Qual influência Brasil pode ter nos rumos do conflito Israel-Hamas:betano sistemas
O Conselhobetano sistemasSegurança é formado por quinze integrantes, sendo cinco membros permanentes como poderbetano sistemasveto (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia). Ou seja, nada é decidido sem que haja consenso entre essas cinco potências militares, o que tem sido um desafio para o funcionamento do órgão, devido aos interesses muitos distintos desses países.
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O que podemos aprender com o caso da JetX?
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Fim do Matérias recomendadas
“Presidente do Conselhobetano sistemasSegurança não tem qualquer poder. O presidente nada mais é do que o gerente administrativo do balcão por 30 dias”, resume Kalout.
“E esse conflito vai durar maisbetano sistemas30 dias. Não vai sair qualquer resolução porque Israel não vai querer enquanto não tiver algo concreto (em resposta aos ataques do Hamas) e os Estados Unidos (aliadosbetano sistemasIsrael) vão bloquear (a discussão no Conselho)”, reforça.
A efetivação do Brasil e outros países como membros permanentes é uma antiga reivindicação do Itamaraty. Lula reforçou essa demandabetano sistemassetembro, ao discusar na abertura da Assembleia Geral da ONU, ocasiãobetano sistemasque criticou "a paralisia" do Conselhobetano sistemasSegurança.
Para Kalout, o Brasil – um defensor histórico da coexistência pacíficabetano sistemasdois Estados, um israelense e outro palestino – não é um ator relevante nas negociações do conflito porque não tem capacidadebetano sistemasinfluenciar nenhum dos lados a abandonar ataques militares.
Segundo o pesquisador, apenas os Estados Unidos tem força para pressionar Israel. Já do lado palestino, ressalta, apenas algumas nações árabes poderiam exercer pressão sobre o Hamas, como Egito, Catar e Arábia Saudita.
Reunião emergencial acaba sem comunicado
Uma toneladabetano sistemascocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
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Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa
O Brasil convocou uma reunião emergencial do Conselhobetano sistemasSegurança no fimbetano sistemassemana, logo após o Hamas iniciar um ataque sem precedentes contra Israel, com lançamentobetano sistemasmilharesbetano sistemasfoguetes e combatentes adentrando comunidades próximas à Faixabetano sistemasGaza, causando a mortebetano sistemasresidentes e fazendo reféns.
O ataque foi seguidobetano sistemasforte reação israelense, com bombardeiros aéreos e bloqueiobetano sistemastodo tipobetano sistemasfornecimentobetano sistemasrecursos a Gaza, incluindo alimentos e medicamentos.
A reunião convocada pelo Brasil, porém, acabou sem qualquer comunicado conjunto dos membros do conselho,betano sistemasmais um indicativo da faltabetano sistemascapacidade do Brasil influenciar o tema, avalia Karina Calandrin, assessora do Instituto Brasil-Israel e pesquisadora do Institutobetano sistemasRelações Internacionais da USP.
Nabetano sistemasvisão, a posição histórica do Itamaratybetano sistemasequilíbrio no conflito Israel-Palestina coloca o país bem posicionado para mediar as discussões. Por outro lado, diz, uma atuaçãobetano sistemasmais impacto do Brasil dependeriabetano sistemasoutros países enxergarem relevância do país no tema, o que não ocorre.
Ao convocar a reunião ministerial, o Brasil “enfatizou ser urgente desbloquear o processobetano sistemaspaz”, segundo nota divulgada pelo Itamaraty.
O Brasil também “condenou os ataques contra civis” e reiterou “seu compromisso com a soluçãobetano sistemasdois Estados, com um Estado Palestino economicamente viável, convivendobetano sistemaspaz e segurança com Israel, dentrobetano sistemasfronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas”.
Polarização entre esquerda e direita
Para Karina Calandrin, a forte polarização da política brasileira também divide a sociedade sobre o conflito entre israelenses e palestinos, criando desafios para a atuação do governobetano sistemasLuiz Inácio Lula da Silva no tema.
Ela lembra que a posição histórica do Brasilbetano sistemasequilíbrio no conflito foi alterada temporariamente no governobetano sistemasJair Bolsonaro, quando o então presidente adotou uma posturabetano sistemasforte apoio a Israel.
Essa mudança atendeu a interesses do eleitorado evangélico, segmento que passou a defender com empenho a existência do Estado israelense devido à crençabetano sistemasque o retorno dos judeus à Terra Santa – ou seja, o estabelecimentobetano sistemasIsrael – é necessário para a voltabetano sistemasCristo.
Por outro lado, ressalta Calandrin, parte da esquerda, base ideológicabetano sistemasLula, critica fortemente Israel por considerar que o país promove uma opressão colonialista contra os palestinos.
“A manifestação do Lula nas redes sociais mostra uma preocupaçãobetano sistemasse equilibrar entre esses dois lados e acho que ele conseguiu”, analisa.
No sábado, Lula compartilhou uma mensagembetano sistemasque disse estar “chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civisbetano sistemasIsrael, que causaram numerosas vítimas”.
“Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismobetano sistemasqualquerbetano sistemassuas formas. O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselhobetano sistemasSegurança da ONU”, continuou o presidente.
Na mensagem, Lula ainda conclamou “a comunidade internacional a trabalhar para que se retomem imediatamente negociações que conduzam a uma solução ao conflito que garanta a existênciabetano sistemasum Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentrobetano sistemasfronteiras seguras para ambos os lados”.
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Finalbetano sistemasTwitter post
Apesarbetano sistemaselogiar o equilíbrio na posiçãobetano sistemasLula, Calandrin considera negativo o fatobetano sistemaso presidente e o Itamaraty não classificarem o Hamas como um grupo terrorista. As manifestações brasileiras criticaram “ataques terroristas”, mas sem citar diretamente a organização militante.
“A atuação do Hamas não representa um consenso entre os palestinos. É um grupo que é assumidamente violento, antissemita e a favor da destruição do Estadobetano sistemasIsrael”, ressalta.
“Então, é importante condenar a atuação do Hamas para que o Hamas se enfraqueça internacionalmente nabetano sistemasnarrativa, que é onde o Hamas mais ganha. Ele talvez não ganhe na esfera militar, mas ele ganha na esfera da propaganda política”, acrescentou.
As manifestaçõesbetano sistemasLula e do Itamaraty nesse ponto seguem uma tradição da diplomacia brasileira.
Historicamente, o governo brasileiro só aceita classificar uma organização como sendo terrorista se ela for considerada assim pela Organização das Nações Unidas (ONU).
É o caso dos grupos islamistas Boko Haram, Al-Qaeda e Estado Islâmico — consideradas organizações terroristas pela ONU e, portanto, também pelo governo brasileiro.
A classificação do grupo palestino Hamas como terrorista é um tema que divide a comunidade internacional.
Países como Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Austrália e as nações da União Europeia classificam o Hamas como uma organização terrorista. Em suas manifestações no finalbetano sistemassemana - após os ataques do Hamas no sulbetano sistemasIsrael -, praticamente todos esses países voltaram a chamar o Hamasbetano sistemasgrupo terrorista.
Já a posição do Brasil é compartilhada por nações como China, Rússia, Turquia, Irã e Noruega, que não adotam essa classificação.