Israel não tem plano para Gaza depois da guerra, dizem especialistas:onabet cream 10g price
Mas, para alémonabet cream 10g pricedemonstrarem um poder militar implacável e esmagador, não está claro como atingirão este objetivo.
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Fim do Matérias recomendadas
“Não é possível dar um passo tão histórico sem um plano para o dia seguinte”, disse Michael Milshtein, diretor do Fórumonabet cream 10g priceEstudos Palestinos do Centro Moshe Dayan, da Universidadeonabet cream 10g priceTel Aviv.
Milshtein, ex-chefe do departamentoonabet cream 10g priceAssuntos Palestinos da Inteligência Militar Israelense, teme que o planejamento tenha apenas começado.
“Temos que fazer isso imediatamente", ele diz.
Diplomatasonabet cream 10g pricepaíses ocidentais dizem estar envolvidosonabet cream 10g priceintensas negociações com Israel sobre o futuro, mas até agora nada está claro.
“Não existe nenhum plano fixo”, me disse um deles, sob anonimato. “Dá para esboçar algumas ideias no papel, mas torná-las realidade exigirá semanas, mesesonabet cream 10g pricediplomacia”, acrescentou.
Existem planos militares que vão desde degradar a capacidade militar do Hamas até a tomada do controleonabet cream 10g pricegrandes áreas da Faixaonabet cream 10g priceGaza. Mas profissionais com vasta experiênciaonabet cream 10g pricecrises anteriores dizem que o planejamento termina aí.
“Não creio que exista uma solução viável para Gaza no dia seguinte à retirada das nossas forças”, afirma Haim Tomer, um ex-alto funcionário do serviçoonabet cream 10g priceinteligênciaonabet cream 10g priceIsrael, o Mossad.
Israelenses são quase unânimesonabet cream 10g pricedizer que o Hamas deve ser derrotado, que os massacresonabet cream 10g price7onabet cream 10g priceoutubro foram simplesmente atrozes e que não se pode permitir que a organização governe Gaza novamente.
Mas o Hamas, diz Milshtein, é uma ideia, não algo que Israel possa simplesmente apagar.
“Não é como Berlimonabet cream 10g price1945, quando uma bandeira foi colocada no Reichstag e tudo acabou.”
'Grandes erros no Iraque'
Um paralelo melhor, explica ele, é o Iraqueonabet cream 10g price2003, onde forças aliadas lideradas pelos EUA tentaram eliminar todos os vestígios do regimeonabet cream 10g priceSaddam Hussein.
A chamada "des-Ba'acificação" (o processo no qual o partido Ba'athonabet cream 10g priceHussein foi banido e declarado ilegal) foi um desastre.
Centenasonabet cream 10g pricemilharesonabet cream 10g pricefuncionários iraquianos e membros das forças armadas ficaram sem trabalho, lançando as sementesonabet cream 10g priceuma insurgência devastadora.
Veteranos americanos desse conflito estão neste momentoonabet cream 10g priceIsrael compartilhando com militares israelenses suas experiênciasonabet cream 10g pricelugares como Fallujah e Mosul.
“Espero que eles expliquem aos israelenses que cometeram grandes erros no Iraque”, diz Milshtein.
"Por exemplo, que não criem ilusõesonabet cream 10g priceerradicar o partido no poder ouonabet cream 10g pricemudar a mentalidade do povo. Isso não vai acontecer."
Muitos palestinos concordam.
“O Hamas é uma organização popular com muitas raízes”, diz Mustafa Barghouti, presidente da Iniciativa Nacional Palestina. “Se quiserem eliminar o Hamas, terãoonabet cream 10g pricelimpar etnicamente toda Gaza.”
Essa ideia –onabet cream 10g priceque Israel pretende secretamente forçar centenasonabet cream 10g pricemilharesonabet cream 10g pricepalestinos a abandonarem a Faixaonabet cream 10g priceGaza e se mudarem para o Egito – desperta os temores mais profundos dos palestinos.
Para uma população já constituídaonabet cream 10g pricegrande parte por refugiados – aqueles que fugiram ou foram expulsos das suas casas quando o Estadoonabet cream 10g priceIsrael foi fundado – a ideiaonabet cream 10g priceoutro êxodoonabet cream 10g pricemassa evoca memórias dos acontecimentos traumáticosonabet cream 10g price1948.
“Fugir significa uma passagem sóonabet cream 10g priceida”, diz Diana Buttu, ex-porta-voz da Organização para a Libertação da Palestina (OLP). “Significa não voltar.”
Analistas israelenses, incluindo antigos altos funcionários, se referiram várias vezes a uma necessidadeonabet cream 10g priceque palestinos sejam alojados, temporariamente, do outro lado da fronteira, no Sinai.
