Salas lotadas e pouca valorização: ranking global mostra desgaste dos professores no Brasil:nova bet brasil

Crédito, Pedro Ribas/ANPr

Legenda da foto, Para OCDE investimentosnova bet brasil'quantidade'nova bet brasilprofessores são geralmente feitosnova bet brasildetrimento da qualidade do ensino

"Classes menores são frequentemente vistas como benéficas porque elas permitem que o professor se focalize mais nas necessidades individuais dos estudantes", diz o estudo.

Segundo a OCDE, é preciso reduzir o tamanho da salanova bet brasilaula e aliviar a carga horárianova bet brasilensino do professor, ampliando dessa forma o tempo que else passa preparando aulas,nova bet brasilorientação pedagógica (tutoria) ou atividadesnova bet brasildesenvolvimento profissional. E, para isso, uma solução seria aumentar o númeronova bet brasilprofessores.

"Os sistemasnova bet brasileducação precisam determinar quantos professores são necessários para oferecer uma educação adequada para seus estudantes", diz a OCDE.

No Brasil, problemasnova bet brasilsalasnova bet brasilaula lotadas, jornadas duplasnova bet brasiltrabalho, com carga horária excessiva, são enfrentados por muitos professores e provocam desgastesnova bet brasilrelação à profissão.

O PISA, no qual se baseia o relatório divulgado nesta segunda, é um vasto conjuntonova bet brasilestudos internacionais que visam medir o desempenhonova bet brasilsistemas educacionaisnova bet brasilpaíses membros e não membros da OCDE, como o Brasil.

O PISA é realizado com jovens na faixanova bet brasil15 anos, o que corresponde ao primeiro ano do ensino médio.

Crédito, André Nery/ MEC

Legenda da foto, Há mais professores alocados a escolas com alunosnova bet brasilcondições socioeconômicas baixas, mas nem sempre o resultado é melhor qualidade do ensino

O estudo Políticas Eficazes para Professores diz ainda que a maioria dos países do PISA tem alocado mais professores a escolas consideradas desfavorecidas - onde há mais alunos com condições socioeconômicas mais baixas - para compensar as desvantagens na comparação com escolas onde estudantes têm mais poder aquisitivo.

Mas isso nem sempre resultanova bet brasilmelhor qualidade do ensino, diz a OCDE. Isso porque, geralmente, "professores nas escolas mais desfavorecidas são menos qualificados e têm menos experiência" do que nas instituições com condições superiores, ressalta a organização.

Na prática, diz a organização, os efeitos positivosnova bet brasilaumentar o númeronova bet brasilprofessores nas escolas desfavorecidas são minados se não for levadanova bet brasilconta a questão da qualidade do professor.

"Os estudos têm mostrado que investimentos na quantidadenova bet brasilprofessores são geralmente feitosnova bet brasildetrimento da qualidade do ensino", ressalta a OCDE.

"Estudos revelam que professores com qualificações mais fracas são mais propensos a ensinarnova bet brasilescolas desfavorecidas, o que pode levar a um potencial menornova bet brasiloportunidades educacionais para estudantes dessas escolas", afirma o documento.

Crédito, PeopleImages / Getty

Legenda da foto, No Brasil, 60% dos professores com menos qualificação educacional tendem a trabalhar maisnova bet brasilpequenas cidades,nova bet brasilacordo com estudo

Especialização

O estudo, que enfatiza a importância do ensinonova bet brasilalta qualidade para reduzir as desigualdades sociais, também revela que apenas 29% dos professoresnova bet brasilciências no Brasil têm especialização na área.

Em países como a Finlândia, que estão entre os que apresentaram os melhores resultados do teste do PISA na áreanova bet brasilciências, a proporçãonova bet brasilprofessores especializados nessa disciplina nas escolas públicas do país é 83%.

"Alguns estudos têm mostrado que alunos que aprendem com professores com formação específicanova bet brasiluma área têm melhores performances na disciplina", afirma a OCDE.

Como o último PISA focou na áreanova bet brasilciências, os dados sobre a especialização dos professores dizem respeito à área.

"Quanto maior a diferençanova bet brasilqualificação dos professoresnova bet brasilciências entre escolas desfavorecidas e favorecidas, maior também é a diferença da performancenova bet brasilciências entre estudantes na base e no topo do status socioeconômico."

No Brasil, 60% dos professores com menos qualificação educacional tendem a trabalhar maisnova bet brasilpequenas cidades, afirma outro estudo da OCDE divulgado nesta segunda-feira, Professoresnova bet brasilIbero-América: Compreensões do PISA e do Talis.

"No Brasil, professores não especializadosnova bet brasilciênciasnova bet brasilescolas desfavorecidas ensinam assuntos que não estavam incluídos emnova bet brasilformação ou programanova bet brasilqualificação com mais frequência do que professores não especializadosnova bet brasilescolas favorecidas."

O estudo específico sobre países ibero-americanos também nota que a demanda por professores aumentou na região devido ao rápido crescimento do númeronova bet brasilestudantes matriculados, sobretudo na América Latina,nova bet brasilrazãonova bet brasilum maior acesso à educação.

Em resposta à essa demanda, "os requisitos para ingressar na profissão docente foram reduzidos", afirma o documento.

Crédito, alexeyrumyantsev / Getty

Legenda da foto, No Brasil, apenas pouco maisnova bet brasil10% dos professores acham que a profissão é valorizada pela sociedade

Isso fez com que a profissão começasse a ser desvalorizada, vista como um ofícionova bet brasilpoucas exigências e baixa qualificação, acrescenta a organização.

No Brasil, apenas pouco maisnova bet brasil10% dos professores acham que a profissão é valorizada pela sociedade.

Entre 2003 e 2015, maisnova bet brasil493 mil novos alunos no Brasil foram somados ao total da população estudantilnova bet brasil15 anos, um aumentonova bet brasil21%.

A expansão das matrículas, diz a OCDE, se deve a melhoras na capacidade para manter os alunos no sistemanova bet brasilensino à medida que eles progridem a níveis superiores.