Guia da delação da JBS: entenda as acusações que abalaram o mundo político:novibet 50 free spins
novibet 50 free spins O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou nesta sexta-feira o conteúdo das delações premiadas dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos do grupo JBS.
O grupo, que se tornou a maior empresa processadoranovibet 50 free spinscarne do mundo durante as gestões do PT no Planalto, é alvonovibet 50 free spinscinco operações da Polícia Federal, que investigam pagamento milionárionovibet 50 free spinspropinas a agentes públicos.
Assim como as delaçõesnovibet 50 free spinsexecutivos da Odebrecht, as confissões da JBS atingemnovibet 50 free spinscheio o sistema político brasileiro e partidos que se revezam no poder desde a redemocratização.
Joesley Batista afirmou que como "controlador do maior grupo empresarial privado não-bancário do país", procurava obter "boa vontade do conjunto da classe política" com a empresa.
Por isso, disse, esforçava-se para atender a maiorianovibet 50 free spinspedidosnovibet 50 free spinsdinheironovibet 50 free spinspolíticos e partidos, para obter "facilidadenovibet 50 free spinscasonovibet 50 free spinsnecessidade ou conveniência" e "evitar antipatia".
Os indícios apresentados pelos executivos da JBS ainda precisam ser investigados, e não há até o momento nenhuma conclusão sobre a veracidade dos relatos.
Confira aqui os principais pontos que envolvem o presidente Michel Temer (PMDB). Abaixo, outros destaques das confissões dos executivos:
Contas milionárias para Dilma e Lula
Após operaçãonovibet 50 free spins2009novibet 50 free spinsque o BNDES comprou US$ 2 bilhõesnovibet 50 free spinstítulos da JBS, Joesley disse que abriu uma offshore (conta que pode ser usada para esconder origemnovibet 50 free spinsativos) no exterior com créditonovibet 50 free spinsUS$ 50 milhões - valor que, segundo o empresário, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega disse que seria para o ex-presidente Lula.
No finalnovibet 50 free spins2010, Mantega, afirma o executivo, pediu a aberturanovibet 50 free spinsuma nova conta, que agora seria para Dilma. "JB (Joesley Batista) indagou se Lula e Dilma sabiam do esquema, e Guido disse que sim", afirma o documento apresentado por Joesley ao Ministério Público Federal.
Essa conta, diz Joesley, foi abastecida com propinanovibet 50 free spinsUS$ 30 milhões originadanovibet 50 free spinsum financiamentonovibet 50 free spinsUS$ 2 bilhões que a JBS recebeunovibet 50 free spins2011 do BNDES para comprar uma plantanovibet 50 free spinscelulose.
Essas duas contas, segundo a delação, somavam US$ 150 milhõesnovibet 50 free spins2014, valores oriundosnovibet 50 free spins"ajustes sucessivosnovibet 50 free spinspropina do esquema BNDES e do esquema gêmeo que funciona nos fundos Funcef e Petros (fundosnovibet 50 free spinspensãonovibet 50 free spinsfuncionários da Caixa Econômica Federal e Petrobras)".
Encontro 'olhos nos olhos' com Lula
Joesley Batista diz que se encontrou com o ex-presidente no Instituto Lulanovibet 50 free spinsoutubronovibet 50 free spins2014, quando teria dito a ele que as doaçõesnovibet 50 free spinscampanha da empresa naquele ano superavam R$ 300 milhões.
O executivo disse ter questionado Lula se "ele percebia o risconovibet 50 free spinsexposição que isso atraía, com base na premissa implícitanovibet 50 free spinsque não havia plataforma ideológica que justificasse tamanho montante".
O ex-presidente, afirmou, "olhou nos olhos dele mas não disse uma palavra".
Em nota, advogadosnovibet 50 free spinsLula afirmam que as afirmaçõesnovibet 50 free spinsJoesley "não decorremnovibet 50 free spinsqualquer contato com o ex-presidente, mas, sim,novibet 50 free spinssupostos diálogos com terceiros, que sequer foram comprovados."
