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'Ninguém liga para PMs mortos', diz americana que luta por justiça para noivo executado no Rio:betsul fora do ar
Cassia deixou o Brasil após a mortebetsul fora do arClayton, mas vem lutando como pode para que o assassinato seja elucidado. Quatro traficantes foram identificados e há suspeitabetsul fora do arque uma banda podre da polícia tenha tido envolvimento.
No processo, a americana diz que vem tendobetsul fora do arlidar com grandes diferenças estruturais e culturais entre os Estados Unidos e o Brasil - tanto no sistema criminal e nas taxasbetsul fora do arelucidaçãobetsul fora do arhomicídio quanto na formabetsul fora do ara sociedade brasileira ver a polícia.
"Já faz quase três anos e ninguém foi a julgamento ainda. Nesse meio tempo, muitos outros policiais foram assassinados, e o trabalho dos investigadores vai se acumulando. Faltam recursos para investigar, mas também falta ênfase por parte do governo", lamenta ela.
"Parece que ninguém liga", desabafa. "Acho que isso reflete a maneira como as pessoas veem a Polícia Militar. Elas já supõem que policiais sejam violentos e sejam corruptos. Não ligam (quando morrem)", diz Cassia, agora fazendo um pós-doutoradobetsul fora do arEdimburgo, na Escócia.
Sem recursos, sem punição
Nos Brasil, a taxa geralbetsul fora do arelucidaçãobetsul fora do arhomicídios é estimadabetsul fora do arcercabetsul fora do ar8%, com variaçõesbetsul fora do arum Estado para o outro. Mas não há números confiáveis para acompanhar a situação nacional.
Estudo recente do Instituto Sou da Paz, intitulado "Onde mora a Impunidade?" concluiu que apenas seis Estados brasileiros tinham estatísticas consistentes que permitissem estimar uma taxabetsul fora do aresclarecimento.
Um deles é o Rio, onde 11,8% dos homicídios cometidosbetsul fora do ar2015 geraram denúncias criminais para que fossem levados a julgamento, segundo o levantamento.
A taxa está muito abaixo da média dos Estados Unidos, por exemplo, que esclarecebetsul fora do artornobetsul fora do ar65% dos assassinatos.
Diante do aumento do númerobetsul fora do armortesbetsul fora do arpoliciais militares no Rio, a Secretariabetsul fora do arSegurança Pública criou,betsul fora do ar2016, uma divisão especial dentro da Delegaciabetsul fora do arHomicídios para investigar as mortesbetsul fora do aragentesbetsul fora do arsegurançabetsul fora do aruma forma geral - como policiais militares, civis, federais, bombeiros e agentes penitenciários.
De acordo com o delegado responsável pelo núcleo, Brenno Carnevale, o núcleo conseguiu elucidar 47% dos casos ocorridos na capital entrebetsul fora do arcriação,betsul fora do aragostobetsul fora do ar2016, e o fim do ano passado.
O número é bem superior, praticamente o dobro, ao da taxabetsul fora do arelucidação que o Estado tem registrado nos últimos anos, que, segundo a Secretariabetsul fora do arSegurança Pública, chega "a até 27%".
O número não pode ser comparado à taxabetsul fora do ar11,8% citada no estudo do Sou da Paz, pois não se refere aos casosbetsul fora do arque uma denúncia criminal foi oferecida, mas sim, segundo Carnevale, aos inquéritosbetsul fora do arque se concluiu o que aconteceu e quem foi o autor, o que nem sempre gera provas suficiente para produzir uma denúncia.
"Temos tido um percentualbetsul fora do ardescoberta relevante", diz o secretáriobetsul fora do arSegurança Pública, Roberto Sá, enumerando outras medidas que foram tomadas, "apesarbetsul fora do artoda a escassezbetsul fora do arrecursos da Polícia Militar", para coibir a mortebetsul fora do arpoliciais, como o projeto Percurso Seguro - que aumentar a segurança para agentesbetsul fora do arseus deslocamentos - e a disponibilizaçãobetsul fora do arcoletes a provabetsul fora do arbalas para todos eles trabalharem.
