5 anos depois, o que aconteceu com as reivindicações dos protestos que pararam o Brasilaposta mais de 1junhoaposta mais de 12013?:aposta mais de 1

Manifestantes na laje do Congressoaposta mais de 1junhoaposta mais de 12013

Crédito, Fábio Rodrigues Pozzebom/Ag. Brasil

Legenda da foto, O protesto no Congresso Nacional,aposta mais de 1Brasília, foi um dos ápices das manifestações

Tarifa do transporte público

No dia 6aposta mais de 1junhoaposta mais de 12013, o MPL (Movimento Passe Livre) se mobilizava contra o aumento das tarifasaposta mais de 1ônibus, metrô e trensaposta mais de 1São Paulo, repetindo manifestações que já haviam sido bem-sucedidasaposta mais de 1cidades como Florianópolis e Salvador. No dia seguinte, voltaram às ruas.

Fizeram ainda outros dois atos cada vez maiores. No dia 11aposta mais de 1junho, ônibus e agências bancárias foram depredadas por personagens novos, os black blocs. No dia 13, houve enfrentamento, e a Polícia Militar disparou bombasaposta mais de 1gás e balasaposta mais de 1borracha, deixando manifestantes e jornalistas feridos.

Reivindicações do junhoaposta mais de 12013

A revolta com a reação policial deu o fôlego que os protestos precisavam para ganhar o país, ao mesmo tempoaposta mais de 1que levou à pulverização das reivindicações. "Não é pelos 20 centavos", diziam os cartazesaposta mais de 1referência ao valor do aumento da passagemaposta mais de 1São Paulo, que à época subiria para R$ 3,20.

A reivindicação que deu origem a todo o processo inicialmente surtiu efeito, lembra o professor Cesar Jimenez-Martinez, da Universidade Brunel, na Inglaterra, que transformou as jornadasaposta mais de 1junhoaposta mais de 12013, o papel da mídia e o impacto para a imagem do Brasilaposta mais de 1teseaposta mais de 1doutorado pela universidade britânica London School of Economics (LSE).

Rioaposta mais de 1Janeiro e São Paulo, já no dia 19aposta mais de 1junho, foram as primeiras cidades a congelar o preço das passagens.

Um aumento ainda superior, porém, ocorreria no início do ano seguinteaposta mais de 1São Paulo, quando passou a custar R$ 3,50. Em 2015, pularia para R$ 3,80 e, no inicio deste ano, para R$ 4.

Manifestações posteriores contra os reajustes jamais conseguiram repetir a adesãoaposta mais de 12013. Sofia Salles, militante do MPL, pondera, contudo, que a inclusão,aposta mais de 12015, do transporte como direito social na Constituição e a criação do passe livre para estudantesaposta mais de 1São Paulo durante a gestãoaposta mais de 1Fernando Haddad - benefício extinto por seu sucessor, João Dória - foram resultado da lutaaposta mais de 12013.

O então congelamento das tarifasaposta mais de 12013 não foi, porém, suficiente para dar fim aos os protestos, que naquele momento já tinham ganhado outras motivações.

PM reage com sprayaposta mais de 1pimentaaposta mais de 1Brasíliaaposta mais de 120aposta mais de 1junhoaposta mais de 12013

Crédito, AFP

Legenda da foto, Polícia Militar e manifestantes mantiveram uma relação tensaaposta mais de 12013

Poucos dias antes, milhares haviam passado a não apenas a apoiar o MPL, mas também foram às ruasaposta mais de 1centenasaposta mais de 1cidades.

O marco inicial das megamanifestações no país inteiro foi o dia do pontapé inicial do torneio internacionalaposta mais de 1futebol Copa das Confederações, no dia 15aposta mais de 1junho - uma espécieaposta mais de 1aquecimento para a Copa do Mundo, que ocorreria no ano posterior e já enfrentava grande oposiçãoaposta mais de 1parte da população.

Dois dias depois, manifestantes subiram no telhado do Congresso Nacional,aposta mais de 1Brasília, no que se transformariaaposta mais de 1um dos momentos mais icônicos desta década. Além disso, transformaram locais como a Praça da Estação,aposta mais de 1Belo Horizonte, e a avenida Rio Branco, no Rioaposta mais de 1Janeiro,aposta mais de 1um maraposta mais de 1gente.

