As oportunidades comerciais criadas pelo Brexit para o Brasil e a América Latina:e gol apostas

Jato da British Airways

Crédito, Jack Taylor

Legenda da foto, Governo britânico espera que tratados comerciais decolem com o Brexit

Mercado reduzido

Ainda que a União Europeia seja um mercado crucial para muitos países latino-americanos, o comércio com o Reino Unido é mais reduzido. Um exemplo é o Brasil: apesare gol apostasser o maior exportador regional para os britânicos, o volume negociado corresponde a apenas 2% das exportações totais brasileiras.

Theresa May y Juan Manuel Santos

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A Colômbia é um dos maiores exportadores latino-americanos para o Reino Unido

Entre as grandes economias latino-americanas, a Colômbia é a mais dependente das compras britânicas, mas mesmo assim o totale gol apostassuas exportações com destino a Londres e adjacências ée gol apostasapenas 2,5%, a maior parte delas carvão.

E um volume que,e gol apostas2015, foie gol apostasapenas US$ 800 milhões.

"Tanto o Brasil como outros países sul-americanos sempre tiveram os EUA com um parceiro lógico por questões geográficas e culturais. Ao mesmo tempo, o Reino Unido se fiou nos vizinhos europeus. Os dois lados agora podem explorar novas oportunidades. Especialmente quando o presidente americano, Donald Trump, adota uma linha protecionista ee gol apostasrestriçãoe gol apostasimportações", analisa o economista americano Herman Santiago, sócio da Nabas International Lawyers, consultoria com sedee gol apostasLondres e que há maise gol apostas10 anos trabalha com empresas britânicas buscando investimentos no Brasil.

O governo britânico espera aumentar os laços comerciais com a América Latina, algo expressado pelo envio recentee gol apostasmissões comerciais à região. E os defensores do Brexit argumentam que, sem os entraves impostos pela negociação coletiva dos países da UE, o Reino Unido poderá desenvolver novas relações comerciais, incluindo tratadose gol apostaslivre comércio.

"Países com mais abertura comercial, como Chile, Colômbia, Peru e México, terão vantagense gol apostastratados comerciais com o Reino Unido", explica Castro-Fontoura.

Alegoria ironizando o Brexit e a primeira-ministra britânica, Theresa May

Crédito, AFP

Legenda da foto, A decisãoe gol apostassair da União Europeia dividiu os britânicos

No caso do Brasil, isso seria mais preocupante diante do fatoe gol apostasque o país tem uma das economia mais restritas da região - no mais recente Índicee gol apostasLiberdade Econômica, um ranking anual publicado pelo jornal americano Wall Street Journal, o país apareceu apenase gol apostas118º lugar entre os 178 analisados.

"O Brasil precisará mudar essa mentalidade se quiser se beneficiar do Brexit", afirma Santiago.

Vantagens específicas

Pode-se dizer, talvez, que países latino-americanos tenham algumas vantagens pouco usuaise gol apostasfuturas negociações com Londres. Teriam do outro lado da mesa negociadores britânicos relativamente pressionados pela necessidadee gol apostasrestabelecer relações com dezenase gol apostasoutras nações durante décadas guiadas pelos acordos da UE.

As maiores economias, como Brasil e México, poderiam aproveitar a urgência política britânicae gol apostasmostrar resultados tangíveise gol apostasnegociações comerciais - mais particularmente, a necessidadee gol apostasconvencer um eleitorado cada vez mais céticoe gol apostasque o Reino Unido tem novas oportunidades após seu divórcio da UE.

Investimentos

Outra questão crucial é a dos investimentos britânicos na América Latina, especialmente no setore gol apostasmineração. Na Colômbia, por exemplo, Londres é o segundo maior investidor no país, com cifras que chegaram a US$ 6 bilhões nos últimos oito anos, segundo dados da Embaixada Britânicae gol apostasBogotá.

De acordo com números mais recentes, os investimentos diretos britânicos no Brasil correspondem a apenas 3% dos US$ 64 bilhões que o país recebeue gol apostas2015.

Big Ben

Crédito, AFP

Legenda da foto, Britânicos foram investidores maciços na América Latina no Século 19

Mas no Peru, por exemplo os investimentos britânicos foram o maior entre todos os países (18%), segundo dados da agência governamental Proinversión.

"O intercâmbioe gol apostasprodutos e serviços entre o Reino Unido e a América Latina tem imenso potencial. E Londres está enfrentando seu maior desafio desde da Era Industrial", diz Herman Santiago.

Mas há também preocupações: a libra esterlina tem desvalorizado desde o anúncio do Brexit, o que diminui o poder aquisitivo dos britânicos. Muitos economistas também advertem que a economia britânica crescerá mais devagar a partir da conclusão das neogiações do Brexit, prevista para 2019 - o que poderia reduzir o porenciale gol apostasinvesitmentoe gol apostasempresas britânicas.

História

No século 19, o Reino Unido foi a grande força comercial na América Latina e há quem veja no Bexit a possibilidadee gol apostaso empreendedorismo britânicos será reanimado pela separação da UE.

O capital britânico financiou estradase gol apostasferro na Argentina e no Brasil, bem como a indústria mineradora no México, por exemplo.