Giora Eiland, ex-chefe do Conselhoonabet cream 10g priceSegurança Nacionalonabet cream 10g priceIsrael, afirma que a única formaonabet cream 10g priceIsrael concretizar suas ambições militaresonabet cream 10g priceGaza sem matar muitos palestinianos inocentes é a evacuaçãoonabet cream 10g priceGaza pelos civis.
“Eles deveriam cruzar a fronteira para o Egito”, diz ele, seja “temporária ou permanentemente”.
Aos receios dos palestinos soma-se uma frase do discurso do presidente Joe Biden,onabet cream 10g price20onabet cream 10g priceoutubro, quando pediu ao Congresso dos EUA que aprovasse recursos para apoiar Israel e a Ucrânia.
O texto se refere à crise que “poderia muito bem levar ao deslocamento transfronteiriço e a maiores necessidades humanitárias regionais”.
'Um osso na garganta'
Até agora, Israel não disse querer que os palestinos atravessem a fronteira.
O que as Forçasonabet cream 10g priceDefesa Israelenses (FDI) têm repetido aos civis é que estes se deslocam para “áreas seguras” no sul, sem definir exatamente a que áreas se referem.
No Egito, poronabet cream 10g pricevez, o presidente Abdel Fattah el Sissi já alertou que a guerraonabet cream 10g priceIsraelonabet cream 10g priceGaza poderia ser “uma tentativaonabet cream 10g priceforçar os habitantes civis” a emigrar para aquele país.
Mas, assumindo que ainda haverá palestinos na Faixaonabet cream 10g priceGaza quando tudo isto acabar, quem irá governá-los?
“Essa é a perguntaonabet cream 10g priceum milhãoonabet cream 10g pricedólares”, diz Milshtein.
Na opinião dele, Israel deveria apoiar a criaçãoonabet cream 10g priceum novo governo, liderado pelos próprios palestinosonabet cream 10g priceGaza, com a participação dos líderes locais e o apoio dos Estados Unidos, do Egito e talvez da Arábia Saudita.
Deveria também incluir líderes do Fatah, grupo palestino rival que o Hamas expulsou violentamenteonabet cream 10g priceGaza um ano depoisonabet cream 10g pricevencer as eleiçõesonabet cream 10g price2006.
O Fatah é o partido que controla a Autoridade Nacional Palestina (AP), com sede na cidadeonabet cream 10g priceRamallah, na Cisjordânia.
Mas tanto a AP como o seu presidente, Mahmoud Abbas, são muito impopulares entre os palestinos, seja na Cisjordânia ou na Faixaonabet cream 10g priceGaza.
De acordo com Diana Buttu, a AP pode desejar secretamente regressar a Gaza, mas não se isso significar "cavalgar nas costasonabet cream 10g priceum tanque israelense".
A veterana política palestina Hanan Ashrawi, que trabalhou brevemente na AP na décadaonabet cream 10g price1990, se irrita com a ideiaonabet cream 10g priceestrangeiros, incluindo Israel, mais uma vez tentando determinar como os palestinos conduzem suas vidas.
"As pessoas pensam que isso é um tabuleiroonabet cream 10g pricexadrez e que podem mover alguns peões aqui e ali e conseguir um xeque-mate no final. Isso não vai acontecer", diz.
“Eles podem encontrar alguns que queiram ajudar”, afirma, “mas a maior parte da populaçãoonabet cream 10g priceGaza não aceitará isso bem”.
Mesmo aqueles que já enfrentaram guerrasonabet cream 10g priceGaza, embora não nesta escala, reconhecem que existe uma profunda apreensão e uma sensaçãoonabet cream 10g priceque quase tudo já foi tentado antes.
O ex-funcionário do Mossad Haim Tomer disse que suspenderia as operações militares por um mês como parteonabet cream 10g priceum plano para libertar primeiro os reféns.
Em 2012, após uma onda anterioronabet cream 10g pricecombatesonabet cream 10g priceGaza, Tomer acompanhou o diretor da Mossad ao Cairo para conversas secretas que resultaram num cessar-fogo.
Naquela ocasião, os representantes do Hamas, diz ele, estavam “do outro lado da rua”, com autoridades egípcias agindo como intermediários.
Tomer acredita que um mecanismo semelhante poderia ser usado agora, mas acrescenta, quase certamente, que Israel teriaonabet cream 10g priceestar disposto a pagar um preço elevado.
"Não me importo se libertarmos alguns milharesonabet cream 10g priceprisioneiros do Hamas. Quero ver o nosso povo voltar para casa."
Ele explica que, uma vez que isso aconteça, Israel poderá decidir se retomará as operações militaresonabet cream 10g pricegrande escala ou optará por um cessar-fogoonabet cream 10g pricelongo prazo.
O que está claro, diz ele, é que, sem separar fisicamente esse território e arrastá-lo para o Mediterrâneo, Israel está destinado a lidar com a Faixaonabet cream 10g priceGaza indefinidamente.
"É como um osso na garganta."