Investimentos na saúde

"Desculpe o transtorno, estamos mudando o Brasil", diziam cartazes que podiam ser avistadosaposta mais de 1diferentes cidades.

Não foram poucas as comparações entre os investimentos então sendo feitosaposta mais de 1estádios para a Copa com a situação da saúde do país.

Pressionados, o governo Dilma Rousseff e o Congresso tentaram responder às demandas.

A presidente fez um pronunciamento na TV prometendo e trazer mais médicos do exterior para melhorar o Sistema Únicoaposta mais de 1Saúde (SUS), principalmente no interior do país. O resultado foi o programa "Mais Médicos", que teve como resultado a atraçãoaposta mais de 1profissionais cubanos ao Brasil, gerando críticas da classe médica.

Meses depois, o Congresso aprovaria e a petista sancionaria um projetoaposta mais de 1lei destinando percentuais do pré-sal para a saúde e a educação.

Linha do tempo
Legenda da foto, Fotos ilustrativas dos protestosaposta mais de 12013 que não necessariamente correspondem aos dias indicados; crédito das imagens: Ag. Brasil

No fimaposta mais de 12016, diante da grave crise econômica, o governo Michel Temer anunciou a criaçãoaposta mais de 1um tetoaposta mais de 1gastos para o governo federal, o que para muitos acabou limitando o avanço do investimento nessas áreas.

E mais recentemente, retirou alguns recursos dessas pastas para atender à reivindicação do caminhoneiros por diesel mais barato na recente greve que parou o país.

Combate à corrupção

À época, Dilma também fez uma reunião emergencial com governadores e prefeitos e propôs cinco pactos (pela saúde, educação, transporte, reforma política e responsabilidade fiscal), alémaposta mais de 1um plebiscito para uma constituinte da reforma política, bandeira defendida pelo PT. Esses, no entanto, nunca foram adiante.

Além dos pedidos por mais saúde, educação e segurança, tinha gente contra a Copa, contra a Olimpíada do Rio - que acabou transcorrendo normalmente, apesaraposta mais de 1protestos às vezes violentos -, e contra a PEC 37, que limitava o poderaposta mais de 1investigação do Ministério Público.

Mas muitos foram protestar sobretudo contra a corrupção. "Junho foi uma catarse coletiva muitidimensional com muitos setores, com muitas pautas. Tem um claro conteúdoaposta mais de 1frustração com o ambiente politico,aposta mais de 1raiva", observa a cientista política Esther Solano, professora da Unifesp, autoraaposta mais de 1diversos artigos sobre os protestos que marcaram o Brasil.

Como resposta do Congresso, deputados e senadores fizeram uma listaaposta mais de 1projetos que estavam parados ou tramitavam lentamente nas duas Casas. Alguns acabaram avançando e outros foram derrubados.

Lista com o que mudou e o que ficou faltando

Foi aprovada, por exemplo, a Lei Anticorrupção, que pune empresas e permite acordosaposta mais de 1leniênciaaposta mais de 1casosaposta mais de 1crimes contra a administração pública. Também passou uma proposta que define o que é organização criminosa e estabelece regras para acordosaposta mais de 1delação premiada - usadosaposta mais de 1larga escala a partiraposta mais de 12014 na operação Lava Jato.

A PEC 37, poraposta mais de 1vez, não foi aprovada, como queriam os manifestantes, e membros do Ministério Público mantiveram a prerrogativaaposta mais de 1conduzir investigações.

Câmara e o Senado aprovaram ainda o fim do voto secretoaposta mais de 1casoaposta mais de 1cassaçãoaposta mais de 1mandatoaposta mais de 1parlamentar.

Outros projetos que ficando para trás no Congresso, como o que transforma corrupçãoaposta mais de 1crime hediondo e o que acaba com o foro privilegiado - que só seria alterado neste ano, mas pelo Supremo Tribunal Federal (STF); A corte determinou que apenas crimes cometidos no mandato seria julgados diretamente por ela.

A reforma política pedida também acabou não implementada. Para Solano, ainda é preciso mais pressão popular para forçar uma mudança desse quilate.

