As três mulheres 'excepcionais' que ajudaram a desenhar a paisagementrar sportsbetSão Paulo:entrar sportsbet
Além da importância do pontoentrar sportsbetvista da arquitetura e urbanismo, a pesquisadora afirma que estas três mulheres e suas obras ajudam a descrever a diversidade culturalentrar sportsbetSão Paulo.
"Tomie Ohtake,entrar sportsbetorigem japonesa, nasceuentrar sportsbetQuiotoentrar sportsbet1913, naturalizou-se brasileira e faleceuentrar sportsbetSão Pauloentrar sportsbet2015. Lina Bo Bardi, nasceuentrar sportsbetRomaentrar sportsbet1914, naturalizou-se brasileiraentrar sportsbetmorreuentrar sportsbetSão Pauloentrar sportsbet1992. Rosa Grena Kliass, nascidaentrar sportsbetSão Roque e formadaentrar sportsbet1955 na FAU - USP, é uma representante da comunidade judaica. As três formam, portanto, um trio que representa muito da história e cultura paulistana", conta.
Mulheres "excepcionais"
Lima explica que profissionais que ganharam protagonismo na projeçãoentrar sportsbetconstruções públicas, como a arquiteta Lima Bo Bardi - que se tornou um marco internacional na arquiteturaentrar sportsbetmuseus com a construção do MASP - foram chamadas pela academia como "excepcionais".
"O papelentrar sportsbet'arquiteta excepcional' foi identificadoentrar sportsbetprimeiro lugar pela pesquisadora americana Gwendolyn Wright e dá contaentrar sportsbetexplicar como essas mulheres, à custaentrar sportsbetrenúncias pessoais, como a constituiçãoentrar sportsbetuma família, ter filhos etc, alcançaram grande projeção e prestígio".
A pesquisadora lembra que muitas dessas profissionais "excepcionais" tiveram seu protagonismo ignorado por anos. Um exemplo é a engenheira Carmem Portinho, que ajudou no Projeto do Conjunto Residencial Prefeito Mendesentrar sportsbetMoraes, conhecido por "Pedregulho" (1947), e no Museuentrar sportsbetArte Moderna (1952), ambos no Rioentrar sportsbetJaneiro. "A autoriaentrar sportsbetambos projetos foi atribuída, por muitas décadas, apenas a Affonso Eduardo Reidy. Até hoje é possível encontrar textos recentes que não reconhecem o papelentrar sportsbetPortinho na concepção destas duas obras", informa Lima.
A construção do maior aterro do mundo, o Parque do Flamengo, inauguradoentrar sportsbet1965 no Rioentrar sportsbetJaneiro, teve a participaçãoentrar sportsbetMaria Carlota Costallatentrar sportsbetMacedo Soares que, segundo Lima, também teve seu protagonismo ignorado na arquitetura.
Apesar do pouco reconhecimento na arquitetura das cidades, algumas "excepcionais" conseguiram ter seu protagonismo valorizado:entrar sportsbet1997, uma das obrasentrar sportsbetTomie Ohtake dedicadas a homenagear a imigração japonesa no Brasil foi inaugurada pelo próprio imperador japonês Akihito e imperatriz Michiko;entrar sportsbet2016, o conjunto arquitetônico do Sesc Pompeia, na Zona Oesteentrar sportsbetSão Paulo, projetado por Lina Bo Bardi, foi eleito pelo jornal britânico The Guardian a sexta melhor construção do mundo.
Roteiro pelas construçõesentrar sportsbetmulheresentrar sportsbetSão Paulo
A reportagem da BBC Brasil visitou as principais obras públicasentrar sportsbetBo Bardi, Ohtake e Kliass que ajudam a contar a história da cidadeentrar sportsbetSão Paulo no século 20 e montou o roteiro abaixo.
- Construçõesentrar sportsbetLina Bo Bardi
A italiana Lina Bo Bardi se mudou para o Brasilentrar sportsbet1946, com o final da Segunda Guerra Mundial, à procuraentrar sportsbetum país onde não se destruía, mas se construía. Tornou-se mundialmente famosa por projetar espaços voltados às artesentrar sportsbetSão Paulo.
entrar sportsbet MASP: Construído na décadaentrar sportsbet1960, Lina projetou o MASP, localizado na Avenida Paulista, a convite do jornalista Assis Chateaubriand. Váriosentrar sportsbetseus objetos pessoais, como parte daentrar sportsbetbiblioteca particular, pertencem hoje ao acervo do museu. O prédio é tombado pelo Iphan.
