'Eficiência, e não deficiência': com explosãoaposta acima de 3.5vendas ingressos, atletas paralímpicos querem mostrar mais que superação:aposta acima de 3.5

Atletas paralímpicos brasileiros

Crédito, CPB

Legenda da foto, Atletas querem aproveitar Jogosaposta acima de 3.5casa para educar espectadores brasileiros sobre esporte paralímpico

"Acho que os brasileiros ainda têm a impressãoaposta acima de 3.5que somos 'coitadinhos'. E essa vai ser a melhor parte da Paralimpíada no Brasil: mostrar que somos atletas buscando objetivos."

Para o jogadoraposta acima de 3.5vôlei sentado Daniel Jorge Silva,aposta acima de 3.535 anos, a notíciaaposta acima de 3.5que a vendaaposta acima de 3.5ingressos explodiu nas últimas semanas não foi surpreendente, mas deu alívio. Sua modalidade é uma das mais procuradas pelos torcedores.

"Eu não me preocupava pois eu sei que o brasileiro deixa as coisas paraaposta acima de 3.5cima da hora. Teremos casa cheia também porque a mídia começou a divulgar um pouco mais. Precisamos desse apoio e dessa divulgação", diz.

Susana Schnarndorf Ribeiro

Crédito, CPB

Legenda da foto, "Queremos que vejam a nossa eficiência, não a deficiência", diz nadadora

Segundo eles, muitos brasileiros ainda não sabem que o país é uma das potências do esporte paralímpico - e que terá ainda mais chances competindoaposta acima de 3.5casa.

Na Olimpíada do Rio, o Brasil conquistou o 13º lugar,aposta acima de 3.5melhor colocação na história dos Jogos. Masaposta acima de 3.5Londres 2012, o time paralímpico já havia levado o país à 7ª posição, à frente da Alemanha e imediatamente atrás dos Estados Unidos.

Muitos espectadores podem estar sendo introduzidos a um universo esportivo novo e diferente, mas Daniel Silva ressalta que se trata da continuidade do espírito da competição Olímpicaaposta acima de 3.5agosto.

"Quero que as pessoas saibam que acordamos cedo, treinamos tanto quanto os atletas olímpicos, às vezes mais, e somos pessoas normais. Temos apenas uma limitação, a deficiência. Por isso, precisamosaposta acima de 3.5adaptações nas nossas modalidades. De resto, é igual."

Recordeaposta acima de 3.5vendas

Postaposta acima de 3.5Richard Laver

Crédito, Reprodução Facebook

Legenda da foto, Após maratonaaposta acima de 3.5eventos olímpicos, intérprete carioca pediu ajudaaposta acima de 3.5amigos para levar crianças carentes à Paralimpíada

Na reta final da Olimpíada - que recebeu críticas pelo alto númeroaposta acima de 3.5cadeiras vazias nos estádios - a notíciaaposta acima de 3.5que apenas 12% dos ingressos para os Jogos Paralímpicos estavam vendidos gerou previsõesaposta acima de 3.5evento esvaziado.

A baixa arrecadação levou a cortes na estrutura da Paralimpíada - que ainda precisouaposta acima de 3.5uma injeçãoaposta acima de 3.5R$ 100 milhões do governo federal e R$ 150 milhões da prefeitura do Rio.

Mas o cenário mudou quando, dias depois da cerimôniaaposta acima de 3.5encerramento da Olimpíada, o comitê Rio 2016 registrou um recordeaposta acima de 3.5145 mil ingressos vendidosaposta acima de 3.524 horas, a primeira vez na história dos Jogos Paralímpicos.

Agora, já são 1,5 milhãoaposta acima de 3.5ingressos vendidos da metaaposta acima de 3.52 milhões. Em eventos como a Virada Paralímpica, no último fimaposta acima de 3.5semana, algumas entradas também foram distribuídas. Em previsão otimista, comitê diz acreditar que, no ritmo atual das vendas, é possível que os ingressos esgotem.

