Famílias brasileiras apostamesportes da sorte e confiávelesporte desde cedo para emplacar filhosesportes da sorte e confiáveluniversidades dos EUA:esportes da sorte e confiável

Escolinhasesportes da sorte e confiávelfutebol, tênis ou natação que antes recebiam apenas meninos e meninas interessadosesportes da sorte e confiávelaprender os fundamentos da modalidade e se divertir, agora são procuradas por famílias que planejam investir no esporte como uma formaesportes da sorte e confiávelseus filhos estudarem no exterior no futuro.

Esses pequenos atletas querem, acimaesportes da sorte e confiáveltudo, ter a chanceesportes da sorte e confiávelcontinuar praticando esporte, mas sem descuidar da educação.

"Eu queria estudar numa universidade boa, mas também queria continuar nadando. O único lugar para fazer isso era nos Estados Unidos. Infelizmente aqui no Brasil não tem como: ou você nada ou você estuda. É impossível fazer os dois bem feitos ao mesmo tempo", diz a paulista Sofia Sigrist, nadadora do Pinheiros,esportes da sorte e confiávelSão Paulo, que neste ano ingressa na Universidadeesportes da sorte e confiávelNova York.

Portfólio atlético

Humberto Badolato, empresário e professor da escolinhaesportes da sorte e confiávelfutebol da academia Bodytech, no Rioesportes da sorte e confiávelJaneiro, conta que muitos pais o procuram para saber qual o melhor caminho para estudar lá fora por meio do futebol.

"Alguns me pedem treino personalizado com o objetivoesportes da sorte e confiáveljá ir aperfeiçoando a técnica das crianças. Eles sabem que meu próprio filho está se preparando para entraresportes da sorte e confiáveluma universidade americana. Só que ele quer a Ivy League (grupo formado por oito das universidades mais prestigiadas dos Estados Unidos e que não concede bolsas para atletas)", conta.

Para Rita Moriconi, coordenadora do Education USA no Cone Sul, os pais estão certosesportes da sorte e confiáveldespertar esse interesse na infância.

"O esporte sempre ajuda no processoesportes da sorte e confiáveladmissão. Tanto para o aluno atleta, que vai aplicar para uma bolsa atlética, como também para aquele aluno que não compete, mas que se sentiria bem indo para uma universidadeesportes da sorte e confiávelque ele tenha possibilidadeesportes da sorte e confiáveljogar ou nadar, por exemplo", afirma a educadora.

Filiado ao Departamentoesportes da sorte e confiávelEstado dos EUA, o Education USA tem 35 escritórios no Brasil e auxilia gratuitamente os candidatos na escolha entre as 4,7 mil universidades americanas, alémesportes da sorte e confiávelprestar assistência no processoesportes da sorte e confiávelseleção (que inclui a apresentaçãoesportes da sorte e confiáveluma espécieesportes da sorte e confiáveldossiê com documentação, histórico escolar, notasesportes da sorte e confiávelexames SAT/TOEFL e redações).

Uma das dicasesportes da sorte e confiávelMoriconi é começar a fazer um portfólio atlético desde o início com fotos e vídeos. "Eles também devem procurar o Education USA quando chegar ao nono ano do ensino fundamental, uns três ou quatro anos antesesportes da sorte e confiávelfazer o application (se inscrever)", recomenda.

Também é preciso ficar atento às notas da escola desde o ensino fundamental. "Se você tiver um histórico escolar ruim, vai pesar muito na decisãoesportes da sorte e confiáveladmissão. Eles querem ver uma consistência nas notas e,esportes da sorte e confiávelpreferência,esportes da sorte e confiáveltodas as matérias", ressalta Mateus Rabello Benarrós, da empresaesportes da sorte e confiávelassessoria Apply, com sedeesportes da sorte e confiávelManaus.

Na última década, o númeroesportes da sorte e confiávelbrasileiros inscritosesportes da sorte e confiáveluniversidades dos Estados Unidos aumentou 79,3%, segundo dados do Institutoesportes da sorte e confiávelEducação Internacional (IIE, na siglaesportes da sorte e confiávelinglês). O Brasil escalou seis posições e ocupa o décimo lugar no ranking dos países com o maior númeroesportes da sorte e confiávelalunos estrangeiros cursando ensino superior no país.

