Cinco motivos - bons e ruins - que explicam sucesso do Brasil no esporte paralímpico:up sportbet
1. Oferta populacional
Se não é garantia imediataup sportbetque vai ganhar jogo - basta ver a história modesta da Índiaup sportbetJogos Olímpicos e Paralímpicos -, um país com uma população grande tem,up sportbettese, mais chanceup sportbetencontrar talentos.
De acordo com as mais recentes estatísticas do IBGE, o Brasil tem maisup sportbet45 milhõesup sportbetpessoas com algum tipoup sportbetdeficiência, o que representa mais, por exemplo, que a população inteiraup sportbetpaíses como o Canadá e a Argentina.
"Estamos falando mais do queup sportbetum manancialup sportbetpossíveis talentos, mas da importância que o esporte paralímpico pode ter para esse segmento significativo da população brasileira", explica o presidente do CPB, Andrew Parsons.
2. Desemprego
Maisup sportbet50% da população deficiente ativa do Brasil está fora do mercadoup sportbettrabalho formal,up sportbetacordo com informações do Ministério do Trabalho. Isso tornou o esporte ainda mais atraente para as pessoas com deficiência como alternativaup sportbetcarreira viável. Ainda mais a partirup sportbet2009, quando o Rio foi escolhido sede olímpica e paralímpica para 2016.
De acordo com números do CPB, 67% dos atletas paralímpicos brasileiros vivem exclusivamente do esporte, ainda que quase 60% do contingente receba até dois salários mínimos.
3. Investimento
Embora não chegue perto das verbas destinadas ao esporte olímpico, o esporte paralímpico brasileiro registrou um aumento considerávelup sportbetinvestimentos nos últimos ciclos - para os Jogos do Rio por exemplo, o investimento beirou R$ 400 milhões. Não coincidentemente, a participação brasileira nas Paralimpíadas melhorou na mesma proporção.
Depoisup sportbetobterem 21 medalhasup sportbetAtlanta 1996, os brasileiros terminaram os Jogos Paralímpicosup sportbetLondres, há quatro anos, com 43, sendo que o númeroup sportbetouros pulouup sportbetdois para 21. A Lei Piva, que destina recursos da loteria para o esporte olímpico, hoje dá ao CPB uma fatia maisup sportbetduas vezes maior que a previstoup sportbet2000, quando entrouup sportbetvigor.
Anteriormente, o esporte olímpico recebia 85% da verba. Hoje, recebe 63%.
4. Preparação
O CPB apostou na ciência para buscar o aumentoup sportbetpódios obtidos pelos atletas brasileiros. Equipamentosup sportbetalta tecnologia desenvolvidosup sportbetparceria com laboratórios especializados e novos métodosup sportbettreinamento têm feito cada vez mais parte da preparação dos talentos paralímpicos,up sportbetáreas que incluem a nutrição e a psicologia.
Em 2012, quando o velocista sul-africano Oscar Pistorius insinou que o brasileiro Alan Fonteles teria usado próteses longas demais para vencê-lo nos 200 m livres para amputados na Paralimpíadaup sportbetLondres, o corpo técnico da delegação brasileira forneceu um verdadeiro tratado científico desmontando o argumentoup sportbetPistorius.
A realizaçãoup sportbetcompetições paralímpicas escolares tem ajudado o CPB a revelar talentos. Mas o trabalho pioneiroup sportbetassociações para dificientes no Brasil, como a Andef,up sportbetNiterói (RJ), e a ADD,up sportbetSão Paulo, ainda é muito importante para a descobertaup sportbetpotenciais campeões.
Foram instrutoresup sportbetnatação da ADD, por exemplo, que enxergaram potencialup sportbetum jovem com má formação nos braços. Daniel Dias hoje é o mais vitorioso paratleta brasileiro - sem contar com a Rio 2016, conta com 10 ouros, quatro pratas e um bronzeup sportbetParalimpíadas.
5. Tragédias no trânsito
No pedágio da Ponte Rio-Niterói, um imenso cartaz celebra, durante o período olímpico, o patrocínio da Ecorodovias, o grupo que administra um dos cartões postais do Rio, à Confederação Brasileiraup sportbetVôlei para Deficientes (CBVD).
Para alguns observadores, há uma triste ironia neste patrocínio, já que a maioria dos 24 atletas masculinos e femininosup sportbetvôlei levados pelo Brasil para a Rio 2016 são vítimasup sportbetacidentesup sportbettrânsito. No geral, praticamente umup sportbetcada cinco atletas da delegação brasileira ficou deficiente por causaup sportbetcolisões ou atropelamentos. O Brasil é um dos cinco países que mais matam no trânsito, tendo registrado maisup sportbet43 mil mortesup sportbet2014.
"Em 12 anosup sportbettrabalho com o vôlei sentado, vi que o esporte foi a melhor ferramentaup sportbetreinserção dessas pessoasup sportbetuma vida normal após o acidente. Jogar acelera bastante a recuperação dessas pessoas, inclusive no resgate da autoestima", explica o presidente da CBVD, Amauri Ribeiro.