4 característicasvbet partnerspais e mães 'tóxicos', segundo psicólogos:vbet partners

“Tem muita mãe ou pai que é extremamente bom e que, por amor, sem querer, também é tóxico”, explica.

O psicólogo mexicano Joseluis Canales, autorvbet partnersvários livros, entre eles Pais Tóxicos: Legado Disfuncionalvbet partnersuma Infância, publicadovbet partners2014, concorda com isso.

Canales aponta que, às vezes, um pai é tão bondoso que não tem autoridade, algo que também é prejudicial para os filhos. Ainda assim, diz ele, "é importante entender que todos os pais cometem erros e isso não os torna tóxicos".

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O que então torna uma criação pouco saudável?

O autor destaca que os pais têm duas funções principais: “Dar amor aos filhos e formá-los para a vida”.

Alguns pais geram prejuízos porque deixamvbet partnersfazer o primeiro. Outros porque falham no segundo.

Curiosamente, parece haver uma diferençavbet partnersgeração entre esses dois grupos.

Os pais dos chamados Baby Boomers e Geração X costumavam ter mais problemas na horavbet partnersdar carinho e apoio emocional aos filhos.

Saraco conta que váriosvbet partnersseus pacientes, com maisvbet partners40 anos, apresentam problemasvbet partnersbaixa autoestima e sensaçãovbet partnersinsuficiência que geram conflitos no relacionamento, algo que ela atribui a uma educação deficiente do pontovbet partnersvista afetivo.

Por outro lado, nas últimas décadas, o dano muitas vezes é causado por pais amorosos que não sabem impor limites e superprotegem seus filhos, criando "filhos tiranos" que não sabem administrar suas emoções e sofrem porque ficam frustrados ao menor obstáculo.

Como são os pais tóxicos

É importante esclarecer que tanto homens quanto mulheres podem ser pais tóxicos. E que, quando os dois são responsáveis pela criação, os danos são causados por ambos.

“Se um dos membros do casal é tóxico, o outro é um abusador passivo”, diz Canales.

A seguir, mostramos algumas das características dos pais tóxicos, segundo especialistas.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A violência emocional pode ser tão difícilvbet partnerscurar quanto a violência física, dizem os especialistas

1. Abusivos

Sem dúvida, os pais que abusam sexualmente e são violentos com os filhos são os que afetam mais profundamente.

Mas não é necessário que um pai abuse fisicamentevbet partnersuma criança para causar danos muito difíceisvbet partnerscurar, alertam os especialistas.

Agressões verbais e emocionais também são prejudiciais, apontam. Elas vão desde desqualificar uma criança ("não vai dar certo para você", "deixa para lá, é melhor que eu faça isso") a "insultá-la com palavras que feremvbet partnersintegridade, como chamá-lavbet partners'idiota', dizendo que ninguém vai amá-la ou que se arrependevbet partnerstê-la tido."

Canales diz que “O risco é que tudo isso se torne uma voz interna”. E Saraco considera que, às vezes, "é mais fácil curar uma infância com agressões do que uma com abusos psicológicos".

"Há pais que se tornam violentos quando bebem. Nesses casos, a vítima pode entender que o pai bate nela quando ele se descontrola e que ele tem o problema. Por outro lado, se ele crescer ouvindo humilhação, ela a assimila como algo próprio".

2. Manipuladores

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Legenda da foto, Algumas mães tóxicas manipulam seus filhos para mantê-los por perto

Outra característicavbet partnersum pai ou mãe tóxico é a manipulação, que Canales chamavbet partners"abuso emocional".

“O eixo dessa formavbet partnersabuso tem a ver com a culpa. O adulto se fazvbet partnersvítima na frente da criança para chantageá-la e conseguir o que quer”, descreve.

Saraco observa que esse recurso é mais vistovbet partnersmães tóxicas.

“Acontece principalmente com filhas que moram com a mãe. A mãe não quer que formem casal para não saíremvbet partnerscasa, então ela começa com comentários e observações negativas sobre o casal, ou interferências que buscam separá-los", diz. "Isso faz com que a filha viva a relação com culpa."

3. Controladores

Esta é uma característica compartilhada por pais tóxicosvbet partnersdiferentes gerações. Mas quando antes os pais faziam restrições a seus filhos para conseguirvbet partnerssubmissão, hoje o fazem com a intençãovbet partnersprotegê-los.

