Após um ano, defensores do impeachment elogiam rumo da economia, mas veem 'faltapizza pizza pizza slotliderança'pizza pizza pizza slotTemer:pizza pizza pizza slot
As opiniões foram divergentes, mas prevaleceu um apoio à condução da política econômica e à agendapizza pizza pizza slotreformas, acompanhadopizza pizza pizza slotuma crítica à "faltapizza pizza pizza slotcapacidadepizza pizza pizza slotliderança"pizza pizza pizza slotTemer.
Segundo último levantamento Ipsos, apenas 4% dos brasileiros aprovam o governo do peemedebista. Para a maioria dos entrevistados nessa reportagem, a alta rejeição ao presidente resulta dapizza pizza pizza slotprópria inabilidadepizza pizza pizza slotser um "estadista" e se colocar como "líder da nação".
"Eu acho que o Temer tem uma visão brasiliense do país, uma visão do Brasil como a Praça dos Três Poderes. Ele está preocupado com o Congresso, ele não está preocupado com a sociedade, esse é um grande defeito", afirma o jurista Miguel Reale Jr., um dos autores do pedidopizza pizza pizza slotimpeachment que resultou na cassaçãopizza pizza pizza slotDilma.
"Então, há um divórcio com a sociedade porque o governo se isola e não fala com a sociedade. Nunca ninguém que fez reforma trabalhista ou previdenciária teve popularidade, mas ele teimapizza pizza pizza slotnão falar com a nação,pizza pizza pizza slotnão falar com o povo, não falar com os jovens. Isso aumentapizza pizza pizza slotimpopularidade" acrescenta.
O senador Cristovam Buarque (PPS-DF), ex-petista que votou pelo impeachmentpizza pizza pizza slotDilma, faz avaliação semelhante.
"O Temer se preocupapizza pizza pizza slotaprovar seus projetos no Parlamento, mas não parece se preocupar com a opinião pública. Termina criando um problema muito grande, que é o seu isolamentopizza pizza pizza slotrelação ao povo", acredita.
"Eu não tenho a menor duvidapizza pizza pizza slotque a gente precisa da reforma da Previdência, mas lamento que ela esteja sendo feito sem convencermos a opinião pública. Falta estadismo, que é carisma, convicção, desejopizza pizza pizza slotestar fazendo o certo do lado da opinião pública. Uma personalidade que o Temer não tem", disse ainda.
Para o senador, o fatopizza pizza pizza slotvários ministros e aliados importantes do governo no Congresso enfrentarem acusaçõespizza pizza pizza slotcorrupção também contribui para reduzir o apoio da população ao seu governo.
"Para ter credibilidade, é fundamental estar rodeado por pessoas acimapizza pizza pizza slotqualquer suspeita, e ele fez exatamente o contrário. Eu acho lamentável e um grande equívoco dele".
Já a advogada Janaina Paschoal, outra autora da denúncia que resultou no impeachmentpizza pizza pizza slotDilma, também criticou a faltapizza pizza pizza slotrigorpizza pizza pizza slotTemer com aliados suspeitospizza pizza pizza slotcorrupção, mas elogioupizza pizza pizza slotdisposiçãopizza pizza pizza slotenfrentar debates difíceis no campo econômico.
"Eu entendo que ele está promovendo reformas necessárias, porém peca por não conseguir explicar a necessidade dessas mudanças. O presidente não tem perfil para estar no 'front', ele é um homempizza pizza pizza slotbastidor. Creio que por isso concorreu a vice", ponderou.
"Ninguém pode dar o que não tem. Ele está fazendo o que pode, conforme o seu perfil. Apesar das dificuldades, não fugiu às responsabilidades e assumiu o governopizza pizza pizza slotrazão do impeachment", ressalta.
'Mérito pessoal'
O historiador Boris Fausto, porpizza pizza pizza slotvez, também vê "mérito pessoal" na decisãopizza pizza pizza slotTemerpizza pizza pizza slotpriorizar as reformas econômicas, principalmente porque os "frutos (impactos positivos dessas mudanças) só serão colhidos mais tarde e ele não vai se aproveitar disso".
"As coisas boas do governo estão concentradas no plano econômico, que era justamente o calcanharpizza pizza pizza slotAquiles do governo Dilma", acredita. "Temer tem muita habilidade para lidar com o Congresso onde a imensa maioria só pensa nos seus próprios interesses. Talvez ele consiga fazer coisas onde outros tropeçaram. Agora, líder, não vamos exagerar, ele nunca vai ser", disse também.
