Brasileiros precisam se preocupar com arsênio no arroz, assim como os britânicos?:x bet prime
O estudo também afirma que o nívelx bet primearsênio nos vegetais vindosx bet primeBangladesh é semelhante ao encontrado no Estadox bet primeBengala Ocidental, na Índia, onde a água é contaminada por arsênio.
Arroz seguro
Essa realidade, porém, é bem diferente da brasileira. O INCQS (Instituto Nacionalx bet primeControlex bet primeQualidadex bet primeSaúde), da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), testou recentemente 193 amostrasx bet primearroz produzido Brasil e todas estavam abaixo do limitex bet primearsênio permitido: 0,3 mg por quilox bet primealimento.
O limite é estabelecido pela Anvisa (Agência Nacionalx bet primeVigilância Sanitária)x bet primesintonia com as normas preconizadas pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO,x bet primeinglês).
"Por que a gente tem uma preocupação com o arroz? Porque, no Brasil, a gente tem um grande consumox bet primearroz. Qualquer possível contaminação estaria expondo a população", explica Ligia Lindner Schreiner, gerentex bet primeavaliaçãox bet primerisco e eficáciax bet primealimentos da Anvisa.
Assim como a Anvisa, pesquisadores da USP (Universidadex bet primeSão Paulo) concluíram que o arroz brasileiro é seguro para consumo.
Uma das primeiras pesquisas do país foi realizada por Bruno Lemos Batista, que chegou a passar uma temporada na Escócia durante seu doutoradox bet primetoxicologia, concluídox bet prime2012.
Na Universidadex bet primeAberdeen, Batista - que atualmente é professorx bet primeQuímica da Universidade Federal do ABC - encontrou diversas pesquisas na área justamente por causa da preocupação com o arroz importadox bet primeBangladesh.
"Garanto que o arroz das prateleiras brasileiras está dentro da normalidade", diz ele.
O pesquisador ressalta que o arsênio, por estar presente naturalmente no meio ambiente, é encontrado no solo, na água e no ar.
"Mas não é nada aterrorizante", tranquiliza.
A pesquisadora Ana Carolina Paulelli, doutorandax bet primeCiências Farmacêuticas da Universidadex bet primeSão Paulo, estudou diversos tiposx bet primearroz durante seu mestradox bet primetoxicologia e concluiu que algumas formas concentram mais arsênio nos grãos do que outros - mas sempre abaixo do limite determinado pela Anvisa.
O arsênio do solo chega à planta através da raiz e é conduzido até o grão pela água. No entanto, até mesmo o tipox bet primegrão que mais concentra arsênio, segundo o estudox bet primePaulelli, não é motivo para preocupação - curiosamente, ele possui menos arsênio inorgânico, a forma mais tóxica, do que os demais tipos.
Maior produtor
A maior parte do arroz consumido no Brasil é cultivado no Rio Grande do Sul: 72 %.
"Os solos do Estado são bastante antigos, é uma formação não vulcânica, as rochas que originaram nossos solos do RS não possuem arsênio nax bet primecomposição", explica Henrique Dornelles, presidente da Federarroz (Federação das Associaçõesx bet primeArrozeiros do RS).
O Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz) também defende a qualidade da produção gaúcha.
"A gente monitora a qualidade e nunca tivemos relatosx bet primetaxasx bet primearsênio superiores ao recomendado", certifica Tiago Sarmento Barata, diretor comercial do Irga.
O Estado tem 19 mil produtoresx bet primearroz. Um deles é Arnaldo Eckert,x bet prime64 anos, que viu a propriedade da família crescerx bet prime8 para 800 hectares.
"Era tudo manual, com foice, não tinha colheitadeira", relembra Eckert sobre a infância no campo.
Hoje, na lavoura que ficax bet primeTapes, a 103 kmx bet primePorto Alegre, às margens da Lagoa dos Patos, Eckert colhe 6,4 mil toneladasx bet primearroz por safra, gerando um resultado brutox bet primeR$ 5,5 milhões.
Agrotóxicos
Apesarx bet primenão enfrentar problemas com a questão da concentração do arsênio, o Rio Grande do Sul temx bet primelidar com outro risco.
São 19 mil produtoresx bet primearroz - e tamanha produção também demanda controlex bet primepragas, que é feito da forma tradicional, com usox bet primeagrotóxicos.
No último relatório do Programax bet primeAnálisesx bet primeResíduos Agrotóxicosx bet primeAlimentos (Para), da Anvisa, o órgão testou 746 amostrasx bet primearroz.
A investigação concluiu que 715 foram consideradas satisfatórias (sem resíduosx bet primeagrotóxicos ou com resíduos dentro do limite).
Mas 33 amostras revelaram a presença não autorizadax bet primeresíduos agrotóxicos.