"Obviamente, uma reforma tão potente,aposta mais de 1reestruturação do sistema que tire privilégiosaposta mais de 1uma casta política, não vai viraposta mais de 1cima. As camadas politicas elitizadas que se beneficiam desse sistema não vão querer autoimplodir o sistema", avalia Esther Solano.

Manifestante conversa com policialaposta mais de 1protestoaposta mais de 1Brasília

Crédito, Agência Brasil

Legenda da foto, "A mudança que estava se pedindo é tão estruturante , que não poderia ter sido atingida num curto espaçoaposta mais de 1tempo", diz Esther Solano

Projetoaposta mais de 1lei 'cura gay'

Assuntoaposta mais de 1voga à época, o projeto batizadoaposta mais de 1"cura gay", defendido pela bancada evangélica, previa permitir tratamento psicológico para paciente com "transtornoaposta mais de 1orientação sexual", o que é proibido, era alvo frequente das manifestações.

A proposta foi arquivada pelo então presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (MDB-RN), mas voltou a ser apresentadaaposta mais de 12016 e ainda hoje tramita na Casa.

O Congresso que acabou eleitoaposta mais de 12014 se mostrou ainda mais conservador. A bancada BBB - sigla para boi, bíblia e bala, englobando parlamentares ruralistas, religiosos e defensoresaposta mais de 1mais severidade na condução da segurança pública - é, hoje, uma força dentro das Casas.

As herançasaposta mais de 12013

Para o historiador Lincoln Secco, professor da USP, "junhoaposta mais de 12013 foi uma ruptura na história do Brasil".

Iniciado pelo que o professor chamaaposta mais de 1"esquerda autônoma", as manifestações atraíram também representantes da direita.

Os professores Solano e Jimenez-Martinez, poraposta mais de 1vez, salientam que junhoaposta mais de 12013 foi marcado pela ausênciaaposta mais de 1lideranças oficiais eaposta mais de 1pauta especificaaposta mais de 1reivindicação, o que dificultou a negociação com o setor público.

Protesto contra aumento das passagens do transporte público, gastos na Copa do Mundo e a corrupção tomaram as ruas da capital paulistaaposta mais de 119aposta mais de 1junho

Crédito, Marcelo Camargo/Agência Brasil

Legenda da foto, Os protestosaposta mais de 1junhoaposta mais de 12013 foram todos organizados pelas redes sociais,aposta mais de 1especial o Facebook

"Antigamente tínhamos só uma estratégiaaposta mais de 1protesto, que era o típico protesto verticalizado, organizado com uma pauta definida. Era muito mais fácil negociar com esses grupos, que tinha liderança, pauta definida, uma agenda definida. Agora você tem uma multiplicidadeaposta mais de 1formasaposta mais de 1protestos, além dos tradicionais, há os mais contemporâneos, espontâneos, sem liderança definida, mais fluidos e heterogêneos", diz a professora.

Os pesquisadores destacam como herança, porém, o importante papel que as redes sociais assumiriam para a organizaçãoaposta mais de 1atos e também como plataforma para novos "porta-vozes"aposta mais de 1demandas difusas.

Nesse quesito, no entanto, Brasil não inovou. Essa era também a marcaaposta mais de 1manifestações contemporâneas, como a Primavera Árabe, que eclodiuaposta mais de 12011, e do movimento Occupy, que atraiu multidõesaposta mais de 1Nova York eaposta mais de 1Londres no mesmo ano.

E esse modelo horizontalizado e apartidário se repetiu outras vezes como, por exemplo, com a ocupaçãoaposta mais de 1escolas por estudantes secundaristasaposta mais de 1São Pauloaposta mais de 12015 e com a greve dos caminhoneiros neste ano.

Polarização

Cinco anos depois dos megaprotestos, o Brasil se vê extremamente polarizado entre direita e esquerda.

Solano diz que, depoisaposta mais de 1junho, nem todas as pautas foram atingidas, "mas o Brasil começou a ver pessoas falando mais sobre política".