"A verdade é que a vidanovibet 50 free spinsLula enovibet 50 free spinsseus familiares foi - ilegalmente - devassada pela Operação Lava Jato. Todos os sigilos - bancário, fiscal e contábil - foram levantados e nenhum valor ilícito foi encontrado, evidenciando que Lula é inocente", afirma o texto.
Encontro com Dilma e 'doação' para Pimentel
O dono da JBS descreve uma audiência com Dilmanovibet 50 free spinsnovembronovibet 50 free spins2014 no Palácio do Planalto.
Na ocasião, afirmou, disse ter discutido com a então presidente um pedidonovibet 50 free spinscontribuiçãonovibet 50 free spinsR$ 30 milhões feito por Edinho Silva (PT), atual prefeitonovibet 50 free spinsAraraquara e coordenador financeiro da campanhanovibet 50 free spinsDilma naquele ano, para a campanhanovibet 50 free spinsFernando Pimentel (PT) ao governonovibet 50 free spinsMinas.
Ele disse ter informado Dilma que o saldo das duas contas acertadas com Mantega se esgotaria caso o pedido fosse atendido. "Dilma confirmou a necessidade e pediu que procurasse Pimentel", diz trecho do acordonovibet 50 free spinsdelação.
O valor foi repassado após encontro com Pimentel, disse Joesley, mediante compranovibet 50 free spins3% da empresa concessionária do estádio Mineirão.
Na prestaçãonovibet 50 free spinscontas da campanhanovibet 50 free spinsPimentel, aparecem repassesnovibet 50 free spinsR$ 3,9 milhões da JBS.
A assessoria do governadornovibet 50 free spinsMinas afirmou que as afirmaçõesnovibet 50 free spinsJoesley "não têm nenhum suportenovibet 50 free spinsprovas ou evidências materiais". "Novamente, acusações levianas vêm a público sem que a versão do acusador apresente comprovações que sustentemnovibet 50 free spinsversão", diz a nota.
Dilma, afirmou, tambémnovibet 50 free spinsnota, que "jamais tratou ou solicitou pagamentos ou financiamentos ilegais" para campanhas, e que não teve e nunca autorizou a aberturanovibet 50 free spinsempresasnovibet 50 free spinsseu nomenovibet 50 free spinsparaísos fiscais.
Propina no BNDES via Guido Mantega
Joesley Batista diz que o apoio do BNDES (Banco Nacionalnovibet 50 free spinsDesenvolvimento Econômico e Social) à internacionalização do grupo JBS ocorreu mediante pagamentosnovibet 50 free spinspropinas durante os governos Lula (2003-2010) e Dilma (2011-2016).
Ele aponta a figuranovibet 50 free spinsGuido Mantega, ex-presidente do BNDES (2004-2006) e ex-ministro da Fazenda (2006-2015), como fundamental ao fechamento dos acordos.
Entre as operações que teriam motivado propinanovibet 50 free spins4% por operação, Joesley cita um financiamentonovibet 50 free spinsUS$ 80 milhões para compra da Swift da Argentina,novibet 50 free spins2005, e as aquisiçõesnovibet 50 free spins25% do capital social da JBS pelo banco estatal, ao valornovibet 50 free spinsUS$ 1 bilhão,novibet 50 free spins2007 e 2008.
Joesley também diz que chegou a pagar uma cestanovibet 50 free spinsNatalnovibet 50 free spinsR$ 17 mil ao ex-ministro,novibet 50 free spinsoperações intermediadas pelo empresário italiano Victor Sandri, amigonovibet 50 free spinsMantega.
A partirnovibet 50 free spins2009, Joesley diz que passou a tratar diretamente com Mantega, sem intermediários, e cita um diálogonovibet 50 free spinsque o ex-ministro teria dito que acertariam os percentuaisnovibet 50 free spinspropina "caso a caso".
A partirnovibet 50 free spins2014, disse Joesley, ele passou a ter encontros quase semanais com Mantega,novibet 50 free spinsreuniõesnovibet 50 free spinsque o ex-ministro apresentava "múltiplas listasnovibet 50 free spinspolíticos e partidos que deveriam receber doaçõesnovibet 50 free spinscampanha".