"É uma preocupação muito grande, o número (de mortes) é elevado. O número acabou não sendo maior que obetsul fora do ar2016, mas isso não nos tira a dor e a comoção", disse Sá,betsul fora do arum encontro com jornalistas no fim do ano passado,betsul fora do arque falou das dificuldades apresentadas pelos cortes no orçamento e dos esforços que vinham sendo feitos para contornar a faltabetsul fora do arrecursos.
Cada pasta, um morto
Há cercabetsul fora do ar100 pastas gordas empilhadas com inquéritos sobre as mesasbetsul fora do arCarnevale, situadasbetsul fora do aruma salabetsul fora do arluz branca, paredes nuas e mobiliário econômico na Delegaciabetsul fora do arHomicídios da Capital, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
Cada uma traz um inquérito. "Cada pasta dessas é pelo menos um morto. Alguns processos acumulam maisbetsul fora do arum", explica o delegado.
O inquérito sobre a mortebetsul fora do arClayton não está entre as pastas, porque foi anterior à criação do núcleo coordenado por Carnevale. Mas a escassezbetsul fora do arrecursosbetsul fora do arinfraestrutura ebetsul fora do arpessoal que atravanca o trabalho do delegado é o mesmo que contribui para que ninguém tenha sido acusado pela morte dele, quase três anos apósbetsul fora do arexecução.
O núcleobetsul fora do arCarnevale tem dez policiais e acumula não só os assassinatosbetsul fora do aragentesbetsul fora do arsegurança, mas também os homicídios decorrentes da oposição a intervenção policial, antes conhecidos como autosbetsul fora do arresistência.
Desde agostobetsul fora do ar2016, o delegado recebeu cercabetsul fora do ar500 desses casos, contra cercabetsul fora do arcem homicídiosbetsul fora do arpoliciais. Para os autosbetsul fora do arresistência, ele não arrisca estimar uma taxabetsul fora do arelucidação - a maioria dos casos está ainda aguardando laudos cadavéricos, depoimentosbetsul fora do arpoliciais e outras pendências.
"Aí a gente entra nessa discussãobetsul fora do arrecursos,betsul fora do arestrutura, essa coisa toda", resume.
A faltabetsul fora do arrecursos significa faltabetsul fora do arpapel para impressoras, faltabetsul fora do arviaturas para a equipe (o que significa depender da boa vontadebetsul fora do artestemunhas quando convocadas a prestar depoimento), faltabetsul fora do armotivação para policiais, que receberam apenasbetsul fora do ardezembro o décimo-terceirobetsul fora do ar2016, e quatro ou cinco computadores para serem usados pelos cercabetsul fora do ar50 agentes que atuam na Delegaciabetsul fora do arHomicídios da Capital.
"Os delegados todos têm computador, mas os policiais não. Quando não preciso do meu, coloco um policial para trabalhar nele. Estou otimizando recursos", diz Carnevale.
O delegado não se prolongabetsul fora do arqueixas e ressalta o esforço quebetsul fora do arequipe tem feito para trabalhar. É só que trabalhar está mais difícil. "Não estou nem falandobetsul fora do arconseguir a cereja do bolo, não. É para fazer o básico, o feijão com arroz."
Ele afirma que apurar as mortesbetsul fora do arpoliciais não pode ser mais importante que investigar homicídiosbetsul fora do arcidadãos comuns, mas ressalta a importânciabetsul fora do arse punir quem atenta contra agentesbetsul fora do arsegurança do Estado.
"A reposta a essas mortes é uma maneirabetsul fora do arimpor limites à atividadebetsul fora do arcriminosos que acham que podem medir forças ou mesmo se sobrepor à forçabetsul fora do arum policial. Se ele faz isso, aí mesmo que não tem mais limites", considera.
