Copa da Rússia chegou e Brasil ainda não terminou 41 obrasbet7 rollover2014:bet7 rollover
Há construções nos quais o dinheiro público já foi gastobet7 rolloverestudos e primeiras instalações, antesbet7 rollovera ideia ser completamente abandonada. Em Brasília, a construçãobet7 rolloverum VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) chegou a ser iniciada, ligando o aeroporto ao centro da cidade. R$ 20 milhões foram investidos, mas o projeto acabou deixadobet7 rolloverlado (leia mais detalhes abaixo).
Não dá para dizer que as cidades não tiveram tempo para planejar e executar as demandas:bet7 rollover13bet7 rolloverjaneirobet7 rollover2010, o então ministro do Esporte, Orlando Silva (PCdoB) assinou a primeira versão da Matrizbet7 rolloverResponsabilidade da Copa - o documento também foi subscrito pelos prefeitos das 12 cidades que sediaram o evento, além dos governadores. A Matriz trazia a relação das principais obras: estádios, reformabet7 rolloveraeroportos, etc., além do montante a ser investido pelas esferasbet7 rollovergoverno (prefeituras, Estados e União).
O levantamento da BBC News Brasil levabet7 rolloverconta tanto as obras que estavam na Matriz quanto aquelas que foram prometidas por prefeituras e governos para a Copa - mesmo as que não integraram o documento, ou foram removidas da versão final.
Para tentar agilizar as obras da Copa, o governo também criou o chamado "Regime Diferenciadobet7 rolloverContratação", o RDC. Polêmica, a medida reduzia as regras e diminuía o rigor exigido no processobet7 rolloverlicitaçãobet7 rolloveruma obra pública. Por exemplo:bet7 rollovervezbet7 rolloverterbet7 rolloverentregar às empresas que disputariam a licitação um projeto detalhado, com todos os custos, o governo passou a poder entregar só um "anteprojetobet7 rolloverengenharia".
A maioria dos projetos erabet7 rolloverresponsabilidade das prefeituras e governos estaduais - alguns deles com financiamento do governo federal. As administrações alegam uma sériebet7 rolloverproblemas que atrapalharam a conclusão como faltabet7 rolloverdinheiro, interdições da Justiça, problemasbet7 rolloverlicitação e abandono das obras por parte das construtoras.
São Paulo e Riobet7 rolloverJaneiro não entram na lista porque concluíram as obras prometidas, mesmo que com atraso. Uma dos projetos ventilados para a capital paulista era a linha 17 do metrô, um monotrilho. Ele ligaria o aeroportobet7 rolloverCongonhas ao estádio do Morumbi. No entanto, com a construção do Itaquerão como estádio-sede do evento, o modal saiu dos itens prometidos para 2014 - ele seguebet7 rolloverconstrução até hoje.
Abaixo, um resumo das obras da Copabet7 rollover2014 inconclusas ou abandonadas,bet7 rollovercada uma das 10 cidades-sede do evento.
Belo Horizonte
Na capital mineira, ficaram inconclusas as obrasbet7 rolloverreforma e ampliação do aeroporto internacionalbet7 rolloverConfins, o principal do Estado, e a construçãobet7 rolloverum corredorbet7 rolloverônibus (do tipo BRT).
Desde 2014, Confins recebeu uma sériebet7 rolloverobras que ampliarambet7 rollovercapacidadebet7 rollover5,3 milhõesbet7 rolloverpassageiros por ano (hoje, o aeroporto tem capacidadebet7 rolloverreceber até 17,1 milhõesbet7 rolloverpessoas a cada ano). Mesmo assim, estão inconclusas a ampliação da pistabet7 rolloverpouso (que deve ficar pronta até o fim deste ano), e a reformabet7 rolloverum dos terminaisbet7 rolloverpassageiros. No caso do terminal, as obras foram suspensas por decisão da Justiça Federalbet7 rolloverBrasília, ainda no começobet7 rollover2015, e a Infraero, responsável pelas obras, agora aguarda a solução do caso na Justiça.
Em Belo Horizonte, a prefeitura ainda não conseguiu concluir o corredorbet7 rolloverônibus que passa pelas avenidas Antônio Carlos, Pedro I e Vilarinho, embora a maior parte da estrutura já estejabet7 rolloveroperação.
Os corredoresbet7 rolloverônibus do tipo BRT (sigla para Bus Rapid Transport, ou Transporte Rápido por Ônibus) são chamados na capital mineirabet7 rollover"Move". O corredor inconcluso tem 14,7 quilômetrosbet7 rolloverextensão, e liga o estádio do Mineirão ao aeroportobet7 rolloverConfins. O trecho que falta é justamente o da avenida Pedro I. Em junhobet7 rollover2014, durante os jogos, um trechobet7 rolloverviaduto caiu no local e matou duas pessoas.