"Primeiro vimos uma energia muito grande vinda dos Jogos Olímpicos e pessoas que simplesmente queriam estar no Parque Olímpico da Barra. Agora, vemos torcedores que estão buscando por atletas e partidas específicos", disse o diretor executivo do Comitê Rio 2016, Mario Andrada.

Iniciativas como a do intérprete carioca Richard Laver,aposta acima de 3.539 anos, ajudaram a dar impulso à explosão das vendas nos últimos dias.

"Eu comprei muitos ingressos para a Olimpíada com antecedência e sabia que seria maravilhoso. Mas quando vi o baixo nívelaposta acima de 3.5adesão à Paralimpíada, aquilo me deixou triste", disse à BBC Brasil.

Laver decidiu pedir que seus amigos no Facebook fizessem contribuições para a compraaposta acima de 3.5ingressos para crianças carentes - e que doassem seu tempo como voluntários para levá-las. Queria que elas tivessem a mesma experiência que ele teve aos 18 anos, quando assistiu pela primeira vez a um jogoaposta acima de 3.5futebolaposta acima de 3.55, levado por um professor.

"Foi algo marcante ver aquelas pessoas cegas,aposta acima de 3.5quem eu tinha pena, jogando. Aquilo me fez ver pessoas com deficiênciaaposta acima de 3.5forma completamente diferente."

Richard Laver

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Laver vai levar 450 crianças para assistir partidasaposta acima de 3.5goalball, voleibol sentado e basqueteaposta acima de 3.5cadeiraaposta acima de 3.5rodas

Os planosaposta acima de 3.5arrecadação, no entanto, mudaram. "A coisa tomou uma proporção tão grande que tive que mudar os planos. Achei que seria só um grupo pequenoaposta acima de 3.5amigos contribuindo, como volta e meia fazemos, mas muita gente que eu não conhecia veio falar comigo querendo participar."

Após conversas com duas escolas municipais do Rio, ele conseguirá levar 450 crianças do ensino fundamental e 50 professores para jogosaposta acima de 3.5goalball, voleibol sentado e basqueteaposta acima de 3.5cadeiraaposta acima de 3.5rodas - esportes com os quais eles estão mais familiarizados.

"Eles estão superfelizes e empolgados. E eu vou tentar ir todos os dias com eles. Quero que elas crianças percebam que é possível vencer obstáculos na vida", afirma.

Futuro do esporte

Para o tetracampeão mundialaposta acima de 3.5canoagem paralímpica Fernando Fernandes,aposta acima de 3.535 anos, o obstáculo a vencer agora é justamente o pouco conhecimento sobre o universo paralímpico no país.

"Precisamos sair das histórias pessoais dos atletas e começar a explicar para as pessoas como o esporte funciona. Não é que falte reconhecimento para os atletas no Brasil. É que os brasileiros nem conhecem os esportes", disse à BBC Brasil.

Fernando Fernandes

Crédito, Felippe Caçula | Divulgação

Legenda da foto, "Esporte paralímpico precisa ficar mais profissional e organizado", diz paracanoísta Fernando Fernandes

Fernandes - que já era famoso como participante do reality show Big Brother Brasil e tornou-se campeãoaposta acima de 3.5paracanoagem após um acidenteaposta acima de 3.5trânsito - ficouaposta acima de 3.5fora da Paralimpíada do Rio após não conseguir se classificar.

Ele culpa erros na classificação funcional dos atletas, que determinaaposta acima de 3.5que categoria devem competir segundo suas limitações físicas, pelos resultados.

"Precisamos aproveitar esse momento e decidir para onde o esporte paralímpico vai. Precisa ser mais organizado, mais profissional", reclama.

Mesmo fora da competição, ele diz que faráaposta acima de 3.5parte para educar os espectadores como comentaristaaposta acima de 3.5TV.

"Isso aqui não é inclusãoaposta acima de 3.5pessoas com deficiência. Nós somos os melhores, a elite do esporte. As pessoas tem que assistir porque é sensacional, não por causaaposta acima de 3.5superação. Nem os atletas aguentam mais isso."