“Antes, pais tóxicos se impunham, com limites muito agressivos,vbet partnersvezvbet partnersacompanhar a autonomia dos filhos”, diz Saraco.

Exemplos típicos são os pais que forçaram seus filhos a seguir determinadas carreiras ou seguir certas tradições familiares.

“O efeito no filho é que ele não consegue tomar decisões. Isso é muito vistovbet partnersmeninos que começaram a carreira, porque a desobediência aos pais lhes causava muita angústia, e depoisvbet partnersalguns anos eles abandonavam”, diz a psicóloga.

Hoje, a toxicidade envolve superproteger os filhos, querendo evitar qualquer sofrimento ou frustração, segundo os especialistas.

“A superproteção também é um abuso, porque a criança superprotegida aprende que não pode enfrentar a vida sozinha”, explica Canales.

"Parte do aprendizadovbet partnerstodo mundo é por meio do erro. E o erro gera frustração. Você tem que ensinar a tolerar a frustração, senão seu filho não vai conseguir se desenvolver na vida cotidiana", diz.

4. Negligentes

Outra característica dos pais tóxicos modernos é que "são muito permissivos e têm medovbet partnersimpor limites aos filhos", o que os torna negligentes, segundo Canales, pois "negligenciam as necessidades físicas, emocionais, sociais e acadêmicas dos filhos".

Se o pai negligentevbet partnersantigamente era o ausente, ou aquele que não dava atenção ao filho, hoje é quem "deixa ele comer o que quiser, faltar à escola, não fazer o devervbet partnerscasa e desrespeitar os outros", exemplifica.

"Ao serem negligentes, eles dão às crianças um poder com o qual uma criança não consegue lidarvbet partnersforma saudável. Os pequenos se tornam os adultos no sistema familiar", alerta.

Nesse tipovbet partnerseducação, todo mundo sofre, acrescenta o psicólogo.

“A criança cresce sem conseguir se encaixarvbet partnersuma escola,vbet partnersuma universidade,vbet partnersum mundovbet partnerstrabalho,vbet partnersuma sociedadevbet partnersque não pode fazer o que quiser”, diz.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Pais tóxicos estão criando uma geraçãovbet partners'filhos tiranos', dizem especialistas

Os pais se sentem “aprisionados” pelas birras do filho.

E até a sociedade sofre, pois “está se formando uma geraçãovbet partnerstiranos, que não respeitam a autoridade, não têm capacidadevbet partnersse frustrar e, sendo crianças muito egocêntricas, têm pouquíssima empatia e capacidadevbet partnersceder ao problema dos outros e ver o bem comum", diz o psicólogo.

Como lidar com pais tóxicos

Se você cresceu com pais permissivos e superprotetores, o que você precisa fazer é “tomar a decisãovbet partnerssair dessa superproteção”, diz Saraco. No entanto, ela esclarece que isso é algo que só pode ser feito quando se é adulto.

“Não se pode pedir a uma criança que saia do vínculo tóxico protetor”, adverte.

Nesse caso, há várias dicas práticas para lidar com pais abusivos, controladores e manipuladores.

"Primeiro, é importante que você perca a ilusãovbet partnersque vai conseguir mudá-los."

Crédito, ARQUIVO PESSOAL

Legenda da foto, A psicóloga argentina Camila Saraco tem conselhos para filhosvbet partnerspais tóxicos

"Também não tente argumentar com eles, nem entender como eles pensam, porque eles têm outra formavbet partnersver as coisas, e você deve evitar entrarvbet partnersdiscussões que não levam a lugar nenhum", diz. "Você tem que tentar sair desse lugarvbet partnerstentar agradá-los e gostar deles o tempo todo, que é o que eles querem ou fazem a criança sentir."

"E é fundamental que você aprenda a estabelecer limites emocionais e, se necessário, até físicos", completa.

No entanto, o principal trabalho é consigo mesmo, afirmam os dois especialistas.

"Devemos tentar fortalecer nossa autoestima e segurança para não ceder às manipulações e não hesitar naqueles momentosvbet partnersque as frases desses pais podem nos intimidar ou desestabilizar", diz Saraco.

Já Canales afirma que "o mais importante é desaprender o que te ensinaram a ser amor e reaprender o que é o verdadeiro amor, para estabelecer relações saudáveis".