'Desde pequena gostavablaze apostas casinoviolência': a históriablaze apostas casinoNishimura Mako, única mulher a conseguir entrar para a Yakuza:blaze apostas casino
Seu encontro com um jovem membro da Yakuza foi o pontoblaze apostas casinovirada emblaze apostas casinovida: fascinada pelo mundo do crime organizado, ela logo se envolveu nas atividades ilícitas da máfia.
. 4 18 Call On Duty - World at War (1942 - 1946) -... 5 17 Call on Duty (19 ⚾️ 42 -
6 16 Call In Duty 3 (1944) Calls Of Game - Todos os jogos Call in Duty ⚾️ Black Ops
S 78E 2.000 milhas a oeste da costa blaze apostas casino Periuk, Indonésia. Há um botão rochoso
no centro da ilha que 🌞 tem a forma blaze apostas casino um crânio humano, que é referido como "Skull
casinos com bonus registok0} qualquer lugar movimentado, esteja ciente da possibilidade blaze apostas casino batedores de
Milan Rogoredo - um breve guia da estação - 💲 Seat 61 seat61 : estações ;
Fim do Matérias recomendadas
A aparência frágilblaze apostas casinoNishimura contrastava comblaze apostas casinoinclinação para a violência: “Eu era muito boa lutando, nunca perdi para um homem”, confessou uma vez a Martina Baradel, pesquisadora da Universidadeblaze apostas casinoOxford, que ganhoublaze apostas casinoconfiança após anos estudando a Yakuzablaze apostas casinodentro.
Seu histórico criminoso - que incluía desde espancamentosblaze apostas casinorivais até tráficoblaze apostas casinodrogas oublaze apostas casinomulheres para prostituí-las - e seu caráter implacável abriram portas que até então estavam fechadas para mulheres.
A decadência da Yakuza nas últimas décadas e circunstâncias pessoais (ela é mãeblaze apostas casinodois filhos) levaram Nishimura a abandonar o submundo e dar início a uma vida comum.
Hoje ela gerencia uma instituiçãoblaze apostas casinocaridade que se dedica a ajudar outros ex-membros que, como ela, buscam se reinserir na sociedade.
Fascinada pela históriablaze apostas casinoNishimura e da Yakuza, Martina Baradel (Trieste, Itália, 1988) teceu uma redeblaze apostas casinocontatos com personalidades do crime organizado do Japão.
Isto permitiu que ela construísse uma estreita amizade com Nishimura Mako, a quem visita frequentemente.
A BBC Mundo entrevistou a pesquisadora italiana horas depoisblaze apostas casinoela encontrar com a ex-membro da Yakuzablaze apostas casinoGifu, 270 quilômetros a oesteblaze apostas casinoTóquio.
blaze apostas casino BBC News Brasil - Como sabemos que Mako é a única mulher que pertenceu à Yakuza?
Martina Baradel - Se houvesse outra, ela seria conhecida. A polícia tem os registros dos membros da Yakuza. Muitas mulheres ajudaram ou apoiaram a máfiablaze apostas casinoforma informal, mas não há ninguém como ela.
Foi por causa do chefe, que tomou a decisão inéditablaze apostas casinotorná-la membro do grupo. E está provado que ela é um membroblaze apostas casinopleno direito, pois há fotosblaze apostas casinosua cerimôniablaze apostas casinosakazuki, que simboliza a lealdade e o compromisso com a máfia japonesa.
blaze apostas casino BBC News Brasil - Como você chegou até ela?
Baradel - Meu fascínio pela Yakuza começou na minha licenciatura, quando conheci por acaso membros da Yakuza numa praia no Japão. Esse encontro inicial me despertou um profundo interesse, que me motivou a dedicar minha carreira acadêmica ao estudo dessa instituição.
O grupo que estuda Yakuza é bem pequeno, então eu fui conhecendo todos eles,blaze apostas casinojornalistas a pesquisadores, e meu senpai (mentor) me disse que eu ia conhecer Nishimura e nos apresentou.
blaze apostas casino BBC News Brasil - E como foi o primeiro encontro?
Baradel - Havia um eventoblaze apostas casinocaridade para a reintegração e reabilitaçãoblaze apostas casinoex-presidiários e ela estava lá com as pessoas do seu grupo. Fomos jantar e depois ao karaokê. Ela não bebe, não fuma e mostrou-se cautelosa na primeira vez.
Depois fui vê-la novamente para conversar um pouco mais. Mais tarde continuei a conhecê-la e estabelecemos uma relação à medida que nos aprofundamosblaze apostas casinonossas conversas.
blaze apostas casino BBC News Brasil - O que levou Mako a entrar na Yakuza?
Baradel - Ela me confessou que desde muito pequena sentia paixão pela violência e gostava realmente das brigas. Começou saindo com ganguesblaze apostas casinomotociclistas e a ter encontros violentos com outras pessoas, algo que a fascinava.
E depois percebeu que tinha uma força incomum para ablaze apostas casinocomposição física, já que mede pouco maisblaze apostas casinoum metro e meio e pesa 45 kg.
blaze apostas casino BBC News Brasil - Por que o mindinho dela foi amputado?
Baradel - Ele fez isso quando era bastante jovem, no inícioblaze apostas casinosua carreira, quando tinha cercablaze apostas casino20 anos. Ela assumiu a responsabilidade por um problema que ocorreu. Drogas perdidas ou algo assim. E depois também pensou que combinaria bem com as tatuagens, pois são os dois símbolos mais visíveis da estética Yakuza.
