no segundo turno".

Nablackjack 1xbetavaliação, embora as redes sociais tenham relevância crescente como meioblackjack 1xbetinformação, elas ainda não terão peso determinante na eleição, porque boa parte da população brasileira viveblackjack 1xbetpequenas cidades ou no meio rural, onde o uso da internet não é tão intenso.

"No interior, muitas pessoas só ouvem rádio, veem TV. Não tem Twitter, Facebook", ressalta. Cioccari acredita que o tempo amploblackjack 1xbetpropaganda eleitoral pode ser uma oportunidade para Alckmin recuperar parte dos votos,blackjack 1xbetum eleitor mais conservadorblackjack 1xbetdireita, que perdeu para Bolsonaro.

Geraldo Alckmin fala pelo microfone

Crédito, AFP

Legenda da foto, Para a cientista política Deysi Cioccari, ampla aliança construída por Alckmin lhe dá 'uma possibilidade concretablackjack 1xbetestar no segundo turno'

O que Marina e Bolsonaro podem fazer sem aliados?

Apesar do tempoblackjack 1xbetpropaganda ser importante, nem sempre ele é definitivo para a vitória eleitoral. Lula, por exemplo, venceu as eleiçõesblackjack 1xbet2002 e 2006 mesmo não sendo o candidato com mais tempoblackjack 1xbetrádio e TV.

Nas últimas duas semanas, Jair Bolsonaro (PSL) falhoublackjack 1xbetconstruir alianças com o PR e, mais tarde, com o nanico PRP. Já Marina Silva tenta alianças com partidos pequenos, como o PROS, o PMN, o PHS e o PPL (este último indica que lançará como candidato presidencial João Vicente Goulart, filho do ex-presidente João Goulart).

O pré-candidato Jair Bolsonaro

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Nas últimas semanas, Bolsonaro teve dificuldadeblackjack 1xbetformar alianças

Para Lara Mesquita, da FGV, candidatos com pouco tempoblackjack 1xbetpropaganda, como Marina Silva (Rede) e Jair Bolsonaro (PSL) podem se beneficiar caso o votoblackjack 1xbetoposição ao governo atual prevaleça nessa eleição.

"Bolsonaro e Marina não foram atingidos pela Lava Jato. Se o fator anticorrupção for importante na definição do voto do eleitor, isso pode beneficiá-los", lembra ainda Mesquita. A reportagem da BBC News Brasil procurou as campanhas dos dois candidatos, mas não houve resposta.

Como são as regras para a formaçãoblackjack 1xbetalianças?

O calendário do TSE determina que as candidaturas e coligações devem ser registradas até o dia 15blackjack 1xbetagosto.

Segundo o advogado eleitoral Gustavo Guedes, os partidos têm adotado como prática usar as convenções para oficializar só os pontos mais importantes - como as alianças presidenciais e os nomes dos candidatos a governador, por exemplo. Definições menos relevantes (como os candidatos a deputados), costumam ser repassadas para comissões eleitorais ou para as Executivas dos partidos.

"A convenção, viablackjack 1xbetregra, define só os aspectos mais relevantes", diz Guedes. Para definir o númeroblackjack 1xbetcandidatos a deputado federal, por exemplo, os partidos precisam saber quantos serão os partidosblackjack 1xbetsua coligação - portanto, esta decisão só pode ser tomada depoisblackjack 1xbettodos os partidos fecharem uma posição, diz o advogado.

As coligações também vão determinar o tempoblackjack 1xbetTV e rádio para cada candidato presidencial - o número exato é calculado pelo TSE com base nas bancadas dos partidos da Câmara dos Deputados, considerando quais foram as coligações formadas. Isto porque só o númeroblackjack 1xbetdeputados dos seis maiores partidos na coligação é considerado para o cálculo do tempoblackjack 1xbetTV do candidato.

Além disso,blackjack 1xbetmaio, alguns partidos questionaram o TSE e o STF a respeito do critério a ser usado: a bancada eleita pelo partido para a Câmarablackjack 1xbet2014 ou a bancada atual das siglas na Casa. O cálculo final do tempoblackjack 1xbetTVblackjack 1xbetcada candidato também dependerá desta definição.