Joesley cita ainda ter feito, a pedidonovibet 50 free spinsMantega, um empréstimonovibet 50 free spinsUS$ 5 milhões à empresa Pedala Equipamentos Esportivos, que acabou não sendo pago, e um investimentonovibet 50 free spinsUS$ 20 milhõesnovibet 50 free spinsuma conta no exterior.
A BBC Brasil entrounovibet 50 free spinscontato com o BNDES e questionou se o banco se manifestará sobre as afirmações, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
Também deixou recado, sem sucesso, no escritório do advogado José Roberto Batochio, que atende Mantega. Não foi possível localizar Victor Sandri nos telefones identificadosnovibet 50 free spinsseu nome.
Em nota, o BNDES, cujo braçonovibet 50 free spinsparticipações possui 21,3% da JBS, informou que que "a diretoria e os empregados do banco são os principais interessados na apuraçãonovibet 50 free spinsquaisquer eventuais fatos que tenham ocorridonovibet 50 free spinsrelação a suas operações e ao eventual uso do banco por terceiros".
O banco disse colaborar com todas as autoridades públicas e que constituiu comissão interna para avaliar "todos os fatos relacionados às operações realizadas com a empresa (JBS)".
'Fiel' ajuda a Aécio
Joesley Batista diz ter sido o "maior e mais fiel" financiador da campanha eleitoralnovibet 50 free spinsAécio Neves (PSDB), senador afastado, ex-governadornovibet 50 free spinsMinas e candidato derrotado à Presidêncianovibet 50 free spins2014.
Afirma ter atendido um pedidonovibet 50 free spinspropina ao comprar "sem necessidadenovibet 50 free spinsuso" um prédionovibet 50 free spinsR$ 18 milhõesnovibet 50 free spinsBelo Horizonte.
Relata também o pedidonovibet 50 free spinsAndrea Neves, irmã do tucano,novibet 50 free spinspropinanovibet 50 free spinsR$ 2 milhões "com o argumento que ele precisava pagar advogados". Diz ter dito a ela que seria arriscado pagar com notas, e que Andrea Neves - presa nesta semana - sugeriu superfaturar notasnovibet 50 free spinsadvogados que já trabalhavam para a JBS, que também seriam utilizados pelo senador.
A JBS também relata encontronovibet 50 free spinsFrederico Pacheconovibet 50 free spinsMedeiros, primonovibet 50 free spinsAécio, com um executivo da empresa para discutir maneirasnovibet 50 free spins"esquentar" repassesnovibet 50 free spinspropina que tinham sido feitos a Aécio por pagamentosnovibet 50 free spinsespécie e emissãonovibet 50 free spinsnotas frias.
Joesley relata ainda o encontro com Aécionovibet 50 free spinsmarço deste ano, cujo áudio foi gravado pelo empresário,novibet 50 free spinsque o tucano diz da necessidadenovibet 50 free spinsaprovação da leinovibet 50 free spinsabusonovibet 50 free spinsautoridade enovibet 50 free spinsanistia ao caixa 2, e faz críticas à Polícia Federal.
Em nota, Aécio já disse estar "absolutamente tranquilo quanto à correçãonovibet 50 free spinstodos os seus atos". Afirmou ainda que a relação com Joesley era "estritamente pessoal", sem envolvimento com setor público.
"O tempo permitirá aos brasileiros conhecer a verdade dos fatos e fazer ao final um julgamento justo", declarou o senador afastadonovibet 50 free spinsnota.
Notas friasnovibet 50 free spinscampanhanovibet 50 free spinsJosé Serra
Joesley Batista disse que o senador José Serra (PSDB-SP) fez uma visita à sede da JBS (a data não é especificada) pedindo doaçãonovibet 50 free spinsR$ 20 milhões paranovibet 50 free spinscampanha à Presidêncianovibet 50 free spins2010.