Segundo a Prefeiturabet7 rolloverBelo Horizonte, devido à finalização do contrato com a empresa Cowan, estão pendentes alguns serviços complementares, como sinalização, paisagismo e obras na via no entorno. A previsãobet7 rollovernovas licitações para a conclusão dos trabalhos está prevista para 2018.
O custo total da obra ébet7 rolloverR$ 685,12 milhões.
Brasília
Na capital federal, são quatro obras previstas para a Copabet7 rollover2014 que nunca saíram do papel: a urbanização do entorno do estádio Mané Garrincha; um jardim projetado pelo paisagista Burle Marx, no centro da capital; a reforma do calçamento dos setores hoteleiros da cidade; e um trembet7 rolloversuperfície (do tipo VLT), ligando o aeroporto ao centro.
O caso mais importante é o do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). O projeto custaria R$ 1,5 bilhão (valoresbet7 rollover2010), e teria extensãobet7 rollover22,6 quilômetros. As obras começaram a ser feitas, e pelo menos R$ 20 milhões foram investidos. O trabalho foi suspenso diversas vezes pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), ebet7 rolloverabrilbet7 rollover2011, pela Justiça Federal. O consórcio responsável acabou mencionado no escândalo da Caixabet7 rolloverPandora, que resultou na queda do ex-governador José Roberto Arruda (PR).
Em 2012, o VLTbet7 rolloverBrasília se tornou a primeira obra da Copa oficialmente cancelada. Em nota à BBC News Brasil, o governobet7 rolloverBrasília disse que um novo projetobet7 rolloverVLT fará parte do "Planobet7 rolloverDesenvolvimento do Transporte Público sobre Trilhos do Distrito Federal", o PDTT/DF, que está "em fase finalbet7 rolloverelaboração".
Brasília também desistiubet7 rolloveroutra obra prevista para a Copa: a urbanização do entorno do estádio Mané Garrincha e a construçãobet7 rollovertúneis por baixo do Eixo Monumental, ligando o estádio a espaços culturais da cidade, como o Clube do Choro. O investimento previsto erabet7 rolloverR$ 285 milhões, mas a obra foi cancelada no fimbet7 rollover2014, após a Copa do Mundo. O governo local, então sob Agnelo Queiroz (PT) não viu mais necessidadebet7 rolloverconcluir a melhoria. Em 2017, o atual governador, Rodrigo Rollemberg (PSB), decidiu arquivar o projeto.
Cuiabá
A capitalbet7 rolloverMato Grosso é uma das cidades com mais obras da Copa inconclusas: nove.
E também ostenta um dos piores exemplos do "legado" do torneio: o VLT da cidade é hoje a obra inacabada da Copa mais cara do país. A obra já consumiu R$ 1,06 bilhãobet7 rolloverreais, mas só 30% do projeto está pronto (inicialmente, a previsão erabet7 rolloverque o projeto todo custasse R$ 1,4 bilhão). A construção foi alvobet7 rolloveruma operação da Polícia Federal (Descarrilho,bet7 rolloveragosto passado).
Segundo o governo do Estado, o contrato com Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande foi rescindido após instalaçãobet7 rolloverprocesso administrativo pelo Governo do Estado para apurar infrações contratuais.
Aindabet7 rolloveracordo com as autoridades, uma nova licitação estábet7 rolloverandamento. Os valores para a conclusão das obras ainda estão sendo calculados.
Cuiabá também deixou pelo caminho as obrasbet7 rolloverdois Centrosbet7 rolloverTreinamento (COTs). Um deles, o COT Professor João Batista Jaudy, na Universidade Federalbet7 rolloverMato Grosso, está 82% construído. As obras estãobet7 rolloverandamento (foram retomadasbet7 rolloverabril passado, segundo o governo do Estado, com um orçamento estimadobet7 rolloverR$ 17,25 milhões). O outro, na Barra do Pari, está paralisado, Até agora, 69,2% da construção está concluída.
O Estado diz que reiniciará as tratativas com a construtora para que ela retome os trabalhos ou para que haja uma rescisão contratual.
Além disso, também não estão concluídas a reforma do aeroporto Marechal Rondon (sob responsabilidade da Infraero), uma via elevada (a Trincheira Jurumirim), as ampliaçõesbet7 rollovertrês avenidas (Parque do Barbado, 8bet7 rolloverAbril e Estrada do Moinho). Por fim, ainda há pendências na Arena Pantanal, embora o estádio tenha recebido quatro jogos da Copabet7 rollover2014. O Estado não respondeu sobre o motivo dos problemas no estádio.
