'Muitos empresários poderiam fazer o mesmo', diz donoaposta gratis na betanofábrica que emprega maisaposta gratis na betano70 detentos:aposta gratis na betano

Homem trabalhaaposta gratis na betanofábrica que distribui refeições no Paraná

Crédito, Divulgação

Legenda da foto, Presidenteaposta gratis na betanofábrica afirma que mais empresas poderiam contratar ex-presidiários

Assim como ele, maisaposta gratis na betano70 presos trabalhamaposta gratis na betanodois turnos na empresaaposta gratis na betanoalimentação Risotolândia. Eles produzem marmitas para escolas, hospitais e até presídios, como a Colônia Agroindustrial onde eles estão presos e a Papuda - onde cumprem pena condenados da Operação Lava Jato.

O presidente da empresa, Carlos Humbertoaposta gratis na betanoSouza, diz que também há 29 ex-detentos no quadroaposta gratis na betanofuncionários efetivos da empresa. Entre estes, há condenados por crimes graves, como homicídio, latrocínio, roubo e agressão contra mulheres.

A analistaaposta gratis na betanorecursos humanos da empresa, Jheniffer Braga,aposta gratis na betano27 anos, trabalha há dois anos no local e diz que tem uma ótima relação com todos os funcionários.

"Os detentos usam o mesmo uniforme dos outros funcionários. A gente se vê nos corredores, quando eles vão para o ônibus e nunca tive problemas. A gente se cumprimenta e eles são muito educados", disse Braga.

Carlos Humbertoaposta gratis na betanoSouza

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Legenda da foto, Presidenteaposta gratis na betanofábricaaposta gratis na betanorefeições Carlos Humbertoaposta gratis na betanoSouza tem 29 ex-detentos e maisaposta gratis na betano70 presos entre seus funcionários

O presidente relata que todos são disciplinados e nunca causaram problemas no ambienteaposta gratis na betanotrabalho. Ele ainda incentiva mais empresários a também contratarem presos.

"Todas as pessoas têm direito a se recuperar e ter uma segunda chance na vida. Se a gente não der essa oportunidade, cada dia veremos mais isso (rebeliões) acontecer. Além disso, é uma grande vantagem para a empresa porque a mãoaposta gratis na betanoobra é muito barata. Muitos empresários poderiam fazer o mesmo", afirmou.

Souza acredita que o governo perde uma oportunidade ao não promover e incentivar essa medida.

"Isso poderia ser mais divulgado para levar essa condiçãoaposta gratis na betanorecuperação social a mais pessoas. Sempre existem espaços sobrando ao lado dos presídios. Você pode criar barracões, como algumas empresas já fazem,aposta gratis na betanobuscaaposta gratis na betanomãoaposta gratis na betanoobra. Precisamos dar oportunidades para que eles (presos) não voltem para o crime. Precisamos levá-los para o bom caminho se quisermos ganhar esse jogo", afirma.

Salário e redução da pena

O detento Thiago da Paz, que trabalha como higienizadoraposta gratis na betanoequipamentos na Risotolândia, lista uma sérieaposta gratis na betanovantagens que recebe por trabalhar enquanto cumpreaposta gratis na betanopena. Entre elas, estão aprender uma nova profissão, se afastaraposta gratis na betanoassuntos sobre crime e reduzir parte da pena. Isso porque a cada três dias trabalhados, o detento reduz um diaaposta gratis na betanoseu encarceramento.

Ele trabalhava como pintor industrialaposta gratis na betanouma metalúrgica quando foi presoaposta gratis na betano2011. O rapaz disse ter cometido o crime incentivado, segundo ele, por "más companhias" e pela vontadeaposta gratis na betanoganhar "um dinheiro fácil".

Além dos benefícios, a empresa paga um salário mínimo pelo trabalhoaposta gratis na betanocada um dos detentos. Mas 40% desse valor é depositadoaposta gratis na betanoum fundo penitenciário e só pode ser sacado após o cumprimento da pena. Outros 40% são pagos aos detentos ainda presos e os 20% restantes vão para o governo.

Detento trabalhaaposta gratis na betanounidade no Espírito Santo

Crédito, SECRETARIA DE JUSTIÇA ES

Legenda da foto, Para especialistas, o trabalho é uma das mais importantes ferramentas para a ressocialização do preso

Uma das vantagens para a empresa é que nenhum dos detentos são registrados pela CLT. Desta forma, a empresa não cria nenhum vínculo empregatício com eles.

Para especialistas, esse tipoaposta gratis na betanotrabalho é uma das mais importantes ferramentas para a ressocialização do preso. Isso porque a atividade o leva a ter um acesso frequente com outras pessoas que estão fora do sistema prisional.

Mas essa rotina é uma realidade para poucos detentos. Segundo o último relatório do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), apenas um a cada seis presos trabalham nas penitenciárias brasileiras.

Sonho

Paz afirmou à BBC Brasil que é réu primário e que seu maior desejo é sair da prisão o quanto antes para reconstruiraposta gratis na betanovida. Mas ele tem medoaposta gratis na betanoficar desempregado.

"Se é difícil alguém arrumar normalmente um emprego na rua, imagine um ex-presidiário. Meu sonho é sair daqui e dar alegria para a minha família. Construir uma família com respeito e ensinar que o caminho mais curto não vale a pena", disse.

Ele conta queaposta gratis na betanomaior dificuldade será se adaptar às novas tecnologias e relata que "parou no tempo" durante o período que está na prisão. Ele pretende fazer um curso para se atualizar e aproveita para demonstrar seu desejoaposta gratis na betanocontinuar na mesma empresa.

"Tenho a intençãoaposta gratis na betanotrabalhar aqui no setoraposta gratis na betanomanutenção, na áreaaposta gratis na betanopintura ou solda. Quero retribuir o que fizeram por mim e provar que estou recuperado. Só quero ter uma vida normal".