O dono da JBS teria doado o valornovibet 50 free spinspartes: R$ 6 milhões por meionovibet 50 free spinsnotas frias para a empresa LRC Eventos e Promoções, com a falsa vendanovibet 50 free spinsum camarote no autódromonovibet 50 free spinsInterlagos,novibet 50 free spinsSão Paulo; R$ 420 mil tambémnovibet 50 free spinsnotas frias, mas para a empresa APPM Análise e Pesquisa e o restantenovibet 50 free spinsdoações oficiais, que deveriam ser feitas seguindo indicação do candidato.
O pagamento teria sido organizado por uma amigonovibet 50 free spinsSerra, já morto.
Até a publicação desta reportagem, a assesoria do senador não havia se pronunciado sobre a delação.
Compranovibet 50 free spinsdeputados na votação do impeachment
Joesley disse a procuradores da República que o deputado João Bacelar (PR-BA) agiu para evitar que o ex-ministro Guido Mantega fosse convocado a depor na CPI do Carf, da qual Bacelar era relator.
A Comissão Parlamentarnovibet 50 free spinsInquérito foi instauradanovibet 50 free spins2016 para apurar um esquemanovibet 50 free spinsvendanovibet 50 free spinssentenças que funcionava no Conselho Administrativonovibet 50 free spinsRecursos Fiscais (Carf), órgão do Ministério da Fazenda que analisa recursos contra autuações da Receita Federal.
De acordo com a delação, Joesley teria feito a ponte entre Mantega e o parlamentar. O dono da JBS afirmou que depois disso Bacelar passou a atuarnovibet 50 free spinsdefesanovibet 50 free spinsDilma no processonovibet 50 free spinsimpeachment.
O empresário também contou aos procuradores que o parlamentar apareceu emnovibet 50 free spinscasa no sábado anterior à votação do impeachment na Câmara, tentando convencer Joesley a "comprar" alguns deputados para votarem a favornovibet 50 free spinsDilma.
Bacelar teria então apresentado uma listanovibet 50 free spins30 parlamentares que estariam dispostos a votar pela permanência da ex-presidentenovibet 50 free spinstrocanovibet 50 free spinsR$ 5 milhõesnovibet 50 free spinspropina para cada um.
Joesley disse que autorizou a compranovibet 50 free spinscinco deputados por R$ 3 milhões cada, mas afirmou não lembrarnovibet 50 free spinsseus nomes. Dos R$ 15 milhões combinados com Bacelar, R$ 3,5 milhões já teriam sido pagos.
A assessoria do PR informou que o partido "não comenta conteúdos relacionados a investigaçõesnovibet 50 free spinscurso ou procedimentos do Ministério Público e do Poder Judiciário".
Palocci e 'aulas sobre mecânica dos bastidores políticos'
Emnovibet 50 free spinsdelação, Joesley Batista contou que conheceu Antônio Paloccinovibet 50 free spins2008, quando ele não exercia cargo público. O empresário disse que "tinha curiosidadenovibet 50 free spinsatender a mecânica dos movimentos e dos bastidores políticos", como está escritonovibet 50 free spinsdocumento da PGR, e viunovibet 50 free spinsPalocci a pessoa que "poderia lhe 'dar aulas'" sobre o assunto.
Joesley teria então contratado a empresa Projeto Consutoria,novibet 50 free spinsPalocci,novibet 50 free spinsforma legal. A empresa teria também assessorado o empresárionovibet 50 free spins2009 num parecer sobre o mercado americanonovibet 50 free spinsfrango.
Em 2010, Palocci tornou-se o braço direito da ex-presidente Dilma na campanha presidencial e teria pedido R$ 30 milhõesnovibet 50 free spinsdoações a Joesley Batista.
De acordo com a delação, o valor não foi pago integralmente, mas R$ 2,8 milhões foram recebidosnovibet 50 free spinsespécie; R$ 600 mil foram divididosnovibet 50 free spinstrês notas fiscais da Hedge Assessoria e Consultoria Empresarial; e R$ 16 milhões foram pagosnovibet 50 free spinsdoações oficiais a diversos candidatos indicados por Palocci.
A defesa do ex-ministro disse que só irá se manifestar sobre o caso nos autos do processo.
