‘Titanic naufragando’ e ‘Temer tóxico’: a repercussão das delações da JBS na imprensa mundial:fb12bet

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Legenda da foto, Imprensa internacional destacou que novas delações perpetuam crise e lançam dúvidas quanto ao futuro do país

fb12bet A revelação do conteúdo das delações premiadas dos executivos do grupo JBS e dos áudios gravados pelo empresário Joesley Batistafb12betconversas com Michel Temer, além da aberturafb12betinquérito contra o presidente no Supremo Tribunal Federal (STF), tiveram grande repercussão na imprensa ao redor do mundo.

O jornal americano The Washington Post afirmou que os últimos dois dias "pioraram a péssima situação do Brasil, fazendo o mercado financeiro despencar e apagando os incipientes sinaisfb12betuma recuperação econômica do país".

"Há três anos, o país está às voltas com uma grande investigação. Promotores dizem que precisam drenar o pântanofb12betsubornos, propinas e favorecimentos que engolem o sistema político do país. Mas, agora, parece que eles tentam drenar um oceano", disse o jornal

O The New York Times destacou que o país vinha se preparando para superar uma fase ruim, "com o mercado financeirofb12betalta, banqueiros comemorando, legisladores se unindofb12bettorno do cortefb12betgastos e a inflação aparentemente controlada". "Então,fb12betuma questãofb12bethoras, tudo começou a demoronar."

As novas delações "bombásticas mostram claramente que a turbulência econômica e política no maior país da América Latina está longe do fim". "Além disso, os políticos na linhafb12betsucessãofb12betTemer - inclusive os presidentes da Câmara e do Senado - estão envolvidosfb12betinvestigações por corrupção, o que gera uma grande preocupação quanto à liderança e ao futuro do país", afirma o jornal americano.

O espanhol El País disse que Temer tornou-se um "ativo tóxico,fb12bettermos políticos", ressaltando que o presidente perdeu aliadosfb12betmeio à crise, principalmente entre "os outros quatro partidos que formam o governo", além do PMDB.

"Talvez o golpe mais simbólico tenha vindo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, um dos barões do PSDB, e um ferrenho defensorfb12betTemer no começofb12betseu mandato, que,fb12betuma mensagem no Facebook, personificou o rechaço do establishment ao infeliz presidente: 'Tem a obrigação moralfb12betfacilitar a solução, ainda que seja com renúncia. O país tem pressa'."

O jornal argentino La Nación destacou as manifestações contra Temer após as delações virem à público, dizendo que a população, "fartafb12betcorrupção", voltou às ruas. "Em meio ao caos e à confusão política que reinam no país, as únicas duas coisas que estão claras para os brasileiros são: querem que Temer renuncie e que convoque eleições diretas."

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Legenda da foto, Joesley Batista gravou conversa que teve com o presidente Michel Temer

A emissora alemã Deutsche Welle ressaltoufb12betseu portal que Temer está no poder há pouco maisfb12betum ano e afirmou que,fb12betmeio ao novo escândalo, a situação do presidente se complica. "Apesarfb12betsua promessafb12betnão renunciar, após as revelaçõesfb12betsexta-feira, é difícil para ele se manter no poder."

Na França, o jornal Le Figaro disse que "nuvens negras se acumulam sobre a cabeça do president Temer". "Tudo vai depender nos próximos dias se o chefefb12betEstado conseguirá manter suas alianças políticas, caso contrário, ficará isolado e irremediavelmente enfraquecido."

O jornal britânico Financial Times também destacou a situação delicada do presidentefb12betuma matéria na qual fala que um "açougueiro brasileiro deixa Presidênciafb12betTemer na ponta da faca".

A publicação disse que as delações "ameaçam derrubar o impopular governofb12betcentro-direitafb12betTemer e atrasar reformas que buscam reestabelecer as finançasfb12betcrise do país". "A questão é saber se a delação é sólida o suficiente para trazer abaixo o já instável governo Temer."

Porfb12betvez, o também britânico The Guardian afirmou que o Brasil se prepara para mais uma "carnificina política" com a acusação formal do presidente feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

O jornal disse que Temer vem "cambaleandofb12betcrisefb12betcrise desde que assumiu o poder após planejar o impeachmentfb12betsua companheirafb12betchapa", Dilma Rousseff.

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Legenda da foto, Delações levaram a novos protestos contra o governofb12betdiversos pontos do país

"As acusações contra o presidente abrem caminho para uma intensa batalha constitucional entre o Judiciário e o governo, aumentando a já alta tensão que levou a protestos violentos", afirmou o The Guardian.

A agênciafb12betnotícias Bloomberg ressaltou como o novo escândalo ainda surpreende um país que já adquiriu uma casca grossa graças a tantos casosfb12betcorrupção. "No últimos três anos, não faltaram momentosfb12betcair o queixo", dissefb12betuma reportagem.

Jáfb12betum editorial, a Bloomberg afirmou que, "na mais recente reviravolta, a saga aparentemente sem fim não apenas ameaça paralizar reformas econômicas vitais, mas indica que a corrupção no governo brasileiro está literalmente forafb12betcontrole".

"Independentemente da culpa ou inocênciafb12betTemer, o brasileiro comum dificilmente aceitará fazer sacrifícios se legisladores enriquecem ilegalmente sem medofb12betpunições. Se isso não mudar, as reformas econômicas são uma causa perdida - assim como o Brasil".

Em matéria publicada no seu site, a revista Forbes comparou o Brasil a um "Titanic naufragando" e diz que Temer "precisafb12betum bote salva-vidas". A publicação debate os possíveis desfechos da crise e o futuro do governo, destacando que,fb12betmeio à crise, as reformas discutidas no Congresso "ficam fb12betsegundo plano".

No casofb12beteleições, disse na reportagem, Lula desponta como favorito. "Se ele ganhar, não é difícil imaginá-lofb12betuma posição semelhante àfb12betDilma ou Temerfb12betalgum momento no futuro, ou seja, voltamos mais uma vez a ter uma Presidência frágil no Brasil."