Em 2017, eram 6.310 alunos brasileirosesportes da sorte e confiávelgraduação concentrados nos Estados da Califórnia, Florida, Nova York, Massachusetts e Texas. Desse total, 584, ou 8,35%, tinham bolsa-atleta nas Divisões 1 e 2 da National Collegiate Athletic Association (NCAA, na siglaesportes da sorte e confiávelinglês), a associação da liga universitária americana. Anualmente, são concedidos US$ 3 bilhõesesportes da sorte e confiávelbolsas-atléticas. As bolsas por mérito acadêmico somam US$ 11 bilhões.

A ajuda geralmente inclui a mensalidade da faculdade, moradia, alimentação, material e seguro saúde. O valor a ser recebido varia e depende da performance do atleta, do quanto necessitamesportes da sorte e confiávelposição na equipe e da modalidade.

Modalidades

Entre os brasileiros, as modalidades com maior númeroesportes da sorte e confiávelatletas com bolsas são futebol, natação e tênis.

Os paisesportes da sorte e confiávelRaquel,esportes da sorte e confiável9 anos, e Luiza,esportes da sorte e confiável7, investem no tênis, um esporte já praticado pelo casal. Desde os cinco anosesportes da sorte e confiávelidade as meninas fazem aulas particulares e, atualmente, frequentam uma academia especializada três vezes por semana para aperfeiçoar a técnica nas quadras. O custo mensal da aula éesportes da sorte e confiávelR$ 550 por criança.

"Os planos sãoesportes da sorte e confiávelque elas ingressem numa universidade dos Estados Unidos com bolsaesportes da sorte e confiávelestudos para quem tem bom desempenho no esporte. Os custosesportes da sorte e confiáveluma universidade americana são altos e nós temos duas filhas, o que faz com que o valor dobre anualmente. Eles oferecem bolsas com descontos gradativos, conforme o desempenho", conta a carioca Débora Ferreira Baptista, mãe das meninas.

No Rio Grande do Sul, Vicente,esportes da sorte e confiável11 anos, e Pedro,esportes da sorte e confiável12, competem pelo Clube Leopoldina Juvenil e colecionam medalhasesportes da sorte e confiáveltorneios estaduais.

"Durante umas férias, fomos assistir ao Rio Open e lá os meninos realmente se apaixonaram pelo esporte. Pediram para treinar mais e para competir", conta a mãe Rosane Menezes Freda. "Nós não temos planos concretos para eles. Mas, após participar do meio competitivo, ficamos mais atentos a esta possibilidadeesportes da sorte e confiávelestudar fora. Eles falam que querem", diz.

No futebol, ocorreesportes da sorte e confiávelmuitas crianças e adolescentes terem o talento para entraresportes da sorte e confiáveluma instituiçãoesportes da sorte e confiávelensino nos Estados Unidos, mas barram na dificuldade financeira. As famílias não conseguem arcar com todos os custos preparatórios, como cursoesportes da sorte e confiávelinglês e assessoria para o processo seletivo – muito menos apresentar um saldo bancário na hora do visto para provar que podem sustentar o filho ou a filha no país, necessário mesmo que eles tenham bolsaesportes da sorte e confiávelestudo.

"Eles não conseguem pagar nem a passagem. Normalmente, são os melhores jogadores. Uma vez por ano convido uns treinadoresesportes da sorte e confiáveluniversidades dos Estados Unidos para fazer um camping e convido uns atletasesportes da sorte e confiávelbaixa renda. Os treinadores se apaixonam tecnicamente por eles, oferecem bolsa integral mas e a passagem, o vistoesportes da sorte e confiávelestudante e o extrato bancário?", questiona Amaury Nunes, ex-jogador profissional que,esportes da sorte e confiável2008, montou a A10, empresaesportes da sorte e confiávelintercâmbio esportivo.

"Se tivéssemos uma empresa financiando isso, patrocinando um atleta, certamente conseguiríamos mandar alunosesportes da sorte e confiávelum perfil mais humilde", diz Nunes, que atualmente procura uma parceria pública ou privada para levar pelo menos dez alunosesportes da sorte e confiávelbaixa renda entre os 100 que manda anualmente para o exterior.

São, portanto, famíliasesportes da sorte e confiávelclasse média e classe média alta que procuram a A10 para encaminhar os filhos para fora do país. Os treinos e o cursoesportes da sorte e confiávelinglês saem por R$ 500 mensais. A assessoria para o processoesportes da sorte e confiávelseleção e o encaixeesportes da sorte e confiáveluma universidade custam R$ 10 mil, com a garantiaesportes da sorte e confiávelconseguir uma vaga para o aluno.