Financiamentos da Caixa e decisões 'facilitadas' por Eduardo Cunha
Joesley Batista disse que as empresasnovibet 50 free spinsseu grupo obtiveram, entre 2011 e 2014, R$ 2,9 bilhõesnovibet 50 free spinsfinanciamentos na Caixa Econômica Federal e no FI-FGTS, fundo administrado pela Caixa e que aplica recursos dos trabalhadoresnovibet 50 free spinsprojetosnovibet 50 free spinsinfraestrutura.
Esses empréstimos, disse Joesley, foram facilitados pelo deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ),novibet 50 free spinsoperações intermediadas pelo doleiro Lucio Funaro, também preso pela operação Lava Jato.
Os financiamentos, disse, originaram R$ 90 milhõesnovibet 50 free spinspropinas pagas por "um sistemanovibet 50 free spinsconta-corrente criado para registrar as entradas decorrentes dos financiamentos e as saídas" - que, segundo ele, eram pagamentosnovibet 50 free spinsespécie ou notas emitidas para empresas indicadas por Funaro.
"JB (Joesley Batista) conduziu múltiplas tratativas com Eduardo Cunha e Lucio Funaro que envolviam corrupção", diz o documento apresentado pelo empresário.
O executivo disse ainda ter obtido, via Cunha, duas medidas no Ministério da Agricultura na gestãonovibet 50 free spinsAntônio Andrade (PMDB-MG), atual vice-governadornovibet 50 free spinsMinas Gerais, que interessavam à JBS, pelas quais pagou R$ 7 milhõesnovibet 50 free spinspropina ao deputado cassado.
Antes desses supostos acertos, que teriam ocorridonovibet 50 free spins2014 e 2015, Joesley relata que ele e Cunha quase se agrediramnovibet 50 free spinsencontro no gabinete do ministro da Agricultura, porque o deputado cassado reclamara que o empresário apresentava "demandas muito difíceis", "insinunando que a dificuldade impedia a obtençãonovibet 50 free spinspropinas".
Joesley diz que chegou a pagar propina transferindo um helicóptero a Funaro e que pagava R$ 400 mil por mês ao operador, presonovibet 50 free spinsjunhonovibet 50 free spins2016, até o momento da delação.
O executivo afirmou ainda que foi procurado por Cunha entre agostonovibet 50 free spins2014 e janeironovibet 50 free spins2015, com pedidonovibet 50 free spinspropina para ajudar na eleição dele à Presidência da Câmara. Afirmou ter pago R$ 30 milhões,novibet 50 free spinsolho na "ascensão" e nas "chances"novibet 50 free spinsCunha vencer o pleito, o que acabou ocorrendo.
Ele diz ainda que acertou com o deputado cassado, quando ele presidia a Câmara dos Deputados, a manutenção do setornovibet 50 free spinsaves na desoneração da folhanovibet 50 free spinspagamento, pela qual disse ter repassado R$ 20 milhõesnovibet 50 free spinsespécie.
A BBC Brasil entrounovibet 50 free spinscontato com a assessoria do vice-governadornovibet 50 free spinsMinas, mas não obteve resposta. A reportagem não conseguiu contato com as defesasnovibet 50 free spinsEduardo Cunha e Lucio Funaro.
Propina para campanhas no Ceará
Joesley Batista disse que pagou R$ 5 milhõesnovibet 50 free spinspropina para a campanhanovibet 50 free spinsreeleiçãonovibet 50 free spinsCid Gomes (hoje do PDT) ao governo do Cearánovibet 50 free spins2010, e que R$ 3,5 milhões foram pagos com notas frias.
Os valores foram pagos, disse, para liberar créditos legítimosnovibet 50 free spinsICMS que ao grupo tinha receber do Estado.
O executivo afirmou ainda ter sido procurado por Cidnovibet 50 free spins2014 com um pedidonovibet 50 free spinscontribuição para a campanha do atual governador Camilo Santana (PT), que foi o candidatonovibet 50 free spinsCid.
No primeiro encontro, segundo o relato, ele disse a Cid que a JBS tinha R$ 110 milhões a recebernovibet 50 free spinscréditos do governo, e que por isso seria difícil contribuir.