Denúnciabetsul fora do arbanda podre
Quatro suspeitos foram identificados pela mortebetsul fora do arClayton. Um deles, Luan Lopes da Silva, o Luanzinho, foi encontrado mortobetsul fora do ardezembrobetsul fora do ar2015. Havia uma recompensabetsul fora do arR$ 20 mil estipulada parabetsul fora do arprisão.
Luanzinho se intitulava "matadorbetsul fora do arpoliciais", e logo antesbetsul fora do armorrer liderou um ataque à UPP do Jacarezinho que matou outros dois agentes.
Além dos traficantes, o promotorbetsul fora do arJustiça Sauvei Lai diz que denúncias anônimas apontaram para o envolvimentobetsul fora do arPMs no assassinatobetsul fora do arClayton. A Corregedoria da Polícia Militar foi acionada, mas a denúncia não foi comprovada.
O promotor diz que faltam provas contundentes para embasar uma denúncia contra os suspeitos da execução.
"Os traficantes foram identificados e conseguimos comprovar que haveria interesse na morte do Clayton", diz Lai, titular da 30ª Promotoriabetsul fora do arInvestigação Penal da 1ª Centralbetsul fora do arInquéritos e responsável pelo caso do PM. "Mas polícia não conseguiu produzir com êxito uma comprovação contundente da participação desses indiciados", acrescenta.
De acordo com o promotor,betsul fora do arnada adianta o Ministério Público oferecer uma denúncia "de forma açodada" se as provas forem frágeis, já que os réus acabarão sendo inocentados por júri popular, que costuma ter uma alta taxabetsul fora do arabsolvição.
O promotor se reuniu com Cassia Roth ebetsul fora do aradvogada para conversar sobre o processobetsul fora do arClayton e formasbetsul fora do arbuscar provas mais robustas. Um dos caminhos foi solicitar uma períciabetsul fora do arimagens filmadasbetsul fora do aruma câmera que o PM levava durante as operações, para que pudessem ser usadas nas investigações.
As imagens não trouxeram revelações sobre o momento do crime - mas corroboraram a idoneidade do policial embetsul fora do aratuação na UPPbetsul fora do arManguinhos.
"Mostram que ele era um PM atuante. Que, quando prendia, havia propostabetsul fora do arsuborno, e ele recusava. Que estava realmente desagradando o tráfico local, que portanto teria interessebetsul fora do armatá-lo."
Ainda assim, diz o promotor, falta uma "balabetsul fora do arprata" para embasar a denúncia, e o caso voltou à Polícia Civil com pedidos para aprofundar as investigações.
Lai estima que, para cada dez assassinatos no Rio, apenas dois casos resultembetsul fora do ardenúncias - e apenas um acabe produzindobetsul fora do arfato uma condenação. Ele diz que faltam recursosbetsul fora do artodos os lados.
"Nós temos uma precariedade física, pessoal e estrutural. É comobetsul fora do arhospital público. O médico no hospital público não faz uma escolha? Ele vai atender o paciente que tem mais chancebetsul fora do arsobrevivência. Os policiais nas delegacias estão fazendo a mesma coisa. Cada policial recebe entre 700 e mil inquéritos para cuidar, ou até mais. É muito crime para pouco policial, temos um deficit enorme. Investigação no Brasil não é eficaz, e a razão é a deficiência pessoal e material."
Pressão familiar conta
Nesse universobetsul fora do arservidores sobrecarregados, o promotor afirma que costuma haver um "esforço maior"betsul fora do arcasosbetsul fora do arpoliciais assassinados porque os familiares colaboram, cobram e marcam presença.
"A grande maioria dos inquéritos arquivados é por faltabetsul fora do arinteresse dos familiares da vítima. Se uma vítima assassinada é traficante, então a família nem se digna a ir para a delegacia para esclarecer. E o Estado não vai correr atrás quando nem a família está correndo atrás", diz Sauvei Lai.
A americana Cassia Roth conhece bem as dinâmicas brasileiras. É pesquisadorabetsul fora do arhistória latino-americana e morou no Rio por maisbetsul fora do artrês anos.
