O nadador haitiano que, sem piscina olímpica, treinou para Rio 2016 com vídeosbet 13Phelps:bet 13
Segundo estimativasbet 13autoridades do país, apenas 1% dos 11 milhõesbet 13haitianos sabem nadar. Os poucos que tentam desafiar as duras condições socioeconômicas haitianas e praticar o esporte esbarrambet 13uma faltabet 13infraestrutura que não poderia ser melhor simbolizada do que pela ausênciabet 13uma piscina olímpica (50m) na ilha.
“A única que tínhamos foi destruída pelo terremotobet 132010 e até hoje não foi reconstruída. Treino no mar oubet 13uma piscinabet 1318m. Não é nembet 13longe o ideal, mas é o que tenho e isso me ajudou a chegar à Olimpíada”, afirma Dorsainvil, que não tem apoio logístico sequerbet 13um treinador.
O fatobet 13ele ter sido convidado pelo Comitê Olímpico Internacional para participar, como partebet 13uma iniciativa para o desenvolvimento esportivobet 13países mais pobres, não tira o brilho da trajetória do haitiano. Afinal, ele começou a nadar competitivamente apenas há seis anos, o que explica o fatobet 13ele não ter resultados tão expressivos. Dorsainvil “se complica” ainda mais por escolher os 50m livres, a prova mais rápida da natação.
No Mundialbet 132015,bet 13Kazan, na Rússia, ele sequer passou das eliminatórias ficou apenasbet 13112º lugar entre os 113 nadadores participantes. Seu tempo (31s93) foi maisbet 1310 segundos mais lento que o do campeão, o francês Florent Manadou.
Sua trajetória remete à incrível históriabet 13Eric Moussambani, o nadador da Guiné Equatorial que se transformoubet 13uma das sensações da Olimpíadabet 13Sydney,bet 132000, ao completar a duras penas a prova dos 100m. Dorsainvil, no entanto, leva o que faz a sério.
“Eu não vou conquistar uma medalha aqui e tudo o que quero fazer é nadar mais rápido do que na última competição. Mas meu papel no Rio é obet 13tentar abrir caminho para que mais haitianos queiram aprender a nadar e, por que não, competir. Quem sabe as autoridades do meu país assim resolvam construir uma nova piscina olímpica? Minha medalha aqui seria essa piscina”, disse o nadador antesbet 13competir, esperando ao menos trocar umas palavras com Phelps à beira da piscina durante os treinos, já que o americano não nada os 50m livre.
Confirmando suas próprias expectativas, Frantz Dorsainvil encerroubet 13participação na Olimpíada sem uma medalha no peito.
Dez atletas no Rio
Enxuta, a delegação do Haiti na Rio 2016 tem apenas dez atletas, participandobet 13seis modalidades (atletismo, boxe, judô, natação, tae-kwon-do e luta olímpica). É o dobrobet 13atletas que a ilha enviou aos Jogosbet 13Londres 2012.
Entre as três mulheres está Naomy Hope, que ao cair na piscina do Parque Olímpico da Barra fará história como a primeira mulher haitiana a participarbet 13uma Olimpíada. Ao contráriobet 13Dorsainvil, porém, ela nasceu nos Estados Unidos, filhabet 13imigrantes haitianos, e conta com uma bolsa da Universidadebet 13Chicago. Deverá ter familiares acenando da arquibancada do Centro Aquático.
Dorsainivil há algum tempo desistiu do sonhobet 13cursar Medicina, por causa do alto preço das mensalidades, e tenta custear a carreira esportiva como fotógrafo para catálogosbet 13moda. A família ele o verá apenas pela câmera do celular. E embet 13imaginação, quando saltar na água.
“Eu gostaria que meus pais viessem ao Rio, mas os preços das passagens aéreas aumentaram muito por causa da Olimpíada. Mas eu já me acostumei a fazer as coisas sozinho. Em vezbet 13reclamar, vou aproveitar essa oportunidadebet 13participar dessa festa ebet 13conhecer um pouco da cidade”, pondera o nadador.