Depois disse ter sido procurado por dois enviados do governo, entre eles o deputado federal licenciado Antonio Balhmann, atual secretárionovibet 50 free spinsAssuntos Internacionais do Ceará, com a propostanovibet 50 free spinsliberação dos créditos mediante pagamentonovibet 50 free spinsR$ 20 milhões.
Afirmou ter feito o acerto, pelo qual a JBS conseguiu R$ 98 milhõesnovibet 50 free spinscréditos e repassou R$ 9,8 milhões mediante emissãonovibet 50 free spinsnotas frias (sem prestaçãonovibet 50 free spinsserviços) e R$ 10,2 milhõesnovibet 50 free spinspropinas "dissimuladasnovibet 50 free spinsdoações oficiais"novibet 50 free spinscampanha.
A campanhanovibet 50 free spinsCamilo Santana declarou R$ 4 milhõesnovibet 50 free spinsdoações da JBS, alémnovibet 50 free spinsaproximadamente R$ 335 milnovibet 50 free spinsrecursos da empresa recebidos via comitê da campanhanovibet 50 free spinsDilma Rousseff.
O governador Camilo Santana disse saber do caso apenas pela imprensa. "O que posso afirmarnovibet 50 free spinsforma categórica é que o ex-governador Cid trata-senovibet 50 free spinsum homem sério, honrado e que não compactua com coisas erradas. Sobre as doações realizadas na campanha eleitoral, as informações que tenho sãonovibet 50 free spinsque foram feitasnovibet 50 free spinsforma absolutamente correta e dentro da lei", disse.
A reportagem não conseguiu localizar representantes do ex-governador Cid Gomes.
Pagamentos a Marta Suplicy
A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) teria pedido R$ 1 milhão paranovibet 50 free spinscampanha ao Senadonovibet 50 free spins2010, segundo delaçãonovibet 50 free spinsJoesley Batista.
Metade do valor teria sido pago por meionovibet 50 free spinsdoação oficial e a outra partenovibet 50 free spinsespécie. Outros pedidosnovibet 50 free spinsdoação por meionovibet 50 free spinscaixa 2 teriam acontecido entre 2015 e meadosnovibet 50 free spins2016, para a pré-campanhanovibet 50 free spinsMarta à Prefeituranovibet 50 free spinsSão Paulo.
Joesley disse que a senadora indicou seu marido, Marcio, para operacionalizar o recebimento do dinheiro. De acordo com ele, foram feitos pelo menos 15 pagamentos mensaisnovibet 50 free spinsR$ 200 milnovibet 50 free spinstrocanovibet 50 free spinspossíveis negócios caso Marta viesse a ser eleita para a prefeitura.
Procurada pela BBC Brasil, a assessoria da congressista disse que ela ainda não havia se pronunciado sobre o assunto.
Marcos Pereira e manutençãonovibet 50 free spinscargo na Caixa
Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e presidente nacional do PRB, Marcos Pereira teria recebido R$ 4,2 milhõesnovibet 50 free spinspropinanovibet 50 free spinsJoesley Batista. O dinheiro, que foi recebido ao longo do último ano, faria partenovibet 50 free spinsum montantenovibet 50 free spinsR$ 6 milhões prometidos a Pereira para que o vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Antonio Carlos Ferreira, fosse mantido no cargo. O posto eranovibet 50 free spinsindicação do PRB.
Antonio Carlos Ferreira teria procurado o empresário da JBS no processo finalnovibet 50 free spinsaprovaçãonovibet 50 free spinsum empréstimonovibet 50 free spinsR$ 2,7 bilhões, dizendo quenovibet 50 free spinspermanência na vice-presidência da Caixa dependeria do atendimento a certos pedidosnovibet 50 free spinsquem lhe indicou: no caso, Marcos Pereira. Dos R$ 6 milhões, R$ 4,2 milhões foram pagosnovibet 50 free spinsparcelas até março deste ano, faltando R$ 1,8 milhão.
Em nota, o ministro afirmou que "as informações constantes da delação premiadanovibet 50 free spinsJoesley Batista não são verdadeiras". Ele também disse que está à disposição das autoridades "para prestar os esclarecimentos necessários e afastar qualquer dúvida sobre minha conduta".