Apesar dos elogios na área econômica, Fausto faz duras críticas ao tratamento dado pelo atual governo aos índios e à preservação ambiental. O setor ruralista ganhou poder após a trocapizza pizza pizza slotpresidentes e hoje tem um dos seus integrantes, o deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR), como ministro da Justiça, justamente a pasta responsável pela política indigenista.
"Nisso, o governo é simplesmente lamentável, vergonhoso. Está fazendo o jogo dos piores setores da propriedade da terra. Eles estão querendo impedir a demarcação a todo custo das terras indígenas. É um retrocesso bastante grave que não se viu nem mesmo no governo Dilma, que tinha muito pouco interesse nessas questões porque estava deslumbrada com o desenvolvimento do país", destacou.
O historiador considerou negativo também a pequena presençapizza pizza pizza slotmulheres nos cargospizza pizza pizza slotalto escalão do governo. Quando Temer assumiu, montou uma equipe ministerial 100% masculina. Após críticas, nomeou duas ministras: Grace Mendonça para a Advocacia-geral da União e Luislinda Valois para a pastapizza pizza pizza slotDireitos Humanos.
"Não é que se deva colocar mulherespizza pizza pizza slotqualquer maneira (no governo) para preencher cota, mas há número suficientepizza pizza pizza slotmulheres que atendem aos requisitospizza pizza pizza slotuma boa gestão. Há um conservadorismo extremo no governo, (a faltapizza pizza pizza slotmulheres) é algo expressivopizza pizza pizza slotuma coisa retrógrada", afirmou.
Apesar disso, Fausto disse que não mudapizza pizza pizza slotopinião sobre o impeachment. "Eu apoiaria ainda hoje o impeachment, não porque a situação atual seja boa, nem porque eu aposte muito no governo Temer, mas porque, na minha opinião, o governo Dilma nos levava a uma catástrofe, sobretudo no plano econômico", disse.
'Trocamos seis por meia dúzia'
Assim como Fausto, nenhum dos entrevistados pela BBC Brasil se disse arrependidopizza pizza pizza slotapoiar a cassaçãopizza pizza pizza slotDilma. Quem chegou mais perto disso foi o deputado Julio Delgado (PSB-MG), que criticou o usopizza pizza pizza slot"velhas práticas políticas" pelo governo Temer, como o "toma lá da cápizza pizza pizza slotcargos". Parte da bancada do seu partido na Câmara tem votado contra propostas do governo, embora o PSB comande o Ministériopizza pizza pizza slotMinas e Energia, com Fernando Bezerra Filho.
Hoje, Delgado considera que parte dos que apoiaram o impeachment visavam apenas chegar ao poder depoispizza pizza pizza slotmuito tempo fora do governo federal, como DEM e PSDB.
"Se eu soubesse que as atitudes seriam essas que estão sendo adotadas hoje, não teria votado pela abertura do processopizza pizza pizza slotimpeachment. Eu votei numa outra expectativa e não me arrependopizza pizza pizza slotter votado. O principal motivo que votei a favor é que Dilma não tinha mais capacidadepizza pizza pizza slotcontinuar governando o país naquele momento", disse.
"O sentimento que eu tenho um ano depois é que trocamos seis por meia dúzia. E por que o presidente Temer mostra uma incapacidadepizza pizza pizza slotgoverno? Porque as práticas continuam as mesmas. O toma lá da lá cargos, tira ministério, bota ministério, tira cargopizza pizza pizza slotquem votou contra (as propostas no Congresso), libera emenda para votar a favor", acrescentou.
Outro que tem se oposto às reformas do governo é o deputado federal Paulinho da Força, presidente do partido Solidariedade e da Força Sindical. Ele diz que o governo Temer "quer botar toda a dívida deixada pelo governo Dilma nas costas dos trabalhadores", sem cobrar sacrifíciospizza pizza pizza slotempresários e banqueiros.
Apesar disso, Paulinho descarta deixar o governo. Seu filho, o deputado estadual paulista Alexandre Pereira da Silva (Solidariedade), foi nomeado pelo presidente como superintendente regional do Instituto Nacionalpizza pizza pizza slotColonização e Reforma Agrária (Incra)pizza pizza pizza slotSão Paulo.
"Olha, o meu partido ajudou a tirar a Dilma e por isso compôs o governo Temer. Nós vamos continuar contra as reformas. Para sair (do governo), depende dele, nós não vamos pedir para sair, nós pedimos para entrar", afirmou.
A BBC Brasil questionou o governo se queria responder às críticas, mas a assessoria do presidente não retornou até a publicação dessa reportagem.