Grupos contra e pro impeachment batem boca na Câmara dos Deputados

Crédito, Fabio Rodrigues Pozzebom/Ag. Brasil

Legenda da foto, A polarização política é apontada como um dos fatores capazesaposta mais de 1impedir um 'novo junho'

O país também passou a assistir a grupos indo às ruas pedindo abertamente intervenção militar e defendendo pautas mais conservadoras.

Segundo a professora, "a política está na pauta, no centro do debate, só que muito mais canalizado pela direita". "Parece que os gruposaposta mais de 1direita capturaram muito mais esse descontentamento", avalia.

Para o historiador Lincoln Secco, da USP, as Jornadasaposta mais de 1Junho se estenderam nos anos seguintes,aposta mais de 1especial com protestos como os contra a Copa, as manifestaçõesaposta mais de 12015 e o impeachment da presidente Dilma Rousseffaposta mais de 12016. "(Esses eventos) foram uma continuidadeaposta mais de 1junho", opina.

O professor afirma que a direita capturou o movimento aindaaposta mais de 12013. "Junho começou como um protestoaposta mais de 1esquerda, anti-institucional e com uma pauta definida (as tarifasaposta mais de 1transporte). A leitura da mídia e uma insatisfação da classe média com o PT transformaram junhoaposta mais de 1um movimentoaposta mais de 1direita com uma pauta imprecisa: a crítica generalizada dos governos e dos serviços públicos", complementa.

Novos movimentos

A partiraposta mais de 12013, grupos como o Movimento Brasil Livre, Vem para Rua e Revoltados On Line ganharam visibilidade por convocar, por meio das redes sociais, manifestaçõesaposta mais de 1diferentes cidades. E,aposta mais de 12015, esses mesmos grupos participaram da organizaçãoaposta mais de 1novas manifestações, dessa vez pelo impeachmentaposta mais de 1Dilma Rousseff, contra o PT e a favor da Lava Jato. A esse grupo se juntaram também os que pedem intervenção militar.

Apoio à greveaposta mais de 1caminhoneirosaposta mais de 1Canoas (RS)

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Especialistas acreditam que greve dos caminhoneiros não tem potencial para se desdobrar num 'novo junho'

Mas a socióloga e historiadora Regina Helena Alves da Silva, coordenadora do Centroaposta mais de 1Convergênciaaposta mais de 1Novas Mídias da UFMG (Universidade Federalaposta mais de 1Minas Gerais), observa que esses grupos e, principalmente, o que pensam e querem não apareceramaposta mais de 12013.

"Em 2010 fizemos uma grande pesquisa sobre as eleições, e lá estavam os grupos que depois se organizaram como Vem pra Rua, Revoltados, etc. Em certa medida, a direita se organizaaposta mais de 1rede e online há bastante tempo, existe uma infinidadeaposta mais de 1grupos e debates nessa direção que passam a produzir conteúdos para a distribuiçãoaposta mais de 1todo o país", observa Regina Helena, citando que esse material tem conteúdo conservador e até moralista.

Ela diverge do colega da USPaposta mais de 1relação à "captura" pela direita das Jornadasaposta mais de 1Junho.

"2015 constrói a narrativaaposta mais de 1que 2013 foi um movimento da direita, e claramente não foi. Podemos até verificar essa hipótese olhando pra multiplicidadeaposta mais de 1cartazes nas ruas, pedindo reforma política, fim da Polícia Militar, transporte, justiça social, moradia, jornadaaposta mais de 1trabalho, igualdade para mulheres e LGBTs, passe livre e Tarifa Zero, e questionando atos dos políticos", afirma a professora, que organizou o livro Ruas e Redes: Dinâmicas dos ProtestosBR.

Poraposta mais de 1vez, o Mídia Ninja, que se projetou ao cobrir os protestosaposta mais de 12013 ao vivo e está no campo mais à esquerda do espectro político, continuou registrando manifestações e cenasaposta mais de 1violência policial.

O Movimento Passe Livre, que iniciou os protestos, chegou a ter seu fim anunciado por um dos integrantes, mas voltou a funcionar.

"O MPL mudou muito. A gente costuma dizer que ele se reconstruiu por causa das mulheres. É um movimento emaposta mais de 1maioria feminino", diz Sofia Salles, integrante do grupo que foi às ruas, à época, com apenas 16 anos. Hoje, diz ela, o MPL prioriza a questão do transporte na periferia.