entrar sportsbet Teatro Oficina: Além do MASP, Bo Bardi ajudou a construir um dos principais e mais antigos teatrosentrar sportsbetfuncionamentos do Brasil, o Teatro Oficina, no bairro do Bixiga. Amiga do diretor e ator Zé Celso, Lina, que também atuou como designer, ajudou a montar diversos cenários e figurinos do Teatro Oficina.
entrar sportsbet Casaentrar sportsbetVidro: A casaentrar sportsbetque morou a vida toda, Casaentrar sportsbetVidro, no Morumbi, foi a primeira construçãoentrar sportsbetLina Bo Bardi, hoje museu dedicado à memória da arquiteta, o Instituto Bardi. A construção, cercada paredesentrar sportsbetvidro sem parapeitos, é ícone da arquitetura moderna no Brasil. O jardimentrar sportsbet7.000 m2 da casa foi plantado pela própria Lina, assim como parte dos móveis também foram desenhados pela arquiteta. Construídaentrar sportsbet1951, a Casaentrar sportsbetVidro também ajuda contar parte da história cultural do Brasil, pois reunia amigosentrar sportsbetLina como Glauber Rocha.
entrar sportsbet Conjunto arquitetônico do SESC Pompéia: inaugurado na décadaentrar sportsbet1980, é outra obraentrar sportsbetLina e tombada pelo Iphan. O prédio apareceu na lista do The Guardian como um dos 10 melhores prédios do mundo.
- Paisagensentrar sportsbetRosa Kliass
Rosa Kliass, 84 anos, nascida no interiorentrar sportsbetSão Paulo, foi a primeira arquiteta paisagista mulher do Brasil, sendo a criadora da Associação Brasileiraentrar sportsbetArquitetos Paisagistas.
Na gestão do prefeito Faria Lima (1965-1969), ajudou a organizar o Departamentoentrar sportsbetParques e Áreas Verdes da Prefeituraentrar sportsbetSão Paulo (Depave). Projetou as áreas verdes da Avenida Paulista (1973) e a sinalização das placas da avenida, revitalizou a paisagem do Vale do Anhangabaú (1981), no centroentrar sportsbetSão Paulo, e transformou a área que abrigava o Complexo Penitenciário do Carandiruentrar sportsbetum dos principais parques públicos paulistanos, o Parque da Juventude, na Zona Norte (concluídoentrar sportsbet2007).
- Obrasentrar sportsbetTomie Otake
Com esculturas e painéis gigantes, Tomie Ohtake ajudou a narrar a participação dos imigrantes japoneses na formaçãoentrar sportsbetSão Paulo, mas não somente. Segundo o arquiteto e curador do Instituto Tomie Ohtake, Paulo Miyada, "No campo simbólico, Tomie Ohtake é reconhecida como ícone múltiplo, que contempla, a um só tempo: a singularidade da cultura nipo-brasileira desenvolvida no último século; a importância e ousadia das artistas mulheres na modernidade nacional; e o potencial inventivoentrar sportsbetcriadores que não cabem na alcunhaentrar sportsbet'jovens'".
"Relembrar as obrasentrar sportsbetTomie Ohtake é uma formaentrar sportsbetidentificar muitos dos espaços simbólicos que já tinham papel fundamental na vida na metrópole, como o centro históricoentrar sportsbetSão Paulo e a Avenida Paulista, e outros que ganharam mais e mais importância nesse período, como o Monumento à Imigração Japonesa na Avenida Vinte e Trêsentrar sportsbetMaio e os painéis na linha verde do Metrô", explica o curador.
entrar sportsbet Monumento à Imigração Japonesa - Localizado na Avenida 23entrar sportsbetMaio. São quatro faixasentrar sportsbet12 metrosentrar sportsbetconcreto,entrar sportsbetformatoentrar sportsbetondas, que representam as geraçõesentrar sportsbetjaponeses que vieram para o Brasil
entrar sportsbet Painéis "As Quatro Estações", localizados no metrô Consolação. Trata-seentrar sportsbetum conjuntoentrar sportsbetquatro painéisentrar sportsbet2 metros por 15,40 metros.
entrar sportsbet Escultura vermelha e prata da Av Paulista - Em aço carbono, a escultura mede 8,5mentrar sportsbetaltura e pesa 7 toneladas.
entrar sportsbet Painel do Edifício Tomie Otake - Obra com 45 metrosentrar sportsbetaltura e 10,80 metrosentrar sportsbetlargura