Curitiba
Na capital do Paraná, as pendências se referem à mobilidade urbana: três ampliaçõesbet7 rollovervias, sob responsabilidade do governo do Estado, e a reformabet7 rolloverum terminalbet7 rolloverônibus, a cargo da prefeitura da capital.
A principal obra viária é um corredorbet7 rolloverônibus ligando o aeroporto mais importante do Estado, no município vizinhobet7 rolloverSão José dos Pinhais, à rodoferroviáriabet7 rolloverCuritiba. Segundo o governo do Estado, 70% da obra está pronta, e a previsão ébet7 rolloverque o trabalho seja concluído no fim deste ano. Até o momento, a obra já consumiu R$ 44,4 milhões (a previsão inicial, na Matrizbet7 rolloverResponsabilidade, erabet7 rolloverR$ 65,2 milhões).
Outras duas obras sob responsabilidade do governo estadual também estão inconclusas: a ampliação do corredor Marechal Floriano Peixoto, e a implementaçãobet7 rolloverum sistemabet7 rollovermonitoramentobet7 rollovertrânsito.
A prefeiturabet7 rolloverCuritiba, porbet7 rollovervez, ainda não concluiu as melhorias no Terminal Santa Cândida, que foi entregue incompletobet7 rolloverfevereirobet7 rollover2016, anobet7 rollovereleições municipais. À BBC News Brasil, a prefeitura disse que fechoubet7 rollovermaio um novo contrato para a conclusão do projeto, previsto agora para novembro.
Fortaleza
Assim como Brasília e Cuiabá, a capital do Ceará também teve problemas para tirar do papel a obrabet7 rolloverum VLT, uma espéciebet7 rollovermetrôbet7 rolloversuperfície. Além do VLT, Fortaleza também não concluiu a ampliação do aeroporto Pinto Martins - a empresa que administra o terminal, a francesa Fraport, diz que investirá R$ 800 milhões para terminar tudo.
O ramal Parangaba-Mucuripe do VLTbet7 rolloverFortaleza está hoje 75% concluído, mas ainda não opera embet7 rollovercapacidade máxima. De dez estações previstas, só quatro estãobet7 rollover"operação assistida", transportando pessoas no período da manhã ebet7 rolloverforma gratuita.
À BBC News Brasil, a Secretariabet7 rolloverInfraestrutura do Governo do Ceará informou que outras quatro estações devem começar a operarbet7 rolloverforma experimental no iníciobet7 rolloverjulho deste ano. E o restante da obra deve ser concluído até o fim do segundo semestre.
Manaus
Na capital do Amazonas, dois projetos da Copabet7 rollover2014 sequer começaram a ser construídos: um corredorbet7 rolloverônibus (BRT) ligando a Arena da Amazônia até o centro da cidade e dois Centrosbet7 rolloverAtendimento ao Turista (CATs).
Alegando que os recursos do governo federal não foram liberados a tempo, a prefeiturabet7 rolloverManaus desistiu da obra do BRT aindabet7 rollover2012. O investimento previsto erabet7 rolloverR$ 1,2 bilhão, mas o dinheiro não foi aplicado.
A justificativa é a mesma para a não construção dos CATs: o dinheiro oferecido pelo Ministério do Turismo não foi utilizado porque "não houve tempo hábil"bet7 rolloveraprontar as estruturas para a Copa do Mundo, disse a prefeitura à BBC News Brasil.
Natal
Sede do estádio Arena das Dunas, Natal tem três obras programadas para a Copa ainda inacabadas.
Estava prevista uma reformabet7 rollover55 quilômetrosbet7 rollovercalçadas para torná-las acessíveis para cadeirantes, por exemplo. Só 5% foram concluídos.
Um projetobet7 rolloverdrenagem no entorno da Arena das Dunas segue incompleto, com 80% das obras feitas, a um custobet7 rolloverR$ 194 milhões.
A construçãobet7 rolloverum corredorbet7 rolloverônibus foi abandonada.
Procurada, a Prefeiturabet7 rolloverNatal não se pronunciou até a publicação deste texto.
Porto Alegre
Em Porto Alegre, os atrasos se concentram na construção, reforma ou ampliaçãobet7 rollovervias públicas, como viadutos e avenidas. Ao todo, são nove viasbet7 rolloverobras - e o valor total a ser investido ébet7 rolloverR$ 1 bilhão, segundo informou a prefeitura da capital gaúcha à BBC News Brasil. Deste total, a prefeitura já investiu pouco mais da metade (R$ 525 milhões). Outros R$ 475 milhões devem ser gastos antesbet7 rolloverque todas as obras sejam concluídas.