Nunes se formou nos Estados Unidos com bolsa-atleta e atuou profissionalmente no país. Enquanto jogava na liga universitária, os técnicos seguidamente lhe pediam indicaçõesesportes da sorte e confiávelatletas e assim começou a buscar candidatos no Brasil.

"Existe muita demandaesportes da sorte e confiávelambos os lados. Aqui fazemos seletivas nas dez unidades que temos no Brasil", diz ele. "Começamos a crescer muito principalmente quando veio a crise no Brasil. Os pais queriam dar uma oportunidade para os filhosesportes da sorte e confiávelestudar. Aqui as universidades estavamesportes da sorte e confiávelgreve o tempo inteiro e as particulares eram muito caras. Hojeesportes da sorte e confiáveldia, o aluno com bolsa nos Estados Unidos paga o mesmo que aqui ou até menos e ainda joga e estuda."

Desempenho

A performance é outro fator importante para conseguir uma bolsa-atleta. Isso não significa, no entanto, que apenas aqueles com índices olímpicos podem ser contemplados.

É o que diz a nadadora carioca Beatriz Olivieri,esportes da sorte e confiável18 anos, que ingressa neste ano no Rollins College, na Florida, com todos os custos cobertos por duas bolsas, uma atlética e outra acadêmica.

"Às vezes a gente tem a ideiaesportes da sorte e confiávelque é uma coisa muito difícil. Que para conseguir você precisa um índice muito forte, tem que ser um recordista brasileiro, mas na verdade não. Lá existem várias faculdades e eles procuram perfis diferentes. Você vai achar uma universidade que seja compatível como seu perfil", diz a nadadora da equipe do Flamengo, federada desde os dez anosesportes da sorte e confiávelidade.

Alguns atletas que se destacam, no entanto, atraem o interesse dos técnicos americanos. Há casosesportes da sorte e confiávelque a universidade chega até o aluno.

Foi o que aconteceu com Diego Uchôa, ex-nadador da seleção brasileira e atual treinador da equipe categoria Petiz do Flamengo.

"Em 2010, eu estava me formando na Unisanta (na cidade paulistaesportes da sorte e confiávelSantos) e uma universidade dos Estados Unidos me ofereceu uma bolsa integral. O treinador precisavaesportes da sorte e confiávelum nadadoresportes da sorte e confiávelpeito, que era a minha especialidade. Mas, naquele momento, meus planos eram outros e fui treinar no Minas", diz Uchôa.

Victoria Chamorro, praticanteesportes da sorte e confiávelesporte desde os seis anosesportes da sorte e confiávelidade, atraiu a atençãoesportes da sorte e confiávelum olheiro enquanto participavaesportes da sorte e confiávelum campeonato nos Estados Unidos pela seleção brasileiraesportes da sorte e confiávelpolo aquático, na qual entrou com apenas 16 anos na posiçãoesportes da sorte e confiávelgoleira.

Em 2014, recebeu o telefonema do técnico da Universidade do Sul da Califórnia,esportes da sorte e confiávelLos Angeles. Ele precisavaesportes da sorte e confiáveluma goleira na equipe. Ela aceitou o convite e,esportes da sorte e confiável2018, se formaesportes da sorte e confiáveleconomia – ao mesmo tempoesportes da sorte e confiávelque foi campeã nacional da liga universitária americana e participou das Olimpíadas do Rio.

"O esporte foi o que basicamente me trouxe aqui, me deu um diploma universitário numa das melhores universidades do mundoesportes da sorte e confiáveltermos acadêmicos", diz a atleta.

"Pretendo ficar mais um ano nos Estados Unidos trabalhando, com o vistoesportes da sorte e confiávelOPT (que permite estudantes internacionais a ganhar experiênciaesportes da sorte e confiáveltrabalho) ou ir jogar profissionalmente na Europa ou Austrália até os Jogos Olímpicosesportes da sorte e confiávelTóquio. Em 2020 estarei completando 24 anos, então ainda estou bem jovem, o que me dá mais tempo como atleta. Tenho um tempo para decidir, e, graças a Deus, tenho opções proporcionadas pelo meu diploma."