E novos movimentos, alguns deles reunindo pessoasaposta mais de 1diferentes correntes e partidos, como o Agora! e o Livres, também foram criados.

Manifestantes realizam ato contra a corrupção e contra o governo na Avenida Paulistaaposta mais de 1marçoaposta mais de 12015

Crédito, Marcelo Camargo/Ag. Brasil

Legenda da foto, Depois dos megaprotestosaposta mais de 12013, Brasil assistiu a nova ondaaposta mais de 1manifestaçõesaposta mais de 12015 pedindo o impeachmentaposta mais de 1Dilma Rousseff e até intervenção militar

Um novo junho?

Segundo os professores Solano e Jimenez-Martinez, o que difere 2013 do momento atual é que hoje há uma deterioração da economia e da política, cenário bastante distinto do que o país se encontrava naquela época, quando havia bastante otimismo,aposta mais de 1especial do resto do mundo,aposta mais de 1relação ao Brasil.

"A gente não pode pensar que o que está acontecendo agora (com recente a greve dos caminhoneiros) é 2013 outra vez porque a situação é muito diferente, o contexto é muito diferente", observa Jimenez-Martinez, lembrando que a popularidade da então presidente Dilma Rousseff estavaaposta mais de 1alta havia cinco anos. Naquela época, ainda havia estabilidade política, e eram poucos os indicativosaposta mais de 1que uma tormenta econômica estava a caminho.

A greve dos caminhoneiros, diferentementeaposta mais de 1junhoaposta mais de 12013, já começou com uma pauta dispersa e abstrata, na qual os aumentos consecutivos do preço do combustível são vistos como resultado da corrupção e da tributação exagerada, avalia Secco.

Apesaraposta mais de 1acharem que, a partir da greve, há a possibilidadeaposta mais de 1uma escalada dos protestos no país por meioaposta mais de 1setores específicos ou categorias profissionais, os professores não veem um novo 2013 no horizonte próximo.

"Não acho que os caminhoneiros podem detonar um 'novo 2013', primeiro porque são frutoaposta mais de 1formatosaposta mais de 1mobilização e ação muito antigos e conservadores, são dispersosaposta mais de 1demandas e se mostraram claramente influenciados pelos donosaposta mais de 1empresas da área", avalia Regina Helena.

Esther Solano, poraposta mais de 1vez, acredita que as manifestações, com a proximidade do pleito, tendem a se partidarizar.

"Não acho que a gente consiga ter um novo junho. Foi uma congregaçãoaposta mais de 1muitas pautas e muitos grupos. Mas vai ser obviamente um climaaposta mais de 1maiores mobilizações, acho que serão mais partidárias porque teremos as eleições. Vamos assistir a mais manifestaçõesaposta mais de 1setores,aposta mais de 1categorias profissionais como agora os petroleiros,aposta mais de 1setores mais à direita ou à esquerda, mas não acho que teremos um amálgamaaposta mais de 1muitos grupos indo (juntos) para rua", diz Solano.

Ela avalia ainda que, desde "o impeachment (de Dilma Rousseff) e da prisão do ex-presidente Lula, é muito difícil encontrar grupos com diferentes perspectivas, tendências, ideologias e preferências, juntos, num mesmo espaçoaposta mais de 1rua".

Jimenez-Martinez, por outro lado, é menos categórico. Disse ter aprendido que "no Brasil não é possível prever o imprevisível".

Mas na visão do professor, o país deixou escapar uma grande oportunidadeaposta mais de 1se transformaraposta mais de 1um líder mundial. A situaçãoaposta mais de 1agora, diz, só reforça o desapontamento entre os que um dia sonharam com um futuro promissor para a naçãoaposta mais de 1curto espaçoaposta mais de 1tempo.

Solano tem uma opinião diferente. "Não exatamente acho que o país perdeu uma oportunidade. Oportunidadesaposta mais de 1mudanças são algo que a sociedade vai construindo continuamente. A mudança que estava se pedindo é tão estruturante que não poderia ter sido atingidaaposta mais de 1um curto espaçoaposta mais de 1tempo."