Propina para reduzir impostosnovibet 50 free spinsMato Grosso
A relação da JBS com o ex-governador do Mato Grosso Silval Barbosa (PMDB), preso desde setembronovibet 50 free spins2015 por diferentes acusações, teria começadonovibet 50 free spins2010, quando Barbosa pediu contribuições paranovibet 50 free spinscampanha eleitoral.
De acordo com Joesley,novibet 50 free spinscontrapartida, o candidato prometeu que as doações da empresa seriam compensados com a reduçãonovibet 50 free spinsimpostos estaduais. Joesley não lembra se as doações foram feitas.
Em 2011, os contatos com o então governador continuaram, mas passaram a ser feitos por Wesley Batista, irmãonovibet 50 free spinsJoesley.
No ano seguinte, Wesley e Barbosa teriam se reunido. Na ocasião,novibet 50 free spinsacordo com a delação, o dono da JBS pediu mudanças no sistemanovibet 50 free spinspagamentonovibet 50 free spinsICMS (Imposto sobre Circulaçãonovibet 50 free spinsMercadorias e Serviços) pelos frigoríficos da gigantenovibet 50 free spinsalimentos, que foram atendidas pelo governo.
Em 2012, o governador teria pedido propinanovibet 50 free spinscontrapartida às alterações, no valornovibet 50 free spinsR$ 10 milhões por ano até 2014. Ainda segundo os documentos da PGR, os valores foram pagos conforme o combinado, com exceçãonovibet 50 free spins2014, quando nem todas as parcelas foram quitadas.
As irregularidades no recolhimento do ICMS teriam continuadonovibet 50 free spins2014, quando o então Secretário da Casa Civil Pedro Nadaf sugeriu a confecçãonovibet 50 free spinsum documento falso para que o próprio Nadaf, o governador e a JBS se livrassemnovibet 50 free spinsuma açãonovibet 50 free spinsimprobidade administrativa movida pelo Ministério Públiconovibet 50 free spinsMato Grosso.
O atual governonovibet 50 free spinsMato Grosso,novibet 50 free spinsPedro Taques (PDT), disse que não comentaria as afirmações porque se referem à outra gestão. A reportagem não obteve contato com os outros citados.
Benefícios fiscaisnovibet 50 free spinsMato Grosso do Sul
A JBS teria pago propina aos três últimos governadoresnovibet 50 free spinsMato Grosso do Sul. Em 2003, no governonovibet 50 free spinsZeca do PT (1999-2006), Joesley Batista teria acertado o pagamentonovibet 50 free spinspropinanovibet 50 free spins20%novibet 50 free spinsqualquer benefício fiscal concendido à empresa no Estado.
Em 2010, o mesmo Zeca teria pedido R$ 3 milhões paranovibet 50 free spinscampanha eleitoral, pagosnovibet 50 free spinsduas partes: R$ 1 milhãonovibet 50 free spinsdoação oficial e R$ 2 milhõesnovibet 50 free spinsespécie.
Segundo a delação, com o governador seguinte, André Puccinelli (PMDB), o valor da propina foi ajustado para 30% dos benefícios fiscais.
O atual governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), também teria recebido dinheiro da JBS. Em nota, negou crime e disse que os repasses foram legais.
"Esclareço que referido termo (de acordonovibet 50 free spinsbenefícios fiscais) assinadonovibet 50 free spinsminha gestão teve como objeto investimentos para ampliação e geraçãonovibet 50 free spinsempregosnovibet 50 free spinsdiversas unidades frigoríficas, conforme legalmente estabelecido pela políticanovibet 50 free spinsincentivos estadual", disse.
"Em relação à declaraçãonovibet 50 free spinsque recebi aproximadamente R$ 10 milhões dos empresários, informo que o valor exato énovibet 50 free spinsR$ 10,5 milhões repassados pelo PSDB nacional e que constam regularmente declarados na prestaçãonovibet 50 free spinscontas eleitoralnovibet 50 free spinsminha candidaturanovibet 50 free spins2014", afirmou.
A reportagem não conseguiu localizar Zeca do PT e André Puccinelli.