Das nove obras paradas, três já foram retomadas. A mais adiantada, um viaduto na avenida Ceará, deve ficar prontabet7 rolloversetembro. As outras seis obras ainda estão paradas, segundo a prefeitura, mas todas já têm ao menos uma previsãobet7 rolloverquando voltarão a ser tocadas. A mais atrasada é o corredorbet7 rolloverônibus da avenida João Pessoa: só 50% da obra física está pronta, e a previsãobet7 rolloverconclusão é para dezembrobet7 rollover2019.
"As obrasbet7 rollovermobilidadebet7 rolloverPorto Alegre foram impactadas pela grave crise financeira enfrentada pela Prefeitura", disse a administração municipalbet7 rollovernota à BBC News Brasil. Para dar seguimento, o município conseguiu um financiamentobet7 rolloverR$ 120 milhões com o banco estatal gaúcho, o Banrisul, alémbet7 rolloverremanejar verbasbet7 rolloveroutras áreas.
Recife
A capitalbet7 rolloverPernambuco tem quatro projetos viários previstos para 2014 ainda inconclusos.
Dois ramaisbet7 rolloverBRTs (corredoresbet7 rolloverônibus), que ligam todas as regiões da cidade, ainda não foram finalizados. Na linha Norte-Sul, foram entregues 26 estações, mas duas ainda estãobet7 rolloverconstrução e devem ser entreguesbet7 rollover2019. No trecho Leste-Oeste, 16 das 22 paradas previstas estão operando. Segundo o governo estadual, as restantes estãobet7 rolloverobras ou aindabet7 rolloverfasebet7 rolloverprojetos. Para o governo, o atraso ocorreu porque o consórcio construtor abandonou as obras.
A estrutura viária Ramal da Copa, que liga o estádio Arena Pernambuco,bet7 rolloverSão Lourenço da Mata, e o terminalbet7 rolloverCamaragibe, no Recife, ainda não está completa. Segundo o governo, as empresas construtoras também abandonaram as obras, que foram retomadas recentemente.
Já a ampliação do terminalbet7 rolloverCamaragibe também foi abandonada pelo consórcio. O governo pernambucano afirma que uma nova licitação está sendo preparada, mas não deu prazo para a conclusão do projeto.
Salvador
A capital baiana ainda tem algumas intervenções pendentes no aeroporto internacional Luís Eduardo Magalhães, e a construçãobet7 rolloverum corredorbet7 rolloverônibus (BRT) - que acabou retirado da Matrizbet7 rolloverResponsabilidade da Copa, depoisbet7 rolloverficar claro que não estaria pronta a tempo do mundial.
No aeroporto, ainda faltam obras na áreabet7 rollovercheck-in dos passageiros e na fachada, segundo a Infraero. Ficaram prontas intervenções no pátiobet7 rollovermanobra das aeronaves e uma nova torrebet7 rollovercontrole, entreguesbet7 rollover2013 e 2014, respectivamente. No começo deste ano, o controle do aeroporto passou a serbet7 rolloveruma empresa francesa, a Vinci Airports.
Já a empresa que opera o aeroporto disse que o contratobet7 rolloverconcessão não prevê mudanças na fachada, mas sim obrasbet7 rollovermodernização e expansão do aeroporto. Segundo a concessionária, serão feitas reformas na área destinada às aeronaves e no terminalbet7 rolloverpassageiros, incluindo uma nova área comercial e modificações no sistemabet7 rollovercheck-in.
Segundo a empresa, a maior parte dos trabalhos será concluídabet7 rolloveroutubrobet7 rollover2019. A fase seguinte tem previsãobet7 rolloverconclusão para outubrobet7 rollover2021.
Depoisbet7 rolloverexcluir o BRT da listabet7 rolloverobras para a Copa, a Prefeiturabet7 rolloverSalvador acabou concluindo a contratação do primeiro trechobet7 rolloverobrasbet7 rollovermarço deste ano. São 2,9 quilômetrosbet7 rolloverextensão, ao custobet7 rolloverR$ 212 milhões para os cofres públicos. Segundo a previsão das autoridades, o BRT terá capacidadebet7 rollovertransportar 31 mil pessoas quando estiver pronto, o que deve demorar mais dois anos e quatro meses.
Procurada, a Prefeiturabet7 rolloverSalvador não se pronunciou até a publicação deste texto.