Cientebetsul fora do arque monitorar o andamento das investigações seria importante para que elas fossem adiante, contratou uma advogada para acompanhar o processobetsul fora do arClayton. Desde a morte do parceiro, vem se engajando como pode para que o caso avance.
"É muito triste saber que ter recursos e educação fazem diferença para que as coisas funcionem no Brasil. Eu era uma estudantebetsul fora do ardoutorado e tive acesso a coisas que outros brasileiros mais pobres não têm, só porque tenho mais recursos. É desanimador ver que as pessoas precisam lutar tanto para conseguir seus direitos. É angustiante conviver com esse tipobetsul fora do arburocracia todos os dias."
Cassia teve contato com investigadores e com o promotor responsável pelo processo, buscou integrantes da Comissãobetsul fora do arDireitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Riobetsul fora do arJaneiro (Alerj), abriu uma páginabetsul fora do arum sitebetsul fora do arfinanciamento coletivo para reunir recursos para ajudar a famíliabetsul fora do arClayton e escreveu um artigo relacionando o caso à situaçãobetsul fora do arsegurança pública do Rio para o blog acadêmico Nursing Clio, do qual é colaboradora.
No texto, contextualiza a morte dele com o históricobetsul fora do arviolência nas favelas do Rio, a criação das Unidadesbetsul fora do arPolícia Pacificadora e a reputação da polícia fluminensebetsul fora do aragirbetsul fora do arforma violenta e corrupta, e diz que Clayton foi alvejado e executado por ser reconhecido embetsul fora do arunidade - e pelos traficantesbetsul fora do arManguinhos - como um policial honesto e trabalhador.
Também fala sobre como se sentiu quando uma operação policial para prender os suspeitos da morte do noivo resultoubetsul fora do arforma desastrosa, atingindo e matando com uma bala perdida o menino Cristian Soares Andrade,betsul fora do ar13 anos, na favelabetsul fora do arManguinhos.
A morte gerou comoção na comunidade e foi condenada por organizações defensorasbetsul fora do ardireitos humanos, como a Anistia Internacional.
Em seu artigo, Cassia considerou que as mortesbetsul fora do arClayton ebetsul fora do arCristian eram parte do mesmo espectro, e questionou por que as organizações que tinham saídobetsul fora do ardefesa do rapaz não tinham se manifestado quando seu parceiro policial foi assassinado.
"Dói quando a Justiça que (os policiais) estavam tentando fazer é para o seu ente querido, e aqueles que parecem defender os direitos humanos apagam a possibilidadebetsul fora do arque Clayton também tivesse esses direitos", comentou no artigo.
Desde a morte do parceiro, a historiadora vê se exacerbar a desconfiança com a atividade policial, o que já sentia durante o namorobetsul fora do artrês anos.
Era comum ouvir manifestaçõesbetsul fora do arsurpresa por estar com um policial militar. "As pessoas me questionavam, como se não conseguissem imaginar que uma doutoranda pudesse se apaixonar por um PM", diz ela.
"Depois que ele morreu, uma acadêmica brasileira me falou: 'vamos te arranjar um outro brasileiro que não seja um policial militar'", lembra Cassia, que até hoje se enfurece ao lembrar do episódio.
Ela evita comparações com os Estados Unidos, e lembra que lá há muitas questões problemáticas na polícia, casos que explicitam um racismo estrutural. "Mas, generalizando muito, acho que há mais respeito por policiais."
Trajetória interrompida
Cassia chegou ao Brasilbetsul fora do ar2011 para fazer a pesquisa para seu doutorado, sobre saúde reprodutiva e direitosbetsul fora do armulheres brasileiras entre 1890 e 1940, após a abolição da escravatura.
Foi apresentada a Clayton por um amigobetsul fora do arcomum,betsul fora do ar2012, fazendo a longa trilha que sobe do Parque Lage, no Jardim Botânico, até o Cristo Redentor. Lembra que estava com duas amigas brasileiras, e que ele levou suas mochilas para aliviá-las do peso. A oferta mexeu com seus brios feministas.