Além disso, ela afirma que não sente dor e não se importoublaze apostas casinoamputar também o mindinho dos colegas que não queriam fazê-lo por conta própria. Sua habilidade no ritualblaze apostas casinoyubitsume, que consiste na amputação da falange final do dedo mindinho, valeu-lhe o apelidoblaze apostas casino"mestra do corteblaze apostas casinodedos".
blaze apostas casino BBC News Brasil - Como ela interagia na sociedade japonesa fazendo parte da yakuza?
Baradel - Ela deixou a Yakuza pela primeira vez quando ficou grávida. Ela tinha uma formaçãoblaze apostas casinocuidadora e queria encontrar um emprego normal, mas a sociedade japonesa a rejeitou, principalmente por causablaze apostas casinosuas tatuagens, que sugerem o pertencimento à máfia.
Ela sempre tentava escondê-las usando mangas compridas, mas no final seus colegas se deram conta, e ela foi demitidablaze apostas casinodois trabalhos.
blaze apostas casino BBC News Brasil - E isso a fez voltar para a máfia?
Baradel - De fato. Ela estava muito chateada, porque tentava ser mãe, ter um bom emprego e deixar essa vida para trás, mas fechavam as portas a ela por ser diferente. Ela achava muito injusto, então se tornou ainda mais radical.
Foi aí que ela fez as tatuagens completas até as pontas dos dedos e se resignou àblaze apostas casinosorte. Antesblaze apostas casinovoltar, foi casada por um tempo com um membro da Yakuza que virou chefe, então ela também desempenhou o papelblaze apostas casinoesposa do chefe.
blaze apostas casino BBC News Brasil - Já mais velha, ela abandonou definitivamente a máfia. É fácil deixar a Yakuza?
Baradel - Se o seu chefe concordar, talvez você tenha que pagar algo, ou às vezes até nada se o chefe achar ok que você vá embora. Há uma variedadeblaze apostas casinocircunstâncias, mas na maioria das vezes você pode sair sem muitos problemas.
blaze apostas casino BBC News Brasil - É surpreendente, tratando-seblaze apostas casinouma máfia.
Baradel - Sim, é uma máfia, mas você realmente não tem muitos segredos para contar. A estrutura é conhecida e a polícia já sabe quem é o teu chefe, sabe o teu endereço e você pode se encontrar quem quiser.
Não é como, por exemplo, na Sicília, onde os mafiosos podiam ficar escondidos por 30 anos.
Além disso, aqueles que vão não denunciam o resto, pois é um comportamento desonroso para a Yakuza.
blaze apostas casino BBC News Brasil - Como se comparam a Yakuza e os cartéis do crime organizado na Itália, América Latina e outros países?
Baradel - O que eles têmblaze apostas casinocomum é que eles oferecem proteção privada e têm um controle estabelecido sobre o território, o que permite a eles gerenciar mercados ilegais e legais.
A Yakuza tem uma dimensãoblaze apostas casinogovernança que pode manter ao longo do tempo, semelhante à máfia na Itália e na Rússia, oferecendo serviçosblaze apostas casinoresoluçãoblaze apostas casinodisputas e controlando os mercados para receber dinheiro proveniente da proteção.
blaze apostas casino BBC News Brasil - Considerando que Nishimura é uma exceção, qual é normalmente o papel das mulheres na Yakuza?
Baradel - Geralmente é atravésblaze apostas casinoum relacionamento ou casamento. Embora não sejam membros oficialmente, elas geralmente fazem algum tipoblaze apostas casinotrabalho. Por exemplo, se você é a esposablaze apostas casinoum chefe, você não pode se limitar a viver uma vidablaze apostas casinoostentação, e espera-se que você faça a mediação entre o chefe e membros mais jovens.
E, claro, há também a exploração, porque a Yakuza opera no entretenimento noturno, na prostituição e nas indústrias do sexo e da pornografia. Ela (Nishimura Mako) também fez isso: comprou, vendeu e explorou mulheres.
blaze apostas casino BBC News Brasil - O que você aprendeu com os membros da Yakuza?
Baradel - Vejo que eles podem ter cometido alguns erros, é claro, porque estão fazendo atividades criminosas, mas não os vejo como pessoas ruins.
Eles simplesmente procuravam algo que não tinham. Muitos deles vêmblaze apostas casinoum ambiente sem muitas oportunidades. No Japão, se você não tem uma educação ou uma família que te apoie, é muito difícil conseguir um emprego e seguirblaze apostas casinofrente. Então, eu entendo que tentarão encontrar um sensoblaze apostas casinocomunidade e um propósitoblaze apostas casinoalgo que não é legal.
E, para a maioria, é melhor fazer parte da Yakuza do queblaze apostas casinouma gangue informal, porque a Yakuza tem algum controle sobre seus membros e também uma espécieblaze apostas casinoagenda ideológica.
blaze apostas casino BBC News Brasil - Você está pesquisando sobre a Yakuza há nove anos, misturando-se com eles. Isso não envolve alguns riscos?
Baradel - Não muitos. Os grupos criminosos que compõem a Yakuza na verdade não são ilegais, ao contrário da Itália com a máfia. No Japão não é ilegal fazer parteblaze apostas casinoum grupo Yakuza, por isso têm escritórios e são reconhecidos na sociedade.
Ao não ser nem invisível, nem ilegal, não é tão arriscado. Além disso, geralmente somos apresentados por uma terceira pessoa, o que implica a responsabilidade mútuablaze apostas casinose comportar corretamente. E como sou estrangeira e mulher, isso joga a meu favor, pois seria muito ruim para eles se algo me acontecesse.