"Eu achei aquilo ridículo, mas ele perguntou se eu queria que carregasse a minha também. Falei que não precisavabetsul fora do arum homem, que podia carregar a minha própria mochila", ri. "Na semana seguinte, marcamosbetsul fora do arsair, e alguma coisa clicou", lembra.
"O Clayton era um ser humano extraordinário. Cresceubetsul fora do arcondições muito adversas e sempre lutou para ser uma pessoa melhor. Fico muito triste que ele não pôde ter a vida que ele merecia", diz a historiadora, que levou para a Escócia o vira-lata Fox, que o noivo encontroubetsul fora do arBonsucesso e o casal adotou. "Ele agora é o reibetsul fora do arEdimburgo."
Clayton tinha ensino médio completo e origens "muito humildes", filhobetsul fora do armãe nordestina que veio para o Rio atrásbetsul fora do aremprego. Ainda estava na Escola da Formaçãobetsul fora do arPraças da PMERJ (Cefap) quando se conheceram.
"Ele era muito idealista. Acreditava no projeto das Unidadesbetsul fora do arPolícia Pacificadora (UPPs). Mas foi se desencorajando com o que viu. Ele não era corrupto, isso as investigações confirmam com muita clareza. Mas outros a seu redor eram", diz Cassia.
Notícia pelo Google
A americana estavabetsul fora do arLos Angeles e tinha acabadobetsul fora do arembarcarbetsul fora do arum avião para ir ver os avós quando soube do assassinato. Estava inquieta com a faltabetsul fora do arnotícias do parceiro, que não respondera suas últimas mensagensbetsul fora do artexto.
Antes da decolagem, por um impulso jogou as palavras no Google: "Policial militar, UPP Manguinhos". E viu a notíciabetsul fora do arque um policial lotado naquela unidade havia sido baleado a caminhobetsul fora do arcasa na Ilha do Governador, onde ela morava com o noivo.
"Liguei para seu irmão, e o Clayton tinha acabadobetsul fora do armorrer. Saí do avião e peguei o próximo voobetsul fora do arvolta para o Rio."
Ao chegar, Cassia foi do aeroporto direto para o enterrobetsul fora do arClayton. No caminho, passou necessariamente pela Estrada do Galeão, onde ele fora baleado. Hoje, ela continua voltando ao Brasil periodicamente para cuidarbetsul fora do arburocracias relacionadas ao caso, que incluem um pedido póstumobetsul fora do arreconhecimentobetsul fora do arunião civil, no qual deu entrada para tentar ajudar a famíliabetsul fora do arClayton financeiramente.
Depois da grande históriabetsul fora do aramor que viveu, ela pena toda vez que tem que voltar ao Brasil. "Vamos dizer que já não tenho mais um bom relacionamento com o Rio. É muito difícil para mim estar na cidade."
Cassia não acredita que Justiça possa ser feita no casobetsul fora do arClayton. "Justiça seria ele ter a vida que merecia, e isso nunca vai acontecer." Mas considera que prender e responsabilizar as pessoas que o mataram é o mínimo que o Estado deveria fazer.
"A frase 'fazer o quê?' jamais deveria ser usada para falar da morte do seu parceiro, e no entanto eu ouvi isso muitas vezesbetsul fora do arpessoas no Rio. Os assassinos do Clayton ainda estão foragidos. 'Fazer o quê, é o Brasil.' Ele foi preso por fazer seu trabalho. 'Fazer o quê, é a Polícia Militar'. O fatobetsul fora do arbrasileiros estarem resignados a não haver uma responsabilização é trágico", lamenta.
Ela ressalta que não quer fazer qualquer julgamento sobre os brasileiros. "Minha crítica é a um governo e um sistema judicial que forçam as pessoas a não esperarem qualquer resolução", diz.
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